Quais fatores foram e ainda estão sendo determinantes para o sucesso do agronegócio brasileiro?

Por Pedro M. Garcia, Fabio Servo e Jose Ronaldo de C. Souza Jr.

Esta Nota revisa a nossa previsão para o crescimento do valor adicionado (VA) do setor agropecuário de 2022 e apresenta uma projeção do VA para 2023 baseada, principal- mente, nas estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o desempenho da produção agropecuária na safra 2022-2023. A previsão do VA para este ano, que era de crescimento nulo (como divulgado na Nota no 27 da Carta de Conjuntura no 55),  foi revisada para queda de 1,7%. O principal motivo desta revisão é a piora da projeção feita pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE, da produção da cana-de-açúcar, que era de alta de 19,2% e foi revisada para 3,4%. O principal motivo para o resultado negativo esperado no ano, por sua vez, é a quebra da safra de soja devido a fatores climáticos adversos, como já fora detalhado na Nota anterior sobre o tema. Para 2023, a estimativa é de crescimento de 10,9%, justificado principalmente pelas expressivas altas esperadas pela Conab para as produções de soja e milho.

Quais fatores foram e ainda estão sendo determinantes para o sucesso do agronegócio brasileiro?

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Por Ana Cecília Kreter, José Ronaldo de C. Souza Júnior, Allan Silveira dos Santos e Nicole Rennó Castro.

Esta Nota de Conjuntura traz o acompanhamento dos preços domésticos e interna­cionais até julho de 2022 e do balanço de oferta e demanda dos principais produtos agropecuários brasileiros referente à safra 2021-2022 e apresenta algumas perspecti­vas para a safra 2022-2023.

Após um primeiro trimestre marcado pela aceleração de preços domésticos e interna­cionais diante o início do conflito no Leste Europeu, o segundo trimestre de 2022 foi marcado pela reversão do ciclo de aumento de preços das commodities agrícolas – ini­ciado ainda no começo de 2020. O trigo, apesar do grande peso de Rússia e Ucrânia no seu comércio internacional, recuperou o patamar de preços praticados no fim do ano passado, após ter sofrido aumento de 80% entre meados de fevereiro e começo de março. O movimento de recuo do preço do trigo também foi verificado para os demais grãos, influenciados, entre outros fatores, pela boa safra brasileira – maior exportador mundial de soja e quarto maior exportador mundial de milho.

As proteínas, por sua vez, apresentaram certa estabilidade de preços. Contribuiu para isso a importante recuperação do rebanho suíno na China, que conseguiu controlar os surtos de Peste Suína Asiática que vinham provocando enormes perdas ao rebanho chinês nos últimos três anos. Isso ajudou a conter a demanda das demais proteínas, estabilizando os preços do boi gordo e da carne de frango, mas ainda em patamares historicamente elevados.

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Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre, Fabio Servo e José Ronaldo de C. Souza Jr

A balança comercial do agronegócio em julho apresentou um superávit de US$ 12,8 bilhões, contribuindo para o saldo positivo de US$ 5,4 bilhões na balança comercial total – com produtos de todos os setores – no mesmo período . Os demais setores da economia, por sua vez, encerraram com um déficit de US$ 7,4 bilhões.

As exportações do agronegócio somaram US$ 14,3 bilhões no mês – um crescimento de 26,8% se comparado com o mesmo período do ano anterior. Vale dizer que, no período de janeiro a julho deste ano, o valor médio das exportações do agronegócio é 29,0% maior que o observado no ano passado, incremento de cerca de US$ 3 bilhões por mês.

De janeiro a julho, o saldo da balança comercial do agronegócio acumulou um superávit de US$ 84,0 bilhões, representando 31,6% acima do acumulado no mesmo período do ano passado. O saldo total foi positivo em US$ 39,9 bilhões, enquanto os demais setores da economia apresentaram um déficit de US$ 44,1 bilhões no ano até julho.

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Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre, Fabio Servo e José Ronaldo de C. Souza Jr.

O agronegócio brasileiro fechou o primeiro semestre com superávit de US$ 71,2 bilhões – crescimento de 32,3% frente ao mesmo período do ano anterior. As exportações do setor somaram US$ 79,3 bilhões, enquanto as importações, US$ 8,1 bilhões – valores 29,4% e 8,6% acima dos observados em 2021. Considerando os produtos de todos os setores – balança comercial total –, o primeiro semestre também foi superavitário (US$ 34,3 bilhões), ligeiramente abaixo dos US$ 37 bilhões registrados no primeiro semestre de 2021.

Em junho, o agronegócio apresentou um superávit comercial d​e US$ 14,2 bilhões, mais do que compensando o déficit de US$ 5,4 bilhões nos demais produtos, o que permitiu ao país fechar junho com superávit comercial de US$ 8,8 bilhões (na soma de todos os setores).

