No lugar onde você mora e possível observar quais influências de grupos americanos maranhão

Este ensaio analisa as discrepâncias entre o discurso e a prática que marcam o atual processo de globalização econômica e suas implicações para a migração internacional. Examina também as vantagens e desvantagens da migração internacional sob diversos aspectos. Sugere a formulação de políticas migratórias que revalorizam os aspectos positivos da migração, enquanto se trabalha na redução dos seus efeitos negativos.

Migração internacional; Globalização; Políticas migratórias


This paper analyzes the discrepancies between discourse and actual practice that mark the current process of economic globalization and its implications for international migration. It also examines the advantages and disadvantages of international migration from different angles. Finally, it recommends the formulation of migration policies that build on the positive aspects while reducing the negative impacts of migratory movements.

International migration; Globalization; Migration policies


A globalização inacabada migrações internacionais e pobreza no século 21

George Martine

Sociólogo e Demógrafo. Consultor

RESUMO

Este ensaio analisa as discrepâncias entre o discurso e a prática que marcam o atual processo de globalização econômica e suas implicações para a migração internacional. Examina também as vantagens e desvantagens da migração internacional sob diversos aspectos. Sugere a formulação de políticas migratórias que revalorizam os aspectos positivos da migração, enquanto se trabalha na redução dos seus efeitos negativos.

Palavras-chave: Migração internacional. Globalização. Políticas migratórias.

ABSTRACT

This paper analyzes the discrepancies between discourse and actual practice that mark the current process of economic globalization and its implications for international migration. It also examines the advantages and disadvantages of international migration from different angles. Finally, it recommends the formulation of migration policies that build on the positive aspects while reducing the negative impacts of migratory movements.

Key words: International migration. Globalization. Migration policies.

Para atuar sobre as migrações internacionais no século 21, é preciso entender como a globalização afeta os deslocamentos espaciais da população. Nos dias de hoje, o horizonte do migrante não se restringe à cidade mais próxima, nem à capital do estado ou do país. Seu horizonte é o mundo - vislumbrado no cinema, na televisão, na comunicação entre parentes e amigos. O migrante vive num mundo onde a globalização dispensa fronteiras, muda parâmetros diariamente, ostenta luxos, esbanja informações, estimula consumos, gera sonhos e, finalmente, cria expectativas de uma vida melhor.

Entretanto, a globalização é parcial e inacabada, e isso afeta as migrações de várias maneiras. O dinamismo e a força principal da globalização residem na integração econômica, forjada, imposta e gerenciada pelas regras do liberalismo. Essas regras, porém, são seguidas seletivamente pelos próprios países que as promovem. O resultado é que a globalização apresenta dificuldades e morosidades no cumprimento de suas promessas. Muitos países crescem pouco ou nada e, enquanto isso, as disparidades entre ricos e pobres aumentam. Tais desigualdades contribuem para aumentar o desejo, e até mesmo a necessidade, de migrar para outros países. Entretanto, as regras do jogo da globalização não se aplicam à migração internacional: enquanto o capital financeiro e o comércio fluem livremente, a mão-de-obra se move a conta-gotas.

Este ensaio procura explicitar melhor algumas dessas inconsistências e suas implicações para a migração internacional. Começa com uma breve análise das discrepâncias entre o discurso e a prática que marcam o processo de globalização econômica na atualidade. Tais inconsistências estão na raiz da insatisfação e da frustração observadas em muitas sociedades e grupos sociais. Uma das discrepâncias diz respeito justamente às limitações que sofre a migração internacional. Se a lógica do modelo dominante contempla e até mesmo exige a migração internacional, por que esta não acontece em maior volume? A segunda parte deste ensaio procura responder a essa pergunta, tentando mostrar que a maioria dos supostos obstáculos à migração internacional é exagerada ou inconsistente. Nesse sentido, o ponto de partida para a formulação de políticas migratórias consistiria na revalorização dos aspectos positivos da migração, e na redução progressiva de seus efeitos negativos.

