Por que os vírus não estão incluídos nas propostas de classificação dos seres vivos como o sistema de três domínios que vimos no capítulo anterior?

(FGV/2014) Carl Woese propôs, em 1990, uma nova classificação na qual os seres vivos são divididos em três domínios, sendo eles Bacteria, Archaea e Eukaria.

A partir da análise da árvore filogenética proposta, é correto afirmar que se trata de um sistema de classificação
A) no qual os vírus não estão incluídos por serem procariontes, ou seja, acelulares.
B) que agrupa os seres vivos em função de características na organização e evolução celular.
C) fundamentado no metabolismo energético, autótrofo ou heterótrofo das células.
D) que não inclui os organismos anteriormente classificados nos reinos Monera e Protista.
E) baseado na organização uni ou pluricelular dos integrantes de cada domínio.

RESOLUÇÃO:
A classificação dos organismos, proposta por Carl Woese, considera a organização celular e análise bioquímica do RNA ribossômico, de modo a construir a história evolutiva dos seres vivos, agrupando-os conforme o parentesco evolutivo.
Resp.: B

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causam desequilíbrios em populações de determinadas espécies. Um exemplo é a proliferação do mos- quito Aedes aegypti nos meios urbanos, onde ele encontra alimento e abundância de locais adequados para a reprodução. Os mosquitos machos alimentam-se de plan- tas e as fêmeas são hematófagas, especialmente alimentando-se de sangue humano, sangue esse necessário à maturação de seus ovos, produzidos em grande quantidade. Os ovos são depositados na água parada, em plena natureza, mas também em nossas casas e seus arredores. Aedes aegypti é, portanto, uma espécie de grande sucesso adaptativo e reprodutivo. O sucesso adaptativo do mosquito nos afeta diretamente e, por isso, precisa ser combatido; basta não deixarmos água parada, eliminando as possibilidades desse acúmulo em todo lugar ao nosso alcance. A negligência tem causado grande prejuízo para a saúde humana nos últimos anos. Esses mosquitos podem transmitir vírus res- ponsáveis por pelo menos quatro doenças conhe- cidas: febre amarela urbana, dengue, chicungunya e febre zika. Estudamos a febre amarela e a dengue neste capítulo. Vejamos, agora, algumas informações a respeito da chicungunya e da febre zika, que apresentam sintomas com algumas semelhanças com os da dengue, tais como dor, inclusive arti- cular, febre alta, manchas no corpo, mal-estar, dor nos olhos e conjuntivite. Embora seja grande a semelhança de sinto- mas, algumas características podem ser relevan- tes para o diagnóstico, a ser feito exclusivamente pelo médico: • Dengue: dores articulares generalizadas, manchas na pele por todo o corpo, dores musculares e nos olhos, febre alta. • Chicungunya, detectada no Brasil pela pri- meira vez em setembro de 2014: febre alta (geralmente entre 38 ºC e 40 ºC), como na dengue, dores pelo corpo, dor de cabe- ça, cansaço, manchas avermelhadas, dores articulares nas extremidades (mãos, pés, tornozelos). • Febre zika, detectada no Brasil pela pri- meira vez em maio de 2015: sintomas mais brandos, febre baixa (geralmente não ultra- passando 38 ºC), fotofobia, dor nos olhos, conjuntivite (mais frequente do que na chicungunya e rara na dengue). Uma complicação extremamente séria atri- buída ao vírus zika, detectada pela primeira vez no Brasil em novembro de 2015, é a microcefalia, em que a circunferência do crânio de recém-nas- cidos é consideravelmente menor que o normal, o que pode responder por sérias complicações neurológicas decorrentes do incompleto de- senvolvimento do encéfalo. Existem algumas evidências de que a maior probabilidade dessa ocorrência seja em fetos cujas mães contraíram o vírus zika nos primeiros três meses de gravidez. No entanto, como se trata de evento recente, ainda há muitas incertezas a respeito, estando o Ministério da Saúde empenhado em seu estudo e pesquisa. Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: <//combateaedes.saude.gov.br/>. Acesso em: 29 mar. 2016. 37 VAMOS CRITICAR O QUE ESTUDAMOS? Utilizamos a grafi a zika de acordo com a que consta do site do Ministério da Saúde. O termo chicungunya está de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (versão on-line. Acesso em: 08 abr. 2016). D IV U LG A Ç Ã O P N LD Patentes e a luta contra o HIV: preservação dos direitos de quem? A patente é um instrumento legal que ga- rante ao(s) indivíduo(s) ou às instituições que de- senvolveram uma inovação a exclusividade em sua fabricação e comercialização, durante um período de, no mínimo, 20 anos. No que se refere a medicamentos antirre- trovirais que combatem o HIV, a maior parte das patentes pertence a laboratórios privados dos Estados Unidos (EUA). No início dos anos 1990, esses medicamentos tinham preços elevados e o Brasil não tinha como os comprar para prestar amplo atendimento aos brasileiros que viviam com HIV/aids. A alternativa encontrada pelo governo brasileiro foi a seguin- te: um laboratório da Fundação Oswaldo Cruz, vinculado ao Ministério da Saúde e situado no Rio de Janeiro, iniciou a produção brasileira de formas genéricas de antirretrovirais. Foi desenvolvida uma técnica de “engenharia reversa”. Cada medicamento importado passou por uma análise para identificar as substâncias presentes. Feito isso, para cada remédio, pro- curou-se chegar a outras combinações de subs- tâncias que oferecessem o mesmo efeito, ou até maior eficácia, contra o HIV, além de menor to- xicidade aos pacientes. A produção de parte dos antirretrovirais pelo Brasil poupou-lhe milhões de reais, os quais puderam ser aplicados no próprio Programa Nacional de Combate ao HIV e à aids. Em 1994, as patentes ganharam destaque no acordo sobre direitos de propriedade intelectual relacionados ao comércio (TRIPS, sigla derivada do nome do acordo em inglês), que foi assinado por diversos países, inclusive pelo Brasil. Em termos diplomáticos, se um país quebrasse patentes, sua imagem poderia ser prejudicada e sua participação no comércio mundial também sofreria prejuízos. O Brasil alterou então sua lei de patentes procurando adequá-la ao Acordo TRIPS. Nenhum novo antirretroviral patenteado após 1996 po- deria ser produzido por laboratórios brasileiros. Entretanto, a lei de patentes brasileira trazia uma flexibilidade: a licença compulsória, que permitia a “quebra de patentes” em situações de emer- gência nacional, caso do combate à aids. De acor- do com documentos reconhecidos mundialmen- te, os direitos humanos são princípios prioritários, incluindo a saúde da população. Como o Brasil manteve a produção de medica- mentos antirretrovirais, os Estados Unidos forma- lizaram a queixa contra nosso país, contestando a licença provisória prevista na lei brasileira. Ao mesmo tempo, laboratórios multinacionais pro- cessam a África do Sul pelo fato de aquele país defender o acesso a medicamentos mais baratos. Esses episódios geraram polêmica mundial. Diversas instituições se posicionaram a favor do acesso universal a antirretrovirais. Com a reper- cussão, tanto os EUA como os laboratórios mul- tinacionais retiraram suas queixas. Em 2001, a Organização Mundial do Comércio reviu o Acordo TRIPS, reconhecendo que os países têm direito a acionar licenças compulsórias para garantir o acesso a medicamentos essenciais. Atualmente, o programa brasileiro de trata- mento a pessoas que vivem com HIV/aids é con- siderado um dos melhores do mundo. O Brasil ainda compra alguns antirretrovirais cuja produ- ção nacional se mostra inviável devido aos altos custos de produção. Em longo prazo, é essencial investir em pes- quisas nacionais sobre novos medicamentos e tratamentos, assim como é crucial continuar com- batendo a transmissão do vírus. A questão das patentes dos antirretrovirais que combatem o HIV é um tema delicado e com- plexo, pois envolve diversas questões éticas, filo- sóficas, diplomáticas, econômicas e sociais. DEPOIS DA LEITURA... Com seus colegas, simulem uma audiência pública, em que diversos representantes da sociedade discutem um tema específico. O tema a ser discutido é o pedido de licença compulsória de um medicamento pelo governo brasileiro. Organizem-se em grupos que representem diversos setores da sociedade; cada um deve preparar os argumentos contra ou a favor. O professor avaliará a coerência da argumentação de cada grupo. 38 LEITURA Veja orientações no Manual. D IV U LG A Ç Ã O P N LD Revendo e aplicando conceitos 1. Por que os vírus não estão incluídos nas propostas de classificação dos seres vivos, como o sistema de três domínios, que vimos no capítulo anterior? 2. O consumo de água filtrada é fundamental para pre- venir infecções por bactérias presentes na água. Expli- que por que não basta filtrar a água como proteção contra doenças virais como a poliomielite. 3. Para cada uma das situações abaixo, cite pelo menos duas viroses que: a. são transmitidas por picadas de insetos; b. são doenças sexualmente transmissíveis (DST); c. são transmitidas por gotículas de saliva. 4.

