Como se configura o Terceiro Setor do campo de atuação do assistente social?

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Como se configura o Terceiro Setor do campo de atuação do assistente social?

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GIFE Grupo de Institutos, Fundações e Empresas 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
INSS Instituto Nacional da Seguridade Social 
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 
MP Ministério Público 
MTE Ministério do Trabalho e Emprego 
ONG Organização Não Governamental 
OSCIP Organização da Sociedade Civil de Interesse Público 
PNE Portadores de Necessidades Especiais 
SESI Serviço Social da Indústria 
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
SESC Serviço Social do Comércio 
SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial 
TCE Tribunal de Contas do Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11 
2 O TERCEIRO SETOR: SIGNIFICADOS ADOTADOS ...................................... 16 
3 SERVIÇO SOCIAL: ELUCIDAÇÕES AOS MEIOS EXTRA-ACADÊMICOS .... 25 
4 O TERCEIRO SETOR ENQUANTO ESPAÇO SÓCIO-OCUPACIONAL DO 
ASSISTENTE SOCIAL ............................................................................................. 32 
5 O TERCEIRO SETOR: ANÁLISE DAS INSTITUIÇÕES PESQUISADAS ........ 37 
5.1 ENTIDADE A ...................................................................................................... 37 
5.2 ENTIDADE B ...................................................................................................... 46 
5.3 ENTIDADE C ..................................................................................................... 51 
6 LIMITAÇÕES DO ESTUDO ............................................................................... 60 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 62 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 69 
SITES CONSULTADOS ........................................................................................... 73 
ANEXOS ................................................................................................................... 74 
ANEXO A – Questionários ...................................................................................... 75 
 
 
 
 
 
