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Considera-se Desporto para pessoas com deficiência(pt) ou Esporte para pessoas com deficiência(pt-BR) toda e qualquer atividade (d)esportiva adaptada, que tem como objetivo a inclusão de pessoas com necessidades especiais (deficiente mental, físico, auditivo, ou visual), em práticas esportivas. Normalmente estes desportos, seguem as normas e regras das modalidades esportivas existentes, fazendo se pequenas, mas importantes, mudanças principalmente nos equipamentos e locais de competição. Exemplo de desportos para pessoas com necessidades especiais incluem goalball, Basquetebol em cadeira de rodas, natação paraolímpica, futebol de cinco (para cegos), futsal para deficientes auditivos, futebol de sete para portadores de paralisia cerebral. Ver também[editar | editar código-fonte]
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Wendell Belarmino e o técnico da natação paralímpica, Marcão, usando o tapper para avisar o atleta da sua chegada: esportes adaptados eu atleta — Foto: Buda Mendes/Getty Images Modalidades paralímpicas com presença de deficientes visuais:
Goalball é uma modalidade paralímpica desenvolvida especificamente para deficientes visuais — Foto: André Durão
Modalidades não paralímpicas que possuem versões adaptadas: Cegos praticam tiro com arco em Lagoa Seca, na Paraíba — Foto: Reprodução/TV Paraíba
Uma história no esporte
O nadador paralímpico Wendell Belarmino demonstra sua experiência no túnel de vento Multimedalhista nos Jogos Parapanamericanos de Lima 2019 e campeão mundial dos 50m livre na categoria S11, em que competem atletas com perda total ou quase total da visão, o brasiliense teve seu primeiro contato com o esporte por volta dos três anos. Além de ajudar com seus quadros de bronquite, a natação tinha papel importante no desenvolvimento motor de Wendell, que nasceu com glaucoma congênito e, por conta disto, conviveu desde bebê com a perda gradativa da visão. Depois, dos 6 aos 10, foi para o hipismo, pelo qual fez suas primeiras competições, mas precisou parar por causa de um transplante de córnea, o terceiro ou quarto dos dez que já precisou fazer ao longo da vida. Mas era uma questão de tempo para a natação voltar para sua vida. – Eu me afastei de vez do hipismo, e me convidaram para fazer uma aula de natação voltada para deficientes, só que o foco deles não era competir, era tirar o deficiente do ócio. Depois que eu fui para o hipismo, percebi que eu era uma pessoa muito competitiva. Não queria nadar duas, três vezes na semana por uma hora e ir para casa, eu queria competir. Fui para a Paralimpíada Escolar e vi que era aquilo que eu queria – conta Wendell, que desde 2015 compete em parceria com seu treinador Marcus Lima, o Marcão. A parceria com Marcão levou o nadador a experimentar outras modalidades, comprovando que a deficiência visual não é um impeditivo para quase nenhum esporte. Como uma espécie de treino alternativo, buscando novos estímulos e relaxamento da rotina estressante nas piscinas, o treinador costuma, de tempos em tempos, levar seus atletas para o Lago Paranoá, onde andam de caiaque e stand-up paddle (SUP). O preferido do campeão mundial, no entanto, é outro: o túnel de vento, uma espécie de paraquedismo indoor. – É um negócio que eu sempre tive curiosidade de fazer quando chegou no Brasil, mas nunca tinha tido a oportunidade. Até que meu primo me convidou para voar lá com ele. Fiz dois voos de um minuto e foi muito legal. Uma sensação completamente diferente do que eu estava acostumado na água. Flutuar no ar é muito diferente e até relaxante porque tira aquela tensão dos treinamentos. É como se fosse a minha terapia – ele descreve, antes de completar que só não saltou de paraquedas ainda porque não teve a oportunidade. Wendell e Marcão andam de caiaque no Lago Paranoá, em Brasília — Foto: Arquivo Pessoal Mais do que os benefícios físicos e motores, a prática de atividades físicas, seja voltada para o esporte competitivo ou apenas para fins de saúde e recreação, é um meio eficiente de se afirmar como alguém plenamente capaz de ter uma vida normal, apesar da deficiência. E é a partir disto que Wendell quer inspirar outras pessoas. – O principal papel do esporte na minha vida foi provar, não só para mim mesmo, mas para todas as pessoas, que eu posso fazer o que eu quiser. Não é porque eu tenho uma deficiência ou uma limitação que não posso fazer determinada coisa. Claro que eu vou precisar passar por uma adaptação, mas 99% das coisas são possíveis para eu fazer sim. E isso não é só para o cego, mas para o esporte paralímpico como um todo – ressalta Wendell, antes de encorajar outros portadores de deficiência a também buscarem o esporte: – Não tenha receio. Tendo um bom profissional que possa te auxiliar e dar o suporte necessário, você só precisa ter a vontade. O resto é detalhe que a gente consegue adaptar. As adaptações nas modalidadesWendell Belarmino num treino de natação paralímpica — Foto: Buda Mendes/Getty Images Marcão, que há 12 anos trabalha com atletas paralímpicos, destaca como adaptações e acompanhamento profissional são necessários