Que fatores são necessários para que a escola promova a saúde mental dos alunos?

Em um contexto pandêmico, as questões de saúde mental na escola nunca foram tão urgentes. Afinal, toda a comunidade escolar se viu obrigada a  se adaptar ao distanciamento social e às novas demandas do modelo remoto e híbrido.

A falta de contato físico entre os colegas, o grande volume de trabalho e o medo fizeram com que a reflexão sobre saúde mental na escola ganhasse protagonismo. Pensando na importância do assunto, destacamos algumas dicas para a promoção da saúde mental na sua escola de modo inclusivo e horizontal.

O que significa quando falamos de saúde mental na escola?

Afinal, o que é saúde mental? Para a OMS, saúde mental é o bem-estar físico, psíquico e social, e a educação é uma chave muito importante para a sua promoção.

Dessa maneira, o gestor escolar precisa estar atento a alguns fatores para que a escola seja instrumento de saúde mental. Assim, a escola tem de compreender que a educação não é composta apenas por competências cognitivas e de conteúdos. Ela também abrange competências socioemocionais, como empatia, responsabilidade, respeito ao próximo e compreensão das diferenças.

Considerando a relevância dessas competências destacamos seis dicas para promover saúde mental na escola:

1 – Incentive a autoestima

Valorizar as características singulares dos seus alunos e alunas faz parte da promoção da autoestima, que é essencial para que se vejam capazes de aprender e interagir no universo escolar, mas também fora dele.

Mais especificamente, quando se trata de estudantes pertencentes a etnias não brancas, a construção de uma autoestima positiva por meio da Lei 10.639. Essa lei estabelece o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas, o que pode ser um caminho muito rico e eficiente.

2 – Seja empática(o)

As questões de saúde mental são sérias e sensíveis. Portanto, precisam ser tratadas como tal. Não diminua o desconforto do seu aluno e aluna,  muito menos do seu docente. Atente-se, a empatia deve ser basilar  no enfrentamento e em toda tomada de decisão.

3 – Acolha os professores

Os professores também precisam se sentir seguros para conversar. A criação de um espaço aberto de diálogo entre os professores e a coordenação é essencial.

Afinal, uma escola que conhece e entende as dificuldades dos seus docentes consegue promover muito mais efetivamente ações interdisciplinares e coletivas de enfrentamento às adversidades.

4 – Atue preventivamente

Não falar do problema não o fará desaparecer! É necessário, então, dialogar, confeccionar atividades, palestras e oficinas que tratem das temáticas de saúde mental. Além disso, o acesso à informação é essencial para os estudantes!

É necessário, portanto, alinhar ações e atividades que façam com que os discentes sejam incentivados a colocar em palavras suas emoções e  angústias a partir de rodas de conversa, trocas e outros canais de comunicação.

Ah, e a atuação dos responsáveis também é fundamental. Inclua-os nas conversas e palestras que englobam a temática. E os incentivem a tratar a saúde mental com a seriedade necessária.

5 – Treine sua equipe

Promova cursos e palestras com especialistas para que os professores e coordenadores compreendam a complexidade dos problemas de saúde mental e estejam atentos para diagnosticar. Os docentes precisam ser orientados!

Afinal, a ação do professor é fundamental para a identificação precoce. Mas, para isso, precisam compreender bem os principais sinais e atitudes relacionadas ao adoecimento mental.  

6 – Valorize a leitura

As habilidades socioemocionais podem e devem ser trabalhadas dentro dos conteúdos disciplinares de modo interdisciplinar. E todas as disciplinas têm responsabilidade nessa construção.

Portanto, a leitura é uma das formas para se desenvolver essas habilidades, principalmente por ser uma prática com alto potencial de desenvolvimento, identificação e conhecimento de mundo.

Por fim, como vimos, saúde  mental também é sobre respeito à diversidade e diálogo. Por isso, não deixe de ampliar e aprofundar os canais de comunicação, e principalmente, de respeitar as limitações e emoções da comunidade escolar.

E lembre-se: a escola precisa ser um ambiente seguro também para os docentes. Bons diálogos!

