Qual o papel do governo e das empresas em relação ao meio ambiente?

É possível atuar com base na busca pela conservação do meio ambiente e o alcance da sustentabilidade? Que medidas podem ser tomadas no cotidiano?

O que é meio ambiente?

Meio ambiente faz referência a todos os recursos naturais necessário para a sobrevivência e o desenvolvimento da sociedade. A sustentabilidade busca o uso racional destes recursos naturais sem comprometer o meio ambiente preservando os uso das gerações futuras.

Meio ambiente é o ambiente em que os seres estão inseridos, bem como suas condições ambientais, biológicas, físicas e químicas. Ou seja, quando falamos de recursos naturais, estamos basicamente fazendo referência ao meio ambiente, pois tudo que utilizamos no nosso dia-a-dia depende diretamente ou indiretamente dele. Preservar o meio ambiente, dessa forma, se torna um dos principais princípios da sustentabilidade.

O que é sustentabilidade?

Sustentabilidade é a capacidade de usufruir dos recursos naturais presentes no planeta sem comprometer o uso dos mesmos para as gerações futuras.

Nesse sentido, por exemplo, temos cada vez mais a aplicabilidade do termo em ações cotidianas como o consumo de produtos naturais, reutilização de embalagens, reciclagem, utilização de transportes menos poluentes.

Investir em medidas que visam a aplicação de práticas sustentáveis na cadeia produtiva são ações que diversas empresas estão adotando para aperfeiçoar processos, para reduzir o impacto ambiental e para atrair consumidores.

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que os brasileiros estão interessados em consumir marcas preocupadas com o meio ambiente e com a qualidade de vida de todos os envolvidos na cadeia produtiva.

O levantamento ouviu duas mil pessoas em 126 municípios e mostrou que quase 38% delas se preocupam em saber se um item foi produzido de forma ambientalmente correta.


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Sustentabilidade ambiental: o que é? Tipos e exemplos:


Qual o papel do governo e das empresas em relação ao meio ambiente?

A sustentabilidade ambiental relaciona-se à capacidade de suporte, resiliência e resistência dos ecossistemas. Pode ser ainda definida como um processo de avaliação entre a economia, a sociedade e a natureza.

É esse tipo de sustentabilidade que define a maneira como os seres humanos utilizam os bens e os recursos naturais para suprir suas próprias necessidades, de forma que não sejam esgotados, havendo garantias para as próximas gerações.

Confira exemplos:

1- Utilização de fontes de energia limpas e renováveis.

2- Racionalização e controle sobre a exploração de recursos minerais.

3- Exploração consciente e manejo controlado de riquezas naturais.

4- Reflorestamento e valorização de áreas verdes.

5- Coleta seletiva e reciclagem de resíduos.

6- Racionalização de água.

Benefícios de ações de sustentabilidade nas empresas:

Uma gestão com sustentabilidade tem ganhado mais espaço na agenda estratégica das instituições. Essa visão é essencial tanto para o crescimento e manutenção da empresa em um mercado cada vez mais consciente e exigente com a conservação dos recursos naturais quanto para o desenvolvimento do país.

A redução na disponibilidade de recursos naturais e o consequente aumento dos custos colocam em primeiro plano a busca pela eficiência. Soma-se a isso a crescente preocupação com as repercussões das atividades econômicas sobre o meio ambiente e com as mudanças climáticas.

Qual o papel do governo e das empresas em relação ao meio ambiente?

Os consumidores demandam produtos e processos produtivos com menos impacto no meio ambiente e o tema ganha atenção crescente das organizações internacionais, dos governos, das organizações e da sociedade.

Marcas e imagem corporativa estão mais atreladas à postura das instituições sobre as questões ambientais, o que aumenta a importância dos ganhos de eficiência no uso dos recursos naturais e da redução nas emissões de gases de efeito estufa.

A economia de baixo carbono e a economia circular, bem como as novas tecnologias e modelos de gestão a elas relacionadas, estão em destaque na agenda da competitividade. As empresas que melhor aproveitarem essas oportunidades terão mais vantagens competitivas.

