Engravidar depois dos 35 pode ser complicado, pois a fertilidade diminui com o passar dos anos, mas as mulheres não se dão conta dissoAs brasileiras estão mesmo seguindo uma tendência internacional e deixando para engravidar depois dos 30 anos. Segundo recente pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), entre 2003 e 2013, os
registros de crianças nascidas de mulheres entre 30 a 34 anos aumentaram de 14% para 19%. Show Queda da taxa de fertilidade de acordo com a idade da paciente comparando com pacientes com menos de 25 anos (valores e estatísticas que se aplicam às mulheres de maneira geral, podendo haver variação de mulher para mulher). Fontes: Tognotti, E. e Pinotti, J.A. A Esterilidade Conjugal na Prática da Propedêutica Básica à Reprodução Humana – Editora Roca Febrasgo. POR QUE OS OVÁRIOS PODEM ENVELHECER TÃO RÁPIDO? “O envelhecimento ovariano natural pode ser explicado de duas maneiras: pela genética (pelo encurtamento dos telômeros) e pela diminuição do funcionamento e número das mitocôndrias. Ambas serão explicadas a seguir. Entretanto, principalmente nos tempos modernos, existem outros fatores que têm influencia importante no processo de envelhecimento prematuro dos ovários. Hoje em dia, mais mulheres estão enfrentando a pressão de trabalho elevada, bem como distúrbios psicológicos. Todos os dias sentem-se cansadas e cheias de tensões. Fumam, dormem mal, bebem mais, algumas até usam drogas ilícitas, outras fazem exercícios em exagero, estresse exagerado e possuem hábitos alimentares inadequados”, diz o médico. Estes problemas podem causar o envelhecimento prematuro dos ovários e pode levar a síndrome da menopausa prematura. De acordo com uma
pesquisa, 27% das mulheres nos seus 30 anos podem ter início dos sintomas da menopausa. O envelhecimento precoce do ovário pode ser uma razão para o envelhecimento físico prematuro da mulher. O ENVELHECIMENTO NATURAL: A GENÉTICA E OS TELÔMEROS Os telômeros ou telômeros (do grego telos, final, e meros, parte) são estruturas constituídas por fileiras repetitivas de DNA que formam as extremidades dos cromossomos, que são os componentes do núcleo da célula responsáveis pela transmissão das características hereditárias. Sua principal função é manter a integridade estrutural do cromossomo. Os cientistas acreditam que o envelhecimento celular está relacionado com
estas estruturas. Durante a divisão celular, os cromossomos são duplicados, de forma que as células-filhas recebem um patrimônio genético idêntico ao da célula-mãe. Mas, a cada duplicação, os cromossomos perdem uma parte de seus telômeros, até que estes chegam a um tamanho crítico, a partir do qual a célula para de se dividir. É o encurtamento dessas estruturas que provocam o envelhecimento das células. “Cada vez que a célula se divide, os telômeros são encurtados. Como estes não se regeneram,
chega a um ponto em que, de tão encurtados, não permitem mais a correta replicação dos cromossomos e a célula perde completa ou parcialmente a sua capacidade de divisão”, explica Cambiaghi. MITOCÔNDRIAS E ENVELHECIMENTO Mitocôndrias são organelas microscópicas presentes em todas as células do organismo e responsáveis pela produção de energia. Cada célula contém centenas delas espalhadas pelo citoplasma. No interior da mitocôndria, as moléculas resultantes da alimentação são utilizadas numa série complexa de reações químicas, que resultará na síntese de uma molécula capaz de armazenar energia e transportá-la para toda
célula: o ATP. É no ATP que a célula encontrará 90% da energia necessária para exercer suas funções como: produção de proteínas, movimento, excreção, troca de íons, etc. Se não fossem as mitocôndrias, não haveria possibilidade de vida; elas são as estruturas centrais energéticas da célula. TRATAMENTOS PARA CASAIS COM IDADE AVANÇADA COM BAIXA RESERVA OVARIANA E QUE DESEJAM ENGRAVIDAR O envelhecimento ovariano exige, além da suplementação dietética e alimentação adequada, tratamentos objetivos e que tenham taxas de sucesso elevadas, uma vez que o tempo perdido pode significar chances cada vez menores do sucesso de gravidez. Assim o mais indicado é a Fertilização in Vitro (FIV) e suas variações. (mais detalhes sobre preservação da fertilidade por congelamento de óvulos e técnicas de reprodução assistida estão descritos nos Capítulos 2 e 10). Se o tratamento de fertilização in vitro convencional não for suficiente, outras alternativas poderão ajudar a melhorar os resultados. • Mini-FIV: é indicado para mulheres com baixa reserva ovariana que desejam usar seus próprios óvulos ao invés de óvulos de doadoras. Ao invés de altas doses hormonais para tentar recrutar um número maior de folículos ovulatórios, opta-se por modelos mais econômicos (protocolo de mínima estimulação ovariana – MEO), em que se obtém um número pequeno porém de melhor qualidade, além das vantagens de não ter os efeitos colaterais de hiperestimulação ovariana e com um custo financeiro muito menor. • “Armazenamento” ou coletânea de embriões: Como alternativa, as induções podem ser repetidas, isto é, os óvulos são coletados em duas ou três induções diferentes ( em meses seguidos ou não), fertilizados, congelados (vitrificados) e transferidos, de uma só vez, em um ciclo seguinte. Assim, utilizando-se menos medicação obtém-se um número maior de embriões em uma única transferência. Esta possibilidade é interessante por reduzir as pressões emocionais somadas nas várias tentativas que serão reduzidas á uma única transferência. O sucesso do tratamento vai depender da experiência do profissional com o protocolo de Mínima Estimulação Ovariana, um laboratório que tenha