Quem chegou na final do The Voice?

Com mais de 3 milhões de inscritos, chega ao fim neste domingo (17) a edição 2022 do The Voice Kids. E pra variar tem gente da região fazendo bonito. Trata-se de Mel Grebin, 11 anos, do time Michel Teló. A menina de Canoas é o mais novo talento nascido por aqui que encantou o Brasil pelo carisma e pela voz. E prova de que um raio cai mais de uma vez no mesmo lugar é que nesta mesma edição do The Voice a região já apresentou outro jovem prodígio. O menino Artur de Mari, que se divide entre Canoas e São Leopoldo, chegou até a semifinal do programa.

Quem chegou na final do The Voice?
Mel embarcou com a família para o Rio de Janeiro na sexta-feira. No domingo, participa ao vivo da final do The Voice Kids Foto: Paulo Pires/GES

Mel e Artur se juntam a uma lista que começou com Thomas Machado, teve Luiza Barbosa e João Vitor Micuim. Todos chegaram longe em realities do gênero na TV aberta e hoje dividem o tempo entre estudos e uma carreira na música.

O desfecho do mais recente capítulo desta trajetória de talento será neste domingo, quando acontece a final da sétima edição do The Voice. Neste ano, a final será estrelada por três meninas: além de Mel, terá a paranaense Isadora Pedrini, 9 anos, que representa a equipe de Carlinhos Brown, e a potiguar Isis Testa, 10 anos, representante da dupla Maiara e Maraisa.

Gremista assim como seu técnico, Mel está no 6º ano do ensino fundamental e estuda no Colégio Gabarito, de Canoas. A pequena, que viajou na sexta-feira para o Rio de Janeiro, onde vai disputar a decisão ao vivo nos estúdios Globo, segue sem acreditar que chegou tão longe. “Ainda estou processando, em choque”, garante Mel.

Sobre a relação com Michel Teló, apesar de ambos torcerem pelo Grêmio, há uma diferença: o estilo musical. Enquanto o “professor” é um sertanejo de sucesso, a canoense tem como preferência o estilo pop. Ainda assim, ela não vê nenhum problema. “Ele já venceu a competição adulta com outros estilos e a Kids também”, lembra.

A participação no programa tem sido uma experiência única, mas que também fez com que sua rotina fosse modificada. “Não consigo mais chegar da escola e ficar deitada no sofá”, confidencia. Os treinos e ensaios são com a mãe Cintia Grebin, professora de canto da filha. “A Mel teve uma troca de registro vocal bem significativa nos últimos anos”, conta Cintia, afirmando que a música faz parte da vida das duas desde que Mel era uma criança. “Ela começou a cantar com 2 anos, usando os cabos de vassoura como microfone.”

Entre as cantoras preferidas de Mel estão Whitney Houston e Lady Gaga. Inclusive as duas já tiveram suas músicas interpretadas pela gaúcha durante sua participação, com I Will Always Love You e Shallow, respectivamente.

Um holofote, dentro e fora da sala de aula, dizem professores

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Menina foi recebida com festa pelos alunos da escola onde estuda Foto: Paulo Pires/GES Para os professores da escola onde Mel estuda, o sucesso dela não é uma novidade. “Ela é um holofote na sala de aula. Sempre foi assim, é uma líder, comanda os outros colegas”, afirma Bruno Dall Agnol, professor de matemática. “A vibe da Mel é muito boa, puro carisma”, complementa Bruno Garcia, professor de ciências.

Guilherme Soares, que dá aula de filosofia e sociologia, confirma que a menina está se tornando um exemplo na turma. “As pessoas vão se espelhar nela, alguém tão jovem que já vai se encontrando em uma profissão.”

Para a mãe Cintia, tudo que está acontecendo na vida da família só foi possível por via da dedicação e do trabalho realizado no dia a dia. “Vale a pena semear o trabalho.” Sobre a decisão de domingo, a professora de canto se diz tranquila e garante. “Minha filha já é uma vencedora, o que tiver que acontecer, vai acontecer, da forma como Deus determinar. Estamos colhendo os frutos da nossa dedicação.”