A CNI vem trabalhando ativamente junto aos poderes Executivo e Legislativo com propostas para desburocratizar o ambiente de negócios, facilitar a vida do empresário e contribuir com a retomada do crescimento sustentável do país.

Essas propostas referem-se tanto a gargalos antigos, que ainda representam barreiras à competitividade da indústria brasileira, quanto aos novos desafios decorrentes da crise da Covid-19.

Indústria forte e sustentável

O setor industrial brasileiro adota princípios da sustentabilidade como ética, transparência e respeito à sociedade e ao meio ambiente. Investimentos em projetos ambientais geram ganhos econômicos e sociais e contribuem com a consolidação de uma economia de baixo carbono.

Os negócios buscam maior eficiência e relações de qualidade com as partes envolvidas, com o objetivo de reduzir riscos e custos, além de transformar os desafios da agenda da sustentabilidade em oportunidades de negócios.

Como a CNI atua

A Confederação Nacional da Indústria trabalha na mobilização do setor industrial e na articulação com o governo federal e demais partes interessadas. A indústria deseja ser parte da solução no desenvolvimento sustentável do país, tendo como norte o Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Conheça os temas de atuação:

Bioeconomia - Aproximadamente 40% da economia global é fundamentada em produtos derivados da biodiversidade e seus componentes. Inovações relacionadas ao uso sustentável da biodiversidade são conduzidas pela indústria na produção de biocombustíveis e na fabricação de insumos aos setores como o alimentício, químico, têxtil, farmacêutico e de cosméticos.

O Brasil é o país que detém a maior biodiversidade do mundo, o que deve ser visto como um ativo econômico com muitas oportunidades de negócios. Uma das iniciativas necessárias é a valoração da biodiversidade e dos serviços ecossistêmico

Ao quantificar o valor econômico da biodiversidade, pode-se propor políticas públicas que a conservem e estimulem seu uso sustentável, de modo a inserir esta atividade em um modelo de desenvolvimento que traga benefícios sociais e econômicos.

Economia Circular - A economia circular associa desenvolvimento econômico ao melhor uso de recursos naturais, por meio de novas oportunidades de negócios e da otimização na fabricação de produtos. A ideia é depender menos de matéria-prima virgem, priorizando insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis.

Essa tendência faz com que as empresas não apenas reduzam custos e perdas produtivas, mas também criem novas fontes de receita, por exemplo, com estímulo à inserção de matéria-prima secundária nos processos produtivos e fomento ao mercado de resíduos.

Florestas - O Brasil possui uma grande cobertura florestal, a segunda maior do mundo, ficando atrás apenas da Rússia. A expansão das áreas de concessões florestais, pautadas no manejo florestal sustentável, é uma oportunidade para a ampliação da oferta de madeira tropical de florestas nativas e uma importante estratégia para conservação das áreas florestais remanescentes.

Licenciamento ambiental - O licenciamento ambiental de qualidade é fundamental para o desenvolvimento da atividade econômica. O desafio é adequá-lo às melhores práticas, de modo a eliminar as disfunções que comprometem a qualidade do meio ambiente e que geram obstáculos desnecessários ao funcionamento pleno da economia.

Importantes documentos divulgados pela CNI, como a Agenda Legislativa, o Mapa Estratégico da Indústria e o documento Propostas da Indústria para o Aprimoramento do Licenciamento Ambiental, destacam as proposições apresentadas aos parlamentares e às partes interessadas.

Mudança do clima - O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) coordena as atividades do Governo Federal quanto ao cumprimento das atividades previstas na Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que reúne informações atualizadas sobre diversas iniciativas no âmbito da agenda climática nacional.

Nesse sentido, já foi publicada a 4ª Comunicação do Brasil à Convenção, que está disponível neste link. O documento traz as principais informações sobre o tema relacionadas às iniciativas do Brasil.

Com a ratificação do Acordo de Paris, em 2016, o Brasil se comprometeu a reduzir em 37% as emissões absolutas de GEE até 2025 e 43% até 2030, conforme apresentado em sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC). O foco deve ser a melhoria da eficiência da indústria, sem gerar riscos aos negócios, e o enfraquecimento das cadeias produtivas e das exportações.

