Quando o quadril começa a abrir na gravidez?

Neste artigo

  • O que causa dor pélvica na gravidez?
  • Dor na parte de trás e/ou no osso púbico
  • Como é a dor pélvica durante a gravidez?
  • Existe alguma fase da gravidez em que a dor pélvica é mais comum?
  • Existe tratamento para dor pélvica na gravidez?
  • Como conviver com a dor pélvica no dia a dia?
  • A dor na pelve pode atrapalhar na hora do parto?

A dor na região pélvica é bastante comum na gravidez. Os especialistas acreditam que essa dor é provocada por uma série de fatores relacionados às mudanças normais do organismo na gestação e em preparação para o parto.

O que causa dor pélvica na gravidez?

Durante o primeiro trimestre da gravidez, o corpo produz um hormônio chamado relaxina, que torna mais elásticos os ligamentos na pelve e em outras articulações. O objetivo é facilitar a passagem do bebê na hora do parto.

Índices mais altos dos hormônios estrogênio e progesterona também contribuem para essa elasticidade. Ligamentos relaxados podem doer se se alongarem muito ou se permitirem que os ossos que apoiam tenham maior deslocamento. Assim, os ossos podem se movimentar e pressionar os músculos vizinhos, causando a dor.

Ganho de peso e a alteração do centro de gravidade do corpo são outros fatores relacionados à dor pélvica. À medida que a barriga cresce, a pelve é empurrada para a frente, deixando a curva da lombar mais pronunciada. Isso acaba gerando uma sobrecarga nos músculos e ligamentos próximos à pelve. Na realidade, dor nas costas e dor pélvica costumam estar relacionadas.

Por causa da maior elasticidade dos ligamentos, as articulações ficam mais "soltas" não só ao longo da gravidez como logo depois também (até uns três meses após o parto).

Quando o quadril começa a abrir na gravidez?

Jonathan Dimes para o BabyCenter


Dor na parte de trás e/ou no osso púbico

A dor na parte de trás da pelve também é frequente na gravidez. O problema pode ser chamado de dor na junta sacroilíaca, porque esse é o nome da articulação onde se iniciam os desconfortos.

Frequentemente, essa dor púbica na junta sacroilíaca é confundida com a dor ciática. Pouquíssimas mulheres apresentam ciática de fato na gravidez.

Já se sabe que a maior parte das queixas de dores na região da coluna lombar ou nas pernas durante a gestação vem de problemas na junta sacroilíaca. Dores na região da frente do osso púbico também podem acontecer.

Nos casos mais graves, a dor pélvica recebe o nome de disfunção da sínfise púbica. É uma dor que chega a ser incapacitante e precisa de tratamento, às vezes até no hospital. Mas felizmente não é tão comum.

Como é a dor pélvica durante a gravidez?

Os ligamentos mais soltos na pelve podem provocar sensibilidade, pontadas, ardência ou queimação desde o topo dos ossos do quadril até as dobras do bumbum, e tanto na parte da frente como de trás do corpo.

Há quem sinta os incômodos quando levanta algum peso, se abaixa ou simplesmente anda. Subir e descer escadas, levantar-se a partir da posição sentada e virar na cama também podem causar dor. Para algumas mulheres, a dor fica pior à noite, especialmente depois de um dia mais ativo. Existe ainda quem se queixe de uma sensação de a pelve parecer instável.

A dor pode ainda se irradiar pelas nádegas ou pela parte de trás das pernas. Você também pode sentir dor nos quadris. Uma perna ou ambas podem parecer mais fracas, ou ainda pode ser que você tenha dificuldades em levantar as pernas, principalmente quando está deitada. Abrir as pernas, principalmente nas posições agachada e deitada, também pode ser muito doloroso.

Existe alguma fase da gravidez em que a dor pélvica é mais comum?

A dor pélvica púbica pode ter início já no primeiro trimestre da gestação ou pode aparecer nos dias que antecedem o parto. Na maior parte das vezes ela aparece durante o segundo trimestre, quando o peso sobre a bacia passa a ser maior.

Se a dor aparecer no finalzinho da gravidez, talvez seja porque a cabeça de seu bebê esteja se encaixando dentro da pelve. Nesse caso, é raro que a dor volte depois do parto.

Se você sofrer com o problema na gestação, há mais chances de a dor reaparecer na próxima gravidez, talvez em uma fase ainda mais inicial. Se não for tratada, a disfunção da sínfise púbica poderá ser ainda mais grave.

Por isso, nos casos em que a dor for incapacitante, muitos profissionais de saúde recomendam esperar que os problemas se atenuem ou desapareçam antes de tentar ter um novo bebê.

Existe tratamento para dor pélvica na gravidez?

Dependendo do nível de dor, o profissional que acompanha seu pré-natal poderá recomendar que você procure um fisioterapeuta para ajudar a administrá-la. Além disso, algumas mudanças de estilo de vida são também importantes (confira o próximo item).

Pesquisas mostram que certos exercícios, especialmente na água, ajudam a reduzir a dor pélvica. O fisioterapeuta pode ensinar também exercícios de alongamento para aliviar a dor e a tensão, assim como movimentos para fortalecer o abdome, o assoalho pélvico e as costas, a fim de dar maior suporte à pelve.

A fisioterapia pode incluir ainda algum tipo de leve massagem/manipulação na região do quadril, das costas e da pelve para desestressar áreas mais enrijecidas.

Acupuntura também pode ajudar, porém é importante escolher um médico que tenha experiência no tratamento de gestantes. A acupuntura é considerada uma prática segura na gestação.