Mesmo no período anterior à pandemia, a saúde mental dos estudantes já era um tópico alarmante nas instituições de educação superior (IES) .

Segundo relatório publicado em 2019 pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), 83,5% dos graduandos relataram vivenciar alguma dificuldade emocional que interfere na vida acadêmica.

Em 2014, o mesmo indicador foi registrado em 79,8%. Esses dados apontam para um aumento dos problemas de saúde mental dos estudantes brasileiros. Com a pandemia e os protocolos de distanciamento social, as dificuldades emocionais aumentaram ainda mais.

Isolados em casa, muitos estudantes tiveram que se adaptar ao ensino superior a distância e viram sua rotina mudar completamente. A diminuição drástica do convívio social atrelada à crise sanitária foram outros fatores que prejudicaram a saúde mental dos estudantes.

De acordo com pesquisa do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), foi registrada uma duplicação nos casos de depressão entre os entrevistados. Ansiedade e estresse tiveram aumento de 80% no período.

Pensando nisso, preparamos este artigo, para trazer o conceito, importância e dicas de como cuidar da saúde mental dos estudantes. 

Neste artigo, vamos abordar os seguintes tópicos:

  • O que é saúde mental?
  • Quais são as principais causas para problemas de saúde mental?
  • Qual é a importância da saúde mental para os estudos?
  • Quais são os dados sobre a saúde mental no ensino superior?
  • Como a saúde mental dos estudantes pode afetar o aprendizado?
  • Quais os fatores escolares que influenciam na saúde mental dos estudantes?
  • 10 dicas de como cuidar da saúde mental dos estudantes no ensino superior

Tenha uma ótima leitura!

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O que é saúde mental? 

O conceito de saúde mental abrange muito além de doenças e transtornos mentais, estando diretamente ligado ao bem-estar do indivíduo. 

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é conceituada como um estado de bem-estar no qual uma pessoa é capaz de apreciar a vida, trabalhar e contribuir para o meio em que vive ao mesmo tempo em que administra suas próprias emoções. 

Em outras palavras, o indivíduo consegue lidar com sentimentos positivos, como amor e alegria e coragem, e também com os negativos, como tristeza e frustrações.

Para os pesquisadores brasileiros Naomar de Almeida Filho, Maria Thereza Ávila Coelho e Maria Fernanda Peres saúde mental significa:

“um socius saudável; ela implica emprego, satisfação no trabalho, vida cotidiana significativa, participação social, lazer, qualidade das redes sociais, equidade, enfim, qualidade de vida. Por mais que se decrete o fim das utopias e a crise dos valores, não se pode escapar: o conceito de saúde mental vincula-se a uma pauta emancipatória do sujeito, de natureza inapelavelmente política” (destaques nossos)

Qual é o dia mundial da saúde mental? 

O Dia Mundial da Saúde Mental é comemorado em 10 de outubro. Essa data foi criada em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental.

A data comemorativa foi criada com o objetivo de chamar a atenção pública para a questão da saúde mental global e identificá-la como uma causa comum a todos, que ultrapassa qualquer barreira, seja nacional, cultural, política ou socioeconômica. 

Quais são as principais causas para problemas de saúde mental?

De acordo com o Hospital Santa Mônica, instituição especializada em em reabilitação na saúde mental, algumas questões determinantes para elevar as chances de desordens mentais no público jovem são:

  • desemprego;
  • conflitos familiares; 
  • desejo de maior autonomia;
  • maior exposição ao estresse;
  • exploração da identidade sexual;
  • falta de qualidade de vida doméstica;
  • envolvimento precoce com drogas e álcool;
  • pressão para se integrar a certos grupos ou comportamentos;
  • problemas de relacionamento com pais, professores ou colegas; 
  • maior acesso, mais disponibilidade de recursos e uso da tecnologia;
  • vítimas de bullying ou exposição à violência, incluindo pais agressivos;
  • influência da mídia quanto à posição social, aos padrões estéticos e às diferenças de gênero.

