Que tipo de luminescência se classifica esse fenômeno que acontece no vaga

Primeiramente, vamos responder uma pergunta simples, mas extremamente importante: Por que conseguimos enxergar os muitos objetos ao nosso redor? Fácil! Porque todos esses objetos, de uma forma ou de outra, estão emitindo luz. Quando esses raios de luz atingem nossos olhos, eles promovem o estímulos geradores da sensação da visão. Todos os objetos que emitem luz são chamados de fontes de luz.

Na óptica geométrica (ramo da física que estuda os fenômenos ópticos com enfoque nas trajetórias seguidas pela luz), dependendo da procedência da luz distribuída, podemos classificar as fontes de luz em duas categorias: fontes primárias e fontes secundárias. Neste momento é importante destacar que, como estamos explorando a óptica geométrica, não estamos preocupados com a natureza da luz. Entretanto, caso queira se aprofundar sobre esse assunto, clique aqui e acesse o artigo que tratamos sobre ela.

  • Fontes primárias: São corpos que emitem luz prória. Por exemplo: uma lâmpada acesa, a chama de uma vela, o Sol, uma lanterna ligada etc.
  • Fontes Secundárias: São corpos que enviam luz que recebem de outras fontes. O processo de envio pode ocorrer tanto por reflexão (fenômeno no qual o raio de luz volta a se propagar no meio de origem) ou por refração (fenômeno no qual o raio de luz passa a se propogar num novo meio). Em ambos os casos, ocorre a difusão – processo no qual os raios de luz são espalhados aleatóriamente. Como exemplos de fontes de luz secundárias temos uma cadeira, uma lâmpada desligada , a Lua, um lápis, uma pessoa etc.

Antes de finalizarmos esse artigo sobre fontes de luz primárias e secundárias, é interessante responder uma dúvida que, provavelmente, você possa estar se perguntando:

E o que acontece com os corpos que não emanam nenhuma luz?

Esses corpos (absolutamente negros) não são visíveis e geralmente a sua presença só pode ser percebida devido ao contraste com sua vizinhança.

Na natureza, alguns animais são capazes de produzir luz própria. Entre eles, o mais conhecido é o vaga-lume. Esse pequeno inseto é responsável por um dos cenários mais impressionantes da natureza, quando acende a extremidade do seu tórax à noite.

Contudo, esse fenômeno encantador ainda é uma incógnita para muitas pessoas e objeto de estudo para muitos pesquisadores, que tentam desvendar ainda mais como a luz dos vaga-lumes é produzida.

O vaga-lume (ou pirilampo, ou ainda “bondinho”) é um inseto do tipo besouro. Ele pertence à família Coleoptera, e é conhecido por sua capacidade de emitir luz. Seu nome difere entre as suas espécies e estima-se que haja mais de 2.000 tipos de vaga-lumes.

Tanto em sua forma de larva quanto durante a vida adulta, o vaga-lume tem a capacidade de “acender”, mas com objetivos diferentes entre uma fase e outra.

O vaga-lume é um inseto luminescente (Foto: depositphotos)

Infelizmente, com a devastação das florestas e matas brasileiras, o país tem perdido muito da diversidade em espécies de vaga-lumes. Mesmo assim, o Brasil ainda é conhecido por ser um dos países com maior diversidade de insetos luminescentes.

  • Como a luz do vaga-lume é produzida?
  • Para quê serve a luz do vaga-lume?
  • Os vaga-lumes acendem de dia?
  • Outras curiosidades sobre os vaga-lumes

Como a luz do vaga-lume é produzida?

O nome desse fenômeno é bioluminescência. É uma reação química que alguns seres vivos realizam capaz de gerar energia. Essa energia é posteriormente convertida em luz através do processo de quimioluminescência.

Para que essa luz apareça nos vaga-lumes é primordial a reação entre algumas substâncias químicas peculiares: o pigmento luciferina e a enzima luciferase. Juntas ao oxigênio respirado, o resultado desse arranjo gera luciferin, o composto que produz luz.

A cor da luz também é consequência de como o animal se utiliza da luciferina. Por exemplo, a luz do vaga-lume possui o tom amarelado devido a sua potência de luminosidade. Outros animais bioluminescentes podem gerar menos luz e outras “versões” da luciferina, produzindo luz de outras cores.

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É importante lembrar que a energia e luz geradas por seres bioluminescentes não geram calor. A luz desses animais é conhecida como “luz fria”, aquela que gera menos de 20% de radiação ou capacidade térmica.

Apesar de ser o animal bioluminescente mais conhecido, é importante ressaltar que o vaga-lume não é o único ser capaz de produzir luz. Existem vários animais, de diversas espécies, que também têm essa capacidade.

