Quem influenciou o processo de independência da América espanhola?

Introdução

Napoleão no poder da França revelou-se contraditório e autoritário, renunciando assim os princípios da Revolução Francesa e iniciando sua expansão pela Europa. O único país que poderia impedir esse projeto expansionista era a Inglaterra.

Como as topas francesas não conseguiam desestabilizar a Inglaterra, a França decretou, em 1806, o bloqueio continental (os países europeus estavam proibidos de abrirem seus portos ao comércio inglês). Os países que não aceitassem o bloqueio continental seriam invadidos pelas tropas de Napoleão.

A Espanha não aceita e por isso, é invadida em 1808. O rei Fernando VII é deposto e é colocado no poder o irmão de Napoleão, José I.

No entanto tanto as colônias espanholas como a Espanha resistiram à ocupação francesa. Com o apoio da Inglaterra e da elite Criolla (descendentes de espanhóis nascidos na América), foram organizadas na colônia Juntas Governativas, que em várias cidades passaram a defender a idéia de ruptura definitiva com a metrópole.

Emancipação das colônias

A política econômica da Espanha, baseada no mercantilismo, buscava desenvolver as metrópoles explorando as riquezas produzidas nas colônias.
Mas nessa mesma política começaram a surgir brechas, que permitiram certo desenvolvimento às colônias. Ao criar universidades e liberas o comércio nas colônias, o rei Carlos III (1759-1788) estimulou seu desenvolvimento, assim como o anseio de libertação.

De modo geral, as primeiras manifestações de descontentamento que surgiram na América dominada pelos ibéricos não tinham caráter separatista. Exprimiam, antes, o mal-estar dos colonos com os abusos da metrópole, sua oposição à política mercantilista e a sua busca de liberdade econômica.

Na América espanhola, a ocupação da Espanha pelas tropas de Napoleão enfraqueceu o controle da metrópole sobre as colônias. Em 1811, o padre Hidalgo tentou sem êxito proclamar a independência do Vice-Reino de Nova Espanha (México). Nova tentativa em 1813, novo fracasso: Hidalgo foi executado. A conquinta da independência veio em 1821, liderada pelo general Itúrbide, que se proclamou imperador. Obrigado a abdicar em 1823, morreu fuzilado. O méxico tornou-se então uma República federal independente.

Do Vice-Reino de Nova Granada surgiram Venezuela, Colômbia e Equador, libertados por Simón Bolívar, respectivamente, em 1817, 1819 e 822. O Vice-Reino do Peru deu origem a três países: Peru, Chile e Bolívia.
Do Vice-Reino do Prata surgiram outros três países: Argentina, Uruguai e Paraguai. O Paraguai libertou-se sem guerras em 1811. O Uruguai, invadido por Portugal em 1816 e anexado ao Brasil com o nome de Porvíncia Cisplatina, só se tornou independente em 1828.

Diante da revolta generalizada, o rei espanhol Fernando VII chegou a pedir ajuda a Santa Aliança (organização da qual a Espanha participava e que tse arrogava o direito de intervir nas colônias). Mas os Estados Unidos e a Inglaterra se opuseram à intervenção e reconheceram a independência das colônias espanholas. A Posição dos EUA pode ser resumida na política estabelecida, em 1823, pelo presidente James Monroe, a chamada Doutrina Monroe, que declarava "a América para os americanos". A Inglaterra era movida por interesses econômicos, já que os novos países podiam representar mercado seguro para seus produtos.

Sem a ajuda da Santa Aliança, o domínio da Espanha na América chegou ao fim.

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Independência da América Espanhola: entenda!

  • O que foi a Independência da América Espanhola?
  • Causas da Independência da América Espanhola
  • Cronologia da Independência da América Espanhola
  • Consequências da Independência da América Espanhola
  • Independência da América Espanhola: exercícios

Quando falamos sobre processos de independência, é muito comum lembrarmos apenas do que ocorreu no Brasil. Quando forçamos bastante a cabeça, nos lembramos também dos Estados Unidos, com o seu emblemático 4 de julho e a libertação dessa nação das forças coloniais inglesas. Mas, e os outros países da América Latina? O que aconteceu com eles?

