Que aspectos distinguem a religião dos hebreus entre as dos demais povos antigos?

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Que aspectos distinguem a religião dos hebreus entre as dos demais povos antigos?

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Mais do que opostos, repres- entam a união dos contrastes, um todo de duas metades, a har- monia que forma o Universo.
O confucionismo, criado por Confúcio (Kung Futsé), seguia uma orientação mais conservadora que a de Lao Tsé. Como sábio e professor, as especulações de Confúcio voltavam-se para a aplicação prática e, nesse sentido, exerceram forte influência na formação moral dos jovens chineses.
Ao contrário das demais civilizações antigas, cujo saber pertencia à classe sacerdotal, na China os letrados eram os mandar- ins, altos funcionários de estrita confiança do imperador e responsáveis pela máquina burocrática do Estado. O rigoroso sis- tema de seleção para esse ensino superior baseava-se em exames oficiais que distribuíam os candidatos nas diversas atividades administrativas. Os cursos restringiam-se à classe diri- gente, enquanto as oficinas eram reservadas para artesãos e camponeses.
A educação elementar visava ao ensino do cálculo e à alfabet- ização, muito difícil e demorada devido ao caráter complexo da escrita chinesa. A formação moral baseava-se na transmissão dos valores dos ancestrais. Tudo era feito de maneira rigorosa e dogmática, com ênfase nas técnicas de memorização.
6. Os hebreus
Inicialmente nômade, o povo hebreu saiu da Caldeia, na Mesopotâmia, passou por Canaã (Palestina) e fixou-se no Egito no segundo milênio a.C., de onde foi reconduzido por Moisés a Canaã, a Terra Prometida, por volta de 1250 a.C. (data incerta), onde se juntou a outros grupos, até que as doze tribos hebraicas se unificassem com Saul, primeiro rei de Israel.
Como nas demais civilizações antigas, os hebreus estavam impregnados da religiosidade transmitida pela Bíblia, livro sagrado com os fundamentos do judaísmo e que chegou até os tempos atuais. No entanto, significativas diferenças distinguem os hebreus dos demais povos.
Valorizavam os antepassados, mas não como deuses ou semi-deuses, e sim como seres humanos. Além disso, enquanto as outras civilizações não destacavam propriamente a individualidade, por estarem seus membros mergulhados nas práticas coletivas, os hebreus desenvolveram uma nova ética voltada para os valores da pessoa: os mandamentos são um apelo ao ser humano interior.
A esse propósito, convém lembrar que, embora fosse costume atribuir aos hebreus a primazia pela superação da concepção politeísta, por admitirem a existência de um só deus, Javé (ou Jeová), sabemos hoje que outros povos, antes dos hebreus, já haviam venerado um só deus. 
Por exemplo, no Egito (século XIV a.C.), o faraó Amenóphis IV (depois autodenominado Akhenaton: “o que apraz a Aton”) teria adorado o deus único Aton. No entanto, a crença em um só deus exerceu reduzido im- pacto na cultura egípcia, enquanto com os hebreus ela se estendeu no tempo. Além disso, foram os hebreus os primeiros a desenvolverem um “monoteísmo ético”, isto é, a exigência de que os seguidores de Javé tivessem um comportamento moral baseado no respeito ao próximo e assumido não por imposição, mas como escolha pessoal.
A noção de autonomia espiritual foi reforçada no início do século VIII a.C., com os profetas, que, acreditava-se, eram mensageiros de Deus e destinados a educar o “povo eleito” com rigor e disciplina na interpretação da Lei.
Do ponto de vista da história, recusavam a explicação cíclica, para apresentar uma concepção evolutiva, na expectativa da vinda de um Messias, um Salvador, que, segundo eles, ainda não surgiu até os tempos atuais. De início as sinagogas também serviam de local para a instrução religiosa, pela qual se transmitiam as verdades da Bíblia, cujos cinco primeiros livros sagrados são chamados Torá, que significa “ensinamento” ou “instrução”. Apenas no século I da era cristã houve interesse no estudo da escrita e da aritmética.
Outro aspecto do judaísmo é a importância dada a todo ofício, bem como o reconhecimento do valor da educação para o trabalho, o que atestam as seguintes citações: “A mesma obrigação tens de ensinar a teu filho um ofício como a de instruí-lo na Lei” e “É bom acrescentar a teus estudos o aprend- izado de um ofício; isso te ajudará a livrar-te do pecado”.
Lembramos que foi na Judeia que nasceu Jesus, dando início a uma nova religião, o cristianismo, pois os primeiros adeptos viram em Cristo o Messias prometido. A partir daquele momento, adotaram a Bíblia hebraica, chamada então Antigo Testamento, ao qual os evangelistas acrescentaram o Novo Testamento, no início da nossa era. Por isso, os documentos bíblicos têm inestimável interesse histórico e não somente nos fazem conhecer os valores morais e jurídicos do povo hebreu, como ajudam a compreender as raízes judaico-cristãs da cultura ocidental.
Como veremos mais adiante, quando o cristianismo passou de religião perseguida a culto oficial na Roma antiga, preparou- se o terreno para a herança religiosa que iria marcar todo o per- íodo medieval do ocidente cristão, cujos valores repercutem até os dias atuais.
7. E hoje?
Como vivem hoje os povos dessas regiões onde surgiram as primeiras civilizações da nossa história? Ao longo do tempo in- fluenciaram várias culturas mais novas e sofreram conquistas as mais diversas. No século IV a.C. o macedônio Alexandre Magno, após a ocupação da Grécia, estendeu seu império pela Ásia Menor, Oriente Médio, Mesopotâmia, Pérsia, até a Índia. Na África, conquistou o Egito e lá fundou Alexandria, a cidade que ficou famosa pela sua biblioteca e avançado centro de estudos científicos. Esse período histórico, conhecido como helenismo grego, não só divulgou a cultura grega, como sofreu influência orientalizante.
Depois vieram os romanos, cujo Império alcançou a máxima extensão no século II da nossa era. No século VII, com Maomé, começou a expansão do islamismo. Embora os árabes tenham recuado na Europa no final da Idade Média — não sem antes ter fecundado a ciência e a filosofia ocidental —, a religião muçul- mana permanece até hoje em extensas regiões da África e da Ásia.
Na época do colonialismo europeu, no século XIX, o Egito esteve sob o domínio britânico, que se firmou também na Índia. A partir de meados do século XX, a filosofia e a religião hindus at- raíram os jovens norte-americanos desgostosos com os rumos da civilização tecnocrata ocidental, considerada extremamente racionalista e pragmática, e cujo capitalismo desenfreado tudo submeteu aos valores do lucro e da competição, sobrepondo o mundo dos negócios à vida afetiva. Teve início então o movimento de contracultura no Ocidente: os beatniks e, depois, os hippies voltaram sua atenção para o Oriente, e uma onda mística percorreu o mundo. Vale lembrar que o movimento estudantil de maio de 1968 na França sofreu influências as mais diversas, entre as quais a de segmentos da contracultura com inspiração oriental.
A China, que conseguiu viver à parte do resto do mundo — sofrendo evidentemente as lutas políticas internas —, tornou-se comunista em 1950. Ainda hoje, início do século XXI, mantém o controle político, mas abre-se gradualmente para a economia de mercado ocidental.
Nossa cultura ocidental e, consequentemente, nossa educação são tributárias da herança greco-romana e da tradição judaico-cristã. Como vimos, isso não significa que as civilizações ori- entais não nos digam respeito, sobretudo porque muitos de seus saberes foram assimilados pelos povos que surgiram posteriormente.
LEITURAS COMPLEMENTARES
1. A palavra, a escrita e o sujeito
A escrita não poderia reduzir-se à transcrição das línguas faladas. Marcas repetidas, representação de marcas de mãos ou pegadas, vestígios de passagem, marcas no corpo e pinturas cor porais, estigmas de filiação, escarificações, inscrições, glifos, pictogramas, ideogramas, imagens estilizadas, desenhos, grafites, signos, algarismos, letras, a escrita simboliza a ausente presença do outro; ela representa a alteridade do sujeito, mostra a morte ao sujeito.
Nem por isso fala e escrita são consubstanciais. Se a fala está na origem da identidade de um sujeito singular como inscrito em um grupo que compartilha a mesma língua,

