Quais os cuidados aos idosos com risco de queda?

Segundo estimativas, um a cada três idosos com mais de 65 anos já sofreu uma queda. Para as pessoas com mais de 80 anos, 40% sofrem ao menos uma queda por ano. Dado esse cenário, como podemos agir na prevenção de quedas em idosos?

Risco de Quedas

Com o avançar da idade, o corpo passa a apresentar indícios resultantes do processo de envelhecimento e o número de queda dos idosos aumenta muito.

É claro que é impossível generalizar, mas o envelhecimento tende a fazer com que a pessoa já não enxergue e não ouça mais tão bem, não se locomova com a mesma destreza e processe as informações de maneira mais lenta. 

Nesta fase, em que o corpo apresenta uma maior fragilidade, é muito comum que ocorram as quedas.

Prevenção de Quedas em Idosos

Seguem algumas dicas do Guiaderodas sobre cuidados simples a serem tomados para melhorar a vida da pessoa idosa e reduzir os riscos de queda:

  • Prover uma boa iluminação. A tecnologia atual permite a instalação de sensores de presença que acendem a luz quando um movimento é detectado;
  • Manter o piso com características antiderrapantes. Devem ser evitados produtos de limpeza que deixem o piso escorregadio;
  • Evitar tapetes e capachos;
  • Em caso de um pequeno desnível, preferir rampas a degraus ou então, sinalizar o degrau com cor diferente do piso e instalar faixas antiderrapantes;
  • Instalar barras de apoio nos banheiros, escadas e rampas;
  • Instalar tapete antiderrapante nas áreas molhadas do banheiro;
  • Trocar o assento sanitário convencional por um mais alto;
  • Não obstruir passagens;
  • Assegurar que todos os artigos de primeira necessidade estejam sempre no mesmo lugar, em uma faixa de alcance confortável.

Por se tratar de um episódio que costuma causar bastante preocupação para a família, muitas vezes acontece do idoso omitir o fato quando sofre uma queda. Seja com a intenção de não preocupar os filhos, para não admitir que necessita de cuidados ou simplesmente por vergonha, o idoso segue a rotina ignorando o ocorrido, muitas vezes escondendo machucados e dores. Isso pode ser muito grave, especialmente porque a causa da queda não é investigada e deixa de ser tratada, o que é um gatilho para mais acidentes no futuro.

Estatisticamente, idosos que já caíram têm três vezes mais chances de cair novamente.

Além disso, outra consequência, de não falar sobre a queda, para o idoso é o agravamento de uma lesão ou de um machucado decorrente do acidente. Às vezes uma queda leve, que gera apenas uma dor, pode mascarar problemas sérios, como fraturas. E como a família não sabe do ocorrido, o idoso não passa pelo tratamento e seu quadro se agrava cada vez mais.

Conversar sobre a importância de relatar os sintomas de qualquer coisa que seu familiar esteja sentindo fora do normal, como dores e desconfortos, pois isso pode ser fundamental na prevenção de futuros incidentes. Lembre-se de ter muita paciência e respeito pelo idoso e pelo momento pelo qual ele está passando.

Embora em muitos casos um episódio de queda não ocasione danos sérios, em outros as consequências podem ser graves ou até mesmo ocasionar o óbito, como os que envolvem pessoas idosas.

Com o avançar da idade, o corpo humano passa a dar sinais de enfraquecimento e desgaste. Essas ocorrências variam de indivíduo para indivíduo, porém, de modo geral, todas as pessoas vivenciam ou vivenciarão esse processo.

Numa situação de queda, quanto mais forte for o corpo, menor será o risco de lesão. Por isso, quando se trata de pessoas idosas, acidentes como esse podem apresentar um risco maior à integridade física e a vida do que na população mais jovem.

As quedas estão entre as principais causas de óbito na terceira idade por uma série de fatores. O envelhecimento provoca alterações no corpo humano, favorecendo as quedas que, por sua vez, podem ser fatais. Esse tema foi abordado no programa Cidade Aratu (TV Aratu/SBT), que teve participação da geriatra da S.O.S. Vida, Dra. Fernanda Reis.

“O envelhecimento por si só traz alterações fisiológicas para o corpo humano, como a perda de massa muscular, perda de massa óssea, alterações visuais e piora da nossa coordenação, fatores esses que favorecem a queda, por isso é tão comum nos idosos. Uma consequência muito comum é a fratura de fêmur, um evento único que pode desencadear uma cascata de novos eventos, como hospitalização, cirurgias, idas as UTIs, assim como o próprio óbito”, explica Dra. Fernanda Reis.

Assista a matéria completa.

