Linn da Quebrada se tornou a primeira travesti a pisar na casa mais vigiada do Brasil ao estrear no BBB 22 na tarde desta quinta-feira (20). A cantora e ativista nasceu na capital paulista, mas cresceu no interior do estado onde passou a infância e a adolescência nas cidades de Votuporanga e São José do Rio Preto. Show
O Big Brother Brasil já havia selecionado uma pessoa transexual em 2011, a esteticista Ariadna Arantes, que foi a primeira eliminada da 11ª temporada do reality. Diferentemente dela, Linn é identificada como travesti e construiu sua fama tocando em tabus e desconstruindo estereótipos de gênero e sexualidade. A paulistana iniciou a carreira artística como performer, e, na adolescência, também foi auxiliar de cabeleireira. Sua primeira música autoral foi lançada em 2016, com o título Enviadescer, e logo após vieram outros singles de sucesso como Talento, Bixa Preta e Mulher. Aclamada pela crítica e pelo público, a artista embarcou na turnê nacional Bixarya no seu ano de estreia. Em 2019, ela estreou como atriz na série Segunda Chamada (Globo), interpretando Natasha. No mesmo ano, ela começou a apresentar o programa TransMissão, do Canal Brasil, ao lado da cantora Jup do Bairro. No cinema, ela protagonizou o premiado documentário Bixa Travesty (2018), em que relata sua trajetória de enfrentamento ao machismo e diversas formas de transfobia. Com esse projeto, a artista conquistou o Teddy Awards de melhor documentário estrangeiro, em Berlim. No trabalho e na vida, Linn também é conhecida pelo ativismo social em favor das minorias, principalmente em defesa dos direitos da população LBGTQIA+. Em 2014, ela descobriu um câncer nos testículos e teve que retirar um deles, fazer quimioterapia por três anos até ser curada em 2017. Em 2021, fez implante de próteses de silicone mamária para se identificar melhor com o próprio corpo. Em janeiro de 2022, a cantora mudou os documentos, que agora constam oficialmente com seu nome social, Lina Pereira dos Santos. Convidada para entrar no grupo Camarote do BBB 22, ela já quis se inscrever no programa antes da fama. "Eu sou uma grande fã desse programa. Vai ser a experiência mais icônica da minha vida!", comemorou a cantora em nota divulgada pela Globo. Linn diz que para "colar com ela", tem que ser sincero, honesto e saber jogar. Ela afirma que deseja dançar muito nas festas e dar o máximo de si nas provas de resistência. Confira nos vídeos momentos da entrada de Linn na casa do BBB 22. — Linn da Quebrada 🧜🏽♀️ (@linndaquebrada) January 20, 2022 — Thelma 🎭 (@thelminha) January 20, 2022
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Lina Pereira dos Santos (São Paulo, 18 de julho de 1990),[1] mais conhecida como Linn da Quebrada, é uma cantora, compositora, atriz e ativista social brasileira.[2] Vida pessoal[editar | editar código-fonte]Nascida na periferia da Capital Paulista, numa área pobre da Zona Leste, foi criada no Interior de São Paulo, onde passou a infância e a adolescência nas cidades de Votuporanga e São José do Rio Preto. Foi criada por sua tia, dentro da religião testemunha de Jeová, e no começo achava errado ser LGBT, mas ao perceber que essa era sua verdade, enfrentou muitos preconceitos da família e da comunidade religiosa ao se assumir homossexual. Posteriormente, passou a se identificar como travesti. Abandonou sua religião, saiu da casa da mãe e voltou para a cidade de São Paulo. Nesta época passou a dedicar-se a diversos ramos da arte, apresentando-se em boates, em shows performáticos. Também dedicou-se à música, cantando em bares da região. Frequentemente refere-se a si mesma como "bicha, trans, preta e periférica. Nem ator, nem atriz, atroz. Performer e terrorista de gênero".[3] Linn descobriu um câncer nos testículos em 2014, necessitando retirar um deles, enfrentando uma quimioterapia por três anos, alcançando a cura em 2017.[4] Em 2021, aos 30 anos, Lina fez implante de próteses de silicone mamária. Ela os descreveu para o UOL como um símbolo de transformação, dizendo que queria que as pessoas a olhassem e a reconhecessem como travesti.[5] No mesmo ano, retificou seus documentos, passando a chamar-se oficialmente Lina Pereira dos Santos.[1] Carreira[editar | editar código-fonte]Linn iniciou sua carreira como performer. Sua primeira música autoral, intitulada "Enviadescer", foi lançada em março de 2016 através do YouTube.[6] Com o sucesso da canção, a artista lançou-se na carreira musical através do nome artístico Mc Linn da Quebrada (o prefixo "MC" foi removido algum tempo depois)[7] e, durante o ano de 2016, lançou as canções "Talento", "Bixa Preta" e "Mulher". As canções foram ovacionadas pela crítica e pelo público, levando a artista a embarcar na turnê nacional "Bixarya" durante 2016 e 2017.[8] Embora Linn contasse com apenas quatro músicas de estúdio lançadas, o repertório da turnê trazia cerca de 12 músicas completamente autorais. No mesmo ano, foi homenageada pela cantora Liniker através da faixa "Lina X". Liniker e Linn estudavam na mesma escola em Santo André e moraram juntas.[9] No ano de 2017, a artista lançou um crowdfunding para seu álbum audiovisual de estreia, intitulado "Pajubá", e a campanha acabou superando a meta desejada.