um controle da qualidade do ar puro, sem toxinas, possibilitando o melhor desenvolvimento embrionário, e um Programa de Congelamento (vitrificação*) altamente confiável. • Vitrificação: A técnica de congelamento por vitrificação é realizada pelo IPGO e assegura resultados excelentes nos tratamentos de Fertilização in vitro. A taxa de gestação por esta técnica é praticamente a mesma quando comparados ao estado “fresco” das células. Diferente do congelamento lento ou convencional, que provoca a formação de cristais de gelo no interior das células e, consequentemente, danificam a qualidade das mesmas. É utilizada tanto para óvulos como para embriões. Criada pelo Dr. Masashige Kwayama da Clinica Kato, em Tóquio, no Japão, esta técnica difere da convencional pela rapidez que atinge a baixa temperatura (-196º) produzindo um estado vítreo no embrião ou óvulo e por isto impede a formação de cristais de gelo e os consequentes danos celulares. A velocidade da diminuição de temperatura no congelamento convencional é de 0,3º C por minuto ao passo que na vitrificação é de 23º C por minuto ou seja, 70 vezes mais rápido. • Ciclos naturais (CN-FIV) ou Naturais modificados: A Fertilização in vitro pode ser realizada em ciclos naturais sem a estimulação ovariana. Consiste na idéia de que o óvulo escolhido pelo organismo materno para o processo ovulatório é o melhor para ser fecundado e gerar um bebê. • Ciclo Natural Modificado: O Ciclo Natural Modificado, da mesma forma que o descrito anteriormente, não utiliza medicação para a estimulação ovariana inicial e, por isso, somente um único óvulo escolhido pelo organismo materno é recrutado. Entretanto, ao final do processo ovulatório, é adicionado o hormônio antagonista do GnRh com o objetivo de impedir uma ovulação prematura e o cancelamento do ciclo.Para essas
mulheres, o ciclo natural em FIV é uma oportunidade de gestação que utiliza quantidade mínima de hormônios e por isso é mais aceitável que a FIV-Convencional. • DHEA (Dehidroepiandrosterona): O DHEA (Dihidroepiandrosterona) é um hormônio normal no organismo fabricado no ovário e nas glândulas suprarrenais. Diminui progressivamente com a idade. É essencial para a fabricação do hormônio estrógeno da mulher e é vendido como suplemento alimentar com o objetivo de combater o envelhecimento e melhorar a sensação de
bem-estar. A falta reduz o desejo sexual, a massa muscular e as ações do sistema imunológico. Durante o período reprodutivo da mulher, sua concentração no organismo é mais alta. Quando esse hormônio apresenta concentrações abaixo do normal, reflete em outros hormônios femininos que também estarão em concentração menor, prejudicando a reprodução. Diversos trabalhos científicos têm demonstrado sua ação positiva em mulheres mais velhas com dificuldade em engravidar ou com falência ovariana
precoce. • Etinil Estradiol: O etinil
estradiol é um hormônio natural que pode ajudar mulheres com mais idade, próximas a menopausa ou com falência ovariana precoce ficarem grávidas. Estas mulheres que tem o hormônio FSH em níveis elevados (maior que 10) e não respondem à indução da ovulação, podem ser beneficiadas com este hormônio. A dosagem do FSH no 3º dia do ciclo menstrual no sangue da mulher é a avaliação mais objetiva e simples para se conhecer a capacidade do ovário em produzir óvulos de boa qualidade. O ideal é que o seu
nível esteja abaixo de 10. Quando estiver acima deste nível, as chances de gravidez serão muito pequenas. Nestes casos o ovário responde muito pouco ou nem responde aos estímulos hormonais. • Doação de óvulos: É uma técnica na qual os gametas femininos de uma mulher são doados à outra para serem fertilizados por um sêmen diferente do marido da doadora. É muito indicada em mulheres no período de menopausa ou perimenopausa. Pode alcançar taxas de gestação ao redor de 70%. Cambiaghi encerra: “A idade avançada é, atualmente, a causa mais frequente de infertilidade e deve ser tratada com os recursos máximos disponíveis, naturais e tecnológicos, em benefício dos pacientes, para se obter a gestação. O congelamento dos óvulos é uma importante opção para as mulheres prevenirem a perda de fertilidade no futuro”. Informações à imprensa: Cármen Guaresemin – Jornalista Responsável Tel: (11) 3667-6048 / 3662-2434 http://www.inthepress.com.br Quem tem baixa reserva ovariana ovula?É importante lembrar que a baixa reserva ovariana não é um impeditivo para a gravidez: enquanto a mulher estiver ovulando óvulos de qualidade é possível gerar um filho biológico. Mais do que a quantidade, a qualidade dos óvulos é imprescindível para que a gestação aconteça.
É possível engravidar com a reserva ovariana baixa?A baixa reserva ovariana dificulta a gravidez quando ela ocorre por meio da reprodução assistida. A técnica mais indicada é a fertilização in vitro (FIV), por ser a mais eficaz e com a maior taxa de sucesso para os casos de infertilidade conjugal.
Como engravidar naturalmente com baixa reserva ovariana?Embora seja possível engravidar de forma natural com uma baixa reserva ovariana, às vezes é necessário recorrer a tratamentos como:. Estimulação ovariana. ... . Administração de gonadotrofinas com injeções subcutâneas. ... . Doação de óvulos.. O que fazer quando a reserva ovariana é baixa?Em relação à suplementação a coenzima Q10 por 3 meses reduz o estresse oxidativo e pode melhorar a qualidade da reserva ovariana (Gat et al., 2016; Özcan et al., 2016; Akarsu et al., 2017). A vitamina D aumenta o hormônio anti-Mülleriano porém a suplementação depende da dosagem plasmática (Kumari & Hadalagi, 2015).
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