Maio foi o mês internacional da masturbação e para celebrar aquele que é provavelmente o maior tabu da sociedade, o jornal britânico The Independent juntou alguns dos benefícios que a masturbação e o sexo traz à saúde, e nós juntámos outros. Ora veja: Show
Evita a depressãoEstudos mostram que os orgasmos aumentam as endorfinas, também conhecidas como as hormonas do bem-estar, o que diminui as hipóteses de sofrer de depressão. Reduz o risco de cancro do colo do úteroUm estudo prova que a masturbação feminina pode ser uma proteção contra infecções cervicais, uma vez que flexionam regularmente o colo do útero. Reduz o risco de cancro da próstataUm estudo, apresentado no mais recente American Urological Annual Meeting, sugere que os homens que ejaculam pelo menos uma vez por mês têm menos hipóteses de serem diagnosticados com cancro da próstata. É bom para a sua autoestimaEspecialistas dizem que pessoas que se masturbam estão mais confortáveis com os seus corpos e sexualidade. Ajuda-o a dormirOs orgasmos diminuem a pressão sanguínea e libertam endorfinas, que lhe permite adormecer calmamente. Alivia dores menstruaisMuitas mulheres relataram que as suas dores menstruais diminuíram ou acabaram ao masturbarem-se. É seguroPor razões óbvias, não tem que se preocupar com doenças sexualmente transmissíveis ou gravidezes indesejadas. Melhora a sua vida sexualA masturbação melhora as suas relações sexuais com outras pessoas, uma vez que faz com que conheça o seu corpo e que descubra o que o estimula ou não. É bom para o seu coraçãoFazer exercício físico é bom para o seu coração, mas a masturbação, tal como o exercício, faz o seu coração bombear e ajuda o seu sangue a fluir. Se o fizer regularmente, irá reduzir significativamente o risco de doenças cardíacas e diabetes. Fortalece o seu sistema imunitárioOs orgasmos libertam cortisol, uma hormona do stress, que em pequenas doses ajudam a fortalecer o sistema imunitário. A masturbação é um assunto polêmico devido à proliferação da promiscuidade, que vem pelos meios de comunicação e incentiva os jovens e o povo em geral. Hoje, tudo passa a ser “normal”, sem culpa nenhuma. Perdeu-se a noção de pecado. Por outro lado, médicos e psicólogos sem conhecimento de causa dizem que é “normal” a prática da masturbação, sem sequer pensarem nos danos morais e psicológicos causados na vida das pessoas. Foto Ilustrativa: Daniel Mafra Nem todos compreendem que masturbação é pecado“Por masturbação entende-se a excitação voluntária dos órgão genitais, para daí retirar um prazer venéreo. «Na linha duma tradição constante, tanto o Magistério da Igreja como o sentido moral dos fiéis têm afirmado sem hesitação que a masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado». «Seja qual for o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das normais relações conjugais contradiz a finalidade da mesma». O prazer sexual é ali procurado fora da «relação sexual requerida pela ordem moral, que é aquela que realiza, no contexto dum amor verdadeiro, o sentido integral da doação mútua e da procriação humana» (101). Para formar um juízo justo sobre a responsabilidade moral dos sujeitos, e para orientar a ação pastoral, deverá ter-se em conta a imaturidade afetiva, a força de hábitos contraídos, o estado de angústia e outros factores psíquicos ou sociais que podem atenuar, ou até reduzir ao mínimo, a culpabilidade moral.” (Catecismo da Igreja Católica – CIC 2352) Danos psicológicosNão podemos fechar os olhos para a masturbação, pois ela, muitas vezes, pode causar danos psicológicos, patológicos ou compulsão sexual, levando quem a pratica a fechar-se em si mesmo como fuga, podendo assim usar esse meio como válvula de escape para fugir dos problemas e das tensões. Muitas vezes, os relacionamentos afetivos mal resolvidos podem levar à prática da masturbação pela falta de amor de pai e mãe, de abusos sexuais, fobias etc. Isso quer dizer que, em muitos casos, é necessária a ajuda psicológica para que se consiga abandonar o vício. Sintoma de um desajuste mais profundoOs próprios psicólogos