Porque o autor empregou o pretérito perfeito nessa passagem do texto?

Dentre os canais que constituem o ato da comunicação, figura-se o discurso. Ele é o meio pelo qual se transmite uma ideia, se expõe uma opinião, quer na fala ou na escrita.

Dessa forma, em se tratando do texto narrativo, todo o desenrolar dos fatos, em consonância com a ação dos personagens, está condicionado ao propósito do narrador em materializá-lo por meio de uma mensagem discursiva. Tal registro se dá de formas distintas, caracterizando-se de forma direta e indireta ou, em alguns casos, ocorre a fusão de ambas.

Para que possamos compreender sobre as características inerentes a cada modalidade, analisaremos minuciosamente todas elas.

Discurso direto

A produção se dá de forma integral, na qual os diálogos são retratados sem a interferência do narrador. Trata-se de uma transcrição fiel da fala dos personagens, que, para introduzi-las, o narrador utiliza-se de alguns sinais de pontuação, aliados ao emprego de alguns verbos de elocução, tais como: dizer, perguntar, responder, indagar, exclamar, ordenar, entre outros.

A título de exemplificação, apoiemo-nos no seguinte exemplo:

“Maurício saudou, com silenciosa admiração, esta minha vida avisada malícia. E imediatamente, para meu príncipe:
- Há três anos que não te vejo Jacinto... Como tem sido possível, neste Paris que é um aldeola, e que tu atravancas?”

Queirós, Eça de. A cidade e as serras. São Paulo: Hedra, 2006

Discurso indireto

O mesmo ocorre quando o narrador, ao invés de retratar as falas de forma direta, as reproduz mediante o atributo de suas próprias palavras, colocando-se na condição de intermediário frente à ocorrência.

Observaremos a seguir um quadro em que são relatadas as mudanças ocorridas na passagem do discurso direto para o indireto, enfatizando as particularidades relacionadas a tempos verbais, advérbios e pronomes.

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Discurso indireto livre

Como anteriormente mencionado, nesta modalidade, as formas direta e indireta fundem-se por meio de um processo em que o narrador insere discretamente a fala ou os pensamentos do personagem em sua fala. Embora ele não participe da história, instala-se dentro de suas personagens, confundindo sua voz com a delas.
Observemos um fragmento extraído do romance Madame Bovary, do escritor francês Gustave Flaubert, publicado em 1857:

“Olhava-a, abria-a e chegava mesmo a aspirar-lhe o perfume do forro, misto de verbena e de fumo. A quem pertenceria?... Ao Visconde. Era talvez presente da amante.”

Porque o autor empregou o pretérito perfeito nessa passagem do texto?

O tempo presente e o modo indicativo

O emprego do tempo presente do indicativo, assim como todos os assuntos relacionados ao universo gramatical, encontra-se em consonância com alguns pressupostos predefinidos. Assim, partindo dessa premissa, dispomo-nos a compreender um pouco mais acerca de tal procedimento linguístico, levando-se em conta alguns aspectos tidos como relevantes.

Ao fazermos uso deste tempo, inferimos se tratar de uma enunciação relacionada ao momento presente. Contudo, além dessa noção conceitual, torna-se passível de menção outros fatores relacionados a tal emprego, dignos de se incorporarem ao nosso conhecimento.

Assim sendo, estejamos atentos a algumas elucidações aqui formadas:

* O presente do modo indicativo é empregado quando se deseja retratar um fato ocorrido no momento da fala, também chamado de presente momentâneo:

Aprecio boas leituras.

Estou contente com a notícia.

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* É também utilizado para expressar processos habituais, regulares, ou que possuem validade permanente:

Durmo regularmente.

O direito de ir e vir são concebidos a todos os cidadãos.

* O emprego também se deve ao ato de narrar fatos passados, de modo a conferir-lhes atualidade. É também conhecido como o presente histórico:

“Em 58 a.C César invade a Gália e inicia uma das mais famosas campanhas da história militar”.

* Sua utilização se encontra relacionada ao ato de indicar um fato no futuro próximo, tido como uma realização certa:

Daqui a alguns instantes ele volta.
Viajo no próximo final de semana.

* Utilizado com valor imperativo, o uso do presente constitui uma ação delicada e familiar de pedir ou ordenar algo:

Vê se vocês voltam logo, sim?

Filho, vê se não me chama antes do almoço.

Por que o autor empregou o pretérito perfeito nessa passagem do texto?

Resposta. Resposta: Porque os verbos que estão no trecho destacados, estão no pretérito perfeito e não no pretérito imperfeito.

Qual é a função do pretérito perfeito?

O pretérito perfeito indica um fato que aconteceu em um determinado momento no passado, enquanto o pretérito imperfeito é usado para indicar uma ação que não foi terminada. Isto é, um acontecimento que não foi concluído.

Por que razão foi usado o verbo no pretérito perfeito na primeira frase e no presente na segunda?

Por que razão foi usado o verbo no pretérito perfeito na primeira frase e no presente, na segunda? Na primeira frase, o verbo foi usado no pretérito perfeito para indicar uma ação concluída, iniciada e terminada no passado.

O que é pretérito perfeito exemplo?

Pretérito perfeito: Indica uma ação não habitual e momentânea, localizada num determinado momento passado. Eu fui. Eu estudei. Eu corri.