Quais os efeitos colaterais do excesso de vitamina d

No caso do desenvolvimento de reação de hipersensibilidade, as manifestações clínicas são semelhantes às descritas para os quadros de hipervitaminose D.

Ao classificar a frequência da das reações de Colecalciferol (Vitamina D), utilizamos os seguintes parâmetros:

Reações comuns (>1/100 e <1/10)

Secura da boca, cefaleia, polidipsia, poliúria, perda de apetite, náuseas, vômitos, fadiga, sensação de fraqueza, dor muscular, prurido e perda de peso.

Reações raras (>0,01% e ≤0,1%)

A vitamina D quando ingerida em quantidade excessiva pode ser tóxica. Doses diárias de 10.000U.I. a 20.000U.I. em crianças e 60.000U.I. em adultos, podem provocar sintomas tóxicos como: hipercalcemia, vômitos, dores abdominais, polidipsia, poliúria, diarreias e eventual desidratação.

Com o uso prolongado da vitamina D alterações endócrinas e metabólicas podem ocorrer:

Nefrocalcinose/insuficiência renal e hipertensão arterial. Efeitos dislipidêmicos do colecalciferol, caracterizados pela redução do HDL-colesterol e aumento do LDL-colesterol, têm sido observados quando as vitaminas são administradas isoladas em mulheres pós-menopausadas.

Doses relativamente baixas podem produzir toxicidade em crianças pequenas hipersensíveis.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos –VIGIMED, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Os benefícios associados à vitamina D não são novidade. Essencial para a saúde óssea, por meio da regulação do cálcio, ela também ajuda na saúde vascular, na regulação hormonal e melhora a imunidade. Fácil de ser encontrada, tanto em alimentos-fonte como na sua forma manipulada, ela pode causar o efeito inverso se consumida em doses exageradas.

Uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (Abiad) em 2021 apontou que a procura, e consequentemente o consumo, por vitamina D cresceu nos últimos anos. Facilmente encontrados em farmácias, esses suplementos não precisam de receita para serem comprados. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), os níveis ideais são acima de 20 ng/ml (nanogramas por mililitro) para adultos saudáveis de até 60 anos e entre 30 ng/ml e 60 ng/ml para o grupo de risco, do qual fazem parte idosos, gestantes, lactantes, pacientes com raquitismo/osteomalácia, osteoporose, hiperparatireoidismo, entre outros.

Efeito inverso do esperado

Para o nutrólogo Diego Pascaretta, é preciso ter cautela na hora de suplementar o consumo da vitamina. "Ela influencia em quase tudo no nosso corpo e por isso precisa ter um controle na dosagem ingerida", alertou o médico."Se a suplementação for desnecessária, o seu excesso - chamado de hipervitaminose D - pode levar à intoxicação", emendou.

Os impactos negativos vão desde a deposição de cálcio nas artérias, o que pode provocar a arterioesclerose (o endurecimento delas); a deposição de cálcio nos rins, que pode formar cálculos renais; e uma desregulação hormonal. Ou seja, em excesso, pode provocar o efeito inverso do desejado.

Identificando a baixa e fazendo a suplementação

A falta de vitamina D não costuma causar nenhum problema específico, mas quando ela está em baixa, o corpo dá alguns sinais. "As pessoas costumam se queixar de cabelos caindo constantemente, unhas quebradiças, fadiga e até uma predisposição a problemas relacionados à saúde mental", explicou a nutricionista Renata Grice.

É possível sintetizar a vitamina D através da exposição aos raios ultravioleta e também pela ingestão de alimentos-fonte, como peixes, mariscos, ovos, leite e derivados.

Quais os efeitos colaterais do excesso de vitamina d
Segundo a nutricionista Renata Grice, unhas quebradiças, cabelos caindo e fadiga são alguns dos sinais de quando o corpo precisa de vitamina D - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

"A suplementação pode ser feita através de cápsulas, de forma líquida ou injetável, mas só deve ser feita com a indicação do médico", finalizou Grice.

Quais os efeitos colaterais do excesso de vitamina d

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O que acontece quando a vitamina D está muito alta?

O excesso de vitamina D aumenta a captação intestinal de cálcio, reabsorção tubular renal e reabsorção óssea, levando a hipercalcemia-nível elevado de cálcio no sangue-sintomas relacionados, como náusea, vômitos, fraqueza, anorexia, desidratação e quadro agudo insuficiência renal.

Qual a quantidade ideal de vitamina D por dia?

A dieta recomendada para a vitamina D é de 600 UI/dia para adultos com 70 anos ou menos e 800 UI/dia para pessoas com mais de 70 anos. O limite superior tolerável é de 4.000 UI/dia, acima desse nível o risco de efeitos tóxicos aumenta.

Quais são os efeitos colaterais de vitamina D?

Secura da boca, cefaleia, polidipsia, poliúria, perda de apetite, náuseas, vômitos, fadiga, sensação de fraqueza, dor muscular, prurido e perda de peso.

Pode tomar vitamina D 50.000 todos os dias?

Recomenda-se 50.000 UI/semana (ou 7.000 UI/dia) de vitamina D3 por 6 a 8 semanas. Caso a meta de 25(OH)D não seja atingida, um novo ciclo pode ser proposto.