A mulher que faz a diferença

A mulher que faz a diferença

Pouca gente sabe, mas o Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março, surgiu como uma homenagem a uma série de movimentos em favor dos direitos delas. A data é uma ótima oportunidade para que todos possam refletir sobre questões importantes como igualdade, valorização e respeito.

Mas, para nós, o Dia da Mulher não acabou. Queremos continuar mostrando histórias de mulheres que, graças à sua criatividade, competência e dedicação, alcançaram grandes conquistas e hoje se destacam em suas áreas de atuação. Vamos começar com a Adriana Flosi, presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) e vice-presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP), de onde também foi presidente interina, em janeiro deste ano.

Flosi tornou-se a primeira mulher a exercer os dois mais altos cargos da JUCESP desde a sua fundação, em julho de 1890. A gestão está só começando, mas eles já têm projetos inovadores. “Iniciaremos novas estratégias para melhorar o atendimento ao usuário. Nossa proposta é reduzir o tempo no atendimento, seja ele presencial ou digital, por meio do nosso site ou outros canais, como por exemplo, aplicativos”, explica Adriana.

E como ela consegue dar conta de todas as atividades? Adriana acredita que as mulheres são “multitarefa”. "As mulheres conseguem fazer, simultaneamente, coisas de diferentes aspectos da sua vida, de maneira interligada, 24 horas por dia", ela diz. "Concilio minha vida profissional, minha participação em entidades representativas e conselhos municipais de Campinas à rotina familiar e aos negócios da família. Viajo diariamente, cumpro com minhas obrigações e dedico total atenção ao meu marido e aos meus três filhos", conta Flosi.

Que rotina puxada! Sem dúvida, com tanta experiência, Adriana tem muito a ensinar, especialmente às mulheres que empreendem. Então, nós aproveitamos e pedimos algumas dicas para aquelas que querem abrir o seu próprio negócio. Anote as dicas e compartilhe!

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A Embaixada e os Consulados dos EUA no Brasil têm o prazer de anunciar as vencedoras do Prêmio Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença 2020. O prêmio homenageia mulheres brasileiras que estão gerando um impacto positivo em suas comunidades e servindo como forças de inspiração para outros cidadãos. Essas mulheres promovem iniciativas econômicas e ambientais, engajamento cívico, a inclusão e os direitos dos migrantes e refugiados, políticas de minorias religiosas e étnicas, comunidades indígenas, mulheres com deficiência e outros grupos historicamente marginalizados.

A mulher que faz a diferença

Claudinete Cole de Souza

Claudinete Colé de Souza é coordenadora executiva da Associação das Comunidades Remanescente de Quilombos do Município de Oriximiná (ARQMO). Como primeira coordenadora executiva, ela trabalha incansavelmente para ajudar as comunidades que representa a superar as barreiras para a obtenção de títulos de terra. A ARQMO representa aproximadamente 10.000 quilombolas de trinta e sete comunidades; cada uma com suas próprias necessidades e tradições.

Para melhor compreender suas necessidades, Claudinete liderou um esforço para coletar dados vivos para o governo como base para a alocação de recursos. Como resultado, em coordenação com o governo brasileiro, sua organização implementou projetos sociais em educação, saneamento, segurança alimentar, meio ambiente e fortalecimento da agricultura familiar. Por causa deste trabalho, as comunidades estão mais bem equipadas para comunicar suas necessidades ao governo.

Claudinete é uma mulher forte, que assumiu um grande risco pessoal para melhorar sua comunidade através de uma melhor priorização dos recursos governamentais. Ela realmente é uma mulher brasileira fazendo a diferença.

A mulher que faz a diferença

Jacqueline Machado

A juíza Jacqueline Machado é uma das principais ativistas do Brasil para proteger as mulheres da violência doméstica. No Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, ela é responsável pela 3ª Vara de Violência Doméstica e Familiar e foi a força motriz por trás da criação da Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande, o primeiro centro de parada única do país que auxilia sobreviventes de violência doméstica.

A juíza Jacqueline Machado falou na Conferência das Nações Unidas sobre Comunicação, Saúde e Direitos da Mulher em Campo Grande e Dourados, em 2019. Machado aparece com frequência em programas de rádio e TV no Mato Grosso do Sul sobre seus projetos de prevenção da violência de gênero.

Ela também é apoiadora do “Florescer”, uma unidade móvel que se comunica com as mulheres rurais para conscientizá-las sobre os direitos da mulher, e do “Mãos EmPENHAdas”, que ensina esteticistas e manicures a identificar sinais de violência de gênero e direciona clientes para recursos de apoio. Machado faz a diferença ao proteger mulheres e meninas.

A mulher que faz a diferença

Janete Vaz e Sandra Soares Costa

Janete Vaz e Sandra Soares Costa são as co-fundadoras do Sabin, um laboratório biomédico com sede em Brasília que tem 5.400 funcionários, 296 postos de atendimento. Estas duas mulheres tornaram o Sabin rentável em um campo dominado por homens, oferecendo serviços únicos, uma experiência agradável para o cliente e proporcionando liderança prática. Elas foram pioneiras na entrega eletrônica de resultados de laboratório no Brasil.

Nos últimos 36 anos, elas criaram um ambiente que empodera as mulheres. O Sabin foi selecionado quatro vezes como o melhor lugar para uma mulher trabalhar no Brasil.