O período de março a maio costuma ser o mais forte para o agronegócio brasileiro, e é impactado fortemente pela colheita da soja e pelo abate de bovinos antes do período de estiagem nas principais regiões produtoras. Em 2022, no entanto, as exportações continuaram aquecidas em junho, superando em 31,2% o mesmo mês do ano anterior – o que corresponde a US$ 15,7 bilhões.​

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Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre, Fabio Servo e Jose Ronaldo de C. Souza Jr.

O agronegócio brasileiro exportou US$ 15,1 bilhões em maio, valor 14,2% acima do registrado em igual mês de 2021. O resultado do mês representa o maior valor já registrado de toda a série histórica. De fato, o Brasil tem mantido uma trajetória crescente nas exportações em valor. Além das altas mais significativas de dezembro de 2021 a março de 2022, período de entressafra no Brasil e que costuma ter menor comercialização, os meses posteriores também apresenta ram alta. Já as importações do setor, que iniciaram 2022 em patamares próximos ao de 2021, tiveram alta mais significativa em maio, 25% acima frente ao mesmo mês do ano anterior.

O saldo da balança comercial do agronegócio apresentou, portanto, um superávit de US$ 13,6 bilhões em maio, enquanto que os demais setores da economia brasileira tiveram aumento no déficit – de US$ 3,5 bilhões para US$ 8,6 bilhões, deixando como resultado final um superávit comercial de quase US$ 5 bilhões.

No acumulado do ano, de janeiro a maio, tanto as exportações quanto as importações apresentam alta, de US$ 63,7 bilhões e US$ 6,6 bilhões, respectivamente, ou crescimento de 29,0% e 6,3%. Este resultado elevou o superávit do agronegócio de US$ 43,1 bilhões para 57 bilhões.​

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Por Pedro M. Garcia, Fabio Servo e José Ronaldo de C. Souza Jr.

Esta nota revisa a nossa previsão de crescimento do valor adicionado (VA) do setor agropecuário de 2022, que era de 1,0% (como divulgado na Nota no 28 da Carta de Conjuntura no 54) e passou para a estabilidade – crescimento nulo no ano. O principal motivo desta revisão é a piora da projeção feita pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE, da produção de soja este ano, agora com uma queda de 12,1% ante o recuo de 8,8% anteriormente divulgado. Como previsto anteriormente, a redução da produção de soja é contrabalançada pelo bom desempenho esperado para outras culturas, como milho e café, e pelas contribuições positivas de segmentos da produção animal, como bovinos e suínos.

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Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre, Fabio Servo e José Ronaldo de C. Souza Jr.

O agronegócio exportou US$ 14,9 bilhões em abril, o que contribuiu para um superávit de US$ 13,6 bilhões no saldo da balança comercial do setor, crescimento de 15,2% diante de abril de 2021. Em contrapartida, os demais bens – todos os produtos comercializados, exceto os produtos do agronegócio – fecharam abril com déficit de US$ 5,5 bilhões, US$ 3,7 bilhões a mais que no mesmo período do ano anterior. Ainda assim, o resultado total da balança comercial, que considera os produtos de todos os setores, encerrou abril com superávit de US$ 8,1 bilhões. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve um crescimento em valor exportado de 14,9%. Este resultado segue uma tendência de alta observada desde fevereiro de 2021, que teve seu pico nos primeiros meses deste ano – período de entressafra e típico de baixas importações para o Brasil.

O resultado da balança comercial do agronegócio no acumulado do ano (de janeiro a abril) foi bastante expressivo, com superávit de US$ 43,7 bilhões, com as exportações apresentando alta de 34,9% e as importações registrando estabilidade, diante de igual período de 2021. Com esse resultado, o agronegócio foi um dos setores que mais contribuíram para o crescimento de 24,1% no total das exportações nestes primeiros meses do ano. O saldo da balança comercial total, que é a soma de todos os setores da economia, apresentou superávit de US$ 20,2 bilhões, diante dos US$ 18,1 bilhões em 2021, crescimento de 11,8% até agora.

Quais fatores foram e ainda estão sendo determinantes para o sucesso do agronegócio brasileiro?

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Por Ana Cecília Kreter, José Ronaldo de C. Souza Júnior, Allan Silveira dos Santos e Nicole Rennó Castro

Após quase dois anos de incerteza no mercado internacional de commodities agrícolas, decorrente da covid-19, o conflito na Ucrânia elevou novamente a insegurança sobre a oferta e a demanda globais. Consequentemente, os preços internacionais das principais commodities passaram por grandes oscilações no período recente. A Rússia não é só a maior produtora mundial de petróleo e gás: nas últimas safras, o país se tornou o maior exportador de trigo do mundo e importante fornecedor de alimentos para a Europa e Ásia. A Ucrânia, por sua vez, é uma das principais fornecedoras de milho e óleo de girassol, enquanto a Rússia tem grande relevância no mercado europeu de trigo. Além disso, os dois países têm peso relevante no mercado internacional de insumos agrícolas.