para manter a segurança, sobretudo no início da prática. Com o tempo e a depender da modalidade, é possível seguir sozinho ou com uma supervisão menor. – Primeiramente, eu digo que faça com um personal, um professor de educação física para orientar pelo menos no começo, até por conta da segurança; mas num segundo momento, dependendo da atividade, ele pode fazer sozinho. Toda modalidade precisa, pelo menos, de um auxílio inicial – ele afirma. – O próprio Wendell, quando começou no túnel de vento, precisava de um instrutor profissional ensinando os primeiros passos, mas hoje ele já consegue fazer a atividade sozinho. A mesma coisa foi com o caiaque e o SUP. Foi preciso dar uma direção, mostrar para ele onde ele estava pegando no remo, ensinar os movimentos corretos. Hoje ele já vai sozinho e é muito gratificante. A gente vê que não tem limite. O treinador ainda menciona que o tempo de adaptação é difícil de ser previsto, pois varia de acordo com a modalidade, grau e tipo da deficiência, histórico do indivíduo na prática de esportes e até mesmo o momento da vida em que a deficiência é adquirida. – A adaptação se torna um pouco mais prática para quem já nasceu com a deficiência. A pessoa passa a vida inteira apurando a parte de percepção, o tato, o olfato, os outros sentidos, então existe uma sensibilidade muito maior. Para os adquiridos, depende do momento da vida em que teve isso, mas você vê que existe uma dificuldade maior de adaptação – explica Marcão. Através do exemplo de Wendell, Marcão destaca como costuma fazer o passo-a-passo antes de apresentar uma nova atividade ao atleta. O processo começa com uma descrição do ambiente e dos elementos à sua volta e é seguida por uma demonstração tátil dos movimentos em uma espécie de briefing, andes de começar de fato a prática do esporte. – Se eu peço para ele, eu quero que você faça uma braçada específica, peço então que ele coloque a mão no meu braço, faço o movimento do braço e da mão. Peço para ele pegar no meu tronco para ele saber se eu vou inclinar ou elevar o tronco. Para ele ter essa memória e poder perceber como proceder com o movimento, porque às vezes ele até não conhece. No SUP, eu mostro para ele que tem que segurar na extremidade do remo e como deve ficar o remo. Depois vou mostrar que tem uma ranhura que é onde ele vai colocar a mão. Mostro que tem a parte da prancha onde ele tem que colocar o pé, que ele vai começar de joelhos e, só depois, levantar. Então eu faço um briefing, repasso os movimentos antes com ele, para depois ele ir para a atividade. Ele precisa pegar em todo o remo, entender o peso do remo, o tamanho da prancha, onde é a extremidade, tudo isso - exemplifica Marcão, explicando que esse tipo de passo a passo vale para qualquer atleta com deficiência visual. Além dos benefícios universais da prática de esportes, como redução de estresse e ansiedade, melhora da memória e do sono e prevenção e tratamento de doenças crônicas variadas, o deficiente visual pode ainda gozar de outros benefícios motores e de estimulação de outros sentidos, como audição e olfato. – Para o deficiente visual, (o esporte) melhora ainda a parte de memória motora, de conhecimento do corpo, de percepção auditiva. Você fica até surpreendido com a capacidade que eles desenvolvem, o quanto eles conseguem trabalhar um outro instinto. Tem o Tharon Drake, um atleta da seleção dos EUA que ficou amigo do Wendell, que sabe identificar o estilo que alguém está nadando pelo barulho da água. Uma vez o Wendell estava nadando e ele perguntou porque o Wendell estava cruzando o braço. O Wendell hoje já está passando a ter isso também, de identificar pela audição que outro atleta está diminuindo a pernada ou de saber quando eu ou o pai chegamos no ambiente pelo cheiro – conta Marcão. – É importante destacar o papel da atividade física. Temos muito deficiente físico, intelectual e visual que está em casa e tem todo um mundo para ser explorado através da atividade física. Não tem barreiras, não tem muros. Todas as pessoas têm direito e podem estar fazendo isto. Quais modalidades esportivas para pessoas com deficiência?Confira algumas modalidades adaptadas, conforme a deficiência:. Pessoas com deficiência visual: futebol de cinco, golbol, atletismo, natação, judô, ciclismo, hipismo, halterofilismo e esportes de inverno;. Pessoas com deficiência intelectual: atletismo, natação, tênis de mesa, entre outros;. Quais as modalidades de educação física para portadores de deficiência?Por fim, vale destacar o maior evento esportivo mundial envolvendo pessoas com deficiências, os Jogos Paralímpicos. Nos jogos, existem diversas modalidades esportivas adaptadas, entre elas: vôlei, basquete em cadeira de rodas, futebol para cegos, etc.
O que significa esportes Pcds?A prática de esportes por pessoas com deficiência.
O que é o que é esporte adaptado?Esporte adaptado é um termo utilizado apenas no Brasil e consiste em uma possibilidade de prática para pessoas com deficiência. Para tanto regras, fundamentos e estrutura são adaptados para permitir a participação destas pessoas2.
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