Leia também: Entenda os desafios da educação no ensino superior e como superá-los 

Qual é a importância da saúde mental para os estudos?

Ter uma boa saúde mental é imprescindível para garantir a qualidade do estudo. O aluno que enfrenta quadros graves de transtornos psíquicos, como ansiedade e depressão, não consegue se dedicar à vida estudantil.

Problemas de saúde mental afetam a capacidade de foco, disciplina e motivação nas aulas, mas podem ter repercussões mais graves.

Dessa forma, para alcançar bons resultados e construir relacionamentos saudáveis é necessário cuidar da saúde mental.

Sobre o assunto, no artigo Saúde mental em estudantes no ensino superior: Experiência da Consulta de Psiquiatria do Centro Hospitalar São João os autores Celeste Silveira, Andreia Norton, Isabel Brandão e António Roma-Torres, apontam para urgente necessidade de atenção ao assunto:

“A Saúde Mental dos estudantes universitários tem vindo a despertar maior atenção devido ao aumento da prevalência e gravidade das perturbações psiquiátricas nesta população. Os estudantes encontram-se num período de grande vulnerabilidade, uma vez que estão expostos a diversos factores de stress e encontram-se na faixa etária em que surgem, pela primeira vez, muitas das perturbações mentais graves.” (destaques nossos)

Quais são os dados sobre a saúde mental no ensino superior?

A Pesquisa Censo e Opinião Discente, realizada pela Universidade Federal do ABC (UFACB), revelou um dado importante sobre o assunto: 17,92% dos trancamentos na instituição, no ano de 2016, ocorreram por questões psicológicas.

Isso significa que, além de prejudicar pontualmente os estudos, problemas de saúde mental dos estudantes podem comprometer também a retenção de alunos no ensino superior.

Já em relação aos diagnósticos mais frequentes nos estudantes, os pesquisadores Celeste Silveira, Andreia Norton, Isabel Brandão e António Roma-Torres destacam:

“Os diagnósticos mais frequentes nesta população foram as Perturbações de Ansiedade (incluindo a Perturbação de Ansiedade Generalizada e a Perturbação de Pânico) e as Perturbações do Humor (Episódios Depressivos), também referidas noutros estudos como as patologias mais comuns nos estudantes. Surgem também destacadas as Perturbações de Personalidade, que foram consideradas por Blanco et al das perturbações psiquiátricas mais comuns entre os universitários” (destaques nossos)

Em situações mais graves, esses problemas podem comprometer a própria vida do estudante. O índice de pensamento suicida entre universitários aumentou em mais de duas vezes entre 2014 e 2018, segundo relatório da Andifes: 

Que fatores são necessários para que a escola promova a saúde mental dos alunos?
Tabela sobre a evolução de dificuldades emocionais de estudantes dos Institutos Federais de Ensino Superior (IFES) nos anos de 2010, 2014 e 2018. Imagem retirada do Relatório Andifes 2019.

Por isso, melhorar a saúde mental dos estudantes é uma emergência não apenas para aprimorar seu rendimento acadêmico, mas para preservar a qualidade de vida e a própria existência dos alunos.

Como a saúde mental dos estudantes pode afetar o aprendizado no ensino superior?

Estudantes que enfrentam questões de saúde mental e consequente diminuição do bem-estar podem apresentar: 

  • Baixa autoestima;
  • Piora no desempenho, foco e concentração;
  • Diminuição na determinação para estudar;
  • Alterações no humor;
  • Dificuldade de organização.

Vale destacar que, todos esses fatores afetam o processo de ensino-aprendizagem, além de gerar sobrecarga aos professores. 

Sobre o assunto, Celeste Silveira, Andreia Norton, Isabel Brandão e António Roma-Torres apontam o seguinte:

“A presença de perturbações psiquiátricas não tratadas pode ter implicações significativas no sucesso académico o que pode explicar parcialmente a percentagem significativa de reprovações (26%) nos estudantes observados. 

