O que os italianos fazem para preservar a cultura do seu país de origem?

O Brasil recebeu muitos imigrantes durante vários séculos, mas grande parte deles veio da Itália. Por isto, eles deixaram marcas em nossa vida, inclusive modificando nossos costumes. Esta presença se deu com mais força nos estados do Sul e Sudeste, onde se percebe grande número de descendentes, e nestes locais formaram-se as colônias italianas. Porém, algumas partes do país quase não receberam italianos, por isto suas características quase não foram deixadas lá.

Presença cultural

Percebe-se a importância da imigração italiana para o Brasil especialmente no catolicismo em algumas regiões do país. As festas, práticas religiosas e os santos de devoção são elementos tipicamente italianos.

Muitos pratos saborosos fazem parte da culinária italiana, como as massas em geral, principalmente o espaguete e a pizza. O hábito de comer panetone no Natal também é cultura da Itália que veio para o Brasil. Em Minas Gerais, deve-se aos italianos a tradição de comer feijão tropeiro e angu.

O sotaque característico do Sudeste, principalmente de São Paulo e Espírito Santo, também é consequência da imigração dos italianos para nosso país. Percebe-se também este modo de falar no sul de Santa Catarina e na serra gaúcha.

Mais uma vez falando do Sudeste, esta região do Brasil deve aos italianos a introdução de novas técnicas agrícolas, incluindo também Minas Gerais e parte Sul do país.

Marcos no esporte e lazer

Nota-se também a importância da imigração italiana para o Brasil na área esportiva, com a criação do time do Palmeiras (Palestra Itália). Este clube foi criado para aproximar os imigrantes italianos que viviam em São Paulo, mas, por conta da Primeira Guerra Mundial, o nome teve que ser modificado para Sociedade Esportiva Palmeiras. O motivo foi a ditadura Vargas, que proibiu qualquer manifestação cultural quando foi declarada guerra contra a Itália.

Muitas obras artísticas, tanto no cinema quanto na televisão, foram contribuições da imigração italiana. O país serviu de inspiração para o filme O quatrilho, que concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro, assim como para várias novelas, como Terra Nostra e Esperança, ambas produzidas pela TV Globo.

Criação de cidades

Porém, para algumas regiões, a importância da imigração italiana para o Brasil é ainda mais significativa. Afinal, foram eles que transformaram colônias em cidades. Este é o caso de Bento Gonçalves, Garibaldi e Caxias do Sul, todas elas localizadas no estado do Rio Grande do Sul, no sul do Brasil. A principal atividade econômica destas cidades é o cultivo de videiras e a comercialização de vinho, funções exercidas por seus antepassados italianos.

Vestimenta nas cidades de descendência italiana

Na zona rural das cidades de descendência italiana também pode se perceber que a vestimenta dos colonos ainda é idêntica a que foi usada pelos primeiros imigrantes dos campos. Os homens usam lenço no pescoço e as mulheres preferem usar o acessório na cabeça, como um pano.

Nestas regiões nota-se que a culinária também permanece inalterada: além do macarrão, já citado neste texto, a polenta caseira é alimento diário dos colonos. Nas áreas gaúchas inclui-se também o churrasco. Alguns descendentes de italianos se aproximaram de descendentes de alemães e esta amizade também influenciou sua gastronomia: eles adotaram o hábito de comer geleia de frutas e doces em pasta.

Influências no trabalho

Saindo um pouco das colônias italianas do Sul e passando para o Sudeste novamente, encontramos a importância da imigração italiana para o Brasil também com influências diretas no trabalho. Os imigrantes foram para zonas cafeeiras e trabalharam nas plantações de café de maneira remunerada, ao contrário do que acontecia anteriormente, com o uso de escravos. Assim como aconteceu na região Sul, quem possuía alguma formação profissional se dirigiu para os centros urbanos e trabalhou nas pequenas fábricas. O que começou devagar se tornou um sucesso, gerando empresas potentes.

Alguns exemplos de indústrias que receberam a influência de trabalho dos italianos: metalurgia, vinícolas (citado anteriormente, na região Sul), setor de alimentos, tecelagem e de fiação. Portanto, pode-se afirmar com certeza que os italianos contribuíram para o desenvolvimento do Brasil.

