Quem era o governador de São Paulo em 1995?

O PSDB comanda o estado de São Paulo desde 1995, quando Mário Covas tomou posse como governador em 1º de janeiro daquele ano. De lá para cá, se passaram quase 28 anos, e o PSDB teve seis diferentes governadores no estado, em oito mandatos consecutivos.

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A exceção foi nos anos de 2006 e 2018, quando Geraldo Alckmin deixou o Palácio dos Bandeirantes para concorrer à Presidência da República por duas vezes e assumiram no lugar dele os respectivos vices de chapa: Cláudio Lembo (no então PFL) e Márcio França (PSB). Juntos, os dois tiveram apenas 16 meses de mandato, conforme abaixo:

Os seis governadores do PSDB em SP: Mário Covas, Geraldo Alckmin, José Serra, Alberto Goldman, João Doria e Rodrigo Garcia. — Foto: Montagem/g1

Governadores de SP nos últimos 28 anos

Nome do governador Período de mandato
Mário Covas (PSDB) – primeiro mandato de 1º/01/1995 a 1º/01/1999
Mário Covas (PSDB) – segundo mandato de 1º/01/1999 a 6/03/2001 (morreu em 6 de março de 2001)
Geraldo Alckmin (PSDB) - primeiro mandato de 6/03/2001 a 1º/01/2003
Geraldo Alckmin (PSDB) - segundo mandato de 1º/01/2003 a 31/03/2006
Claudio Lembo (PFL) de 31/03/2006 a 1º/01/2007 (8 meses de mandato)
José Serra (PSDB) de 1º/01/2007 a 2/04/2010 (renunciou para disputar a Presidência da República)
Alberto Goldman (PSDB) de 2/04/2010 a 1º/01/2011 (8 meses de mandato)
Geraldo Alckmin (PSDB) - terceiro mandato de 1º/01/2011 a 1º/01/2015
Geraldo Alckmin (PSDB) - quarto mandato de 1º/01/2015 a 6/04/2018 (renunciou para disputar a Presidência da República)
Márcio França (PSB) de 6/04/2018 a 1º/01/2019 (8 meses de mandato)
João Doria (PSDB) de 1º/01/2019 a 31/03/2022 (renunciou para disputar a Presidência da República)
Rodrigo Garcia (PSDB) de 1º/04/2022 até 1º/01/2023

Rodrigo Garcia ‘neotucano’

Como Doria deixou o Palácio dos Bandeirantes com alta rejeição, Rodrigo dedicou a campanha a dizer que era um candidato independente e estava disputando "sem padrinhos", para evitar que a polarização nacional entre lulistas e bolsonaristas migrasse para o estado de São Paulo.

O governador de São Paulo, João Doria, ao lado do vice, Rodrigo Garcia, e do ex-secretário Alexandre Baldi. — Foto: Secom/GESP

A estratégia, como se vê, não teve sucesso. Rodrigo conquistou menos de 20% dos votos válidos neste domingo (2), deixando o PSDB de fora do segundo turno no estado pela primeira vez depois de quase 30 anos.

Nas últimas três décadas, São Paulo era tido como a “fortaleza do PSDB” no Brasil, sendo berço da fundação e das grandes lideranças históricas da legenda, como Fernando Henrique Cardoso, Franco Montoro e Mário Covas.

O cientista político Cláudio Gonçalves Couto, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirma que a perda do “tucanistão” - como era chamado o estado de São Paulo no meio político pelos adversários - se deu por uma “série de equívocos” do partido desde a eleição presidencial de 2014.

“A perda do ‘tucanistão’, como os adversários apelidaram, se deu por uma série de equívocos e traições que desgastaram o partido no cenário nacional. A começar pela contestação das eleições de 2014 por Aécio Neves, passando pela traição de João Doria a Geraldo Alckmin em 2018 e a forma como o próprio Doria negociou com os outros diretórios do partido no Brasil para ganhar as prévias internas”, afirmou.

“Esses equívocos levaram não apenas à saída de lideranças importantes do partido, mas também à diminuição da bancada da legenda no Congresso Nacional. E isso reduziu a influência do PSDB na política nacional”, completou.

“A própria escolha de Rodrigo Garcia para concorrer ao governo de São Paulo, no lugar de um tucano histórico e identificado com o partido, pode ser considerada um equívoco. Até ontem, o Rodrigo era do DEM e migrou para o PSDB numa negociação do Doria para concorrer à Presidência. Rodrigo é um neófito no ninho tucano, com pouca identificação com nomes históricos da sigla”, afirmou.

Rodrigo Garcia (PSDB) durante evento de campanha em igreja de São Paulo em setembro de 2022. — Foto: Divulgação

Mudança de influência para o Sul

Caso Leite vença o pleito no 2º turno, os especialistas ouvidos pelo g1 apontam que o eixo político do partido se deslocará para o Sul do país, com o governador gaúcho despontando como eventual candidato ao Planalto em 2026.

“Apesar de ser um partido de alma pura paulista, onde as decisões dos últimos anos partiram justamente de São Paulo, com Fernando Henrique, Covas, Alckmin, Serra, acho que a perda do estado mais importante vai deslocar essa órbita de influência da legenda para o Rio Grande do Sul, com Eduardo Leite. Mas é preciso saber qual o tamanho do PSDB que vai sair das urnas. Se a bancada se reduzir ainda mais, a influência nacional vai na mesma direção, e o partido vai ter dificuldade de conseguir dar as cartas em 2026 para uma candidatura nacional própria”, afirmou Claudio Couto.

O ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), junto com ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, no Palácio dos Bandeirantes. — Foto: Secom/GESP

“O PSDB talvez veja a maior vítima do movimento antipolítica que foi criado a partir da Lava Jato, que acirrou os ânimos no Brasil e deu fôlego a uma extrema direita raivosa, escanteando legendas mais moderadas. Veja que os partidos do Centrão foram fortalecidos com essa polarização, assim como o PT, que se fortalece com a eleição de Lula e de outros governadores no Nordeste”, disse Couto.

Quem era o governador do Estado de São Paulo em 1994?

Foram eleitos o governador Mário Covas, o vice-governador Geraldo Alckmin, os senadores José Serra e Romeu Tuma, 70 deputados federais e 94 estaduais. Como nenhum candidato a governador alcançou a metade mais um dos votos válidos, houve um segundo turno em 15 de novembro e conforme a Constituição de 1988 e a Lei nº.

Quem era o governador de SP em 1997?

Foi o trigésimo governador do estado de São Paulo, entre 1 de janeiro de 1995 e 22 de janeiro de 2001, quando se afastou do cargo em decorrência de um câncer que o acometeu. Como Mário Covas não renunciou ao seu mandato, ele manteve a sua condição de governador afastado até o seu falecimento, em 6 de março de 2001.

Quem era o governador do Estado de São Paulo em 1990?

As eleições estaduais em São Paulo em 1990 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições no Distrito Federal e em 26 estados. Foram eleitos nessa oportunidade o governador Luiz Antônio Fleury Filho, o vice-governador Aloysio Nunes, o senador Eduardo Suplicy, 60 deputados federais e 84 estaduais.

Quem era o governador do Estado de São Paulo em 1986?

Foram eleitos o governador Orestes Quércia, o vice-governador Almino Afonso, os senadores Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso, além de 60 deputados federais e 84 estaduais na última eleição para governador onde não vigiam os dois turnos.