Elas também demonstram fortes valores sociais e retribuem à comunidade através do Instituto Sabin. Em 2019, esta organização sem fins lucrativos investiu US$ 1,2 milhão* em projetos sociais que impactaram positivamente 40.000 pessoas. Eles compartilham sua experiência por meio de palestras sobre liderança feminina, mulheres na STEM e o empoderamento econômico das mulheres. Elas são modelos que estão fazendo a diferença na saúde e no bem-estar das brasileiras a cada dia.

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(* Usando a taxa de câmbio de 2019.)

A mulher que faz a diferença

Jeanne Aguiar

Jeanne Aguiar dedicou mais de duas décadas para melhorar os direitos humanos e acabar com o tráfico de pessoas através de seu cargo na Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, mais recentemente como chefe do Núcleo de Combate ao Tráfico de Pessoas. Ela tem usado seus recursos pessoais para resgatar vítimas do tráfico e manter a prevenção do Tráfico de Pessoas no centro das atenções.

Jeanne trabalha incansavelmente para construir uma coalizão de parceiros para combater o tráfico. Aguiar serviu como Secretária Executiva do Conselho de Segurança Pública do Nordeste, como membro da Comissão Estadual de Direitos Humanos e da Comissão Nacional de Combate ao Tráfico de Pessoas.

Ela compartilha regularmente seus conhecimentos e experiência através de aulas, treinamentos e oficinas para a polícia, Ministério da Justiça e Ongs. O trabalho que realiza faz a diferença na segurança e proteção de inúmeros brasileiros.

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Jovita Belfort

Jovita Belfort é a primeira coordenadora do Departamento de Pessoas Desaparecidas do Estado do Rio — um departamento que ela lutou arduamente por muitos anos para criar.  Após o desaparecimento de sua filha Priscila em 2004, Jovita tornou-se ativista da sociedade civil na luta para estabelecer uma resposta efetiva do Estado aos casos de pessoas desaparecidas.

Seu trabalho duro finalmente foi recompensado há seis anos, quando as autoridades estaduais do Rio concordaram em criar um grupo de trabalho dedicado a desenvolver infraestrutura para tratar de casos de pessoas desaparecidas.  Como resultado, em 9 de janeiro de 2019, o Departamento de Pessoas Desaparecidas foi criado sob a égide da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.

O trabalho de Belfort chamou a atenção nacional, com o governo federal agora se comprometendo a criar um Departamento Nacional de Investigação de Casos de Pessoas Desaparecidas.  Belfort está fazendo diferença não apenas no Rio, mas está liderando o Brasil na criação de protocolos e procedimentos para tratar de casos de pessoas desaparecidas em todo o país.

A mulher que faz a diferença

Karla Lessa

A Major Karla Lessa é a piloto de helicóptero que pairou durante sete minutos a poucos metros de um deslizamento de lama mortal e impetuoso para orquestrar um complicado resgate após o devastador colapso da represa de Brumadinho em 2019.

A Major Lessa é a primeira mulher comandante de helicóptero do Corpo de Bombeiros na história do Brasil e se tornou um símbolo regional de coragem e solidariedade no que hoje é considerado a maior operação de busca e resgate já realizada no Brasil.

Apenas nove por cento dos 5.950 bombeiros em Minas são mulheres e a Major Lessa disse a funcionários da Embaixada que está empenhada em ajudar sua organização a superar a discriminação de gênero e recrutar mais mulheres.

Para Lessa, um aumento no número de mulheres resultaria em melhores soluções para os problemas práticos do Corpo de Bombeiros, oferecendo perspectivas mais amplas e diversificadas.

A Major Lessa diz que enquanto trabalha para a igualdade de gênero em suas fileiras, continuará a compartilhar sua experiência como exemplo inspirador para outras mulheres. A Major Lessa é uma campeã para as mulheres e heroína para todos.

A mulher que faz a diferença

Nadine Anflor

Nadine Anflor é a primeira mulher a ascender à categoria de Chefe da Polícia Civil no Rio Grande do Sul, supervisionando uma estrutura organizacional maciça que inclui milhares de policiais civis, investigadores e chefes de delegacias locais. Com base em seu sucesso na linha de frente da polícia, a Chefe Anflor foi designada para criar uma unidade de polícia especializada focada na resposta a emergências e investigação da violência contra mulheres baseada em gênero. Ao longo de dez anos, ela ampliou esta rede para incluir 22 delegacias em toda Porto Alegre. Devido a estas unidades especializadas, os crimes baseados em gênero não são mais um problema social invisível, mas estão recebendo a atenção especializada que requerem.

Após as investigações do escândalo de corrupção Lava Jato, a Chefe Anflor estabeleceu seis novas unidades policiais no Rio Grande do Sul para combater o crime organizado, bem como duas unidades policiais especializadas em investigações de crimes de corrupção, equipadas por dezenas de novos policiais.

Além disso, em 2019, ela co-fundou o Departamento para a Proteção de Grupos Vulneráveis. Este ambicioso projeto, que ela começou a planejar em 2008, criou uma organização que abrange unidades dedicadas ao combate aos crimes de ódio, crimes contra crianças, idosos e mulheres. O resultado é uma racionalização dos recursos humanos e de infraestrutura e a capacidade de responder 24 horas por dia, 7 dias por semana.