A importância da imigração italiana para o Brasil

Como se pode perceber, a contribuição dos italianos para o nosso país foi de extrema significância: eles foram exemplares na execução de suas tarefas, formaram e/ou mantiveram suas famílias, trouxeram sua religiosidade e o espírito de comunidade, cumprindo assim com as expectativas de imigração. Os italianos povoaram terras vazias, criaram colônias, fundaram vilas, cultivaram café e uva e nos deixaram a ética de trabalho baseada na condição de provedor de família. Foram desbravadores e contribuíram com a civilização brasileira.

O processo de imigração européia para o Brasil, especialmente a dos italianos para o sul do país durante o século XIX, foi fundamental para a colonização e desenvolvimento do Vale do Itajaí. Muitas cidades preservam até hoje todas as características italianas que lhe deram origem e lutam por manter vivas as tradições culturais herdadas dos primeiros imigrantes.

Com característica do povo italiano, os imigrantes trouxeram sua alegria, sua culinária, seu jeito expansivo de ser e a tradição da reunião entre famílias para rezar e festejar seus costumes, surgindo assim, a semente das festas típicas atuais. No mês de julho, buscando resgatar, preservar e divulgar as tradições culturais, gastronômicas e familiares dos seus antepassados, acontece as edições da Festitália.
Blumenau, cidade fundada por alemães, se rendeu à alegria contagiante desta buona gente.

Os italianos representam nada menos que 50% da população do Vale do Itajaí, com isso encontram nas festas italianas um estímulo para compartilhar sua cultura. Estas festas perpetuam uma tradição de mais de 125 anos, iniciada com a chegada dos primeiros imigrantes italianos ao vale. Nos moldes atuais, a Festitália é um festival gastronômico e cultural no qual as maiores atrações são os pratos típicos e as apresentações de grupos folclóricos, cantores e conjuntos musicais.

A Região

Importante centro têxtil e manufatureiro, o Vale do Itajaí em Santa Catarina apresenta um padrão de vida bem superior à média brasileira. Pólo exportador de peso, o dinamismo de um centro moderno, alta renda per capita e ínfimos índices de analfabetismo e violência. A agroindústria e o setor metal-mecânico também são bastante desenvolvidos.

A cultura européia, transmitida de geração em geração, é responsável pelo elevado nível de urbanidade. É destaque também o setor turístico identificado pelas belezas naturais, construções típicas, festas regionais e por seu povo alegre e trabalhador.

Hoje, o Vale do Itajaí está diretamente associado à qualidade de seu trabalho. Os turistas que se acomodam nos cerca de 10 mil leitos da rede hoteleira, além de pousadas e casas de famílias, aqui encontram um vasto leque de atrações, compras e lazer.

História do Macarrão

Itália ou China? Pérsia ou Palestina? Nem a história sabe ao certo a verdadeira nacionalidade do macarrão. A verdade é que a massa começou a ser preparada quando o homem descobriu que podia moer alguns cereais, misturar com água e obter uma pasta cozida ou assada. Onde e quando começou, ainda é mistério. Entretanto, muitos povos brigam pela invenção, que se tornou um dos pratos mais populares do mundo.

Textos de civilizações antigas revelam que os assírios e babilônios, por volta de 2.500 antes da era cristã, já conheciam uma pasta cozida à base de cereais e água, que pode ser considerada a avó do nosso macarrão.

A primeira referência ao macarrão cozido, e mais próxima ao Ocidente, está no Talmund de Jerusalém, o livro que traz as leis judaicas, do século V antes de Cristo. O “itryiah” dos antigos hebreus era uma espécie de massa achatada usada em cerimônias religiosas. Na antiga Roma, século VII antes de Cristo, comia-se uma papa de farinha cozida em água, chamada “pultes”. Com legumes e carne, era chamada de “puls púnica”. Com queijo fresco e mel, “puls Julia”. Porém na versão mais comum, o macarrão teria chegado ao ocidente pelas mãos de Marco Pólo, mercador veneziano que visitou a China no século XIII. Entretanto, na Itália, já em 1279, antes do retorno de Marco Pólo, foi registrada uma cesta de massas no inventário de bens de um soldado genovês. A palavra “macaronis”, usada no inventário, seria do verbo “maccari”, de um antigo dialeto da Sicília. Significa achatar, que por sua vez, vem do grego makar, que quer dizer sagrado.