Conhecer o processo de Independência da América Espanhola é algo extremamente importante não só para os nossos estudos de História e as provas dos vestibulares, mas também para que possamos conhecer mais sobre a trajetória de nossos queridos hermanos e vizinhos.

Em nosso bate-papo, passaremos uma ideia geral de como aconteceu esse processo para que, assim, você possa dar início aos seus estudos sobre o tema. Tudo pronto por aí? Então, prepare-se para embarcar em uma grande aventura pela história das nações americanas!

Se você está estudando a história do Brasil, provavelmente já sabe que o outro país pioneiro nas navegações, ao lado de Portugal, foi a Espanha. Os dois países da Península Ibérica têm uma trajetória bem semelhante e que se “esbarra” em muitos momentos (como visto com a União Ibérica). Um deles é o Tratado de Tordesilhas, que dividiu a América Latina entre essas nações.

A natureza colonizadora tanto de Portugal como da Espanha gerou problemas para as colônias de ambos os países. Sendo assim, os povos colonizados pelos espanhóis também sofreram na pele questões como dizimação de indivíduos nativos, destruição das riquezas naturais e, claro, o saque de muito ouro e outros metais para a manutenção do mercantilismo.

A Independência da América Espanhola é, portanto, o processo de libertação dos povos latinos (colonizados pelos hispânicos) do Estado espanhol. Vale a pena ressaltar que isso não ocorreu de uma só vez, mas, sim, de maneira bem fragmentada, já que cada país obteve sua liberdade em momentos distintos.

Causas da Independência da América Espanhola

Como conversamos no tópico anterior, a colonização dos espanhóis na América foi feita de maneira bastante violenta. E, ao contrário do que aconteceu no Brasil, não ocorreu qualquer tipo de vinculação da Coroa Espanhola com os povos colonizados. Por isso, havia um distanciamento ainda maior entre as partes e uma opressão notável.

Sendo assim, a insatisfação dos povos colonizados com a sua situação (de completa exploração) foi o principal motor para esse acontecimento. Além disso, outros fatores também merecem ser mencionados, como:

  • surgimento dos ideais iluministas na Europa;
  • independência dos Estados Unidos, a primeira em toda a América;
  • Revolução Francesa;
  • independência do Haiti;
  • processos de independência e revoluções que aconteciam ao redor do mundo.

Além disso, é preciso dizer que a Europa estava, nesse momento, passando pela influência do poder de Napoleão Bonaparte. Assim, vários países — incluindo a Espanha — foram afetados e temporariamente enfraquecidos por esses acontecimentos. Esse foi um dos fatores que contribui para que a América fosse liberta.

Cronologia da Independência da América Espanhola

Veja, a seguir, a linha do tempo de conquista da independência por parte dos principais países colonizados pela Espanha:

  • Paraguai (1811);
  • Argentina (1816);
  • Chile (1818);
  • Venezuela (1819);
  • Colômbia (1819);
  • México (1821);
  • Equador (1822);
  • Peru (1824);
  • Bolívia (1825).

Nos anos seguintes, outras nações (Uruguai, Guatemala, República Dominicana, entre várias outras) foram se libertando, pouco a pouco, da colonização espanhola. A última nação a obter sua independência foi o Panamá, em 1903.

Consequências da Independência da América Espanhola

Agora, veremos algumas das consequências que esse processo trouxe não só para as nações libertas, mas para o mundo como um todo. Vamos lá?

A primeira delas foi a alteração no mapa das Américas, que mudou consideravelmente a partir da conquista dessas independências. A fragmentação de territórios deu origem a nações completamente novas.

