O que é gestão ambiental e responsabilidade social?

GEST�O AMBIENTAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL: PERPASSE ENTRE SUSTENTABILIDADE E EDUCA��O AMBIENTAL EM UMA DISCIPLINA DO CURSO DE CI�NCIAS BIOL�GICAS

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Endell Menezes de Oliveira�, Ant�nio Carlos Pires Maia�.

� Universidade da Amaz�nia-

� Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano- Universidade da Amaz�nia

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Resumo: O presente trabalho visa relatar uma experi�ncia vivida durante uma disciplina de Gest�o Ambiental, no curso de ci�ncias biol�gicas (licenciatura). Evidenciando a gest�o ambiental como responsabilidade social, calcada em premissas da educa��o ambiental visando � sustentabilidade. Estimulou-se o debate em sala de aula para temas discutidos universalmente e pensados em realidades locais, aproximando o objeto de estudo do educando. Observou-se a intera��o em sala de aula, e a import�ncia da metodologia de debates, pois possibilitou a inser��o de categorias e sentidos que foram al�m das refer�ncias indicadas, onde o aluno torna-se protagonista no processo na constru��o do conhecimento e o professor intermedia o sistema.

Palavras Chave: Educa��o, Desenvolvimento, Recursos Naturais.

Abstract: The present work aims to report an experience lived during an Environmental Management course, in the biological sciences course (teacher). Evidenciating the environmental management as social responsibility, based on premises of environmental education aiming at sustainability. The debate in the classroom was stimulated for themes discussed universally and thought of in local realities, approaching the object of study of the student. It was observed the interaction in the classroom, and the importance of the methodology of debates, because it enabled the insertion of categories and meanings that went beyond the indicated references, where the student becomes protagonist in the process in the construction of knowledge and the intermediate teacher the system.

Keywords: Education, Development, Natural Resources.

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1 INTRODU��O

A gest�o ambiental surge em meio � cr�tica da sociedade quanto aos modos de produ��o e circula��o de mercadorias. A principal categoria respons�vel por tais anseios s�o as empresas, que de modo a atender as demandas advindas da sociedade, modificou a forma de entender o processo produtivo e a distribui��o das mercadorias. Entender que a natureza � sist�mica, complexa e multifacetada � um dos focos e objetivos da educa��o ambiental, entendida como uma das mediadoras do trip� educa��o-natureza-sociedade. Por princ�pio a educa��o ambiental deve ser entendida em seu car�ter transdisciplinar, cr�tico, emancipat�ria e transformadora, pois d� a possibilidade do questionamento dos paradigmas vigentes, da liberdade intelectual e a real transforma��o da sociedade. A humanidade est� em transi��o de uma sociedade altamente poluidora e extrativista dos sistemas humanos e naturais para a constru��o de sociedades sustent�veis, de forma democr�tica participativa visando � inclus�o dos menos favorecidos nos ciclos de debates ambientais. O objetivo do trabalho � revelar uma viv�ncia na disciplina de Gest�o Ambiental, no curso de Licenciatura em Ci�ncias Biol�gicas da Universidade da Amaz�nia, que buscou como base metodol�gica e conceitual evidenciar a gest�o ambiental como processo pol�tico-social, e como, responsabilidade social por meio de uma educa��o para sustentabilidade formadora.

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2 METODOLOGIA

O trabalho visa � viv�ncia/experi�ncia na disciplina de gest�o ambiental, da Universidade da Amaz�nia como discente do curso de Licenciatura em Ci�ncias Biol�gicas. As aulas ocorreram �s ter�as-feiras no per�odo noturno, semestre 2016.2, com aproximadamente 30 alunos.� O professor docente repassava artigos que seriam debatidos em sala de aula com uma semana de anteced�ncia, o objetivo era o debate, que ocorreriam por meio da leitura pr�via dos artigos ou do capital cultural e acad�mico de cada aluno. Os debates se basearam nos textos de Reinaldo Dias (2008), cap�tulos I e II, Fonseca e Bursztyn (2009) e Layragues (2006). Os debates ocorreram em sala de aula, os alunos sentavam em forma de circulo, tendo o professor o papel de mediador dos debates para n�o haver fuga do tema e manter a oportunidade de abrang�ncia do tema. Na imagem 1, o professor-mediado instiga/questiona uma passagem do texto sobre o tema abordado. O levantamento entra em processo de reflex�o pessoal e intr�nseco (Imagem 2). Ap�s analises internas, o aluno responde em vista de opini�o pessoal ou baseada na literatura pr�via (Imagem 3), permitindo assim a replica e complemento dos outros alunos em sala. Concordando com Loureiro (2007) quando exemplifica que n�o h� rela��es em movimento no tempo-espa�o e caracter�sticas peculiares a cada forma��o social, que devem ser permanentemente questionadas e superadas para que se construa uma nova sociedade vista como sustent�vel.

Imagem 1: Professor instiga/ questiona os alunos a determinado assunto. 2016.

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Imagem 2: Os alunos passam por processo de assimila��o do questionamento. 2016.

