Quando o homem se torna um ser social

Sociedades complexas no mundo animal

Muitos animais vivem s�s. O tigre, por exemplo, vive e ca�a sozinho. Um tigre s� se junta a outro durante o breve per�odo de acasalamento. Quando a f�mea percebe que seu filhote est� para nascer, ela abandona o macho, sen�o ele devoraria o filho. Mas o filhote tamb�m n�o fica muito com a m�e. Em pouco tempo, ele aprende a ca�aar e passa a viver sozinho.

Outros animais vivem em grupo. Observando a vida desses animais, podemos afirmar que a sobreviv�ncia de cada um depende do grupo.

Eles dependem dos outros para ca�aar ou para se defender. Os bovinos, os macacos, os elefantes, as andorinhas e as sardinhas s�o exemplos de animais que vivem em grupos. Eles formam grupos simples.

Existem outros animais que vivem em grupos complexos. Dentre esses animais, podemos citar as formigas. Elas representam um dos mais extraordin�rios casos de vida em grupo. Existem muitas esp�cies de formigas.

Nos formigueiros das sa�vas, por exemplo, existe uma bem definida divis�o de tarefas. A maioria � composta de oper�rias, formigas f�meas sem asas e que n�o poem ovos. As oper�rias est�o divididas em castas: m�nimas, m�dias e m�ximas. As oper�rias m�nimas se ocupam do "cultivo" de fungos e da alimenta��o das larvas, que se transformar�o em novas formigas.

As m�dias se encarregam da escava��o e do transporte dos vegetais para o formigueiro. As m�ximas se encarregam da defesa do formigueiro. A rainha foi a fundadora da col�nia de formigas e � a �nica f�mea f�rtil, cumprindo a fun��o de reprodutora do formigueiro. Cada tarefa complementa outra, e a sobreviv�ncia do formigueiro depende de que todas sejam cumpridas satisfatoriamente.

Vida social e depend�ncia

A esp�cie humana tamb�m vive em grupos complexos. Os grupos humanos mais amplos recebem o nome de sociedade. O homem sempre viveu em sociedade e depende dela para sobreviver. Vejamos como se d� essa depend�ncia.

Em primeiro lugar, h� a depend�ncia f�sica. Ao contr�rio da maioria dos animais, as crian�as dependem muito dos pais. A maior parte dos mam�feros j�  consegue, com um ano, sobreviver por si pr�pria. No nosso caso, n�o. S� pr�ximo aos 13 anos, os jovens est�o em condi��es de sobreviver sem a ajuda dos pais. H� tamb�m os idosos, que precisam ser cuidados pelo grupo. Quer dizer, durante um longo tempo da nossa vida, precisamos dos nossos pais e depois dos nossos filhos para sobreviver.

Existe ainda um outro tipo de depend�ncia f�sica. N�o dependemos apenas dos nossos familiares, mas de muitas outras pessoas que fazem parte da nossa sociedade. Precisamos de alimentos, roupas, moradias etc., que s�o feitos por outras pessoas.

H� tamb�m um outro tipo de depend�ncia que n�o � f�sica, mas cultural. Para entender melhor essa depend�ncia, vamos contar um fato que ocorreu na �ndia, em 1920.

Duas crian�as foram encontradas na selva. N�o tinham apar�ncia humana e o comportamento delas era semelhante ao dos lobos. Caminhavam de quatro, apoiando-se sobre os cotovelos e joelhos. Quando queriam andar mais r�pido, se apoiavam nas m�os e nos p�s. Eram incapazes de permanecer de p�. S� se alimentavam de carne crua ou podre. Comiam usando apenas a boca para pegar os alimentos. Bebiam lambendo os l�quidos.

Durante o dia ficavam escondidas e quietas. � noite se tornavam ativas e barulhentas. Uivavam como lobos.

Elas nunca choravam ou riam. Pouco tempo depois de serem descobertas, elas morreram.

Essa hist�ria das meninas-lobas mostra a import�ncia da vida em sociedade. Em termos biol�gicos, essas meninas podem ser consideradas humanas. Contudo, o comportamento delas as coloca mais pr�ximas de outra esp�cie animal: a dos lobos.