Quais são as principais características da religião dos hebreus?

Religião. Judaísmo é o nome da religião desse povo. Os hebreus eram monoteístas e cultuavam a Javé. A sua religião estava baseada nos Dez Mandamentos, escritos por Deus nas Tábuas da Lei e entregues a Moisés, no Monte Sinai.

Que aspecto distinguia a religião dos hebreus entre as dos demais povos antigos?

Os hebreus, ao contrário dos outros povos da Mesopotâmia, dos persas, dos egípcios, dos fenícios e de vários outros povos do Oriente Médio que foram seus contemporâneos, eram monoteístas, isto é: acreditavam em um só Deus, criador de tudo e de todos.

Qual a diferença da religião dos hebreus para outros povos?

A principal diferença estava em que os hebreus acreditavam na existência de apenas um deus (sendo, portanto, monoteístas), enquanto a maior parte dos demais consideravam que havia vários deuses ( sendo politeístas). Assim, os hebreus foram os primeiros a terem uma religião claramente monoteísta.

Qual o principal diferencial entre os hebreus e os demais povos da Idade Antiga?

A religião hebraica possui dois traços característicos: o monoteísmo e a idéia messiânica. A maioria dos povos da antigüidade era politeísta (acreditavam na existência de vários deuses), enquanto os hebreus adotaram o monoteísmo, acreditavam em um único Deus, criador do universo.