Quantos anos Paulo tinha quando foi chamado?

Olá Manoel missinaldo, Horizonte!

Perguntas com respeito a dúvidas sobre o apóstolo  Paulo, já foram dirigidas ao site de todas as formas. Esta é mais uma.

Poderei iniciar a resposta com alguns elementos de respostas que foram  dadas em outras perguntas. Por exemplo:

“Quero saber sobre o apóstolo Paulo?” pergunta de Hermes Freitas, Harrison e resposta de Odalberto Domingos Casonatto, em 25/09/2012.

Nesta resposta foi incluido algumas datas significativas, que olhando-as, respondem a pergunta. Vejamos algumas datas:

Quanto às datas sabemos que os estudiosos nos fornecem vários pontos de referência. Por isso as datas, tem uma aproximação e não uma certeza absoluta. Não entramos nesta resposta a esta discussão.

Ano 5 e 10: Nascimento de Paulo. Poucos anos depois do nascimento de Jesus, nasce Paulo em Tarso, na Cilícia (parte sul, margens do Mediterrâneo, atual Turquia).

Ano 30: Morte de Jesus e ressurreição. Pentecostes e formação da Comunidade de Jerusalém.

Ano 35: Morte de Estevão (At 6-7), Saulo/Paulo nomeado pelo Sinédrio para perseguir os cristãos (At 7,58; 8,1-3). Conversão a caminho de Damasco (At 9) Batizado por Gamaliel em Damasco, vai para o deserto da Arábia por 3 anos (Gl 1,15 - 17)

Ano 36: Volta a Tarso, se une a Barnabé, vai a Jerusalém e Antioquia (Gl 1,18; At 11,25-30) Inicia a primeira viagem missionária com Marcos para Chipre e Asia/Turquia) (At 13-14)

Ano 48/49: Concílio de Jerusalém. Defende a presença dos pagãos na comunidade (At 15); Discute com Pedro e se separa de Barnabé (At 15,36-39)

Ano 50/52: Segunda viagem missionária. Galácia, Macedônia e Acaia (At 15,36-18,22) Fundação das comunidades de Galácia, Filipos, Tessalônica, Corinto. Começa escreve as primeiras cartas.

Ano 53/58: Terceira viagem missionária. Permanece bom tempo em Efeso, ali é preso. Visita às comunidades da Grécia e retorna a Jerusalém. (At 18,23-21)

Ano 58/60: Preso em Jerusalém e Cesárea. É julgado em Roma (At 21,17-26,32)

Ano 61/63: Viagem do cativeiro (At 27-28). Escreve as cartas de Colossenses, Filemon, Efésios e Filipenses.

Ano 64/67: Decapitado em Roma, na perseguição do Imperador Nero.

Concluindo: Tendo como referência estas datas, na ocasião da morte de Jesus, ano 33 d. C. Paulo deveria estar com 23 anos se aceitarmos a data de 10 d.C como data de seu nascimento. Deveria Paulo nesta ocasião estar estudando as leis judaicas na Escola de Gamaliel, um fariseu de orientação moderada quanto à interpretação da Lei. Nesta oportunidade de vivência em Jerusalém conheceu Jesus em sua vida publica e como todo fariseu tinha Jesus como inimigo (conf. Zedda, Prima lettura di San Paolo, pág. 29). Em seguida conforme narrativa dos Atos do Apóstolos, encontramos Paulo presente no apedrejamento de Estevão.

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Fontes:

Bíblia de Jerusalém Ed. 1981 no quadro cronológico, na parte final.

Paulo Trabalhador e Evangelizador, mês da Bíblia 1991.

Material didático escrito utilizado nas aulas dos Atos dos Apóstolos e Cartas Paulinas, Instituto de Teologia de Passo Fundo, Rs, 2003.

Zedda, Silverio, Prima Lettura di San Paolo, Tecnograph, Torino, 1964.

Quantos anos Paulo tinha quando foi chamado?

Na última terça (25), celebrou-se a festa de Paulo de Tarso, que dá nome à capital paulista. Sobre ele temos informações graças a 13 cartas que escreveu e ao relato do evangelista Lucas, com quem fez viagens missionárias, intitulado Atos dos Apóstolos — documentos que integram o Novo Testamento.

Paulo ou Saulo nasceu provavelmente no ano 1 de nossa era e faleceu em 64, aos 63 anos, em Roma. Seus pais haviam emigrado da Palestina para Tarso. Judeus piedosos, evitaram matricular o filho em escolas gregas. Tão logo completou 14 anos, Paulo foi remetido a Jerusalém, onde morava sua irmã casada. Estudou na mais renomada escola rabínica da época: “aos pés de Gamaliel” (Atos 22, 3).

Seus textos demonstram sólida formação teológica. E era excelente escritor. Seu “Hino ao Amor” (1 Coríntios 13, 1-13) é dos mais belos poemas da literatura universal: Ainda que eu falasse / a língua dos homens e dos anjos, / e não tivesse amor,/ seria como o bronze que soa / ou o címbalo que tine…

Paulo encontrava-se entre os apedrejadores do jovem levita Estêvão, condenado por “blasfêmia” por haver se tornado cristão. As vestes dos executores foram depositadas “aos pés de um jovem, chamado Saulo” (Atos 7, 58).

Tornou-se inimigo dos cristãos: “Persegui de morte esta doutrina, acorrentando e encarcerando homens e mulheres” (Atos 22, 4). Tinha ele 28 anos: “Fui com o objetivo de ali prendê-los (os cristãos) e trazê-los acorrentados a Jerusalém, onde seriam castigados. Ora, estando eu a caminho e aproximando-me de Damasco, pelo meio-dia, de repente me cercou uma intensa luz do céu. Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Respondi: “Quem és, senhor?” E ele me disse: “Sou Jesus Nazareno, a quem persegues.” (Atos 22, 5-10).