Isso mostra que � a vida em sociedade que nos humaniza.

Todavia, a sociedade n�o existe sem os homens. Somos n�s que criamos e recriamos a sociedade.

Ao longo de milhares de anos, os seres humanos foram criando objetos e instrumentos, inventando regras e estabelecendo valores. Isso foi nos afastando cada vez mais dos outros animais. Dessa forma, podemos dizer que � a cultura que nos torna humanos.

Regras Sociais e Valores

A cultura � a forma de ser de um povo. Ela tem um lado material, composto pelos utens�lios, habita��es, instrumentos, armas, vestimentas etc.

Mas tem tamb�m um aspecto imaterial, que n�o existe como coisa, e sim como id�ia. Por exemplo, uma mesa � uma coisa, mas a amizade � uma id�ia, um valor. Para que a amizade exista, as pessoas devem express�-Ia atrav�s de a��es. Por exemplo, ajudar um colega a estudar uma mat�ria na qual ele sente dificuldade. Essa a��o expressa a id�ia de amizade.

Podemos dizer que o aspecto imaterial da cultura se comp�e das regras de comportamento, dos valores e das cren�as compartilhados pelos indiv�duos de uma sociedade. S�o os valores culturais que determinam a maneira de ser de uma sociedade. Assim, em todas as sociedades, existem regras. N�o matar, n�o roubar, proteger a natureza s�o algumas regras da nossa sociedade. Essas regras nos dizem tamb�m como nos comportar como filhos, irm�os, pais, alunos, professores etc.

Essas regras expressam determinados valores. Por exemplo, a regra n�o matar expressa o valor que damos � vida humana; a  regra n�o roubar expressa o valor que damos � propriedade privada. Assim, as regras est�o ligadas aos valores culturais. As regras variam de uma sociedade para outra, pois cada uma tem a sua propria cultura. N�o pode haver sociedade sem regras. Se cada um fizesse o que bem entendesse, a vida social seria imposs�vel.

Os valores culturais de uma sociedade indicam os objetivos a ser alcan�ados pelos seus membros. Por exemplo, n�s queremos que os homens sejam honestos, livres e mais iguais entre si. Assim, liberdade, igualdade e honestidade s�o alguns valores da nossa cultura e, portanto, orientam as regras da nossa sociedade.

Transmiss�o e Evolu��o Cultural

As regras e os valores s�o transmitidos �s novas gera��es. Estas n�o s� aprendem esses valores como, eventualmente, os criticam, rejeitam e substituem por outros.

Como vimos, a cultura tamb�m tem um aspecto material: os objetos, os instrumentos e as t�cnicas que os homens criam para satisfazer as suas necessidades e desejos. Para se proteger do frio, os homens criaram roupas, casas e descobriram como gerar calor. Para obter alimentos,criaram armas, tornaram-se agricultores e pastores. Para encurtar dist�ncias, inventaram ve�culos e meios de comunica��o sofisticados. Para combater as doen�as, criaram rem�dios.    

CELSO FREDERICO LAGO

Inform�tica e Administra��o

Quando o homem é considerado um ser social?

O homem é um ser social porque vive em grupo, isto é, junto com outros homens. Somente vivendo em grupo as pessoas podem satisfazer suas necessidades. Se vivesse sozinho, o homem seria incapaz de aproveitar os numerosos recursos da natureza. Tudo que esta ao nosso redor advém da natureza.

Quem definiu o homem como ser social?

Aristóteles: o homem é um ser social porque é um animal que precisa dos outros membros da espécie.
as gregárias (koinonia),.
as solitárias (monadika),.
aquelas que são propensas a uma vida sociável (politika),.
e aquelas que vivem de maneira esparsa (sporadika)..

O que significa ser um ser social?

Indivíduo capaz de conviver em sociedade respeitando suas normas e características. Explicação:Respeitando a lei e a ordem.

O que significa dizer que o homem é um ser social e político?

Quando o pensamento de Aristóteles afirma que ”o homem é um ser político por natureza”, ele quer dizer que por natureza temos necessidade de viver em sociedade e que precisamos desse convívio. E, por reconhecer essa necessidade, cada cidadão deve se responsabilizar pela Polis.