Por que os vírus não estão incluídos nas propostas de classificação dos seres vivos como o sistema de três domínios que vimos anteriormente?

De acordo com Woese, existem três domínios: Archaea, Bacteria e Eukarya. Ressaltando que os vírus, apesar das controvérsias a respeito, são atualmente considerados formas particulares de vida, mas não se incluem em nenhum desses reinos, pois são acelulares.

Por que os vírus não estão incluídos no sistema de classificação dos seres vivos?

Os vírus não se alimentam e nem respiram. A falta da existência de metabolismo nos vírus faz com que muitos cientistas não os considerem seres vivos. Eles são considerados partículas infecciosas, pois são encontrados no interior de células.

Por que os vírus não foram incluídos no sistema de classificação dos cinco reinos?

Atenção: Os vírus são um grupo bastante peculiar em virtude da ausência de células. Por isso, eles não são classificados dentro dos reinos dos seres vivos. Vale destacar que esses organismos são incapazes de viver sem uma célula, sendo considerados parasitas intracelulares obrigatórios.

Qual o domínio do vírus?

Os vírus são capazes de infectar seres vivos de todos os domínios (Eukarya, Archaea e Bactéria). Desta maneira, os vírus representam a maior diversidade biológica do planeta, sendo mais diversos que bactérias, plantas, fungos e animais juntos.

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