não deixam de apontar os perigos inerentes à masturbação, os quais se manifestam com relativa facilidade quando essa se converte em um hábito adquirido. O risco de permanecer em um estágio narcisista, com a excessiva genitalização do sexo, com sua utilização como uma droga para escapar a outros compromissos ou convertê-lo em analgésico para encobrir outros problemas, são as consequências apontadas com maior frequência por esses profissionais, mesmo quando ela não se apresenta como sintoma de um desajuste mais profundo (fonte: www.cleofas.com.br). Rapazes, moças e pessoas de outras faixas etárias também iniciam uma prática masturbatória como tentativa de explorar o próprio corpo e suas reações, para reagir a uma certa tensão ou como fechamento autossuficiente dentro de si, diante do esforço de algumas relações; há também a busca de gratificação, a tentativa de reagir a um insucesso ou como expressão do seu poder sobre o próprio corpo. Como vemos, podem ser, e são realmente, muitas as motivações do gesto masturbatório, nem sempre tão ligadas à busca do prazer genital-sexual. Aliás, o ato é, muitas vezes, seguido de uma sensação desagradável e sofrida, e certamente não resolve nenhum problema. Leia mais: Várias formas de masturbação“Não obstante, tal gesto pode se tornar hábito e resistir muito à tentativa da pessoa de se libertar dele. Ao contrário, instaura-se nela uma tendência a se fechar em si mesma e a não buscar soluções mais adultas para os problemas dos quais nasce o impulso. Finalmente, não existe masturbação apenas física, mas também a intelectual e moral, ou até mesmo religiosa, como expressão de uma atitude egocêntrica ou narcisista, substancialmente, com um eu que gira perdidamente em torno de si mesmo, sem nunca se encontrar, porque a identidade nasce da relação e a positividade do eu vem do amor recebido” (Amadeo Cencini, ’Quando a carne é fraca’). A masturbação repercute no crescimento integral da pessoaÉ finalidade de uma autêntica educação sexual favorecer um progresso contínuo no domínio dos impulsos; para se abrir, no tempo oportuno, a um amor verdadeiro e oblativo. Um problema particularmente complexo e delicado que se pode apresentar é o da masturbação e das suas repercussões no crescimento integral da pessoa. A masturbação, conforme a Doutrina Católica, constitui uma grave desordem moral, principalmente porque é uso da faculdade sexual numa maneira que contradiz essencialmente a sua finalidade, não estando ao serviço do amor e da vida conforme o plano de Deus. Veja o vídeo: Sintomas de problemas muito mais profundosUm educador e conselheiro perspicaz deve esforçar-se por individualizar as causas do desvio, para ajudar o adolescente a superar a imaturidade que está por baixo desse hábito. Do ponto de vista educativo, é preciso lembrar que a masturbação e outras formas de autoerotismo são sintomas de problemas muito mais profundos, os quais provocam uma tensão sexual, a qual o sujeito procura superar recorrendo a tal comportamento. Como ajudar a sair do vício“Esse fato exige também a necessidade de que a ação pedagógica seja orientada mais para as causas do que para a repressão direta do fenômeno. Mesmo tendo em consideração a gravidade objetiva da masturbação, use-se da cautela necessária na apreciação da responsabilidade subjetiva. Para ajudar o adolescente a sentir-se acolhido numa comunhão de caridade e arrancado da cela do próprio eu, o educador deverá tirar todo o drama do fato da masturbação e não diminuir a sua estima e benevolência para com o sujeito; deverá ajudá-lo a integrar-se socialmente, abrir-se e interessar-se pelos outros, para poder libertar-se desta forma de autoerotismo, encaminhando-se para o amor oblativo, próprio de uma afetividade madura; ao mesmo tempo o estimulará a recorrer aos meios indicados pela ascese cristã, como sendo a oração e os sacramentos e a empenhar-se nas obras de justiça e de caridade” (Sagrada Congregação para a Educação Católica, Orientações educativas sobre o amor humano – linhas gerais para uma educação sexual, 98-100). |