Onde foi instalada a sede do governo?

O ano era 1987. As lideranças souberam aproveitar o momento oportuno para mobilizar a população em torno de um projeto de existência quase secular e pelo qual lutaram muitas gerações: a autonomia política do norte goiano, já batizado Tocantins.

A Conorte apresentou à Assembléia Constituinte uma emenda popular com cerca de 80 mil assinaturas como reforço à proposta de criação do Estado. Foi criada a União Tocantinense, organização supra-partidária com o objetivo de conscientização política em toda a região norte para lutar pelo Tocantins também através de emenda popular. Com objetivo similar, nasceu o Comitê Pró-Criação do Estado do Tocantins, que conquistou importantes adesões para a causa separatista. "O povo nortense quer o Estado do Tocantins. E o povo é o juiz supremo. Não há como contestá-lo", reconhecia o governador de Goiás na época, Henrique Santilo. ( SILVA, 1999,p.237)

Em junho, o deputado Siqueira Campos, relator da Subcomissão dos Estados da Assembléia Nacional Constituinte, redige e entrega ao presidente da Assembléia, o deputado Ulisses Guimarães, a fusão de emendas criando o Estado do Tocantins que foi votada e aprovada no mesmo dia.

Pelo artigo 13 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição, em 05 de outubro de 1988, nascia o Estado do Tocantins.

A eleição dos primeiros representantes tocantinenses foi realizada em 15 de novembro de 1988, pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, junto com as eleições dos prefeitos municipais. Além do governador e seu vice, foram escolhidos os senadores e deputados federais e estaduais.

A cidade de Miracema do Norte, localizada na região central do novo Estado, foi escolhida como capital provisória. No dia 1º de janeiro de 1989 foi instalado o Estado do Tocantins e empossados o governador, José Wilson Siqueira Campos; seu vice, Darci Martins Coelho; os senadores Moisés Abrão Neto, Carlos Patrocínio e Antônio Luiz Maya; juntamente com oito deputados federais e 24 deputados estaduais.

Ato contínuo, o governador assinou decretos criando as Secretarias de Estado e viabilizando o funcionamento dos poderes Legislativo e Judiciário e dos Tribunais de Justiça e de Contas. Foram nomeados o primeiro secretariado e os primeiros desembargadores. Também foi assinado decreto mudando o nome das cidades do novo Estado que tinham a identificação "do Norte" e passaram para "do Tocantins". Foram alterados, por exemplo, os nomes de Miracema do Norte, Paraíso do Norte e Aurora do Norte para Miracema do Tocantins, Paraíso do Tocantins e Aurora do Tocantins.

No dia 5 de outubro de 1989, foi promulgada a primeira Constituição do Estado, feita nos moldes da Constituição Federal. Foram criados mais 44 municípios além dos 79 já existentes. Atualmente, o Estado possui 139 municípios.

Foi construída, no centro geográfico do Estado, numa área de 1.024 Km2 desmembrada do município de Porto Nacional, a cidade de Palmas, para ser a sede do governo estadual. Em 1º de janeiro de 1990, foi instalada a capital.

Pal�cio Piratini

Onde foi instalada a sede do governo?

Sede do Governo do Estado
End.: Rua Duque de Caxias, 1048
Tombado: IPHAE - Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico do Estado e IPHAN - Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (incluso na �rea "Pra�a da Matriz e da Alf�ndega: s�tio hist�rico")

Onde foi instalada a sede do governo?

A hist�ria do pal�cio governamental inicia praticamente com a funda��o de Porto Alegre. Em 1772 o governador Manoel Jorge Gomes Sep�lveda incumbiu o Capit�o Alexandre Jos� Montanha de demarcar o local da nova capital da prov�ncia. Segundo a tradi��o, o mesmo militar teria sido encarregado de construir o sobrado para abrigar a sede do executivo. O chamado �Pal�cio de Barro� foi uma das primeiras obras governamentais ap�s a transfer�ncia da capital de Viam�o para Porto Alegre.

Ap�s a Guerra dos Farrapos, o presidente Soares d"Andr�a encarregou o arquiteto Phillip von Normann de elaborar um novo projeto, j� que a edifica��o encontrava-se degradada e obsoleta para as atuais fun��es. O pr�dio n�o chegou a ser executado, pois os alem�es foram exonerados da fun��o p�blica provincial. Pouco antes do golpe republicano, o arquiteto �lvaro Nunes Pereira � contratado para elaborar outro projeto, que tamb�m n�o foi executado devido � queda do Regime Imperial e � instabilidade pol�tica dos primeiros anos da Rep�blica.

J�lio de Castilhos, em 1894, delega ao arquiteto Affonso Hebert, da Secretaria de Obras P�blicas, mesmo autor do projeto da Biblioteca P�blica, a execu��o de novo projeto, de acordo com suas concep��es, alegando "necessidades de asseio e de higiene". Em 1896, Francisco Gastaldoni foi encarregado da demoli��o do pal�cio de taipa, sede do governo por 107 anos. O governo transferiu-se para o �Forte Apache�, pr�dio onde hoje est� o Memorial do Minist�rio P�blico, tamb�m na Pra�a da Matriz. 

