Posso tomar antiinflamatório e relaxante muscular juntos

2 de maio, 2018

O Brasil está entre os países que mais consomem remédios no mundo, em especial, analgésicos. Nos últimos anos – de 2013 a 2016 –, conforme levantamento da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) a pedido de O TEMPO, os analgésicos estão no topo do ranking de medicamentos com maior faturamento no país neste período. Ou seja, dos cinco medicamentos que mais venderam no país em 2016, três são usados para reduzir ou aliviar a dor.

Modismo, automedicação e facilidade de compra contribuem para que a maioria dos brasileiros queira sempre ter analgésicos à mão, conforme analisa o diretor da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Ricardo Alexandre de Souza.

“Sabe-se que os números são causados muito por causa da questão do acesso aos medicamentos de maneira sem prescrição, no próprio balcão, pois, quando as pessoas chegam na farmácia, eles estão ali ao lado do chocolate e as pessoas compram porque vende três caixas por R$ 30 e todo mundo quer ter um Dorflex na bolsa”, comenta.

Nas primeiras posições, além do analgésicos, aparecem também medicações especificas, como por exemplo anticoagulante (Xarelto), disfunção erétil (Cialis), hipertensão arterial (Selozok), além de suplementos vitamínicos.

Nos quatro anos analisados, Dorflex e Neosaldina aparecem sempre nas primeiras cinco posições, sendo o primeiro líder em todos os anos. Em 2016, o Torsilax, que também é um analgésico, surge em quinto lugar, com R$ 215,3 mi em vendas.

“Todos os três são considerados compostos múltiplos. Isso significa, por exemplo, que o Dorflex é um anti-inflamatório com analgesia e relaxante muscular, o Torsilax também, e a Neosaldina ainda tem cafeína. Todos eles têm efeitos colaterais severos”, diz Souza.

Segundo o médico, o Dorflex pode apresentar efeitos colaterais severos em 10% da população, podendo gerar desde secura da boca, até lesão de pele e aumento na alteração dos glóbulos brancos no sangue. Além disso, entre os riscos, Souza alerta que essas ‘medicações de bolsa’ banalizam a dor e podem mascarar um problema mais sério.

“São remédios que causam um ciclo de analgesia. O paciente tem que tomar cada vez mais, e quando usa mais, gera uma certa tolerância que depois de certo tempo para de funcionar e esse sujeito acaba tendo que tomar doses cada vez maiores e toxicidade maior”, diz o diretor da AMMG.

Em nota, a Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip) informou que, pela ausência da necessidade de receita médica, a utilização dos medicamentos isentos de prescrição (MIPs) é considerada “uma prática de autocuidado, que está alinhada com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)” e que “esses medicamentos também exercem um papel social e econômico importante”.

Consumo. O Brasil é um dos campeões mundiais em consumo de analgésico. Especialistas alertam que pessoas que os consomem mais de três vezes ao dia e diariamente, precisam procurar ajuda.

Medicamentos são eficazes e seguros, alegam fabricantes

A Sanofi, fabricante do analgésico Dorflex, informou que o remédio indicado para o alívio da dor associada às contraturas musculares, incluindo dor de cabeça tensional, “é comprovadamente reconhecido por sua eficácia e segurança de acordo com as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)” e que “deve sempre ser usado conforme as recomendações da bula”.

Já a Takeda, fabricante da Neosaldina, esclareceu também por nota, que a medicação, presente no mercado há 46 anos, “é seguro e com eficácia comprovada cientificamente, desde que consumido conforme indicação em bula, e recomenda sempre que o paciente procure um médico caso os sintomas persistam’. Pesquisa conduzida pelo laboratório junto ao Ibope Inteligência, feita com mais de mil brasileiros entre 18 e 55 anos e revelou que 95% acreditam que a dor de cabeça afeta seu dia-a-dia. Por isso, a fabricante vem investindo em iniciativas que colaborem na percepção dos sintomas da dor de cabeça.