Em Damasco, ao pregar nas sinagogas, despertou-lhe a vocação apostólica. Pouco depois retirou-se ao deserto, talvez para se preparar, espiritual e teologicamente, em alguma comunidade judaica-cristã. Ali permaneceu 13 anos! Nada se sabe sobre esse período da vida dele.

Aos 41 anos, Paulo dirigiu-se a Jerusalém para “visitar” o chefe da nascente Igreja, Pedro (Gálatas 1, 18).

Paulo dedicou mais de 14 anos a viagens missionárias. Percorreu cerca de 15 mil km e enfrentou todo tipo de dificuldades: foi açoitado, apedrejado, preso, assaltado; naufragou, sentiu-se traído, passou fome, frio e noites sem dormir (2 Coríntios 11, 24-27), exposto “ao perigo a todo o momento” (1 Coríntios 15, 30).

Nem sempre é fácil adequar a mudança do modo de pensar com a do agir. Foi o que ocorreu a judeu-cristãos de Jerusalém e a Pedro. Acreditavam que um pagão convertido ao cristianismo deveria, primeiro, aceitar certos rituais judaicos, como a circuncisão e as práticas de pureza. Paulo discordava. Para ele, um pagão podia abraçar a fé em Cristo sem a menor observância à lei mosaica. Frente ao impasse, no ano 51 ele participou, em Jerusalém, do primeiro Concílio da história da Igreja.

Logo depois, em Antioquia, ocorre um incidente entre ele e Pedro. Eis o que Paulo escreveu na Carta aos Gálatas (2, 11-14): “Quando Pedro foi a Antioquia, eu o enfrentei em público, porque ele estava claramente errado. De fato, antes de chegarem algumas pessoas da parte de Tiago (bispo de Jerusalém), ele comia com os pagãos; mas, depois que chegaram, Pedro começou a evitar os pagãos e já não se misturava com eles, pois tinha medo dos circuncidados. Os outros judeus também começaram a fingir e até Barnabé se deixou levar pela hipocrisia. Quando vi que eles não estavam agindo direito, conforme a verdade do Evangelho, eu disse a Pedro, na frente de todos: “Você é judeu, mas está vivendo como os pagãos e não como os judeus. Como pode, então, obrigar os pagãos a viverem como judeus?””

Paulo não era contra os judeu-cristãos observarem a lei mosaica. Encarava isso com tolerância. A questão se complicou ao perceber Pedro mudar seu modo de agir e passar a admitir que a salvação não viria apenas como dom gratuito de Cristo, mas também pelo cumprimento da lei de Moisés. Ao retomar antigos costumes judaicos, Pedro fez os pagão-cristãos se sentirem inferiores aos judeu-cristãos, como se fossem fiéis de segunda classe.

Paulo fazia questão de não ser um peso às comunidades que o acolhiam. Sustentava-se com o seu ofício de fabricante de tendas e de objetos de couro (Atos 18, 3).

Ao chegar a Atenas, sugeriram-lhe ir ao Areópago, a colina de Marte, onde se reuniam os interessados em filosofia. Ali exercitou toda a sua pedagogia evangelizadora: valorizou seus ouvintes como “extremamente religiosos” (Atos 17, 22) e, ao deparar-se com um altar dedicado “ao Deus desconhecido”, soube tirar proveito: “Aquele que venerais sem conhecer é este que vos anuncio” (Atos 17, 23). E parafraseando Arato, poeta conhecido pelos gregos, concluiu que Deus “não está longe de cada um de nós; é nele que vivemos, nos movemos e existimos” (Atos 17, 27-28).

Para tempos de fundamentalismos religiosos, Paulo deixou importante legado por seu testemunho de quem passou de perseguidor a perseguido; de membro da elite a pregador itinerante; de fariseu intolerante a cristão dotado de espírito ecumênico; de legalista a misericordioso.

Paulo soube ser grego com os gregos e judeu com os judeus; respeitou a hierarquia da Igreja sem deixar de criticar inclusive o papa, Pedro; demonstrou que o contrário do medo não é a coragem, é a fé.

Místico, Paulo ousou exclamar: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gálatas 2, 20).

* Escritor, autor do romance “Um homem chamado Jesus” (Rocco), entre outros livros

Quantos anos Paulo tinha quando foi chamado por Jesus?

Tinha ele 28 anos: “Fui com o objetivo de ali prendê-los (os cristãos) e trazê-los acorrentados a Jerusalém, onde seriam castigados. Ora, estando eu a caminho e aproximando-me de Damasco, pelo meio-dia, de repente me cercou uma intensa luz do céu.

Quantos anos o apóstolo Paulo se preparou para um reconhecimento no ministério?

Batizado, foi para o deserto da Arábia, onde orou e fez penitência por três anos. A partir de então, com a juventude e a energia que o caracterizava, e para grande espanto dos judeus, começou a pregar nas sinagogas que Jesus era o Cristo, Filho de Deus vivo, 9 10-22.

Quando Saulo passou a ser chamado de Paulo?

A mudança decisiva de “Saulo” para “Paulo” em Atos só acontece quando Paulo parte para as suas viagens missionárias para longe de Jerusalém. Essa mudança sutil ocorre em Atos 13.13: “Paulo e seus companheiros dirigiram-se”. A pessoa que “mudou” seu nome não foi Jesus e sim Lucas.

Quando Paulo conheceu Jesus?

Saulo tinha assistido à morte de Estêvão. Certo dia, ele estava indo para a Cidade de Damasco com alguns amigos, porque queria colocar alguns discípulos de Cristo na prisão. De repente uma luz brilhante, vinda do céu, envolveu-o e ele caiu no chão.