Para poder idealizar políticas eficazes de migração, nessa visão, é importante entender o deslocamento espacial como parte das estratégias de sobrevivência e de mobilidade social da população. É interessante observar que, mesmo entre os pensadores, acadêmicos e ativistas (muitos deles, migrantes), existe um sentimento implícito e maldefinido de que, de alguma forma, o sedentarismo e a imobilidade seriam preferíveis à migração. Entre aqueles que trabalham com a temática "migração" - possivelmente porque observam de perto os sofrimentos que afligem a população migrante - encontra-se freqüentemente uma postura de rejeição à migração e um entendimento de que este é um processo a ser minimizado e reduzido. Esse tipo de sentimento é antigo e persistente, mas pouco prático no contexto do século 21. É preciso reconhecer que a não-migração também é associada à pobreza, à miséria, à violência e a todas as formas de exploração comumente relacionadas com a migração - muitas vezes de modo ainda mais exacerbado.

Este ensaio considera que o aumento significativo da migração não somente é inevitável no contexto da globalização, como também tem um potencial bastante positivo. Esta postura não nega as dificuldades e as perdas reais ocasionadas pela migração, mas argumenta que estas podem ser, muitas vezes, reduzidas com ações específicas. Parte-se do suposto de que os aspectos positivos da migração são, pelo menos potencialmente, bastante mais significativos de que os negativos, e que também podem ser realçados com políticas adequadas.

Em suma, a migração é inevitável e tem o potencial de ser bastante positiva para o desenvolvimento e a redução da pobreza. As políticas que partem desse princípio terão mais êxito do que aquelas que tentam se opor, de forma intransigente, tanto à globalização, como à migração de pessoas no espaço.

A GLOBALIZAÇÃO INACABADA: IMPLICAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO

Queiramos ou não, a globalização é uma força poderosa no novo sistema mundial, e continuará sendo determinante no curso da história futura da humanidade. Sem dúvida, ela nos coloca tanto desafios como oportunidades. A globalização suscita reações das mais diversas, muitas delas emocionais. Isso se deve, em parte, ao fato de que existem muitas dimensões, assim como muitas interpretações do fenômeno em curso.1Certos autores, como Milanovic (1999), até consideram que o atual momento representaria, na realidade, o terceiro grande momento de globalização na história mundial. Na perspectiva de Milanovic, a primeira era da globalização foi promovida pelo Império Romano; a segunda pelo Império Britânico, entre 1870 e 1914; e a atual, sob a hegemonia dos EUA. "dumping""'O problema com a divisão especializada de trabalho entre nações', escrevia o historiador uruguaio Eduardo Galeano, 'é que algumas nações se especializam em ganhar e outros em perder.' Ele poderia ter acrescentado que os ganhadores especializam-se em estabelecer regras que asseguram que os perdedores vão ficar onde estão [...] Enquanto os países ricos pregam o evangelho do comércio livre, continuam sendo protecionistas inveterados [...] As tarifas enfrentadas pelos países em desenvolvimento são cerca de um terço mais altas que aquelas enfrentadas pelos países industrializados. Mecanismos cada vez mais elaborados excluem importações do terceiro mundo... As medidas protecionistas mordem mais, justamente nas áreas onde os países em desenvolvimento são mais competitivos, como têxteis, calçados e agricultura [...] A hipocrisia na área de agricultura é a mais óbvia. Os países industrializados subsidiam seus produtores agrícolas em $ 251bilhões anualmente, o que equivale a cerca da metade do valor da sua produção agrícola. A União Européia e os Estados Unidos, que são as superpotências agrícolas, restringem importações - estritamente. Enquanto isso, fazem da sua sobre-produção agrícola, privando os países em desenvolvimento de seu quinhão do mercado... Isso ameaça a sobrevivência de milhares de produtores de alimentos, que não podem competir com as importações subsidiadas."(WATKINS, 1999). débâcleA estes sintomas deve ser acrescentado a recente nomeação de Paul Wolfowitz, arquiteto americano do iraquiano, como Presidente do Banco Mundial, numa tentativa óbvia de impor o modelo "economia de livre mercado radical". Ver Paul Krugman, no artigo do New York Times, reproduzido na Folha de S.Paulo, 19/03/05. Ver, a este respeito, Rodman (2001); Sampson (1982); George (1988).Recorda-se que em 1980 e 1981, o Presidente da Reserva Federal dos EUA, Paul Vocker, aumentou os juros de curto prazo em 20% para combater a inflação americana; dessa forma, elevou drasticamente os juros sobre muitos empréstimos internacionais, desacelerando a economia global."As principais formas de migração internacional estão aumentando, mas a migração ilegal cresce mais rapidamente [...] Os indicadores sugerem que os migrantes ilegais compõem agora um terço de todas as novas entradas aos países desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos - comparado com 20% há uma década (USA/NATIONAL INTELLIGENCE COUNCIL, 2001, p. 15).La Nación,Informações apresentadas em 06/11/04. Nesse mesmo sentido, um trabalho apresentado pela OECD ao Earth Summit 2002 argumentava que, se os EUA, a UE, o Canadá e o Japão permitissem que os migrantes alcançassem 4% da sua força de trabalho, os retornos para as regiões de origem seriam de aproximadamente 160 a 200 bilhões por ano (THE GUARDIAN apud SKELDON, 2002, p. 79).Em inglês, costuma-se dizer que os migrantes são relegados aos "three Ds - dirty, dangerous and degrading" (i.e. - atividades sujas, perigosas e degradantes).A este respeito, um relatório recente preparado para o legislativo britânico rezava: "É injusto, ineficiente e incoerente que os países desenvolvidos dêem ajuda para que os não desenvolvidos alcancem as Metas do Milênio nas áreas de saúde e educação e, ao mesmo tempo, se servem das enfermeiras, médicos e professores que foram capacitadas nos países em desenvolvimento, às custas desses países" (U.K. 2004, p. 3).Le Nouvel ObservateurEssas informações foram publicadas em , 5/11/04. A dinâmica demográfica diferenciada na região latino-americana permite prever algo similar no nível intra-regional. Ou seja, poderá haver uma aceleração desse movimento nas próximas décadas, devido às diferenças entre os ritmos de crescimento demográfico e suas implicações para o crescimento da força de trabalho. Ademais, uma das características da transição demográfica na região é seu ritmo diferenciado segundo os países. Em Cuba, o dividendo demográfico vai alcançar seu nível máximo entre 2005 e 2010. Em comparação, Bolívia, Guatemala e Nicarágua só vão chegar a isso depois de 2040. Como, ao mesmo tempo, o ritmo global de crescimento da região está diminuindo, é previsível que haja maior diferenciação entre os ritmos de crescimento das respectivas forças de trabalho. Na verdade, a diferença relativa entre essas taxas está crescendo. As implicações dessas diferenças podem ser particularmente importantes no caso de países de alto crescimento que fazem fronteira com países de crescimento baixo ou negativo, por exemplo: Bolívia com Argentina e Brasil, ou Guatemala com México. Dependendo da forma concreta como segue o processo de integração econômica na região, as forças de atração e expulsão poderão ser mais ou menos fortes e estas fronteiras poderão ser mais ou menos permeáveis à migração. Ver Martine, Hakkert e Guzmán (2001).Cf. Chiarotti (2003), Petit (2003) e Mora (2002).Esse segmento é baseado em Martine, Hakkert e Guzman (2001).IPS NoticiasDoudou Diene, relator especial da ONU sobre direitos humanos, segundo , 12/11/04.

Quais são as influências de grupos americanos no Brasil?

Os imigrantes norte-americanos também foram responsáveis por trazer para o Brasil as primeiras tecnologias para o cultivo de algodão, como o arado. Com clima favorável, Americana manteve sua cultura têxtil.

Onde você mora é possível observar quais influências de grupos americanos?

Resposta: Sim, é possível observar influencias de grupos Americanos. Explicação: É possível ver influencias dos Americanos nós Calçados, Roupas, Acessórios entre outros. Por exemplo, A Nike vende roupas e calçados. A Philco vende várias coisas desde Celulares até liquidificadores e muitos outros.