Qual o nome do presidente da Câmara dos Vereadores de São José dos Campos?

       HISTÓRICO CÂMARA MUNICIPAL DE JAMBEIRO


1ª LEGISLATURA – 1878/1882

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10/08/1878 – “Com grande regosijo de seus habitantes e perante numeroso concurso de pessoas gradas, entre as quaes notavam-se: juiz de direito e promotor publico da comarca, os drs. Antonio Francisco da Costa Ramos e Vicente Ferrer Wanderley, a 10 de agosto de 1878, é empossada a primeira Camara Municipal de Jambeiro, composta dos cidadãos major Francisco Alves Moreira, Ladislao de Barros Nogueira, Vasco Pinto Rebello Pestana, capitão Jesuino Antonio Baptista, Luiz Bernardo de Almeida Gil, José Francisco de Moura e Joaquim Silverio dos Santos, servindo de secretario o cidadão João Baptista de Tolosa“

                                                 (Almanach do Estado de São Paulo – 1895 – pág. 257)

Presidente – Francisco Alves Moreira; vereadores : José Francisco de Moura, Joaquim Silverio dos Santos (posse – Livro de Termos de Juramento - fl. 1)

24/09/1879presidente : Ladislau de Barros Nogueira (fl. 1); assumem os suplentes Francisco Martins de Siqueira e Benedicto Manoel de Senne  (fls. 2)

26/03/1881 presidente : Francisco Alves Moreira; assumem os vereadores José Bento de Moura e Joaquim Silvério dos Santos  (fls. 3)

31/03/1881 – Assumem o vereador Joaquim Bernardo de Almeida Gil e o suplente João Soares Pereira  (fls. 3v.)

31/03/1881 – Assume o vereador Ladislau de Barros Nogueira  (fls. 3v./4)

08/05/1882 – Assumem os vereadores Francisco Martins de Siqueira e João Ferreira Martins  (fls. 5)

2ª LEGISLATURA – 1883/1886

07/01/1883presidente : Ladislau de Barros Nogueira; vereadores : José Figueira Danemberg, Dr. Ernesto Bartholomeu de Barros (Dr. Barros), Manuel de Paula Leite, Antonio Silverio dos Santos, Joaquim Bernardo de Almeida Gil, Francisco Martins de Siqueira e José Gomes Vieira  (fls. 6/6v.)

22/12/1883 – Assume o vereador João Soares Pereira  (fls. 7v.)

1884/1885 – presidente : Dr. Ernesto Bartolomeu de Barros (Dr. Barros).

3ª LEGISLATURA – 1887/1890

07/01/1887presidente : Joaquim Bernardo de Almeida Gil; vereadores : José Fortunato da Silva Ramos, José Francisco de Moura, Diogo de Tolosa Almeida, José Francisco de Almeida  (fls. 11)

15/01/1887 – Assume o vereador Domingos de Cerqueira Cesar  (fls. 11v.)

12/02/1887 – Assume o vereador João Bento de Moura  (fls. 12)

17/02/1887 – Assume o vereador José Gomes Vieira  (fls. 12v.)

24/02/1887 – Assume o suplente Joaquim Silverio dos Santos  (fls. 13)

28/04/1888 – Assume o vereador João do Amaral Gurgel, eleito em 07/04/1888  (fls. 14v.)

19/03/1889 – Assume o vereador Numa Pompilio de Andrade, eleito em 07/03/1889  (fls. 15)

01/03/1890 – João do Amaral Gurgel, vice-presidente, e José Francisco de Almeida, membro, do Conselho de Intendência  (fls. 15)

24/04/1891 – João do Amaral Gurgel, vice-presidente do Conselho de Intendência; membros – Antonio Silvério  dos Santos e José Francisco de Moura  (fls. 15)

29/04/1891 – Ladislau de Barros Nogueira e Antonio Francisco Almeida, membros do Conselho de Intendência  (fls. 15)

4ª LEGISLATURA – 1892/1896

29/09/1892presidente (da Intendência) : João do Amaral Gurgel; vereadores : João Valentim de Macedo, João Franco de Camargo, Antonio Silverio dos Santos, José Francisco de Moura (fls. 21v.)

29/09/1892 – Assume o vereador João do Amaral Gurgel (“triennio que terminará no dia 7 de janeiro de 1896”)  (fls. 22)

14/08/1893 – Assumem os suplentes Emygdio Gonçalves Pereira, Julio Cezar Gopfert e Cezario Teixeira dos Santos  (fls. 22v.)