Como tratamento caseiro, experimente posicionar uma compressa gelada (você pode improvisar com um saco de milho congelado envolvido em um pano de prato) na região onde sente dor. O gelo ajuda a melhorar a inflamação. Se também tiver dor nas costas, uma compressa ou bolsa de água quente costuma trazer alívio. Use a compressa quente somente na região das costas, não na barriga (por causa do útero e do bebê) e não ultrapasse 20 minutos por vez.

Analgésicos comuns para dor podem ou não ajudar, e às vezes é necessário tomar algum medicamento mais forte, ou até a combinação de dois remédios, para sentir algum efeito. Mas isso só pode ser feito sob orientação específica do médico que acompanha sua gravidez e sabe de benefícios e riscos de medicações para seu caso.

Não sinta culpa se precisar tomar remédios para ter algum alívio, porque a dor pélvica pode realmente ser muito debilitante e exigir que você faça um tratamento para funcionar melhor no cotidiano.

Como conviver com a dor pélvica no dia a dia?

Há várias táticas que podem ser adotadas para amenizar a dor e impedir que ela piore:

  • Tenha cuidado ao realizar suas atividades diárias. Limite as atividades que trazem mais desconforto, como carregar peso, ficar de pé ou caminhar por muito tempo, além de exercícios físicos intensos. Busque formas alternativas de fazer as coisas que causam dor, como, por exemplo, em vez de simplesmente sentar e levantar da cama, virar para o lado primeiro e se empurrar para levantar a partir desta posição.
  • Faça pausas frequentes Tente descansar por alguns minutos sempre que possível e com regularidade.
  • Pratique exercícios moderados. Exercícios melhoram a estabilidade da pelve e das costas, principalmente os que trabalham os músculos da barriga e do assoalho pélvico, como ioga e pilates. "Até os exercícios que requeiram agachar ou abrir as pernas, bem orientados e feitos de forma correta, não pioram a dor no quadril", observa a fisioterapeuta Maryslaini Gomes da Silva. Não deixe também de fazer exercícios para o assoalho pélvico (exercícios de Kegel) regularmente, pois eles ajudam a fortalecer as articulações da pelve. "A atenção ao assoalho pélvico é muitas vezes negligenciada, mas o cuidado nessa região do períneo, deixando um músculo bem funcional, é uma boa ferramenta para alívio das dores lombares e púbicas", acrescenta a fisioterapeuta.
  • Acessórios para dormir. Travesseiros extras para apoiar a barriga e o quadril costumam melhorar a pressão sobre os ligamentos da pelve e ajudam no sono de modo geral. Talvez você precise experimentar posicionamentos diferentes dos travesseiros para encontrar o que fica melhor no seu caso. Um travesseiro entre os joelhos mantém o quadril em posição neutra e evita estressar não só essa área como também a lombar. Evite deitar de barriga para cima, principalmente com as pernas esticadas.
  • Use cintas e faixas de suporte. Esses acessórios (diferentes da cinta às vezes usada no pós-parto) funcionam ao exercer leve pressão sobre a pelve e promover maior estabilidade. As cintas pode trazer alívio imediato da dor e ser usadas com segurança durante toda a gravidez. São mais eficazes ainda quando combinadas à prática de exercícios moderados. Calcinhas altas e com costura de reforço na região abdominal também ajudam a aliviar o peso sobre a bacia.

A dor na pelve pode atrapalhar na hora do parto?

Se o caso de dor pélvica for muito forte, não deixe de mencionar antes do parto para a equipe que acompanha o seu pré-natal, assim, dentro do possível, acomodações apropriadas podem ser feitas. É raro que a dor na pelve ou a disfunção da sínfise púbica provoque problemas no parto.

No parto normal, converse com o médico para tentarem achar juntos uma postura mais mais confortável para seu corpo. Se a dor for tanta que você não puder abrir as pernas, talvez seja melhor buscar posições alternativas, como ajoelhada com alguém apoiando suas costas, deitada de lado com alguém segurando sua perna ou ainda de quatro.

Saiba também quais são as atividades que você deve evitar durante a gravidez e descubra se grávida pode viajar de avião sem restrições

Assista em um vídeo como é a anestesia no parto normal

Porque o quadril abre na gravidez?

A região do quadril, à medida que a gestação caminha para o final, aumenta sua elasticidade, justamente para preparar o corpo para a passagem do bebê pelo canal vaginal. Com o aumento do útero e maior flexibilidade dos ossos e articulações na região do quadril, o organismo prepara-se para o parto normal.

Quando a mulher engravida o quadril alarga?

Uma confusão que costumamos fazer é achar que o quadril aumentou por causa da gravidez, mas na verdade o que aconteceu foi o aumento de gordura localizada. O quadril aumenta por causa das mudanças ósseas? Sim !!! E já mostrei no primeiro post que isso ocorre e porque ocorre!!!

Como fica o quadril no final da gravidez?

A região do quadril é fragilizada e torna-se suscetível a dores mais intensas que surgem em atividades bem simples, como andar, sentar, deitar, correr ou durante a realização de outras atividades físicas. Por fim, as gestantes ainda podem sentir dores que se confundem com a dor no quadril na gravidez.

Quais os sinais de que o parto está próximo?

6 sinais que podem indicar que o parto se aproxima.
1- Mais contrações de treinamento. ... .
2- Pressão na pelve. ... .
3- Sensação de respirar melhor. ... .
4- Diminuição do movimento fetal. ... .
5- Maior inchaço nas mãos e pernas. ... .
6- Aumento da secreção vaginal..