[10] Em março, foi convidada especial do programa Amor & Sexo. No mês de junho, participou da faixa "Close Certo", do DJ Boss in Drama.[11] Além disso, no mesmo mês, fora anunciado que Linn estaria no elenco do filme "Corpo Elétrico", que traz em pauta temáticas LGBT.[12] A cantora, além disso, foi uma das protagonistas da coleção "Melissa Meio-Fio", da marca Melissa.[13] O primeiro single do álbum de estreia de Linn, intitulado "Bomba pra Caralho", foi lançado em setembro de 2017.[14] Em 30 de Novembro de 2017, estreou nos cinemas o filme documentário Meu Corpo é Politico dirigido por Alice Riff, que acompanha a vida de quatro militantes LGBT, sendo que uma deles é Linn.[2] No dia 08 de Dezembro de 2017 o artista Hugo Adescenco, aluno, na época, da ETEC de Artes, apresentou a montagem "Incômodo" baseado na obra de Linn da Quebrada como seu TCC para arte dramática. Esta apresentação abordava experiências de abuso e assédio sofridas pelo artista. Baseado na audição e interpretação do álbum Pajubá, "Incômodo" é um monólogo apresentado por uma pessoa colocada em situação de constrangimento e julgamento jogando com o público, e com si mesmo, pensamentos sobre abuso sexual, abuso moral, discussões de gênero, preconceito e família. Esta montagem mistura teatro, cinema, dança e performance improvisada em cima das faixas do disco.[15] A apresentação teve bastante repercussão nas redes sociais, chegando a ser divulgada pela Mídia Ninja em seu perfil oficial no Facebook.[16] Em agosto de 2018, Quebrada foi destaque em um filme da revista Dazed, dirigido por Valter Carvalho. Mykki Blanco, então editora convidada da revista, a descreveu como “honesta e assertiva” e observou que ela abordou questões como “raça, sexualidade, trabalho sexual e a política de sua identidade transgênero”.[17] Em 2019, Linn estreou como atriz na série da TV Globo, Segunda Chamada, interpretando a travesti Natasha, aluna do colégio Carolina Maria de Jesus. Nos cinemas, protagoniza o documentário premiado Bixa Travesty, que acompanha a trajetória de Linn, enfrentando o machismo e as diversas formas de transfobia. É dirigido por Claudia Priscilla e Kiko Goifman. Linn também assina o roteiro de produção.[18][19] O documentário estreou no Festival Internacional de Cinema de Berlim em 18 de fevereiro e venceu o Teddy Award de melhor documentário LGBT. Ainda em 2019 estreou como apresentadora no programa TransMissão do Canal Brasil, juntamente com sua companheira Jup do Bairro, sendo o primeiro talk show comandado por uma pessoa trans no Brasil. O programa tem o foco e objetivo de falar, de forma mais descontraída, sobre questões de gênero, sexo e raça.[20] Em 2021, Linn lançou seu segundo álbum, "Trava Línguas".[21] Em junho de 2021, foi destaque ao estampar a capa digital da Vogue com Liniker numa edição que celebra o mês do orgulho LGBTQIA+.[22] No mesmo ano estreou a série Manhãs de Setembro, lançada no dia 25 de junho, no Prime Video, em mais de 240 países.[23][24] Em 14 de janeiro de 2022, Linn foi confirmada como uma dos 20 participantes da vigésima segunda temporada do reality show Big Brother Brasil, da TV Globo.[25] Foi eliminada do reality show no dia 10 de abril, com 77,6% dos votos, a cantora disputou um paredão triplo contra os participantes Gustavo Marsengo (6,74%) e Eliezer do Carmo (15,66%), terminando a competição em 9º lugar.[26] No total, o seu paredão recebeu 83 milhões de votos (83.569.638) do público.[27] Discografia[editar | editar código-fonte]Álbuns[editar | editar código-fonte]
Álbuns de Remixes[editar | editar código-fonte]Lista de álbuns
Singles[editar | editar código-fonte]Como artista principal[editar | editar código-fonte]
Como artista convidada[editar | editar código-fonte]
Vídeos musicais[editar | editar código-fonte]Aparições especiais
Filmografia[editar | editar código-fonte]Filmes[editar | editar código-fonte]
Televisão[editar | editar código-fonte]
Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]
Referências
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Qual a história da Lina da quebrada?Lina Pereira dos Santos nasceu dia 18 de julho de 1990, na Zona Leste da cidade de São Paulo (SP). No entanto, foi criada no interior na cidade de Votuporanga. Boa parte da sua juventude foi dentro da religião Testemunha de Jeová, o que fez com que ela acreditasse que a homossexulidade era errada.
Qual é a história da Lina do BBB?Linn da Quebrada do BBB 22 é atriz e ativista. Ela foi a segunda mulher trans a participar do maior reality show do Brasil. Isso porque a primeira foi Ariadna, mas a sister ainda não era assumida quando fez parte do reality. Por isso, pode-se afirmar que Lina foi a primeira mulher trans assumida no reality show.
O que a Lina fez de errado no BBB?Porém, durante seu discurso de 30 segundos para defender sua permanência no jogo, Lina acabou utilizando a expressão “me doando por inteiro”, e alguns internautas começaram a criticar a cantora e afirmar que ela mesma havia errado seu pronome.
Porque Linn da Quebrada tem tatuagem na testa?“Eu fiz essa tatuagem por causa da minha mãe. Em partes da minha transição, a minha mãe ainda errava e me tratava no pronome masculino. Daí eu falei: 'Mãe, eu vou tatuar 'ela' aqui na minha testa pra ver se a senhora não erra“, disse ela, no reality.
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