Vida musical

A mãe de Mel explica que desde sempre se interessou por música e isso fez parte de sua trajetória desde a Igreja Mover, onde participa do coral. A mãe diz que nunca impôs o seu gosto musical ou pelo canto. “Quem se interessou foi ela, eu apenas fui ajudando”, salienta.
Cintia é professora de técnica vocal e além de ser a professora da filha, dá aulas também para os alunos do 1º ao 3º ano do ensino fundamental do Colégio Gabarito, o mesmo de Mel. “Trabalho há dois anos no local, que realiza um trabalho muito bonito com as crianças.”

O diretor do Gabarito, Fabrício Indrusiak, afirmou que a música é uma habilidade para as crianças e que a participação de Mel no The Voice Kids consolida cada vez mais o projeto do coral na escola. “O projeto existe há três anos e o sucesso da Mel só reafirma que estamos no caminho certo.” Aos domingos, todos se reúnem para assistir ao programa, torcer e agora mais do que nunca, votar”, completa o diretor.

Cintia aproveita para agradecer o apoio dos canoenses e gaúchos, reforçando que neste domingo será dia de votação ao vivo. “Gratidão. Estamos gratos, é um privilégio fazer aquilo que amamos e somos as mesmas pessoas”, conclui.

Artur de Mari ainda se acostuma com a fama

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Artur de Mari chegou até a semifinal desta edição do The Voice Kids Foto: Victor Pollak/Globo

Além de Mel, nesta edição do The Voice, o jovem Artur de Mari, morador de Canoas e São Leopoldo, onde reside com a mãe e o pai respectivamente, encantou o País com suas interpretações de músicas que foram sucessos nas novelas globais. A última delas foi Encontro e Despedidas, da cantora e compositora Maria Rita. Foi com essa canção que o menino disputou a semifinal do The Voice Kids representando o time de Carlinhos Brown.

Ainda que não tenha se classificado para a decisão, o garoto se considera um vencedor. “Quando eu cantei, pensei que não teria essa chance de novo, então aproveitei ao máximo a oportunidade”, garantiu Artur.

Cego desde bebê, Artur já se interessada por ritmos e sons desde pequeno, e a música acabou sendo algo natural na vida dele. A mãe do garoto de 11 anos, Cintia Lima, conta que aos poucos a rotina vai voltando ao normal. “Ele estuda de manhã e ainda tem provas.” A volta do Rio de Janeiro ocorreu na última segunda-feira. “A avó fez uma festa no aeroporto e as pessoas pararam para fazer fotos, o Artur ficou bem envergonhado.” Sobre a fama, Artur garante que ainda não se acostumou por completo. “Muitas pessoas me param na rua.”

Sequência da carreira

A sequência na carreira ainda não é uma garantia, apesar dos convites a da própria vontade. O jovem diz não ter certeza, já que ainda nutre a vontade de ser jornalista. “Tinha certeza que ia para o jornalismo, agora não mais. Talvez possa fazer os dois”, afirma ele, que pretende virar apresentador.

A mãe concorda com o filho e reitera. “Não vamos forçar nada, recebemos convites e propostas para participar de eventos e festivais, mas só aceitamos aqueles que ele se interessa, a decisão final é dele.” Cintia alega que há dois meses o garoto era apenas um estudante do 6º ano. “Não é a hora de viajar e fazer shows.”

E da mesma forma que ela leva a vontade do filho na questão da carreira, o gosto musical segue o mesmo protocolo. “Eu gosto mais de punk rock, grunge. O Artur é mais do MPB.” Ele concorda com a mãe e relata que seus artistas preferidos são Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e é claro, Belchior. “Conhecemos as músicas do Belchior durante o período da pandemia e foi um dos cantores que tenho em comum com a minha mãe”, completa o pequeno.

Durante o programa, além de ter saltado de 800 seguidores para mais de 48 mil, Artur confirma que também ganhou algo mais valioso: As amizades. “Fiz muitos amigos durante os dias que íamos para as gravações, passávamos os finais de semana juntos.” O pequeno revela que não tem uma torcida específica para a grande final. “Gosto muito das três meninas, não posso torcer para apenas uma.” A criançada criou inclusive um grupo no WhatsApp. “Conversamos todos os dias”, acrescenta Artur.

A mãe considera essa relação entre os participantes muito importante, afinal eles são apenas crianças. “O programa era só uma parte do final de semana deles, íamos ao shopping que ficava ao lado do hotel, na sala de jogos. A relação era muito boa”, complementa. 