Os estudantes universitários com graves patologias mentais confrontam-se com várias barreiras que interferem com o seu desempenho como manter a concentração, memorização e motivação, défices nas funções executivas (planeamento, organização, tomada de decisões), manter a assiduidade, interagir com os colegas, estigma, entre outras 

Por outro lado, com tratamento precoce e efetivo, muitos destes jovens poderão prosseguir os seus objetivos académicos. Este dado alerta para a importância de detectar estes casos e de intervir precocemente, pelo impacto na qualidade de vida e no desempenho académico e social.” (destaques nossos)

Como a saúde mental do aluno favorece a aprendizagem?

Já vimos que, alunos com saúde mental afetada passam por diversos problemas pessoais e que isso influencia no processo de aprendizagem. 

É por isso que, ao priorizar a saúde mental dos estudantes e trabalhar a inteligência emocional, será possível perceber inúmeros benefícios para a aprendizagem, como:

  • Maior controle emocional;
  • Melhor compreensão dos assuntos tratados em aula;
  • mais capacidade de planejamento;
  • Autoconhecimento;
  • qualidade nos relacionamentos interpessoais;
  • aumento da empatia;
  • redução da assiduidade;
  • Maior compreensão de forma geral.

Que fatores são necessários para que a escola promova a saúde mental dos alunos?

Quais os fatores escolares que influenciam na saúde mental dos alunos?

De fato, existem inúmeros fatores que influenciam diretamente na saúde mental dos estudantes. Nesse sentido, trouxemos como principais os seguintes fatores:

  • Adaptar-se a um ambiente novo;
  • Deixar a casa dos pais e partilhar casa com novas pessoas;
  • Dar resposta às expectativas próprias, dos pais e acadêmicas;
  • Enfrentar problemas financeiros;
  • Lidar com a competição no ambiente escolar; 
  • Mediar problemas relacionais e necessidade de integração no grupo de pares 
  • Ter dificuldades em organizar o tempo;
  • Lidar com preconceito étnico, social, cultural, de gênero ou orientação sexual; 
  • Passar pela descoberta da própria identidade e orientação sexual;
  • Ter privação do sono;
  • Gerir trabalho, estudo e responsabilidades domésticas e familiares;
  • Ficar preocupado em excesso com terminar o curso e arranjar emprego; entre outros.

A esse respeito, Celeste Silveira, Andreia Norton, Isabel Brandão e António Roma-Torres denotam em seu estudo que: 

“Verificou-se que muitos dos problemas de saúde mental surgem relacionados com factores situacionais de stress e adaptação, em que a intervenção em crise se revela essencial. Também se documentou a existência de casos de patologia psiquiátrica mais grave, como Esquizofrenia, Perturbação Afectiva Bipolar, Perturbação Obsessiva- -Compulsiva e Perturbação do Comportamento Alimentar.” (destaques nossos)

Como cuidar da saúde mental dos estudantes? 

A melhor maneira de cuidar da saúde mental dos estudantes é disponibilizando canais de atendimento psicológico.

Contar com uma rede de apoio de colegas, familiares e professores é um passo importante para lidar com problemas de saúde mental, mas é indispensável que o aluno tenha acesso a profissionais especializados, com formação técnica para resolvê-los.

Nesse sentido, o mais importante é que as IES indiquem os caminhos para que o estudante obtenha tratamento psicológico.

10 dicas de como cuidar da saúde mental dos estudantes do ensino superior

Até aqui você já sabe o que é, a importância e os fatores que influenciam na saúde mental dos estudantes. Mas, como cuidar da saúde mental dos estudantes?

Para melhor ilustrar, preparamos 10 dicas estratégicas para cuidar da saúde mental dos estudantes em sua IES. São elas:

  1. Ofereça suporte psicológico na IES;
  2. Realize campanhas de proteção à saúde mental dos estudantes;
  3. Capacite do corpo docente;
  4. Inclua o tema saúde mental no currículo;
  5. Promova ações de relaxamento;
  6. Valorize as conquistas dos alunos;
  7. Crie um ambiente de troca;
  8. Ouça os seus alunos;
  9. Incentive a prática de exercícios físicos;
  10.  Estimule a busca por ajuda.