05/04/1894 – Assume o suplente José Antonio de Oliveira  (fls. 23)

23/04/1894 – Assumem os vereadores padre José d’Andrade Costa Colherinhas e Cezario Teixeira dos Santos (cap.) (23v.)

23/04/1894presidente: major João do Amaral Gurgel; vice-presidente: padre José d’Andrade Costa Colherinhas  (21v/22v. – livro de Atas 1892/1895)

18/01/1895presidente: João do Amaral Gurgel; vice: padre José d’Andrade Costa Colherinhas  (fls.35v./36)

5ª LEGISLATURA – 1896/1899

07/01/1896presidente interino : Padre José d’Andrade Costa Colherinhas (de 07 a 11/01/1896); vereadores: João do Amaral Gurgel  (presidente a partir de 11/01/1896), Cezario Teixeira dos Santos, José Marcelino dos Santos (fls. 24 – livro de Termos de juramento)

11/01/1896 – Assume o vereador João Franco de Camargo (fls. 24v.)

18/01/1896 – Assume o vereador Antonio Silverio dos Santos (fls. 25)

6ª LEGISLATURA – 1899/1902

07/01/1899 (eleição em 30/10/1898) – presidente : João do Amaral Gurgel; vereadores : Padre José d’Andrade Costa Colherinhas, ten.cel. João Franco de Camargo, major José Marcelino dos Santos, cap. Cezario Teixeira dos Santos, tem. José Antonio de Oliveira e alferes Ozorio Pereira de Faria (fls. 29)

16/01/1899 – Assume o vereador dr. Luiz Augusto Botto, eleito em 30/10/1898 (fls. 29)

26/08/1899 – Assume o suplente João Evangelista Varella Damião (fls. 29v.)

15/03/1901 – Assume o vereador Antonio Marcondes de Almeida, eleito em 28/02/1901 (fls. 30)

7ª LEGISLATURA – 1902/1905

07/01/1902 (eleição em 16/12/1901) – presidente : João do Amaral Gurgel; vereadores : Padre José d’Andrade Costa Colherinhas, ten.cel. João Franco de Camargo, ten.cel. Antonio Silverio dos Santos, ten. José Antonio de Oliveira (fls. 31)

15/01/1902 – Assume o vereador Eduardo Pereira da Silva (fls. 32)

16/03/1903 – Assume o ver. cap. Cezario Teixeira dos Santos (fls. 33)

15/12/1903 – Assume o suplente Antonio Marcondes de Almeida (fls. 33)

15/05/1904 – Retira-se para o municipio de Caçapava Antonio Silverio dos Santos (livro de atas 1904/1911 – fls. 1v./2)

17/06/1904 – Posse do agrimensor Luiz Tenorio Cavalcanti de Albuquerque, eleito em 04/06/1904 (fls.2/3)

17/06/1904 – Compromisso e posse do alferes Luiz Tenorio Cavalcanti de Albuquerque (livro de Termos de Juramento – fls. 33v/34)

8ª LEGISLATURA – 1905/1908

07/01/1905 (eleição em 30/10/1904) – presidente : major João do Amaral Gurgel; vice: vigario José d’Andrade Costa Colherinhas; intendente : agrimensor Luiz Tenorio Cavalcanti de Albuquerque; vereadores : João Corrêa de Araujo, ten. Antonio Bento de Moura  (fls. 8/8v. livro de Atas – 1904/1911)

24/04/1906Solicita exoneração João Corrêa de Araujo (retira-se para Mogy das Cruzes) (fls. 23/23v)

15/05/1906 – Assume o suplente José Lucio do Prado (fls. 23v./24v. – e fls. 36v. do livro de Termos de Juramento)

25/06/1906 – Assume o vereador Diogo de Tolosa Almeida, eleito em 03/06/1906 (fls. 25., e 37 do livro de Termos de Juramento)

9ª LEGISLATURA – 1908/1910

15/01/1908 (eleição em 14/12/1907) – presidente : Ten.Cel. João Franco de Camargo; vice: Cap. José Fortunato da Silva Ramos; vereadores : João do Amaral Gurgel, Elpidio Lopes de Abreu Ortiz, agrimensor Luiz Tenorio Cavalcanti de Albuquerque, Diogo de Tolosa Almeida e Ten. Antonio Bento de Moura

