Serão, disse, "aspetos decisivos" em relação aos quais a conferência de Lisboa da ONU "será lembrada". Show
A conferência, a segunda organizada pelas Nações Unidas, começa dentro de 10 dias em Lisboa, numa organização de Portugal em parceria com o Quénia, e foi hoje objeto de uma conferência de imprensa de João Gomes Cravinho e também do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva. Na conferência participou também o vice-presidente da comissão organizadora, Alexandre leitão, segundo o qual já confirmaram a presença em Lisboa 143 países. Também 1.178 entidades registaram delegados, e foram aprovados 275 eventos associados à conferência, 119 no exterior do local da reunião (Altice Arena), o que significa que, disse, haverá eventos associados aos oceanos, durante a semana da conferência, "por toda a Lisboa". João Gomes Cravinho disse que está já confirmada a presença de pelo menos 18 chefes de Estado e de Governo, e questionado pelos jornalistas acrescentou que também a Rússia estará representada. "A Rússia é membro da ONU e participa na conferência" disse o ministro, explicando que Portugal, como anfitrião, assume as regras das Nações Unidas. O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, disse pretender que a conferência seja "um ponto de viragem" na relação das pessoas com os oceanos e na governação global dos oceanos, que são fundamentais para a estabilidade climática da Terra. "Apesar de todas as conferências, os oceanos estão doentes", salientou o ministro, lembrando o aquecimento, a acidificação e o desaparecimento da biodiversidade, sem contar com os milhões de toneladas de plástico depositados anualmente no mar. Nas palavras do ministro, o conhecimento, a ciência e a tecnologia têm de estar no centro da relação com os oceanos, o que não tem acontecido, com os humanos a fazerem antes dos oceanos uma "espécie de casa de banho do planeta". Portugal, afiançou, tem de assegurar que em 2030 tem 30% de áreas marinhas protegidas, e tem de apostar na bioeconomia azul, onde tem"potencialidades enormes". O oceano é "uma fábrica escondida de energia", através do qual se podem gerar entre 20 a 80 mil terawatts hora de energia, sendo que 20 mil é o consumo total de eletricidade do planeta. E além da energia, Portugal, acrescentou, tem potencialidade nas áreas da aquicultura, da produção de algas e no hidrogénio. "É nossa convicção que o mar será tão importante no futuro de Portugal como foi no passado", disse João Gomes Cravinho, afirmando a importância para o país e para o mundo da economia azul, matéria sobre a qual não há falta de financiamento. Sobre a declaração de Lisboa, que está a ser trabalhada há mais de um ano, João Gomes Cravinho salientou que a mesma tem compromissos e não obrigações e que "reflete a forma como hoje se pensa sobre os oceanos". A declaração "vincula todos os países e abre portas para nova ação em relação aos oceanos. A questão dos investimentos está presente", disse o ministro, com António Costa Silva a acrescentar que "a declaração toca alguns dos problemas da saúde dos oceanos", como a acidificação ou o aumento do nível médio das águas do mar. E também enfatiza as mudanças de comportamento e a destruição da biodiversidade. Ainda que da conferência não saiam acordos, João Gomes Cravinho disse esperar que em Lisboa haja uma "evolução positiva" sobre um acordo global sobre o alto mar, que está a ser negociado na ONU. Na cimeira de Lisboa participam, entre outros, os chefes de Estado de Angola, Colômbia Equador, França, Gabão, Guiné Equatorial, Líbia, Namíbia, Nigéria e Quénia. Apenas os Presidentes do Quénia e da Nigéria visitam oficialmente Portugal na altura da conferência. A Conferência dos Oceanos das Nações Unidas decorre em Lisboa de 24 de julho a 01 de julho. FP // ZO Lusa/fim Clima é o conjunto de características e dinâmicas atmosféricas de uma determinada região, analisadas ao longo de um extenso período de tempo. Cada clima presente no nosso planeta é caracterizado por elementos como temperatura, umidade do ar, radiação solar, precipitação e ventos. Esses elementos climáticos recebem a influência dos chamados fatores do clima, como maritimidade e continentalidade, latitude, altitude, relevo e vegetação. Leia também: Mudanças climáticas — por que devemos nos preocupar com elas? Tópicos deste artigo
Resumo sobre o clima
O que é clima?Clima é uma síntese das condições de tempo em um determinado local durante um período longo de tempo, segundo a definição do professor Johnson Olaniyi Ayoade.|1| A determinação de um tipo climático específico depende da observação diária do comportamento da atmosfera em um intervalo de aproximadamente 30 anos, permitindo assim a identificação de determinados padrões que definem o clima daquela área. Tais padrões correspondem à variação da temperatura, umidade do ar, incidência de chuvas e de ventos, precipitação na forma de neve e outros aspectos característicos do clima. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Tipos de climaOs climas podem ser classificados de acordo com diversos parâmetros, os quais levam em consideração um ou mais elementos climáticos. A tipologia mais utilizada atualmente é aquela desenvolvida pelo botânico e climatólogo alemão Wladimir Köppen durante o século XIX e aperfeiçoado no século XX com a colaboração do meteorologista alemão Rudolf Geiger. Por isso, a classificação é chamada de Köppen-Geiger. Como botânico, Köppen se baseou na distribuição da vegetação pelas diferentes regiões do mundo para a observação dos padrões de precipitação e temperatura, que levaram ao estabelecimento de cinco tipos de clima e seus respectivos subclimas, os quais listamos abaixo.
