A decomposição de uma substância provocada pela eletricidade recebe o nome de

As reações de análise ou decomposição são aquelas em que um único reagente decompõe-se, originando dois ou mais produtos mais simples.

A decomposição de uma substância provocada pela eletricidade recebe o nome de
A pirólise é um tipo de reação de decomposição que origina o bio-óleo ou alcatrão pirolítico

As reações de análise ou decomposição são aquelas que possuem um único reagente e originam dois ou mais produtos. Genericamente, temos:

A → B + C

Antigamente era muito comum na panificação adicionar-se o bromato de potássio (KBrO3) à farinha de trigo para que o pão ficasse mais fofinho. Quando a massa do pão é levada ao forno, o aumento da temperatura provoca a reação de decomposição do bromato de potássio com formação de brometo de potássio e gás oxigênio, o que provoca a expansão do pão. Veja a equação que corresponde a essa reação a seguir:

2 KBrO3 → 2 KBr + 3 O2

No entanto, o uso do bromato de potássio (KBrO3) foi proibido, pois, segundo o informe técnico nº 39, de 7 de janeiro de 2009, da ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária), o brometo (BrO3-) é considerado uma substância carcinogênica.

Outro exemplo é a reação química que ocorre nos airbags dos carros. Esses componentes de segurança possuem em seu interior um composto chamado azida de sódio (NaN3). No momento em que o automóvel sofre uma colisão, um dispositivo dos airbags é acionado e a temperatura faz com que a azida decomponha-se em gás nitrogênio e em sódio metálico. Veja essa reação de decomposição a seguir:

2 NaN3(s) →3 N2(g) + 2 Na(s)

O gás nitrogênio formado é o responsável pelo airbag inflar e proteger o motorista.

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Airbag inflado depois de uma reação de decomposição

Alguns tipos de reações de decomposição recebem nomes específicos que terminam com “lise”, termo que vem do grego e indica “quebra”. Os prefixos que vêm antes desse termo indicam o que causou a “quebra” ou decomposição da substância para a formação de outras. Veja os três principais casos:

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* Pirólise: Piro significa “fogo”, logo, J é uma reação de decomposição que ocorre pela ação do calor. Isso é indicado na reação química através do símbolo Δ acima da seta. Veja um exemplo:

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Exemplo de reação de decomposição – pirólise

Nas indústrias, esse tipo de reação é chamado de calcinação.

Uma aplicação importante da pirólise é na obtenção do alcatrão pirolítico, também chamado de bio-óleo. Ele é obtido pela decomposição térmica de biomassa (material orgânico) na ausência total ou parcial de oxigênio. Esse biocombustível tem sido considerado uma alternativa energética que pode substituir os derivados do petróleo.

* Eletrólise: É uma reação de decomposição que ocorre pela passagem de eletricidade por um líquido iônico. Ao passar corrente elétrica pelo sal de cozinha (cloreto de sódio) fundido, por exemplo, formam-se o sódio metálico e o gás cloro.

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Reação de decomposição do sal por eletrólise

Na realidade, ocorrem reações de oxidação e redução mais complexas que resultam nesses produtos. Mas podemos resumir da forma como apresentamos.

* Fotólise: É a decomposição pela ação da luz, que é representada pelo símbolo λ. A seguir temos a equação química que representa a reação de decomposição da água oxigenada na presença de luz. É por isso que essa substância costuma ser guardada em recipientes escuros ou opacos que impedem a entrada de luz e sua consequente decomposição.

A eletrólise é um processo muito utilizado pela indústria química, pois ele permite a obtenção de substâncias que não existem livres na natureza, tais como o cloro, o iodo, a soda cáustica, entre outros.

A eletrólise é o oposto da pilha, sendo que nesta última se obtém eletricidade por meio de reações de oxirredução, isto é, transforma-se energia química em energia elétrica. Já na eletrólise, a eletricidade é usada para produzir reações de oxirredução e energia química.

Daí a origem de seu nome, sendo que eletro significa “corrente elétrica” e lise significa “quebra”. É exatamente isso o que ocorre, a corrente elétrica quebra ou decompõe a substância que está sendo submetida a ela.

A pilha é um processo espontâneo, a eletrólise, porém, é um processo não espontâneo, que precisa ser iniciado por meio da corrente elétrica.

Existem dois tipos de eletrólise: a ígnea e a em meio aquoso. Neste texto, trataremos do primeiro caso.

A diferença entre a eletrólise ígnea e a eletrólise em meio aquoso é a forma em que está a substância que será submetida à corrente elétrica. No caso da eletrólise ígnea, a substância iônica está no estado líquido, ou seja, fundida, sem a presença de água. A palavra “ígnea” vem do latim ígneus, que significa “ardente, inflamado”.

Na eletrólise, usa-se um recipiente que é chamado de cuba ou célula eletrolítica, onde são adaptados dois eletrodos por onde passarão a corrente elétrica. Os eletrodos podem ser inertes (não sofrem alteração durante a eletrólise) ou ativos (sofrem algum tipo de alteração durante a eletrólise). Os mais usados são os inertes de platina ou de grafite.

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Os eletrodos são, então, ligados a uma fonte de corrente contínua (pilha ou bateria). O polo negativo da bateria irá fornecer elétrons para um dos eletrodos, ficando carregado negativamente e atrairá os cátions (íons positivos) da substância fundida. Devido ao fato de atrair os cátions, esse eletrodo negativo é chamado de cátodo. Nele, os cátions recebem elétrons e se reduzem.

Já o eletrodo positivo atrai os ânions (íons negativos) e, devido a isso, é chamado de ânodo. Os ânions descarregam seus elétrons no ânodo, sofrendo oxidação.

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Nas pilhas, o eletrodo positivo é chamado de cátodo e o negativo é o ânodo. Aqui na eletrólise é o contrário, o ânodo é o polo positivo e o cátodo é o polo negativo. No entanto, nos dois casos, na pilha e na eletrólise, no ânodo há a oxidação e no cátodo há a redução.

Resumidamente, temos:

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Outro fato importante é que a pilha ou bateria usada para gerar a corrente elétrica deve ter uma ddp (diferença de potencial) igual ou maior que a diferença de potencial da reação.

Para entender melhor como ocorre o processo da eletrólise e como ela decompõe as substâncias produzindo elementos ou substâncias simples importantes, leia o texto Eletrólise Ígnea do Cloreto de Sódio.