Em especial, é mais fácil encontrar animais com essa característica no oceano. Alguns animais marinhos, como peixes e plânctons, devido a escuridão do seu habitat, desenvolveram a capacidade de produzir luz própria.

Entretanto é muito importante não confundir bioluminescência com fluorescência. No caso dos seres bioluminescentes, a luz é literalmente produzida, uma fonte própria de luminosidade.

Já a fluorescência é uma características que alguns seres vivos possuem, mas atua como reserva ou reflexo de uma luminosidade captada. Nessa situação, a luz não é produzida, mas refletida de uma fonte luminosa estimulante.

Para quê serve a luz do vaga-lume?

O período de reprodução dos vaga-lumes é conhecido como “dança dos vaga-lumes” (Foto: depositphotos)

Apesar de bonita, a luz do vaga-lume não está ali somente pela sua beleza. Como toda propriedade na natureza, a luz do pequeno inseto possui funções para a sua defesa, sobrevivência e reprodução.

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Defesa

Enquanto larva, o vaga-lume já possui a capacidade de “acender”. Ele usa essa característica unicamente para afastar predadores. Sua luz pode ser assumida como toxina por animais que possam tentar devorá-lo, garantido que ele chegue à fase adulta.

Reprodução

Após o período larval, quando o inseto assume o seu total potencial de luminosidade, ele a usa para a reprodução.

O período de reprodução dos vaga-lumes é conhecido como “dança dos vagalumes”, e é um episódio considerado um dos mais bonitos da natureza. Ele ocorre quando os machos e fêmeas de várias espécies se reúnem para selecionar companheiros para o acasalamento.

Um exemplo desse fato ocorre na América do Norte. De acordo com o portal São Francisco, os vaga-lumes que mais acendem na região norte do continente americano são os machos. Eles acendem e piscam em padrões de flashes que indicam de qual espécie são. Em seguida são respondidas em um padrão mais lento pelas fêmeas, formando assim os casais.

Esse método faz com que as espécies de vaga-lumes se reconheçam entre si. Assim, o cruzamento entre espécies diferentes é evitado. Quando esse engano acontece, a reprodução pode não acontecer ou gerar espécies inférteis.

Outro detalhe importante nesse processo é saber que nem todo vaga-lume voa. Algumas espécies não possuem asas e, em outras, só um sexo possui. No caso do Brasil, o vaga-lume mais comum é o Lampyris Noctiluca, uma espécie em que só os machos voam.

Os vaga-lumes acendem de dia?

Essa espécie de besouro é conhecida por ser noturna, mas também existem tipos de vaga-lumes diurnos. Nesse caso, a sua luminosidade é enfraquecida, diminuindo assim seus efeitos na reprodução.

Essas espécies de besouros utilizam de outras estratégias para se defenderem e se reproduzirem, semelhantes aos métodos usados por besouros comuns.

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Outras curiosidades sobre os vaga-lumes

O habitat dos vaga-lumes geralmente são lugares onde há clima úmido. Pântanos, florestas e áreas molhadas e arborizadas são os principais. Nesses locais, a reprodução da espécie fica mais fácil, pois são espaços onde há mais alimento para as larvas do besouro, como fungos, lesmas e caracóis.

O principal predador dos vaga-lumes é o sapo.

Os vaga-lumes podem ser encontrados em todos os continentes do planeta, exceto na Antártida. Ásia e América do Sul são as regiões onde há mais predominância de insetos bioluminescentes, como os vaga-lumes.

Que tipo de luminescência se classifica esse fenômeno que acontece no vaga

Essas emissões luminosas são chamadas de bioluminescência e acontecem em razão das reações químicas onde a luciferina é oxidada pelo oxigênio nuclear produzindo oxiluciferina que perde energia fazendo com que o inseto emita luz.

Qual a principal função da emissão de luz do vaga

Este fenômeno é conhecido como bioluminescência. Uma curiosidade é que esses flashes de luzes emitidos são usados para atrair presas, espantar predadores e também para chamar parceiros para a reprodução. As cores emitidas pelos vagalumes podem variar do vermelho ao verde.

O que é a bioluminescência dos vaga

A bioluminescência é causada pela transformação da energia química em energia luminosa. Esse processo, chamado de "oxidação biológica", permite que a energia luminosa seja produzida sem que haja a produção de calor.

Qual é a cor da luz do vaga

Quem já viu a noite piscando de verde sabe o encanto dos vagalumes. Mas fora do inseto, a química que dá origem a essa bioluminescência é ainda mais fascinante: em condições variáveis de pH, temperatura e na presença de metais pesados, a cor da luz que as reações emitem pode ir do verde ao vermelho.

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