Onde foi instalada a sede do governo?

As obras iniciaram em 1896, com o lan�amento da pedra fundamental, coincidindo com o fim da Revolu��o Federalista, tentativa vencida dos liberais de tomarem o poder dos republicanos. A vit�ria e o dom�nio pol�tico dos republicanos, por toda a Rep�blica Velha, imprimiu sua marca atrav�s de grandes obras p�blicas, de acordo com a l�gica positivista, n�o s� com o intuito utilit�rio e desenvolvimentista, mas tamb�m para legitimarem l�deres e propagarem id�ias.

A terraplanagem movimentou grande quantidade de terra e houve necessidade de constru��o de muros de arrimo. Os alicerces, e parte da alvenaria, utilizaram pedras trazidas do Rio de Janeiro, pois o granito do estado era considerado muito duro e dif�cil de trabalhar. O projeto, caracterizado por uma planta quadrada desenvolvida em torno de um p�tio central, apresentava uma separa��o prec�ria entre a fun��o resid�ncial e governamental, al�m de ser considerado modesto para as exig�ncias da �poca. Em 1908 a obra � suspensa e uma equipe de t�cnicos do Estado � enviada a Paris para organizar um concurso internacional de projetos. O vencedor substituiria o de Hebert. Somente dois arquitetos inscreveram-se: A. Agust�n Rey e A. Janin. Seus projetos foram premiados, por�m n�o aproveitados.

Um ano depois, o arquiteto franc�s Maurice Gras � apresentado ao presidente Carlos Barbosa, por representantes diplom�ticos da Fran�a no Brasil e desenvolve uma nova proposta.  O novo projeto necessitava um terreno maior. S�o adquiridos, ent�o, v�rios im�veis na Rua Fernando Machado ( antiga Rua do Arvoredo) e imedia��es da Pra�a da Matriz. Ap�s v�rios estudos e tratativas, o novo projeto � aceito. Sua proposta dividia o terreno em duas esplanadas, reunidas por escadarias. Os dois edif�cios seriam separados por um p�tio interno ("Cour d"Honneur"), limitado por duas galerias de comunica��o entre eles, com previs�o de acesso � carruagens no p�tio central. Em 20 de setembro de 1909 foi lan�ada a segunda pedra fundamental do pal�cio e as obras reiniciam.

A areia utilizada era extra�da das margens do Gua�ba. Os alicerces foram executados com pedras gran�ticas de nossas pedreiras e as pedras oriundas da demoli��o da antiga funda��o. O cimento era ingl�s, procedente de Avallon, na Fran�a. O ferro tamb�m era importado da Europa. De Taquari veio a pedra de gr�s branca que, no decorrer do trabalho, come�ou a apresentar colora��es variadas e manchas. Para solucionar o problema, as paredes foram revestidas com estuque, produzido com um material chamado pedra artificial ou cimento-alabastro, fornecido pela empresa "Rousselet et Fils" de Paris e Buenos Aires e executado por m�o de obra especializada, oriunda de Buenos Aires. Foram importadas de Villars, interior da Fran�a, as pedras calc�rias para o embasamento das fachadas, gerando a insatisfa��o dos fornecedores locais.

O pr�dio, de influ�ncia neocl�ssica, foi inspirado, segundo alguns pesquisadores, no Petit Trainon, de Versailles, e apresenta fachada de s�bria regularidade geom�trica, ritmada por pilastras e semicolunas colossais de ordem j�nica. Cantoneiras rusticadas definem as termina��es laterais. Para marcar a entrada principal e embelezar o p�tio interno, entre as alas governamental e residencial, Gras encomendou ao artista franc�s Paul Landowski, o mesmo artista que criou o Cristo Redentor do Corcovado, no Rio de Janeiro, tr�s esculturas: as que representam a Agricultura e a Ind�stria est�o na fachada principal, colocadas sobre pedestais entre as tr�s portas externas, conforme inclina��o do Positivismo ga�cho em exaltar, atrav�s da estatu�ria fachadista, atividades econ�micas que aludiam ao progresso; e grupo escult�rico "A Primavera", instalado no centro do jardim. Ao pintor Ant�nio Parreiras foi encomendado um grande quadro da Proclama��o da Rep�blica do Rio Grande (epis�dio da Revolu��o Farroupilha) e um retrato do General Bento Gon�alves (her�i da Revolu��o Farroupilha).

Onde foi instalada a sede do governo?

No interior, a seq��ncia espacial come�a com o sal�o de entrada inferior, da altura menor e forma quadrada, com acesso em tr�s lados (duas para ve�culos e uma para rua) e direcionado para a outra escadaria na outra face. No t�rreo, a escadaria que realiza a transi��o at� o grande sal�o de recep��es possui a forma de um "E", com cinco imponentes lances que vencem o p�-direito monumental de oito metros, inseridos em um volume de dupla altura, totalmente branco e com decora��o em estilo cor�ntio. Como coroamento do percurso, este amplo espa�o apresenta altas colunas e pilastras cor�ntias, com revestimentos de m�rmore verde e detalhes dourados, conduzindo aos sal�es menores nas duas extremidades.