Após o início da guerra, os grãos e oleaginosas em geral, puxados pelo trigo e pelo óleo de soja, sofreram importantes altas, de forma abrupta inicialmente, mas estabelecendo-se em patamares muito acimas dos verificados antes do conflito, mesmo após terem recuado nas últimas semanas. É importante apontar que, com os problemas climáticos relacionados à safra de grãos na América do Sul, em especial no Brasil, na Argentina e no Paraguai, o balanço global se tornou ainda mais apertado, o que, por si só, já teria efeitos de alta sobre os preços. Esse choque negativo de oferta somou-se à elevação dos custos de produção – devido às altas dos insumos exportados pelos países em guerra.

Enquanto isso, as commodities soft, como açúcar, café e até mesmo a carne bovina, interromperam a sequência de altas, e apresentaram queda, devido às consequências da guerra sobre a expectativa de crescimento econômico mundial e à sua menor essencialidade em um cenário de conflitos.  No entanto, como a Rússia e a Ucrânia não têm peso relevante nos mercados dessas commodities, os preços voltaram aos patamares pré-conflito.

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Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre, Fabio Servo e José Ronaldo Souza Jr.

Março é um mês típico de início de alta nas exportações do agronegócio brasileiro, explicada em parte pelo avanço das colheitas da safra 2021-2022, em especial dos grãos. Mesmo sendo um mês em que é esperada maior comercialização frente a janeiro e fevereiro, o setor apresentou significativo crescimento do valor exportado ante mesmo mês do ano passado, com alta de 29,4%, totalizando US$ 14,5 bilhões. As importações do agronegócio fecharam o mês com US$ 1,4 bilhão, também com alta frente ao mesmo mês do ano anterior, de 5,9%.

Com isso, o primeiro trimestre do ano se encerra com a intensificação do fluxo comercial do agronegócio brasileiro, tanto nas exportações quanto nas importações, mesmo frente a novos desafios como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e o conjunto de sanções que afetou os fluxos internacionais de comércio. Do lado das exportações, merece destaque o bom desempenho do complexo de soja; das carnes bovina e de frango; e de produtos florestais, como a celulose. Já açúcar, café, algodão e milho registraram baixas, resultado das quebras observadas na safra 2020- 2021, fortemente afetadas por questões climáticas adversas e cuja produção ainda está sendo embarcada. A carne suína apresenta retração devido ao excesso de oferta no mercado chinês.

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Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre e Fabio Servo

O agronegócio brasileiro fechou fevereiro de 2022 com superávit na balança comercial, de US$ 9,3 bilhões, crescimento de 78,8% frente a fevereiro de 2021 e de 20,8% frente a janeiro de 2022. O valor das exportações do setor cor- respondeu a 45,9% do total exportado pelo Brasil neste mês, ou US$ 10,5 bilhões, enquanto as importações representaram apenas 6,6%, ou US$ 1,2 bilhão, aumento de 64,5% e 2,0%, respectivamente, frente ao mesmo mês do ano anterior. O resultado do agronegócio contribuiu de forma positiva e decisiva para a balança comercial total, que considera os produtos de todos os setores, encerrando fevereiro com superávit de US$ 4,0 bilhões.

O resultado do acumulado dos últimos doze meses foi ainda mais expressivo. O valor das exportações do agronegócio teve alta de 27,1% ante igual período do ano anterior e o valor das importações de 8,0%, contribuindo para a alta de 30,1% no saldo da balança comercial do setor, o que corresponde a US$ 113,6 bilhões neste período. Já os demais setores, que representam o total menos o agronegócio, apresentaram queda de US$ 49,8 bilhões no acumulado dos últimos doze meses. Portanto, o saldo total, que é a soma de todos os setores da economia, permaneceu positivo nesse período, fechando em US$ 63,7 bilhões.

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Que fatores contribuíram e ainda contribuem para a expansão de produção do agronegócio no Brasil?

Três fatores contribuíram para esse crescimento: a expansão da demanda de produtos agrícolas para o mercado interno e internacional, a forte migração rural–urbana, e a criação do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) em janeiro de 2000.

Quais os fatores que mais cresceram na agricultura no Brasil?

Os principais fatores impulsionadores do crescimento da produção agropecuária nacional são o mercado interno, a demanda internacional (exportações) e os ganhos de produtividade (Brasil, 2021).

Quais são os fatores naturais que influenciam o agronegócio?

Existem três fatores ligados à produção agrícola: o físico, como o solo e o clima; o fator humano, que corresponde à mão de obra em seu desenvolvimento; e o fator econômico, que se refere ao valor da terra e o nível de tecnologias aplicadas na produção.

O que causa o crescimento do agronegócio?

Resumo: O crescimento recente do agronegócio brasileiro é resultado da competência dos nossos agricultores, da ampla disponibilidade de terras agricultáveis de baixos preços, da geração e incorporação de tecnologias produtivas mais eficientes, particularmente para regiões tropicais.