Tubérculos de montgomery quando surgem

A gestante, mais cedo ou mais tarde, descobrirá o aparecimento de pequenos nódulos, em forma de bolinhas, ao redor das auréolas dos seios.
Essas bolinhas são os tubérculos de Montgomery, que são parte da preparação do corpo feminino para a gestação e a amamentação. Os tubérculos produzem um tipo de sebo, que se estende por sobre a auréola, formando uma proteção, que impede o contato de bactérias com a região.
Outra função dessa camada é evitar a desidratação na região, que causa as fissuras nos mamilos.

 Às mamães é importante que fique claro que os tubérculos são parte do processo e não devem ser tocados.

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Entenda o que acontece no seu corpo e como seu bebê está após as 12 primeiras semanas de gestação. Veja, também, por que é essencial o consumo de ácido fólico nesse período.

O primeiro trimestre de gravidez é um período de grandes transformações para a mulher. Seu corpo muda, seu humor muda e, claro, seu planejamento de vida passa por uma drástica mudança. O bebê ainda é um embrião, mas logo se torna um feto, com o coração batendo. Na entrevista a seguir, o ginecologista e obstetra Eduardo Cordioli conta o que acontece com a mãe e com o bebê nas primeiras 12 semanas de gestação. Além disso, ele ressalta a importância da ingestão do folato para
garantir que o feto não tenha nenhuma malformação. Confira:

Íntima Mamãe & Bebê: Vamos falar sobre o primeiro trimestre de gravidez. O que acontece nesse período
no corpo da mulher?
Eduardo Cordioli: O primeiro sintoma que a mulher tem, até, às vezes, antes do atraso menstrual, são os seios doloridos. A recomendação é que ela use sutiã de alça larga para dar sustentação e para que os seios doam menos. Também aparecem nos seios umas bolinhas em volta da auréola, que são tubérculos de Montgomery. Elas são normais e não devem ser exprimidas. É comum, também, que a mulher sinta tontura, porque a pressão arterial diminui na gravidez. Além disso, o coração acelera um pouco: é normal sentir taquicardia. Então, é importante nunca mudar de decúbito muito rápido. Ou seja, se você estiver deitada, antes de se levantar, sente-se, respire, coloque os pés no chão e se levante devagar.

IMB: E os famosos enjoos que as grávidas sentem?
EC: Geralmente, começam no final do primeiro mês, lá pela quarta ou quinta semana, e vão até o final do primeiro trimestre, às vezes só melhorando, de fato, com 16 semanas. Esse enjoo acontece por causa de uma alteração hormonal que muda o ritmo intestinal e que faz o estômago ficar mais sensível a alimentos quentes. Por isso, é muito importante que ela coma várias vezes ao dia, em pouca quantidade. A comida deve ser morna ou em temperatura ambiente, às vezes até mesmo gelada. Sucos de frutas azedas e ácidas, como limão e abacaxi, também ajudam. Isso sem falar que é preciso evitar alimentos gordurosos e apimentados. Como esse enjoe, em geral, é matinal, o ideal é acordar e se alimentar antes mesmo de escovar os dentes. Também devido à ação hormonal, acontece uma mudança de humor. A mulher fica mais sensível, com o humor mais lábil: ela pode chorar ou rir por qualquer coisa. Isso é normal.

IMB: Falamos da mãe nos primeiros três meses. E o bebê?
EC: Cerca de dez dias após a fecundação, o embrião se implanta na parede do útero e começa a desenvolver os primórdios da placenta, que fará a comunicação com a mãe para servir de fonte de nutrição, e o saco amniótico, que protege o bebê durante toda a gravidez. Esse período de até oito semanas, que chamamos de embriopático e que pode ser estendido
até 12 semanas, é muito importante, pois é quando o embrião está mais suscetível a malformações. Nessa fase, o coração do bebê também começa a bater, entre a quarta e a quinta semana. Claro que não podemos ficar desesperados se, com cinco semanas, a gente fizer o ultrassom e não vir o coração batendo. Às vezes, a mulher não está de cinco semanas, porque houve um erro de data. Os pais não devem ficar desesperados: basta repetir o ultrassom depois de 15 dias. Com sete semanas, com certeza, é possível ver o coração batendo. Também, nessa época, você começa a ter o desenvolvimento dos rins, do fígado, do intestino e do tubo neural.

IMB: Falando mais sobre alimentação, qual é a importância de a gestante fazer uma suplementação da sua dieta com vitaminas e minerais no primeiro trimestre da gestação?
EC: A grande importância de a mulher consumir vitaminas e minerais durante o início da gestação, em primeiro lucrar, é para evitar malformações e disrupções fetais, que, na Medicina, são chamados de defeitos de fechamento do tubo neural'”. Se a mulher se alimentasse de forma adequada, não fosse estressada e fizesse exercícios, estaríamos tranquilos, mas sabemos que o brasileiro come muito mal. A dieta do brasileiro é muito salgada, com muito sódio, muita proteína de baixa qualidade, muita gordura saturada, derivada de origem animal, carne bovina principalmente, e com grande ingestão de carboidratos”. Então, você tem uma ausência de micronutrientes.

IMB: Quais são as vitaminas e minerais essenciais no primeiro trimestre de gestação?
EC: Nessa fase, é muito importante o consumo dos folatos. A falta de folatos no primeiro trimestre pode levar a defeitos de fechamento do tubo neural. A anencefalia, que é incompatível com a vida, é o mais grave, porque há ausência de encéfalo, por não haver o fechamento do crânio. Há problemas mais leves e intermediários, e também graves, como a raquísquise, que é a coluna praticamente inteira aberta e também é incompatível com a vida'”. Existem, ainda, problemas graves, mas que são compatíveis com a vida, como a mielomeningocele, que seria uma parte da coluna aberta.

IMB: Esses defeitos de fechamento do tubo neural são detectados logo no início da gravidez?
EC: O período entre a terceira e a oitava semana de gestação é muito importante para o desenvolvimento do bebê, porque, no final da oitava semana, praticamente todas as estruturas estão formadas. Essa é a época de maior risco de disrupção fetal. Entre 11 e 14 semanas, é importante que se faça o exame morfológico do primeiro trimestre, em que se mede a nuca e verifica-se o dueto venoso, o coração do feto e outras estruturas, para ver se há alguma malformação.

Dr. Eduardo Cordioli (CRM 90587-SP)
Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); presidente da Comissão Nacional de Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia da Federação Brasileira as Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); coordenador de pós-graduação de Estado da Arte em Ginecologia e Obstetrícia, do Hospital lsraelita Albert Einstein

Quando aparece os tubérculos de Montgomery?

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