Apesar das confusões, uma coisa é certa: a partir do século XIII, os italianos foram os maiores difusores (e consumidores) do macarrão por todo o mundo. Tanto é que inventam mais de 500 variedades de tipos e formatos.

O macarrão chegou ao Brasil no final do século XIX, trazido pelas primeiras famílias de imigrantes italianos. Cada brasileiro consome, e média 6 quilos de macarrão por ano, enquanto os italianos consomem 28 quilos/ano.

Curiosidades

  • A palavra macarrão vem do grego “Makária”, caldo de carne enriquecido por pelotinhas de farinha de trigo e por cereais
  • Spaghetti quer dizer barbante
  • De acordo com pesquisa realizada pela revista italiana “Salute Naturale”, sete entre dez italianos, estão dispostos a se privar de tudo, menos do spaghetti. A pesquisa apresenta a opinião de 1.128 entrevistados, com idade entre 21 e 65 anos, na qual a maioria afirma que quem não come Spaghetti não faz amor e, talvez, esqueça até como se dá um beijo.

Dia Mundial do Macarrão

25 de Outubro: Esta data foi escolhida por fabricantes de macarrão de diversos países, após o I Congresso Mundial de Pasta (Roma 1998). Foi constatado que o consumo do produto vinha crescendo, em função de sua versatilidade, rapidez de preparo e valores nutricionais. Em vários países, associações de fabricantes de massas alimentícias planejam ações promocionais para comemorar a data deste 1998. No Brasil, a ABIMA organiza o Macarrão Gourmet Fashion em São Paulo.

Hábitos de Consumo

O macarrão é um prato popular de baixo custo e, principalmente, muito saboroso. Por muito tempo, o macarrão entra na alimentação do brasileiro como um hábito quinta-feira e na famosa macarronada de domingo. Além de ter se tornado tradicional, acaba por se tornar um prato obrigatório nas reuniões familiares.

Nutritivo em vários aspectos, como na combinação de alimentos, por exemplo, legumes e verduras, na qual se cria uma nova opção para melhorar o consumo de vegetais por crianças, já que o macarrão é sempre atrativo, a utilização do macarrão é sinônima de energia pura. Na dieta da preparação de atletas para competições, sempre há macarrão. Hoje, o macarrão não é visto somente como um prato gostoso, e sim como importante alimento.

Qual foi a contribuição dos italianos para nossa cultura?

Os italianos povoaram terras vazias, criaram colônias, fundaram vilas, cultivaram café e uva e nos deixaram a ética de trabalho baseada na condição de provedor de família. Foram desbravadores e contribuíram com a civilização brasileira.

Quais os costumes que os italianos trouxeram para o Brasil?

Uma das tradições mantidas pelos italianos aqui no Brasil é o famoso “tchau”, que tem origem da palavra “Ciao”, utilizada na Itália como uma saudação informal. Outras palavras de origem italiana são: alarme, artesão, banquete, cascata, festim, gazeta, maestro, máfia, panetone, polenta, soneto, trampolim e violino.

Quais são as tradições culturais da Itália?

Confira 5 tradições e costumes italianos.
1- Festas religiosas e celebrações. Na Itália, a religião predominante é o catolicismo. ... .
Sagras e batalhas. ... .
Procissão das Serpentes. ... .
Fitas nos nascimentos e casamentos. ... .
Bruxa Befana. ... .
3 – Moda com marcas de luxo..

Como os italianos influenciaram no Brasil?

Diversas receitas italianas foram incorporadas nos hábitos culinários brasileiros, como o panetone no Natal, comer pizza e espaguete (principalmente no Sudeste), além da polenta frita. A introdução de novas técnicas agrícolas (Minas Gerais, São Paulo e no Sul).