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Imagem 3: O debate ocorre de forma democr�tica participativa. 2016

Os par�grafos seguintes real�am e categorizamos autores e assuntos onde foram feitas as incis�es de debate.

Dias (2008): A evolu��o hist�rica da quest�o ambiental (O homem e anatureza na pr�-hist�ria, A cria��o do ambiente cultural, industrializa��o e meio ambiente, a contamina��o industrial); A tomada de consci�ncia do problema ambiental (O problema do s�culo XX, as d�cadas de 70-80-90 e o in�cio do s�culo XX, o estado do debate ambiental no final do s�culo XX, a expans�o da consci�ncia ambiental:o papel das ONGs); O desenvolvimento sustent�vel como novo paradigma (Antecedentes hist�ricos, a comiss�o Brundtland e o conceito de sustentabilidade, a confer�ncia das Na��es Unidas no Rio de Janeiro e os seus desdobramentos, o desenvolvimento sustent�vel no �mbito empresarial, as dimens�es de sustentabilidade e o protocolo verde).

Layragues (2006): Lembrando um pouco da sociologia da educa��o ambiental (A fun��o moral de socializa��o e fun��o ideol�gica de reprodu��o das condi��es sociais); Educa��o ambiental e mudan�a social (A mudan�a cultural e a mudan�a social); Educa��o ambiental com responsabilidade social.

Fonseca e Bursztyn (2009): Conceito de Governan�a e o Manual da Boa Governan�a; A produ��o e reprodu��o do Manual da Boa Governan�a; As falhas da boa governan�a; Da boa governan�a � governan�a viciosa; A governan�a suficientemente boa.

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3 CONCLUS�O

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Al�m de mostrar que o conhecimento se constr�i no coletivo, que o di�logo fortalece o discurso de quem o pratica. O debate que vai a p�blico sobre as formas de gest�o ambiental, n�o � um processo ing�nuo, mas � resultado de um hist�rico processo de contra��o e desconstru��es conceituais. As atividades desenvolvidas em grupo na sala de aula mostram-se uma estrat�gia potencial no debate de temas cient�ficos e de pesquisas acad�micas. Com rela��o ao tema proposto ouve uma relut�ncia inicial dos alunos, explicando-se, pelo estranhamento a metodologia, alunos que passaram a gradua��o vendo as disciplinas de formas isoladas, caindo em m�todos cartesianos, positivistas, atomizados e de forma linear. Trabalhar gest�o ambiental correlacionando com educa��o ambiental, � a priori, novo, que foge aos paradigmas evidenciados, quebra com a estrutura do pensamento que de forma inconsciente comandam nosso discurso, pois coloca em xeque as rela��es homem-sociedade-natureza como estrutura l�gica de gest�o, onde n�o h� gest�o ambiental que desconsidere as rela��es sociais imbricadas em meio as formas de se viver e entender o mundo. Que a partir disto, a gest�o ambiental com embasamentos ambientais bem definidos (se um dia for poss�vel), considerando todas suas manifesta��es sociais, culturais, filos�ficas, ecol�gicas, espaciais, temporais, econ�micas e epistemol�gicas, a gest�o ambiental deixar� de ser normativa de atitudes e comportamentos, e tornara-se uma responsabilidade social para com as pessoas, as empresas e ao ambiente.�� Aqui se evidencia a escolha de refer�ncia por entrar em um discurso da sustentabilidade, apresentado ao debate p�blico, apesar de padecer de diversos problemas, n�o � uma constru��o ing�nua. Revela, ao contr�rio, uma competente opera��o pol�tico-normativa e diplom�tica, tomada a sanar um conjunto de contrassensos expostos e n�o contestados pelos modelos anteriores de desenvolvimento.

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REFER�NCIAS

DIAS, R. Gest�o ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. S�o Paulo. Atlas. 2008.

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FONSECA, I. F; BURSZTYN, M. A banaliza��o da sustentabilidade: reflex�es sobre governan�a ambiental em escala local. Sociedade e Estado. Bras�lia. v. 24. n.1. p. 7-46. Jan-abr. Bras�lia. 2009

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LOUREIRO, C. F. B. Educa��o ambiental cr�tica: contribui��es e desafios. In: MELLO, S. S; TRAJBER, R. (Org.). Vamos Cuidar do Brasil: conceitos e pr�ticas em educa��o ambiental na escola. Mist�rio da Educa��o: UNESCO, Bras�lia. 2007.

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LAYRAGUES, P. P. Muito al�m da natureza: educa��o ambiental e reprodu��o social. In: LOUREIRO, C. F. B; LAYRAGUES, P. P; CASTRO, R. C. (Orgs.). Pensamento complexo, dial�tica e educa��o ambiental. S�o Paulo: Cortez. p. 72-103. 2006.

Qual o objetivo da gestão ambiental e responsabilidade social?

Qual o conceito de responsabilidade social e ambiental?

Qual a relação existente entre gestão ambiental e responsabilidade social da empresa?

Qual é a definição de gestão ambiental?