Fonte: Portal O Tempo
Data: 30/04/2018

Posso tomar antiinflamatório e relaxante muscular juntos
A nimesulida vem em várias formas, mas todas exigem cautela. Foto: Deborah Maxx/SAÚDE é Vital

Publicidade

Publicidade

A nimesulida é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) com ação analgésica e antitérmica. Ou seja, ela serve para controlar dores leves a moderadas, combater inflamação e baixar a febre.

Quando usar

“Ela é utilizada contra dores articulares, como tendinite e bursite, desconforto muscular e de dente, inflamação de vias aéreas, como sinusite e dor de garganta ou cólicas”, exemplifica a farmacêutica Patrícia Moriel, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Há muitas possíveis indicações.

Mas, ao contrário de outros analgésicos, a nimesulida precisa de receita médica para ser comprada. “É um medicamento de tarja vermelha. Por isso, só deve ser consumido sob prescrição”, orienta Patrícia.

Há risco de reações adversas sérias, principalmente em certos grupos da população, que falaremos mais adiante.

+LEIA TAMBÉM: Para que serve a ivermectina

Quanto tempo demora para fazer efeito

São, em média, 15 minutos para aliviar a dor. “Se for usada para febre, leva cerca de uma a duas horas”, relata a farmacêutica.

Tipos de nimesulida

Ela é encontrada em diversas formas de administração: comprimido, cápsula, gotas, gel e supositório. Entre as orais, a versão em gotas é absorvida mais rapidamente por não precisar ser dissolvida no estômago e intestino.

“O supositório é utilizado quando não é possível por via oral. A absorção também é gastrointestinal”, informa a professora.

Já a versão em gel entra em cena quando o objetivo é gerar uma ação local. “Nós passamos na pele quando ocorre uma entorse, por exemplo. A absorção é um pouco menor”, explica Patrícia.

Essas diferentes opções reforçam a necessidade de uma consulta com o profissional de saúde.

Diferença entre a nimesulida e outros analgésicos, e anti-inflamatórios

Uma já falamos: ela só pode ser consumida sob prescrição médica. Mas não para por aí.

Entre os anti-inflamatórios, a nimesulida é mais potente que o ácido acetilsalicílico (AAS). Por outro lado, não tem grande vantagem em relação ao diclofenaco e o ibuprofeno.

“Sua atividade contra a febre possui a mesma eficácia que a dipirona sódica e o diclofenaco. Porém, é um pouco melhor que a do paracetamol”, complementa a Patrícia.

No fim das contas, o médico é quem vai decidir se esse AINE é o melhor para a situação, após analisar as condições de cada paciente.

Nomes comerciais de nimesulida

A nimesulida é, na verdade, um princípio ativo que pode ser encontrado em diferentes caixinhas na farmácia — inclusive entre genéricos. Dá para achá-la como:

Continua após a publicidade

• Arflex
• Cimelide
• Nimesilam
• Scaflam
• Entre outros muitos nomes

Crianças, idosos e grávidas podem usar? Quem deve evitar

A nimesulida não pode ser utilizada antes dos 12 anos. “E para adolescentes, ela não é recomendada como parte do tratamento de infecções virais”, ensina Patrícia.

Mulheres que estão amamentando ou tentando engravidar devem evitá-la. Em gestantes, esse remédio só é liberado sob orientação e acompanhamento próximo de um médico ou cirurgião-dentista.

Aos pacientes idosos, o ideal é indicar outra droga. “O uso de anti-inflamatórios na terceira idade é complicado, porque há risco de hemorragia e perfuração gastrointestinal, além de maior possibilidade de comprometer rins, coração e fígado”, alerta a especialista.

Se não tiver jeito, a utilização precisa ser por curto período e monitorada de perto.

Há outros grupos com contraindicação: portadores de distúrbios gastrointestinais e de coagulação, alérgicos as componentes do medicamento ou a outros analgésicos e pacientes com problemas hepáticos, renais, cardíacos e respiratórios.

Por fim, a nimesulida não é recomendada em caso de suspeita de dengue por favorecer hemorragias. Leia a bula e converse sobre a droga com o profissional que a prescreveu.

Efeitos colaterais da nimesulida

Os efeitos adversos mais comuns são diarreias, náusea e vômito. Coceira, erupção cutânea e sudorese também ocorrem, mas em menor frequência. Entre as reações mais graves (e bem menos comuns), temos hemorragia e retenção urinária.