15/01/1908 – prefeito: Major João do Amaral Gurgel; vice: José Rodolpho Rebello (38/38v. do livro de Termos de Juramento)

30/01/1908Resigna ao cargo de vereador o agrimensor Luiz Tenorio Cavalcanti de Albuquerque (fls. 48/50)

11/02/1908 – Assume o suplente Benedicto Albino dos Santos (fls. 39v/40 do livro de Termos de Juramento)

16/03/1908 – Assume o suplente Benedicto Albino dos Santos, eleito em 01/031908 (fls. 52/53 – livro de Atas – 1904/1911)

16/11/1908Renúncia do sr. Elpidio Lopes de Abreu Ortiz (fls 63/64v.)

24/11/1908 – Assume o suplente José Lucio do Prado (fls. 64v./65, e 40v. do livro de Termos de Juramento)

15/01/1909presidente: Ten.Cel. João Franco de Camargo; vice: Cap. José Fortunato da Silva Ramos (67/68v.)

15/01/1909 – prefeito: Major João do Amaral Gurgel; vice: José Rodolpho Rebello (67/68v.)

15/01/1909 – Assume o vereador Benedicto Pereira de Faria, eleito em 20/12/1908 (fls. 67/68v., e 41 do livro de Termos de Juramento)

18/11/1909Resigna o sr. Antonio Bento de Moura (fls. 82/82v.)

15/12/1909 – Assume o suplente José Lucio do Prado (fls. 82v./83v.)

15/01/1910presidente: Ten.Cel. João Franco de Camargo; vice: Cap. José Fortunato da Silva Ramos (fls. 84v./85v.)

15/01/1910 – prefeito: Major João do Amaral Gurgel; vice: José Rodolpho Rebello (fls. 84v./85v.)

10ª LEGISLATURA – 1911/1913

15/01/1911presidente : Ten.cel. João Franco de Camargo; vice : Paul Becker; vereadores : Benedicto Pereira de Faria, Diogo de Tolosa Almeida, Alberto José da Silva Ramos e Joaquim Bagunhá (fls. ½ - livro de atas 15/01/1911 a 15/05/1917)

15/01/1911 – prefeito: Major João do Amaral Gurgel; vice: José Rodolpho Rebello (fls. 1/2)

16/10/1911 – Assume o cargo de prefeito o vice-prefeito José Rodolpho Rebello (fls. 12v/13)

15/01/1912presidente: Ten.cel. João Franco de Camargo; vice: Paulo Becker (fls. 15v./16)

15/01/1912 – prefeito: Major João do Amaral Gurgel; vice: José Rodolpho Rebello (fls. 15v.16)

15/03/1912Renúncia do sr. Benedicto Pereira de Faria, “por ter mudado de residência” (fls. 19v./20v)

15/06/1912 – Assume o vereador Francisco Ribeiro da Costa, eleito em 14/04/1912 (fls. 23/23v.)

16/07/1912Renúncia do sr. Joaquim Bagunhá (fls. 23v./25)

20/09/1912 – Assume o vereador eleito Ernesto de Souza Moraes (fls. 26v./28)

15/01/1913presidente: Ten.Cel. João Franco de Camargo; vice: Paulo Becker (fls. 35v./36v.)

15/01/1913 – prefeito: Major João do Amaral Gurgel; vice: José Rodolpho Rebello (fls. 35v./36v.)

11ª LEGISLATURA – 1914/1917

15/01/1914presidente : Ten.cel. João Franco de Camargo; vice : Diogo de Tolosa Almeida; vereadores : Francisco Ribeiro da Costa, Eugenio Ribeiro do Prado, Eduardo Pereira do Prado e José Lucio do Prado (fls. 52/53v. - livro de atas 1911/1917)

15/01/1914 – prefeito : Major João do Amaral Gurgel; vice: Ernesto de Souza Moraes (fls. 52/53v.)

15/01/1915presidente  : Ten.cel. João Franco de Camargo; vice : Alberto José da Silva Ramos (fls. 65/66)

15/01/1915prefeito : Major João do Amaral Gurgel; vice: Francisco Ribeiro da Costa (fls. 65/66)

18/01/1916presidente : Ten.cel. João Franco de Camargo; vice: Alberto José da Silva Ramos (fls. 79v./80)

15/10/1916 – O Major João do Amaral Gurgel “resigna” aos cargos de vereador e prefeito municipal, assumindo o vice-prefeito Francisco Ribeiro da Costa (até 14/01/1917).