1. Ofereça suporte psicopedagógico na IES

Quando a própria IES oferece auxílio psicológico ao estudante, a solução fica muito mais acessível.

Algumas instituições já disponibilizam esse serviço ao estudante. É o caso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que possui uma Clínica de Atendimento Psicológico à comunidade, que também realiza pesquisas e eventos acadêmicos.

O suporte oferecido pela própria IES é fundamental para identificar os problemas e lidar com eles de maneira mais pontual. Contudo, é fundamental que o estudante realize acompanhamento psicológico a longo termo.

Dessa forma, a instituição deve facilitar também o acesso a esse tipo de atendimento. Isso pode ser feito por meio de campanhas de conscientização, que contribuem para que o estudante seja mais saudável e tenha uma aprendizagem significativa.

Sobre o assunto, Celeste Silveira, Andreia Norton, Isabel Brandão e António Roma-Torres ressaltam a importância da detecção e tratamento da questões de saúde mental dos estudantes:

“A detecção e o tratamento precoce destas patologias, nos estudantes universitários, constituem importantes áreas de investimento pelo impacto a nível educacional, econômico, social e na qualidade de vida dos jovens. Assim, os serviços de Saúde Mental destinados ao atendimento desta população desempenham um papel fundamental, devendo ser especializados e de fácil acessibilidade.”

2. Realize campanhas de proteção à saúde mental dos estudantes

Realizar campanhas de conscientização e proteção à saúde mental também é uma ótima abordagem. O primeiro passo para promover o bem-estar psicológico é reconhecer os problemas e a importância da terapia.

Para alcançar essa finalidade, a IES deve desenvolver uma linguagem sobre a proeminência da saúde mental. É preciso estabelecer uma comunicação sobre esse tema com o corpo discente.

A seguir, serão apresentadas algumas iniciativas nesse sentido.

Cartilha sobre aulas remotas, pandemia e saúde mental

A Universidade Federal de Roraima produziu uma cartilha educativa, logo no início da pandemia, sobre cuidados com a saúde mental em tempos de isolamento.

O material, feito em formato de ebook, teve como objetivo contribuir para o bem-estar da comunidade acadêmica e público em geral. 

Foi elaborado por psicólogas e traz informações sobre técnicas de autocuidado para lidar com o período da crise sanitária. Indica também formas para melhorar a boa saúde mental, de forma geral.

Janeiro Branco

Na mesma linha de campanhas como Setembro Amarelo e Outubro Rosa, o Janeiro Branco busca dedicar esse mês à conscientização sobre saúde mental.

Esse movimento surge da necessidade de enxergar o tema como prioridade para a saúde global. Por mais que não se situe no período letivo na maioria das IES, é interessante que sejam feitas ações para envolver alunos, professores e demais funcionários no debate do Janeiro Branco.

3. Capacite o corpo docente 

O papel dos professores é fundamental na percepção sobre seus alunos. Além disso, estudantes que apresentam problemas relacionados à saúde mental, certamente terão problemas na aprendizagem, o que irá tornar a tarefa de lecionar mais difícil.

Portanto, invista em treinamentos para capacitar o corpo docente para entender e conseguir encaminhar esses estudantes para o apoio psicopedagógico.

4. Inclua o tema saúde mental no currículo da IES

É essencial aliar a prática à teoria e abordar o tema de saúde mental no currículo escolar. 

Trazer a questão para sala de aula irá lutar contra o estigma por trás do conceito e conscientizar alunos e professores sobre a importância e relevância do tema para a sociedade, incluindo o ambiente escolar.

Portanto, considere adicionar a grade curricular de todos os cursos de sua instituição de educação superior e, a partir disso, pensar formas de abordar em sala de aula.

Leia também: Saiba o que é, importância e como elaborar um plano de ensino superior

5. Promova ações de relaxamento

O descanso é muito importante para fixação dos conteúdos estudados. Por isso, separe momentos para realizar atividades que irão ajudar os alunos a relaxarem e a amenizarem o estresse

Ideias interessantes são cinemas educativos, passeios ecológicos, entre outros. 