Thomas Machado quer percorrer o Brasil

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Thomas projeta turnê para o ano que vem Foto: Divulgação

De gaita, bombacha e alpargata, Thomas Machado surgiu em rede nacional em 2017, cantando Beijinho Doce. O piá de Estância Velha tinha 9 anos na época. A partir daquele dia, sua vida mudou. Ele acabou vencendo a segunda edição do The Voice Kids daquele ano, com 52,48% dos votos, e se tornou o percursor de uma série de talentos da região que fizeram bonito em programas do gênero.

Hoje, com 14 anos, Thomas não ostenta aquelas bochechas que encantaram Ivete Sangalo e brasileiros de diferentes cantos. Mas segue tendo orgulho de vestir o traje típico do Estado e de morar em Estância Velha. A visibilidade nacional abriu portas que o adolescente jamais imaginou entrar. “A vida mudou de ponta cabeça”, admite.

A rotina de festivais deu lugar a shows aos finais de semana. Lançou um CD e álbum digital, acompanhado de um livro ilustrado sobre hábitos e costumes do gaúcho. Participou de especial de Natal, conheceu personalidades que admira e até dividiu o palco com algumas delas. “Eu pude cantar em show com a própria Ivete. Gravei músicas com Michel Teló, Neto Fagundes, Joca Martins, Gaúcho da Fronteira”, enumera. Deu até tempo de tietar o Neymar. “Numa das finais do The Voice me convidaram para ir e o Neymar estava lá. Fiz uma foto com ele e acabou a bateria. Foi muita sorte”, lembra Thomas.

Rotina de guri e de artista

Além da paixão pelo tradicionalismo e pela música, Thomas mantém outras bem próprias da idade, como a tietagem com o Neymar evidencia. No mundo real ou virtual, o adolescente gosta de bater uma bolinha. “Uma das primeiras coisas que fiz quando saí do The Voice foi comprar um videogame. Gosto muito de jogar futebol”, conta o menino que deu pause numa partida para conceder entrevista ao ABC.

Outra conquista que o talento prodígio com mais de meio milhão de seguidores no Facebook proporcionou foi a compra de uma chácara para a família. “É onde passamos boa parte do nosso tempo. Faço vídeos, tiro fotos para as redes sociais aqui. Tem cavalo, ovelha, pato, galinha. É um paraíso.”

Mas a tranquilidade no meio do mato precisa disputar lugar na agenda corrida do artista mirim. Além da escola, Thomas se apresenta aos finais de semana pelo Estado. Para o ano que vem, a ideia é extrapolar fronteiras. “Estamos idealizando um projeto chamado Filho do Rio Grande pelo Brasil. A ideia é percorrer as principais capitais do Brasil, fazendo shows com clássicos do Rio Grande do Sul.”

O repertório ainda está em elaboração, mas Thomas antecipa o que lhe agrada. “Gosto de música de baile, fandangueira, muito vanerão. É para o pessoal não ficar parado.” Fã do Gildinho, líder dos Monarcas, o jovem artista não titubeia sobre o futuro. “Quero ser um novo Gildinho, uma nova inspiração para uma outra geração, levando a música gaúcha com uma linguagem que o Brasil inteiro entenda.”

Luiza Barbosa entre a antiga e a nova paixão

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Luiza segue com shows e vai protagonizar um filme Foto: Divulgação

Quem ouve Luiza Barbosa falando pensa que é uma jovem adulta, tal a firmeza nas respostas e convicção de pensamentos. Mas ela é uma menina de 15 anos que divide a vida entre feira de ciências na escola, aulas de violão e técnica vocal, entrevista para imprensa e shows nos finais de semana. A guria de Sapiranga que percorreu festivais pelo Estado desde criança despontou para o Brasil em 2019, quando também chegou à final do The Voice Kids.

“Foi uma experiência fora do comum. Convivi com diferentes estilos musicais, tive uma visibilidade nacional. Isso me aproximou de muitas pessoas. Tive convites para fazer shows no Estado e até fora dele. Recebi mensagens do Brasil inteiro, até de pessoas que vivem na China, Japão. Foi surreal”, detalha Luiza.