Se você perceber qualquer sintoma suspeito, suspenda a medicação e procure o médico.

O que acontece se houver superdosagem

“Em casos de superdosagem, usualmente os pacientes sofrem com letargia, sonolência, náusea, vômito, dores, tontura, sangramento gastrointestinal, aumento da pressão arterial, insuficiência renal e até coma”, avisa Patrícia.

Caso isso ocorra, procure o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciat) mais próximo.

É importante pontuar que não existe antídoto para a nimesulida. O que se faz em casos de intoxicação é lavagem gástrica, seguida de monitoramento das funções renais e hepáticas.

Precauções e advertências

O ideal é ingerir após as refeições para diminuir a probabilidade de desconforto gástrico. “Se possível, tome com um copo de água, mas não tem problema em beber leite. Não há interação com alimentos”, afirma a expert.

É necessário interromper o consumo de álcool no período de administração. E não deixe de informar seu médico sobre remédios de uso contínuo para avaliar se a nimesulida é a melhor escolha. Sim, existe risco de interação medicamentosa, principalmente com anticoagulantes e anti-hipertensivos.

Diante de tantos detalhes, fica clara a necessidade de uma consulta antes de recorrer ao medicamento em questão.

BUSCA DE MEDICAMENTOS

DISTRIBUÍDO POR

Consulte remédios com os melhores preços

DISTRIBUÍDO POR

× O conteúdo apresentado no resultado da pesquisa realizada (i) não representa ou se equipara a uma orientação/prescrição por um profissional da saúde e (ii) não substitui uma orientação e prescrição médica, tampouco serve como prescrição de tratamento a exemplo do que consta no site da Farmaindex: “TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE SITE TÊM A INTENÇÃO DE INFORMAR E EDUCAR, NÃO PRETENDENDO, DE FORMA ALGUMA, SUBSTITUIR AS ORIENTAÇÕES DE UM PROFISSIONAL MÉDICO OU SERVIR COMO RECOMENDAÇÃO PARA QUALQUER TIPO DE TRATAMENTO. DECISÕES RELACIONADAS AO TRATAMENTO DE PACIENTES DEVEM SER TOMADAS POR PROFISSIONAIS AUTORIZADOS, CONSIDERANDO AS CARACTERÍSTICAS PARTICULARES DE CADA PESSOA” • O conteúdo disponibilizado é meramente informativo, tendo sido obtido em banco de dados fornecido exclusivamente pela Farmaindex, sendo de única responsabilidade daquela empresa; • Isenção de qualquer garantia de resultado a respeito do conteúdo pesquisado; • Informativo de que caberá ao usuário utilizar seu próprio discernimento para a utilização responsável da informação obtida.

Continua após a publicidade

  • Analgésicos
  • Anti-inflamatórios
  • Dores
  • Febre
  • Medicamentos

Informação confiável salva vidas. Assine Veja Saúde e continue lendo.

Pode tomar relaxante muscular junto com anti

Posso tomar anti-inflamatório e relaxante muscular juntos? Pode sim, só não pode abusar do uso de medicações para dor. O uso sem critério pode trazer complicações .

Qual o melhor anti

Anti-inflamatório/Relaxante Muscular (14).
Beserol (2).
Infralax (2).
Mioflex (2).
Mionevrix (1).
Tandriflan (2).
Tandrilax (2).
Torsilax (2).
Trimusk (1).

Pode misturar nimesulida e Torsilax?

De acordo com a bula do medicamento Nimesulida, enquanto estiver em tratamento, deve-se evitar o uso de outros medicamentos anti-inflamatórios não-esteroidais e, visto que um dos princípios ativos do Torsilax é diclofenaco sódico, não é recomendado pois pode haver a somatória dos efeitos, incluindo os adversos.

Pode tomar anti

O analgésico e anti-inflamatório ainda podem ser administrados juntos, já que têm finalidades diferentes atuando no corpo. Já que o anti-inflamatório pode demorar um tempo para começar a fazer efeito, pode ser necessário adotar o uso de analgésico junto, acelerando e otimizando o tratamento.