6. Valorize as conquistas dos alunos

Nada melhor para motivar e incentivar os alunos do que valorizar suas conquistas. Além disso, ao adotar essa estratégia, os estudantes se sentirão importantes para a IES, o que gera também o sentimento de pertencimento.

Leia também: 12 dicas de melhoria da experiência do aluno

7. Crie um ambiente de troca

Promover um ambiente onde os alunos se sintam confortáveis é primordial. Da mesma forma, incentivar a gentileza entre todos que compõem a comunidade acadêmica, alunos, professores, funcionários e gestores, trará satisfação e bem-estar para o corpo discente.

Na prática, invista em palestras, dinâmicas e momentos de interação.

8. Ouça os seus alunos

Para entender para além dos objetivos, mas também as angústias dos alunos torna-se essencial ouvi-los. Sentir-se ouvido é uma forma de reforçar o pertencimento à comunidade

Além disso, é possível perceber os indicadores de satisfação e trabalhar em cima disso, de forma a proporcionar um ambiente saudável a todos. 

Para tanto, aplique censos e pesquisas periódicas. Crie canais de comunicação e sugestões e não se esqueça de dar retorno aos relatores. 

9. Incentive a prática de exercícios físicos

Com efeito, exercícios físicos são essenciais para manter o corpo ativo e garantir qualidade à saúde mental. Portanto, incentive esse hábito nos seus estudantes.

Além disso, é possível realizar eventos como caminhadas ou até mesmo corridas que, além de incentivar a prática, proporcionam uma interação extraclasse entre a comunidade acadêmica. 

10. Estimule a busca por ajuda

Sabe-se que, em virtude do preconceito relacionado à saúde mental, muitas pessoas têm vergonha de procurar ajuda profissional. 

Por isso, ter esse diálogo aberto sobre a importância da conscientização a respeito da saúde mental é primordial para trazer naturalidade para um assunto tão presente e também para preservar a qualidade de vida dos estudantes.

Assim, através de campanhas, algumas já mencionadas neste artigo, estimule sempre a busca por ajuda. E lembre-se: essa ação pode salvar vidas!

Vale ressaltar também que:

“Tendo em consideração que os jovens universitários se encontram na faixa etária em que surgem as primeiras manifestações de muitas doenças psiquiátricas, esta consulta surge como um local privilegiado para detecção e intervenção precoce nas perturbações mentais, nesta população específica” (Celeste SILVEIRA, Andreia NORTON, Isabel BRANDÃO e António ROMA-TORRES)

Já está pensando nas ações que vai implementar em sua IES para ajudar a melhorar a saúde mental dos estudantes? Aproveite para conferir também o nosso artigo sobre a relação entre neurociência e educação!

Quais fatores são necessários para que a escola promova a saúde mental dos alunos?

O clima escolar é um dos fatores que influenciam a saúde mental dos jovens e, claro, dos professores. Para garantir a qualidade do processo de ensino e aprendizagem, é preciso antes de tudo que a escola favoreça um ambiente harmonioso, em que o respeito e a colaboração estejam inseridos nas práticas cotidianas.

Como a escola pode contribuir para a saúde mental de seus alunos?

Oferecer ajuda especializada. Talvez essa seja a iniciativa mais importante para os alunos que enfrentam problemas de saúde mental, como surtos de estresse, transtornos de ansiedade, automutilação, depressão, pensamentos suicidas ou mesmo problemas de socialização.

O que podemos fazer para promover a saúde mental?

Confira 7 dicas de como cuidar da saúde mental!.
Adote uma alimentação saudável. ... .
Faça uma terapia com profissional. ... .
Invista na qualidade do seu sono. ... .
Pratique exercícios físicos. ... .
Saiba escolher com quem se relaciona. ... .
Pratique o amor-próprio. ... .
Tenha um tempo para meditar..

Qual é a importância da escola na saúde mental?

Trabalhar a saúde mental na escola é uma forma de promovê-la e prevenir transtornos mentais, pois todos estamos suscetíveis a um desequilíbrio mental, inclusive crianças e adolescentes, bem como a equipe escolar.