Segurança hídrica - As indústrias utilizam a água de modo mais eficiente nos processos produtivos. São investimentos em recirculação de água, sistemas adaptativos de captação e no aproveitamento de efluentes tratados (reúso). Paralelamente, o setor vem direcionando suas inovações para o desenvolvimento de eletrodomésticos, produtos de limpeza, utensílios sanitários e outros bens de consumo que permitam ao consumidor utilizar a água de maneira racional.

É estratégico para o país o investimento em soluções colaborativas no gerenciamento das águas que nos permitam abastecer as cidades, gerar energia, produzir alimentos e desenvolver o setor industrial sem que sejam comprometidos os recursos ambientais e os ecossistemas sensíveis.

Resíduos sólidos - Nas últimas décadas, a gestão de resíduos na indústria privilegiou a eficiência dos processos produtivos e o uso de modernos equipamentos para reduzir sua geração. O reaproveitamento e a reciclagem consolidaram-se no dia-a-dia das empresas.

Iniciativas como a ecoeficiência e a produção mais limpa ganham cada vez maior espaço. Programas que conectam diferentes empresas para a utilização dos resíduos e subprodutos de um setor industrial como insumo para outras cadeias produtivas ganham destaque ao alinhar incentivos econômicos com ambientais.

O aproveitamento econômico de resíduos, mais do que uma necessidade diante do atual cenário de escassez de recursos naturais, é uma oportunidade para a abertura de novos mercados - como máquinas, equipamentos e embalagens.

Gestão Sustentável de Energia

No Brasil, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) por unidade de energia consumida nas indústrias são pequenas quando comparadas a outros países, motivo pelo o qual o país é destaque em relação ao setor de energia.

Balanço feito pelo Ministério de Minas e Energia, o Balanço Energético Nacional, revela que 83,3% da matriz elétrica do país corresponde a fontes de energia renováveis. A geração hidráulica correspondeu a 66,6% desse total, a eólica a 7,6%, a biomassa a 8,5% e a solar a 0,5%. Outros comparativos podem ser vistos em documento disponibilizado pela CNI.

Apesar do destaque, a gestão sustentável de energia no Brasil ainda não é comparável à de países desenvolvidos, principalmente em relação ao consumo de energia per capita, que deverá aumentar até 2030.

O grande desafio é manter os percentuais atuais, principalmente considerando a  ocorrência de eventos climáticos extremos que deverão atingir os reservatórios de água voltados à geração hidráulica.

Saiba mais sobre a atuação da indústria e os resultados obtidos no portal Indústria Sustentável, da CNI.

Fique por dentro de todas as notícias e iniciativas da CNI para a preservação do meio ambiente e para uma indústria sustentável.

Qual é o papel do governo na preservação do meio ambiente?

O IBAMA foi criado em 1989 pela Lei 7.735 e tem como principal função executar a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) por meio da fiscalização ambiental. Assim, podemos entender o IBAMA como uma polícia que vai atuar em campo e garantir que a legislação ambiental seja cumprida, por meio de coerção e de sanções.

Qual o papel das empresas em relação ao meio ambiente?

As empresas são parte fundamental para o alcance do desenvolvimento sustentável, pois elas constituem-se em um elemento chave para o progresso econômico de um país. Grande parte da poluição que ocasiona o efeito estufa e das ações que prejudicam o ecossistema é decorrente dos processos de produção das empresas.

Qual o papel da sociedade e das empresas na preservação do meio ambiente?

Todos os setores da sociedade tem responsabilidade quando se trata de proteção ao meio ambiente. Porém, as empresas precisam assumir liderança no que diz respeito a fornecer soluções para problemas ambientais. Elas devem agir para evitar qualquer tipo de poluição, e também para reforçar a proteção de recursos naturais.

Qual o papel das empresas do governo e da sociedade em relação ao desenvolvimento sustentável?

Eles cuidam de seus funcionários e incentivam o desenvolvimento pessoal contínuo, reconhecendo e nutrindo alto desempenho. Também preocupado com o meio ambiente, o programa sustentável inclui reduzir a poluição, as emissões de gases de efeito estufa e os resíduos, além de ser eficiente em termos de recursos e energia.