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No entanto, a consequência mais emblemática foi o enfraquecimento da Espanha como potência mundial. As perdas com as colônias foram inestimáveis para essa nação, que deixou de ter destaque entre os países europeus naquele momento histórico.

Independência da América Espanhola: exercícios

Agora, para testarmos os nossos conhecimentos (e, claro, complementarmos ainda mais o aprendizado), chegou a hora mais esperada: o momento de colocar as mãos na massa!

Confira, a seguir, alguns exercícios sobre esse assunto e veja como ele pode dar as caras em sua próxima prova.

(Unesp) Sobre as lutas pela independência na América Hispânica, é correto afirmar que:

a)     contaram com participação política e militar direta dos Estados Unidos e da Alemanha, interessados em ampliar sua presença comercial na região;

b)     tiveram claro caráter popular, expresso na realização, após a emancipação, de reformas sociais profundas;

c)      impediram a modernização das economias coloniais e reduziram a participação dos países da região no comércio internacional;

d)     asseguraram a manutenção da unidade territorial e impediram a fragmentação política da região;

e)     foram controladas, na maior parte dos casos, pelas elites criollas, embora tenham contado com participação popular.

Resposta: E

(Ufrgs) Leia o segmento abaixo.

Nenhum dos grupos em disputa pelo poder pretendia modificar a estrutura econômica e social herdada da colônia. Assim, os novos países permaneceram predominantemente agrários, com base no latifúndio; mantiveram as relações produtivas pré-capitalistas, inclusive com o crescimento do trabalho compulsório (servil, semisservil e escravo).

WASSERMAN, Claudia. História Contemporânea da América Latina, 1900-1930.Porto Alegre: Editora da Universidade, 1992. p. 9-10.

O segmento faz referência a um contexto histórico da América Latina. Assinale a alternativa que representa esse contexto:

a)     Derrota dos diversos movimentos de independência latino-americanos, no início do século XIX, e manutenção da dominação espanhola até o início do século XX;

b)     Manutenção das estruturas sociais herdadas do período colonial e constituição de Estados oligárquicos em toda a América Latina, no século XIX;

c)     Diversificação produtiva, característica das economias nacionais latino-americanas no século XIX;

d)     Criação de Estados democráticos em toda a região, após as guerras de independência do século XIX;

e)     Vitória das diversas revoltas de indígenas e escravos, logo após as independências, e fim do trabalho compulsório por toda a região.

Resposta: B

E aí, caro estudante? O processo de independência das nações americanas colonizadas pela Espanha foi bastante penoso e bem diferente do que foi observado no Brasil.

Para saber mais sobre isso, confira o Plano de Estudos Stoodi e tenha acesso a aulas específicas sobre a independência de cada um desses países e, claro, a muitos exercícios sobre o tema!

Quem influenciou a independência da América espanhola?

A independência da América Espanhola foi influenciada pelas ideias iluministas, a independência dos Estados Unidos e a invasão da França à Espanha.

Que ideia iluminista influenciou na independência da América espanhola?

O iluminismo defendia a liberdade dos povos e a queda dos regimes políticos que promovessem o privilégio de determinadas classes sociais. Sem dúvida, a elite letrada da América Espanhola inspirou-se no conjunto de ideias iluministas.

Quem liderou a independência da América espanhola e o que cada um defendia?

Os principais líderes do movimento emancipacionista hispano-americano foram Simon Bolívar e José de San Martín. Membros da elite criolla, Bolívar e San Martín, seguindo rotas opostas, percorreram o território latino-americano, difundindo a luta pela independência das colônias em relação à Metrópole espanhola.

Que fatores no processo de independência?

Entre os fatores que causaram a Independência do Brasil podemos destacar a crise do sistema colonial, as ideias iluministas e as independências ocorridas na América Inglesa e na América Espanhola. Além disso, a própria elite agrária brasileira se beneficiaria de uma separação entre Portugal e Brasil.

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