Quais são as informações principais que devem constar no capítulo de operações produção no plano de negócio?

Saiba como preparar um plano de negócios, que elementos incluir e como construir cada capítulo do documento. 11-07-2019

O trabalho de um empreendedor começa sempre muito antes de passar à ação. As empresas nascem no papel, num plano de negócios que prevê o futuro e estabelece métodos, metas e objetivos.

A construção de um plano de negócios reveste-se, assim, da maior importância. Saiba que pontos são essenciais e como pode estruturar o documento.

O que é o plano de negócios?

O plano de negócios é um documento que descreve, em detalhe, um negócio e a forma como é conduzido. Deve conter informação o mais completa possível e ser escrito em linguagem simples, que seja percetível por terceiros.

Para que serve o plano de negócios?

O plano de negócios cumpre dois grandes objetivos. Por um lado, orienta o trabalho do empreendedor, obrigando-o a refletir sobre os aspetos mais essenciais da construção do negócio. Por outro, apresenta o projeto a possíveis investidores, fornecendo indicadores importante de negócio. Deve também evidenciar a estrutura que foi construída para que o negócio tenha sucesso.

Fazer um plano de negócios

O plano de negócios deve ser feito pelos autores do projeto. São eles que melhor o conhecem. No entanto, e porque inclui detalhes complexos e muito técnicos, o documento pode ser elaborado com a ajuda de profissionais de áreas críticas, como gestores financeiros, de marketing ou de projeto.

De uma forma geral, um plano de negócios obedece a uma estrutura básica, que pode depois ser mais ou menos desenvolvida por cada empreendedor:

  1. Sumário executivo
  2. História da empresa
  3. Estudo do mercado
  4. Posicionamento do projeto
  5. Análise do produto e do projeto
  6. Estratégia Comercial
  7. Controlo do negócio
  8. Investimento
  9. Modelo e projeções financeiras

Escrever o plano de negócios

1. Sumário executivo

O primeiro capítulo do plano de negócios pode ser escrito no final, quando já estiver consciente de todas as informações relevantes. É o mais importante de todos porque é a primeira paragem dos investidores e pode determinar à partida o seu interesse no negócio. O ideal é que sirva para encorajar o leitor a prosseguir para os capítulos seguintes.

No sumário executivo devem constar os números mais importantes do seu projeto. Deve também responder a algumas questões:

  • Identificação do negócio (nome e área de atividade)
  • Missão
  • Âmbito do negócio e mercado potencial a que se dirige
  • Proposta de valor
  • Recursos (humanos, físicos e financeiros) necessários para iniciar a operação
  • Prazo previsto para começar a dar lucro
  • Referências dos autores do projeto (experiência relevante para o sucesso do negócio)

2. História da empresa

O segundo capítulo do plano de negócios deve começar por explicar como surgiu a ideia do projeto e justificar a criação da empresa. Além disso é importante valorizar os empreendedores, evidenciando a experiência que estes tenham na gestão de negócios ou na área de atividade em causa e de que forma isso pode ser um contributo para o sucesso do projeto.

Pode incluir-se nesta fase uma breve análise do projeto feita por cada um dos empresários, dando a conhecer a visão de cada um.

3. Estudo do mercado

Definir e descrever um mercado hipotético para um produto que ainda não existe vai depender inteiramente de previsões. Estas previsões podem basear-se no consumo do mesmo produto noutra cidade ou país ou, em alternativa, no consumo registado por um segmento de mercado com características muito específicas.

O objetivo é determinar a dimensão, o estádio de desenvolvimento e as características de quem pode vir a comprar o novo produto ou serviço. Ao mesmo tempo, permite identificar e definir o perfil dos competidores.

Pode recorrer, nesta fase do plano de negócios, ao suporte de profissionais ou empresas especializadas em estudos e análises de mercado.

4. Posicionamento do projeto

É importante que, no plano de negócios, venha descrita a situação atual do projeto, os resultados comerciais mais recentes e os objetivos já atingidos. Esta informação, que segue neste capítulo, visa transmitir confiança aos investidores, mostrando-lhes que o projeto já está em desenvolvimento e que já há tarefas cumpridas com sucesso e dentro das expectativas.

Nos casos em que não haja resultados comerciais para mostrar (porque o produto ou serviço ainda não foi comercializado), os empreendedores podem fazer-se valer da própria experiência e dos resultados que já conquistaram ao longo da vida. As experiências com negócios anteriores podem ser, também, um indicador de previsão da competência dos gestores para levarem o projeto a bom porto.

5. Análise do produto e do projeto

Este capítulo do plano de negócios já entra na descrição do desenvolvimento do projeto, ou seja, do que já existe, do que já foi feito e do que ainda falta fazer.

Sobre o produto, devem ser descritas as licenças, as patentes já registadas e o processo produtivo com detalhe. Não se esqueça de descrever todas as ações necessárias para cada atividade, contabilizando de forma realista o tempo a alocar a cada uma.