 11 
1 INTRODUÇÃO 
O conceito dominante sobre o Terceiro Setor o situa entre o Estado 
(Primeiro Setor) e o Mercado (Segundo Setor) e abarca um variado número de 
iniciativas que oportunizam bens e serviços públicos sem gerar lucros. De modo 
geral, podemos citar como exemplos, igrejas, clubes, associações de moradores, 
sindicatos, fundações, ONGs / OSCIPs, entre muitos outros. 
Nosso objeto, no entanto, trata especificamente de instituições do 
terceiro setor que atuam, minimamente em seus estatutos, na efetivação de direitos 
e na promoção de cidadania. 
Conceituar e situar o Terceiro Setor não é tarefa simples, contudo, e 
tem sido fonte de polêmica entre seus principais teóricos. De toda forma, objetivando 
dar ao termo um significado particular e bem delimitado, trataremos melhor disto no 
Capítulo 2 – O Terceiro Setor: Significados adotados. 
Igualmente, escolhemos um capítulo à parte para tratar do Serviço 
Social, especialmente para atender a um de nossos objetivos, fazendo deste 
trabalho matéria útil também fora dos muros acadêmicos, onde certa dose de 
confusão se verifica na compreensão dos conceitos de Serviço Social, Assistente 
Social e Assistência Social. 
O presente estudo tem por objetivo geral refletir acerca das relações 
entre o Serviço Social e o Terceiro Setor. 
Por objetivos específicos, pretendemos: 
Debater a respeito da atuação profissional dos assistentes sociais no 
terceiro setor, especialmente sobre o caráter de alienação verificado nas 
aproximações com as instituições pesquisadas. 
Aprofundar o conhecimento quanto às práticas institucionais, 
especificamente em relação às distâncias verificadas entre a missão estatutária e a 
atuação efetiva destas entidades. 
Compor parte dos subsídios teóricos para o desenvolvimento 
institucional das entidades pesquisadas, sob a perspectiva da participação de todos 
os sujeitos. 
Costa (2006) observa que: 
[...] o gerenciamento da maioria dessas organizações ainda está atrelado às 
 12 
formas tradicionais; a gestão ainda é centralizada e exercida por pessoas 
não especializadas; a preocupação com a sustentabilidade financeira é 
predominante entre os gestores; e não há a percepção de que a gestão 
implica a visão da totalidade institucional em que a participação e o plano 
gestor ocupam papéis estratégicos. 
Ainda segundo Costa (2006), este quadro: 
[...] impede a existência de projetos setoriais que propiciem a formação 
continuada dos recursos humanos envolvidos em todos os setores; 
forneçam atendimento de qualidade social às famílias; gerem captação de 
recursos a partir de uma perspectiva de investimento social e não de 
caridade e filantropia; e possibilitem a avaliação contínua do trabalho 
realizado. 
A atuação destas instituições, entretanto, abrange grande parcela da 
população e carece de estudos mais específicos, construídos a partir de suas 
particularidades. 
Destacamos que este estudo não desconsidera, em absoluto, o 
terceiro setor organizado, aqui entendido como universo de iniciativas que primam 
pela excelência em seu desempenho sem abrir mão do debate / embate Trabalho x 
Capital. Todavia, é o outro lado da moeda que retém nossa atenção, conforme se 
verifica ao longo do esforço. 
O recorte micro regional deste trabalho, portanto, elegendo três 
entidades de pequeno e médio porte, objetiva um estudo mais profundo sobre os 
meandros do aparelho institucional do terceiro setor, capaz de contribuir na 
construção de projetos de intervenção profissional objetiva, sem perder de vista que 
“história é sempre a história mundial e as histórias particulares vivem só no quadro 
da história mundial.” (Semeraro, 1999, p. 264). 
É intenção deste esforço, ainda, identificar os possíveis espaços 
para a atuação profissional do assistente social no terceiro setor, em especial, nas 
funções de gestão ou assessoria aos gestores. Ainda que estes espaços estejam 
camuflados sob o conservadorismo de muitas instituições, há uma absoluta 
compatibilidade entre as demandas institucionais e as habilidades profissionais. Esta 
compatibilidade vem à tona, se abertos os espaços, conforme verificado na pesquisa 
de Silva (2008, p. 148): 
Percebemos que o trabalho do assistente social perpassa quase todos os 
campos da entidade, ele é um profissional que desempenha um papel 
importante, colabora para a coesão da equipe, auxilia na formação dos 
profissionais que não são de nível superior, assessora a direção e outros 
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profissionais. Assim, podemos concluir que esses assistentes sociais 
compreendem a importância do trabalho em equipe no desenvolvimento de 
projetos e buscam agregar à sua prática o conhecimento de outras áreas. 
Alguns profissionais ainda sentem dificuldades nesse trabalho: Não há troca 
de conhecimentos e os profissionais trabalham paralelamente. 
Motivação relevante à confecção desta análise constitui-se da 
importância pela produção intelectual acerca dos espaços profissionais do assistente 
social, conforme identificado por Iamamoto (2008, p. 200): 
Nos diferentes espaços ocupacionais do assistente social é de suma 
importância impulsionar pesquisas e projetos que favoreçam o 
conhecimento do modo de vida e de trabalho – e correspondentes 
expressões culturais – dos segmentos populacionais atendidos, criando um 
acervo de dados sobre os sujeitos e as expressões da questão social que 
as vivenciam [...]. 
Desde a promulgação da Constituição de 1988, criou-se o ambiente 
favorável ao processo

Como se configura o Terceiro Setor na atuação do assistente social?

O terceiro setor se configura como consequência da transferência de responsabilidade do Estado com as expressões da questão social. O Estado, então, passa para o terceiro setor essa responsabilidade, que vai configurar novas demandas e novos espaços sócios ocupacionais para o Assistente Social.

Qual a importância da atuação do assistente social no Terceiro Setor?

Ele é responsável por defender e formular as políticas públicas e programas sociais do terceiro setor. Ele pode atuar na Política da Assistência Social formulando políticas que promovam a educação, o trabalho, defendam à criança e adolescente, etc. além de empresas, entidades assistenciais e ONGs.

Quais são os campos de atuação do assistente social?

Suas principais áreas de atuação são assistência social, saúde, justiça, educação, habitação, relações de trabalho, entre outras. Os campos de trabalho são administração pública, empresas privadas, organizações não governamentais, movimentos sociais.

O que é Terceiro Setor e qual a sua relação com a gestão social?

A expressão Terceiro Setor, que não provém das ciências jurídicas, mas de outras ciências sociais (sociologia), quer indicar o conjunto de organizações não governamentais criadas para o desempenho de atividades socialmente relevantes.