Leia também: Zonas térmicas da Terra — a distribuição de calor pela superfície do planeta Quais as diferenças entre clima e tempo?O tempo e o clima são frequentemente confundidos, e os termos são muito utilizados como sinônimos. Embora haja uma correlação entre o tempo e o clima, eles representam conceitos distintos, que se diferenciam sobretudo na sua abrangência temporal. Tempo é a condição da atmosfera e seus respectivos fenômenos em um determinado momento, isto é, corresponde à situação atual e tem uma duração curta. O tempo é, portanto, dinâmico e instável, podendo alterar rapidamente. Quando olhamos pela janela e dizemos que o dia está quente e ensolarado, por exemplo, estamos nos referindo ao tempo. Já o clima, como vimos, reúne as informações sobre as características atmosféricas de um local em um longo intervalo temporal. Podemos constatar, então, que o clima é resultante de uma análise cuidadosa e periódica do tempo atmosférico em uma determinada localidade. Esse período é de pelo menos 30 anos. Por essa razão, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) define o clima como sendo o estado médio dos parâmetros do tempo.|2| Climas do BrasilO Brasil está localizado quase inteiramente na zona intertropical do planeta Terra, com uma pequena parcela do território inserida na zona temperada sul, o que tem grande influência sobre a distribuição de climas no país. Além desse aspecto locacional, outros são igualmente importantes na diversidade climática observada no Brasil. Identificam-se seis climas no Brasil, os quais descrevemos na sequência. No mapa da figura a seguir, é possível observar a abrangência de cada um deles.
→ Videoaula sobre os climas do BrasilClimas do mundoOs principais climas existentes no mundo são:
Elementos climáticosOs elementos do clima são todas as grandezas atmosféricas mensuráveis que, em conjunto, caracterizam um determinado tipo de clima. Existem diversos elementos que determinam um clima, dentre os quais se destacam:
Fatores climáticosOs fatores do clima são elementos capazes de determinar ou alterar o comportamento dos elementos climáticos.
Confira no nosso podcast: O que eu preciso saber sobre os fatores climáticos Fenômenos climáticosOs fenômenos climáticos apresentam ocorrência natural e são resultantes das dinâmicas da atmosfera. Alguns deles têm a sua ação intensificada em decorrência da ação antrópica, conforme veremos a seguir.
Exercícios resolvidos sobre o climaQuestão 1 (Uerj) Com base na análise dos mapas, os fatores climáticos de maior relevância para explicar a amplitude térmica anual neste país são: a) albedo e vegetação. b) altitude e maritimidade. c) topografia e precipitação. d) latitude e continentalidade. Resolução: Alternativa D A latitude é um dos principais fatores que auxiliam na explicação da variação de temperaturas no território russo, tendo em vista que o país se distribui por áreas de média e alta latitude, onde há maior incidência de luz solar no verão e onde as temperaturas são mais altas. No inverno, o calor proveniente do Sol diminui consideravelmente, resultando em menores temperaturas. Além disso, observa-se maior variação nas áreas mais distantes do litoral e de corpos d’água, o que torna a continentalidade outro fator responsável por explicar a amplitude térmica. Questão 2 (Uece) O clima da Terra é definido pela atuação do fluxo do ar e da água. Ambos interagem entre si e possuem dinâmica própria. Sobre os mecanismos de controle do clima, analise as afirmações abaixo. I. A principal fonte de energia para a movimentação das circulações atmosféricas e oceânicas é a radiação solar. II. Os grandes controles climáticos responsáveis pelas tipologias climáticas da Terra são temperatura, umidade e pressão. III. No Hemisfério Sul, as áreas ocupadas por continentes e oceanos possuem temperaturas mais amenas em relação ao Hemisfério Norte. Está correto o que se afirma em: a) I e III apenas. b) II e III apenas. c) I e II apenas. d) I, II e III. Resolução: Alternativa C Somente a afirmativa III é falsa. As grandes extensões oceânicas e as propriedades caloríficas da água condicionam climas mais quentes no Hemisfério Sul, pensando na região como um todo. Além disso, quando se analisa caso a caso, a atuação da continentalidade e da maritimidade, junto de outros fatores climáticos, é responsável pela ocorrência de uma grande variedade climática nessa porção do planeta Terra. Notas |1| AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996. 4 ed. 332p. Tradução de Maria Juraci Zani dos Santos. |2| CPTEC/INPE. Glossário. Disponível aqui. Por Paloma Guitarrara Como o clima afeta a economia?As mudanças climáticas podem causar perda de 4% da produção econômica global anual até 2050 e atingir regiões mais pobres do mundo de forma desproporcional, estimou novo estudo abrangendo 135 países.
Qual é a relação entre clima e sociedade?A interface clima/sociedade pode ser considerada em termos de ajustamento à extensão e aos modos como as sociedades funcionam em uma relação harmônica com seu clima. O homem e suas sociedades são vulneráveis às variações climáticas.
Qual a relação entre clima?Com isso, estabelece-se a seguinte relação entre o clima e as latitudes: quanto menor a latitude, maiores são as temperaturas e vice-versa. Em outras palavras, quanto mais próximo se está da Linha do Equador, mais quente costuma ser o ambiente climático. Forma-se, por isso, as faixas climáticas do planeta.
Qual a importância do clima para o desenvolvimento econômico do Brasil?Desenvolvimento económico é condicionado pelo clima | ALERT-ONLINE.COM - Brasil. Dois economistas americanos apresentam uma explicação tão antiga quanto surpreendente para o facto dos países do Hemisfério Norte, de clima temperado, serem economicamente mais prósperos do que os países tropicais: o frio.
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