Adotando medidas preventivas

Embora não seja possível impedir as mudanças fisiológicas, é possível e recomendado tomar medidas preventivas contra as quedas, especialmente no ambiente domiciliar. Com as restrições de locomoção necessárias para o controle da pandemia, houve um prolongamento do tempo de permanência no domicílio, o que pode ter aumentado os riscos de quedas.

“Ter um ambiente sempre iluminado, acentos mais elevados que favoreçam o idoso a levantar, evitar o uso de tapetes e, caso use o tapete, que seja antiderrapante, uso do corrimão, além de sapatos fechados e com solado de borracha – e usá-los no próprio domicílio, local que ocorre maior evento de quedas para essa faixa etária”.

Foram algumas dessas medidas que passaram a ser adotadas por Litiane, para que a sua mãe, Nara, pudesse ter mais conforto e segurança no domicílio em que vivem. Na entrevista, Litiane conta que removeu os móveis baixos da casa, além de remover objetos que pudessem obstruir o caminho, como mesa de centro, tapetes e fios. O banheiro também passou por mudanças estruturais, recebendo barras de apoio que oferecem mais equilíbrio a sua mãe, o que reduz ainda mais os riscos.

Quais os cuidados aos idosos com risco de queda?

Exercícios físicos e prevenção

Em paralelo a essas medidas, a prática de atividades físicas que promovam a coordenação, equilíbrio e ganho de massa muscular também são importantes aliadas na prevenção de episódios de queda, uma vez que elas favorecem o fortalecimento de fatores ligados a integridade física. Estudos recentes apresentaram uma redução de 21% no risco de queda em idosos que praticam exercícios físicos.

A médica recomenda que seja investigado todo evento de queda que ocorrer, pois, poderá ser um indício de fragilidade, além de poder ser, também, indicativo de uma nova doença, como a doença de Parkinson.

“Caso ocorra uma queda grave, caracterizada como perda da consciência, dor intensa, náusea, vômitos, o familiar deve levar o idoso de imediato ao hospital para uma maior investigação e tratamento”.

Leia também: Quedas aumentam risco de morte e incapacitação em idosos

Recuperação pós-queda

Ao contrário do que se possa pensar, a queda de uma pessoa idosa pode gerar mais do que repercussões físicas no indivíduo, podendo ocasionar traumas emocionais, como a ptofobia (medo de assumir a postura em pé ou andar), que é o medo de cair. A geriatra explica que, em casos como esse, é possível que o idoso acabe se isolando ou até mesmo ficando acamado.

Assim, o processo de recuperação pós-queda deve considerar as diferentes dimensões do indivíduo, compreendendo desde a fisioterapia até a psicologia.

“[…] uma reabilitação, como ocorre no home care, é essencial: um fisioterapeuta que trabalhe com a parte muscular, um nutricionista que trabalhe com uma nutrição rica em proteína, visando o ganho de massa, e um psicólogo que trabalhe com o medo de cair, evento comum depois do primeiro episódio de queda”.

A médica defende que essas medidas estejam em constante discussão na sociedade, como forma de assegurar uma melhor autonomia e qualidade de vida para a população idosa.

Quais os cuidados aos idosos com risco de queda?

Quais os cuidados para prevenção de quedas em idosos?

Utilize um sofá/poltrona com altura adequada e que não afunde. Utilize o apoio de braços para ajudar a se sentar e levantar. Instale um interruptor de luz próximo a sua cama. Se preferir, utilize um abajur ou lanterna para você se locomover com segurança.

Quais os cuidados com paciente em risco de queda?

MEDIDAS PREVENTIVAS DE ACORDO COM RISCO DE QUEDA Essas medidas incluem a criação de um ambiente de cuidado seguro, tais como: pisos antiderrapantes, mobiliário e iluminação adequados, corredores livres de obstáculos, uso de vestuário e calçados adequados (antiderrapante) e a movimentação segura dos pacientes.

Quais as orientações e os cuidados de enfermagem referente à queda dos idosos?

Outras orientações necessárias são: colocação de pisos antiderrapantes; manutenção de pisos e assoalhos livres de substâncias escorregadias, como ceras; evitar os desníveis de pisos; preferir rampas ao invés de escadas; evitar tapetes; organizar os móveis para a passagem livre dos idosos.

Quais são os fatores de risco e prevenção de queda?

Os fatores de risco que mais se associam às quedas são: idade avançada (80 anos e mais); sexo feminino; história prévia de quedas; imobilidade; baixa aptidão física; fraqueza muscular de membros inferiores; fraqueza do aperto de mão; equilíbrio diminuído; marcha lenta com passos curtos; dano cognitivo; doença de ...