Dentro deste capítulo cabem as projeções otimistas, mas também as eventuais dificuldades do negócio. No cálculo do tempo de produção, por exemplo, ponderar atrasos externos à empresa (margem de risco de implementação) é uma prova de maturidade dos gestores. A previsão do risco permite antecipar ações complementares e, com elas, reduzir o impacto na eficiência da empresa.

O objetivo é que o leitor do documento compreenda o que é o produto, para que serve, como funciona e porque é que o público vai querer comprá-lo, mas também como pode produzi-lo de forma lucrativa.

Ainda nesta parte do plano de negócios pode incluir os mecanismos de controlo básicos do negócio, como a quantidade de stocks, de matéria-prima e de produto acabado a manter. Estes elementos vão influenciar as projeções financeiras mais à frente, pelo que, se não forem realistas, podem enviesar os dados.

6. Estratégia comercial

O primeiro passo da estratégia comercial num plano de negócios é a definição de um custo de produção para cada unidade do produto. Esse valor, somado às margens praticadas habitualmente pelo mercado e à perceção de valor, vai determinar um preço de venda ao público sobre o qual assenta a estratégia de vendas.

Aqui os empreendedores podem beneficiar da colaboração de um profissional de Marketing que os ajude a desenvolver um plano de vendas, distribuição e publicidade.

7. Controlo do negócio

Este é o capítulo do plano de negócios onde os números são expostos, com o objetivo de provar aos investidores que a empresa está sob controlo e monitorização permanentes.

Devem ser apresentados relatórios recentes de atividade, quer ao nível dos resultados, quer ao nível das ações de melhoria executadas em função desses resultados. A informação deve ser clara, transparente e esclarecedora.

É importante, nesta fase, que forneça informação sobre todas as áreas do negócio, desde a  produção e produtividade, às vendas, aos custos e aos rendimentos.

8. Investimento

É a secção do plano de negócios dirigida aos financiadores e deve deixar-se claro, desde logo, quais os modelos de participação possíveis. Deve também incluir (e justificar) o valor de investimento necessário, o período e a modalidade de reembolso.

Tenha em atenção que há financiadores que exigem a participação financeira dos próprios empreendedores para entrarem também no projeto. Esteja preparado para lhe ser exigido investimento pessoal  - como voto de compromisso.

9. Modelo e projeções financeiras

Nesta fase do plano de negócios, é expectável que desenvolva três tipos de projeção: de vendas, de cash-flow e de break-even.

- Projeções de vendas
Suportadas pelas informações fornecidas nos capítulos anteriores sobre o mercado e a estratégia comercial, as projeções de vendas devem apontar um volume esperado de encomendas e de crescimento do mercado.

- Projeções de cash-flow
As projeções de cash-flow estimam a posição líquida mensal da tesouraria, com base nos recebimentos, pagamentos e custos previstos nos pontos anteriores. O objetivo é garantir aos investidores que a empresa vai ser capaz de financiar a sua própria operação sem estar demasiado vulnerável em relação às condições de pagamento dos clientes.

- Projeções de break-even
Quando o valor das receitas supera o valor dos custos, a empresa começa a dar lucro. Os investidores vão querer saber onde fica esse ponto e em que fase do desenvolvimento do projeto podem contar com ele, para aferir se o negócio é atrativo.

Para um plano de negócios mais completo, procure fazer as contas a vários cenários de break-even, baseados em diferentes projeções de custos variáveis. O objetivo é dar a conhecer aos investidores os cenários-limite a partir dos quais o negócio deixa de ser viável (análise de sensibilidade).

Quais informações devem constar no plano de negócios?

Resumo Executivo. Esse resumo deve ser apresentado logo no início do documento, afinal, contará ao leitor o que você quer como empreendedor. ... .
Descrição do Negócio. ... .
Análise de Mercado. ... .
Análise Competitiva. ... .
Análise de Contexto. ... .
Metas e Objetivos. ... .
Plano de Design e Desenvolvimento. ... .
Plano de Operações e gerenciamento..

Quais os principais pontos abordados em um plano operacional?

O plano operacional descreve como a empresa será estruturada: localização, instalações físicas e equipamentos. O empresário também faz estimativas acerca da capacidade produtiva ou de quantos clientes consegue atender por mês, além de traçar quantos serão os funcionários e as tarefas de cada um.

Quais as 5 etapas de um plano de negócios?

Quais são as 5 etapas do plano de negócio?.
Sumário Executivo..
Análise de Mercado..
Plano de Marketing..
Plano Operacional..
Plano Financeiro..

Quais são os principais tópicos do capítulo financeiro do plano de negócio?

Fazem parte deste capítulo: A missão da empresa, ou seja, porque ela surgiu; A visão de futuro, com destaque para os objetivos estratégicos; Proposta de valor, clientes, canais, parcerias, recursos estratégicos e modelo de receita.

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