A visibilidade em rede nacional antecipou a realização de sonhos que a menina não esperava que fossem despertar tão cedo. “Lembro do primeiro show com muito público, que foi com o Léo Pain (vencedor do The Voice Brasil de 2018). Saí dali com a certeza do que queria fazer da vida. Eu só imaginava cantar para tanta gente depois de adulta”, relata.

Ela destaca ainda a proximidade com referências e ídolos. “Hoje eu tenho a Shana Müller, o Neto Fagundes, o André Marques no meu Whats. Participei do clipe dos 40 anos do Galpão Crioulo, que acompanho desde criança com meus pais. Isso é uma baita realização.”

Diferentes formas de arte

E para quem tem tanta sede de viver as realizações não param por aí. Após peregrinar por festivais do Estado, Luiza foi a primeira mulher a vencer o prestigiado festival Cante uma Canção, de Vacaria, em 2020. Neste ano, a jovem lançou seu primeiro álbum, intitulado Minha Essência. A coletânea de nove faixas está disponível nos canais de streaming Spotify, Deezer e Apple Music. Ela também gravou neste ano seu primeiro feat em parceria com a cantora uruguaia Catherine Vergnes. E descobriu uma nova paixão no palco.

Luiza vai estrear num filme no papel de Anita Garibaldi, previsto para ser lançado até o próximo ano. Ela dará vida à fase mais jovem da heroína na obra Anita - Guerreira de Dois Mundos, que tem nomes de peso da dramaturgia no elenco, como Jackson Antunes e Werner Schünemann.
Mantendo a essência, mas aberta a novas possibilidades artísticas, Luiza colhe os frutos do talento que o Brasil bem conhece. “O que eu sei é que quero viver em cima do palco, cada vez mais conhecendo outros âmbitos. Agora descobri o cinema. Tem a música, a arte no geral. Para isso eu vim ao mundo.”

João Vitor aposentou o Micuim e virou sertanejo

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João Vitor investe no sertanejo e tem projeto em vista Foto: Divulgação Foi no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) M’Bororé, em Campo Bom, que João Vitor recebeu a alcunha de Micuim. Trata-se de uma espécie de carrapato. “Eu era pequeno e dançava no CTG, gostava de incomodar as pessoas, era elétrico”, justifica o agora adolescente. Conhecido do Movimento Tradicionalista, Micuim extrapolou fronteiras no ano passado, quando foi finalista do programa Canta Comigo Teen, reality musical da Record. Só na seleção, ele desbancou 3 mil candidatos. Ao longo do programa, mais de 80. Chegou na final cantando músicas como Dona, do Roupa Nova, e Porto Solidão, de Jessé.

A visibilidade nacional coroou uma trajetória vitoriosa do jovem cantor. Nascido em Parobé, mas criado em Campo Bom a vida inteira, João Vitor Camargo se criou dentro de CTG. Desde os 9 anos participando de festivais, acumula mais de cem troféus como intérprete e cantor nativista.
A participação no programa fez João Vitor reordenar a carreira e aposentar o apelido da infância, pelo menos do grande público. “Me direcionei para o sertanejo”, conta. Inclusive, o adolescente já teve a oportunidade de abrir o show de Leonardo na cidade onde nasceu, Parobé. “Foi um momento único”, confidencia.

Além da oportunidade de conhecer ídolos, João Vitor vê a agenda de shows aumentar. “Finais de semana acabo me apresentando pelo Estado. Durante a semana o foco é na aula, gosto de andar a cavalo na chácara da família, fazer uma roda de violão.”

Para novembro, o artista irá gravar um pocket show que vai virar DVD, com 12 músicas inéditas, as primeiras da carreira. “Será em Campo Grande, Mato Grosso do Sul”, antecipa João Vitor.
Na produção, ele conta que estará Heverton Gaido, o Amarelo, que já trabalhou com nomes como Jads e Jadson. “A gente pretende convidar artistas de renome. Vai ser bem legal.” O trabalho será divulgado nas redes sociais de João Vitor e estará disponível em plataformas digitais após o lançamento.

Paralelo à carreira sertaneja, o guri de Campo Bom segue participando de festivais. Está classificado para três, dois nativistas e um italiano. “Continuo admirando o movimento tradicionalista e cantando as coisas daqui também. Vou cantar na Coxilha Nativista, em Cruz Alta, no Canto Missioneiro, em Santo Ângelo, e o italiano será em Sarandi. A gente não para”, detalha o adolescente.

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