Em 1913, Borges de Medeiros reassume a presid�ncia sob forte rea��o contra os escandalosos gastos da obra e, imediatamente, rescinde o contrato com Maurice Gas e dispensa seus representantes, mantendo alguns contratos de servi�o j� firmados. O ritmo das obras diminui. S�o executados acabamentos com artistas e trabalhadores locais: Jesus Maria Corona (arquiteto espanhol que residia aqui), seu filho Fernando Corona, escultores da Oficina de Jo�o Vicente Friederichs, o arquiteto Moreira Maciel, entre outros.

Em 1914, com a deflagra��o da Primeira Guerra Mundial, dificuldades de importa��o for�aram algumas adapta��es com uso de materiais locais. Os bronzes para portas e janelas foram encomendados para a Escola de Engenharia; parte do mobili�rio foi executada por detentos da Casa de Corre��o; as madeiras de louro e cedro para as portas foram extra�das de propriedades do governo na regi�o do munic�pio de Cachoeira do Sul. Entre 1918 e 1919, com as obras praticamente interrompidas, os lustres, executados pela firma Francesa "Surmont et Couteil", s�o colocados no pavimento t�rreo.

Em 1921 � instalado o Gabinete da Presid�ncia, ocupado por Borges de Medeiros e a Secretaria do Interior. A solenidade de inaugura��o restringiu-se a uma discreta visita da imprensa e as obras continuaram por muitos anos. At� a Segunda Guerra Mundial o Pal�cio, implantado no topo da colina, como os templos das acr�poles da Gr�cia cl�ssica, era considerado a obra mais importante da cidade e podia ser visualizado de todos os pontos da cidade, especialmente do Gua�ba, via fluvial muito utilizada na �poca.

Na d�cada de 1950, Aldo Locatelli foi contratado pelo interventor Ernesto Dornelles para pintar murais com temas do folclore e hist�ria do Rio Grande do Sul. Em 1928, Get�lio Vargas, eleito sucessor de Borges de Medeiros,  � primeiro governante a morar no novo pal�cio, protagonizando importantes acontecimentos pol�ticos, como as discuss�es e arranjos contra o governo Washington Luiz e posse de J�lio Prestes, que culminaram na Revolu��o de 30, marco de uma nova fase da Hist�ria do Brasil.

Em 1955, por decreto do governador Ildo Meneghetti, o Pal�cio recebeu o nome de Piratini, em alus�o � cidade que sediou a primeira Capital Farroupilha em 1836, homenageando um cap�tulo significativo e marcante da hist�ria riograndense.

Onde foi instalada a sede do governo?

Nesses 85 anos muitas adapta��es foram necess�rias para acompanhar as mudan�as resultantes das transforma��es hist�ricas, e muitas �reas tiveram suas finalidades alteradas por se tornarem obsoletas como, por exemplo, a Sala das Senhoras, atual Ante-Sala do Gabinete do Governador. As �ltimas constru��es significativas no Pal�cio Piratini ocorreram no in�cio da d�cada de 70, com o alargamento das escadas externas para os jardins e a constru��o do Galp�o Crioulo.

Refer�ncias:
ZAMIN, Frin�ia;WEIMER, G�nter. Instru��o para o Tombamento dos conjuntos Urbanos da Pra�a da Matriz e da Pra�a da Alf�ndega. Julho 2000. Prefeitura de Porto Alegre
http://www.portoimagem.com/
http://www.estado.rs.gov.br/palaciopiratini/
PROPAR/UFRGS.�Positivismo: Arquitetura de Porto Alegre no per�odo positivista� do Memorial do Rio Grande do Sul, 2007

Onde foi ficado à sede do governo?

O Palácio do Planalto é a sede do Poder Executivo do Brasil. O edifício está localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e foi idealizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, como boa parte das construções da cidade.

Qual foi a primeira sede do governo federal?

A primeira capital brasileira foi Salvador, entre 1549 e 1763, e depois o Rio de Janeiro, de 1763 a 1960. Fato pouco conhecido é que a a cidade de Curitiba foi nomeada capital do Brasil por três dias, de 24 e 27 de março de 1969. Atualmente, Brasília é a capital do Brasil desde 21 de abril de 1960.

Qual é a sede de um município onde fica instalado o governo desse município?

A sede municipal é o aglomerado urbano onde esta estabelecido o Poder Municipal, isto é, que é a Prefeitura e a Câmara Municipal, que estabelecem a sede do município.

Onde fica a sede do governo do Rio de Janeiro?

O Palácio Guanabara (anteriormente conhecido como Paço Isabel) localiza-se na Rua Pinheiro Machado (antiga Rua Guanabara), no bairro de Laranjeiras, na zona sul do município do Rio de Janeiro, capital do estado homônimo. É a sede oficial do governo do Rio de Janeiro.