1534 - Capitanias hereditárias Em 1504, os portugueses começaram a dividir as terras que estavam sob seu controle em 14 capitanias hereditárias. Nomes como Espírito Santo, Pernambuco, Maranhão e Ceará já eram usados na época.
1789 - Tratado de Madri Em 1750, com o Tratado de Madri, começa a expansão territorial para o interior. São criados Grão-Pará e São Paulo, que posteriormente é dividido e dá origem aos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
1889 - Independência e República Até a Independência, em 1822, havia o contorno de 17 estados, mais a Cisplatina (atual Uruguai). Com a República, em 1889, o mapa fica ainda mais parecido com a configuração atual.
1943 - Primeira metade do século 20 Em 1904, o Acre é comprado da Bolívia. Em 1942, o governo cria os territórios de Roraima (acima, ainda com nome de Rio Branco), Amapá e Fernando de Noronha. Em 1946, é criado o estado de Rondônia(acima, Guaporé).
1990 - Transformações recentes Em 1960, Goiás é desmembrado para abrigar a capital, Brasília. Em 1979, um novo desenho dá origem a Mato Grosso do Sul. A Constituição de 1988 define as divisões atuais, indicando a criação de Tocantins para 1989.
As primeiras subdivisões do Brasil ocorreram no século 16, com a criação das capitanias hereditárias. Desde então, decisões políticas orientaram o formato do território nacional até chegarmos aos atuais 26 estados e o Distrito Federal. Hoje, qualquer alteração nesse sentido deve passar pela aprovação popular - em 2011, os eleitores do Pará votaram contra a divisão do estado em mais dois, Tapajós e Carajás - e posteriomente pelo Congresso. Veja nos mapas diferentes divisões do Brasil em cinco momentos.
Consultoria Pedro Paulo Funari, historiador do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
AS TERRAS DO REI
Com a chegada dos portugueses no Brasil, a relação das pessoas com a terra mudou. Todo o território foi declarado como pertencendo ao rei de Portugal. Era como se os índios não tivessem direito sobre nada.
Sentindo-se dono do Brasil, o rei de Portugal pegou um mapa e dividiu suas terras em 14 partes. Cada parte ficou sendo uma Capitania Hereditária. A partir de 1534, nobres portugueses passaram a receber capitanias para
administrar e delas tirar riquezas.
O Brasil foi dividido entre os portugueses e as terras dos índios foram pouco a pouco sendo conquistadas.
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
O Brasil foi dividido em 14 Capitanias Hereditárias, totalizando 15 lotes doados a figuras importantes da corte portuguesa, chamados de donatários. As capitanias eram hereditárias porque a terra passava de pai para filho. Os donatários tinham direitos e deveres como o de conceder sesmarias, que eram
grandes extensões de terras aos colonos.
CAPITANIA DE SÃO VICENTE
As terras que pertencem a Praia Grande hoje em dia pertenciam antigamente à capitania de São Vicente que, tempos depois, virou capitania de São Paulo e, séculos mais tarde, estado de São Paulo.
O rei de Portugal entregou a capitania de São Vicente a um nobre chamado Martim Afonso de Souza, que esteve aqui, explorando a terra e fundando vilas, entre os anos de 1532 e 1533. Depois disso, nunca mais
voltou. Ficou envolvido com expedições que iam para as Índias buscar riquezas para vender na Europa. Quem administrava a capitania era sua mulher, Ana Pimentel, que enviava para cá outros administradores.
Toda a capitania era administrada por pessoas que viviam na vila de São Vicente, fundada em 1532. Nesta vila se instalaram os primeiros portugueses que vieram colonizar a região e que investiram aqui nos primeiros engenhos de produzir açúcar. Praia Grande, hoje município do estado de São
Paulo, pertenceu à cidade de São Vicente até 1967, quando ocorreu sua emancipação política. Desde então tornou-se um município independente, com administração própria, podendo eleger seu prefeito e seus vereadores. Antes disso acontecer, não havia autonomia para solucionar os problemas. Tudo dependia das decisões da Prefeitura de São Vicente, que nem sempre atendiam às necessidades da população que aqui morava.
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE PRAIA GRANDE
A emancipação política
não aconteceu de repente, nem foi vontade de uma pessoa só. As pessoas que aqui moravam não estavam contentes com os problemas que enfrentavam, como a falta de saneamento, escolas, transporte, hospitais, abastecimento de água, luz, vias de acesso. Por isso, os moradores do bairro de Solemar viram a possibilidade de se desmembrar de São Vicente e de Praia Grande ganhar autonomia. Em 1953, Júlio Secco de Carvalho, liderou o movimento juntamente com Nestor Ferreira da Rocha, Heitor Sanchez Toschi,
Israel Grimaldi Milani e Dorivaldo Loria Junior, entre outros.
Houve muita resistência por parte de São Vicente, pois significava a perda de 24 quilômetros de praias. Foi realizado em 1963 um plebiscito, que é a maneira pela qual a população faz sua escolha através do voto. Mas isso não garantiu ainda a emancipação da cidade.
Só em 19 de janeiro de 1967 a emancipação aconteceu. O engenheiro Nicolau Paal foi nomeado interventor federal no município, com instalação provisória da prefeitura
no Ocian Praia Clube. A primeira eleição municipal na Praia Grande foi realizada em 15 de novembro de 1968. Tendo como prefeito Dorivaldo Loria Junior.