12ª LEGISLATURA – 1917/1920

15/01/1917presidente : Cel. João Franco de Camargo; vice : Paulo Becker; vereadores : Luiz Bernardes de Almeida Gil, Benedicto Albino dos Santos, Eugenio Ribeiro do Prado (fls. 90 - livro de atas 1911/1917)

15/01/1917prefeito : Major Pedro de Paula Lopes; vice : José Rodolpho Rebello (fls. 90 – livro de atas – 1911/1917)

15/02/1917 – Assume o vereador Major João do Amaral Gurgel (fls. 94/96)

15/06/1917 – Declaração, pelo presidente, da perda do mandato dos srs. Pedro de Paula Lopes e Luiz Bernardes de Almeida Gil (fls. 1v/2 – livro de Atas – 15/06/1917 a 12/01/1923)

17/01/1918presidente : Ten.cel. João Franco de Camargo; vice : Paulo Becker  (fls. o6/7)

17/01/1918prefeito : José Rodolpho Rebello; vice : Benedicto Albino dos Santos  (fls. 6/7)

15/04/1918Resignação do vereador Paulo Becker  (fls. 8/8v)

15/06/1918 – Posse dos vereadores Cap. João Augusto Neiva Junior, Francisco de Paula Lopes e João Batalha, eleitos em 12/05/1918  (fls. 10/11)

16/01/1919presidente : Cel. João Franco de Camargo; vice : João Augusto Neiva Junior  (fls. 15/15v/)

16/01/1919prefeito : João Batalha; vice : Francisco de Paula Lopes  (fls. 15/15v.)

18/01/1919 – Assume o exercício do cargo de prefeito o vice-prefeito Francisco de Paula Lopes  (fls. 16/17 – 24v./25)

13ª LEGISLATURA – 1920/1922

15/01/1920presidente : João Franco de Camargo; vice : Eugenio Ribeiro do Prado; vereadores : João Bellotti, Francisco de Sales da Silva Ramos, José Pinto da Cunha, Francisco Fernandes Pereira de Barros (que assumiu em 15/03/1920) (fls. 24/25)

prefeito : Francisco de Paula Lopes; vice : João Batalha  (fls. 24/25)

15/03/1920 – Assume o vereador Francisco Fernandes Pereira de Barros  (fls. 25v./26)

15/03/1920Renúncia de João Batalha  (fls. 25v./26)

15/06/1920 – Assume o suplente José Bento Sallomino de Campos  (fls. 28v./29)

15/06/1920 – Eleito vice-prefeito o sr. João Bellotti  (fls. 28v./29)

15/01/1921presidente : João Franco de Camargo; vice : Eugenio Ribeiro do Prado  (fls. 32)

15/01/1921prefeito : Francisco de Paula Lopes; vice : João Bellotti  (fls. 32)

15/04/1921Renúncia do vice-prefeito João Bellotti  (fls. 33v./34)

15/06/1921Abandono do cargo de Francisco Fernandes Pereira de Barros  (fls. 34v./35)

16/09/1921 – Posse de Eugenio Corrêa Durão e Pedro Augusto da Rocha  (35v./36)

16/09/1921 – Eleito vice-prefeito o vereador Francisco de Sales da Silva Ramos  (fls. 35v./36)

16/09/1921Renúncia do vereador José Pinto da Cunha  (fls. 35v./36)

15/10/1921Renúncia do prefeito Francisco de Paula Lopes e posse, como prefeito, do vereador major João do Amaral Gurgel  (fls. 37/37v.)

15/04/1922 – Posse do vereador Benedicto Albino dos Santos  (fls. 41v./42)

14ª LEGISLATURA – 1923/1926

15/01/1923presidente : Cel. João Franco de Camargo; vice : João Baptista Marcondes  (fls. 1/1v. – livro de atas – 15/01/1923 a 26/02/1926); vereadores : Eugenio Ribeiro do Prado, Pedro Augusto da Rocha, Emygdio Gonçalves Pereira e Eugenio Corrêa Durão (empossado em 16/02/1923)  (fls. 1/1v.)

15/01/1923prefeito: Major João do Amaral Gurgel; vice: Benedicto Albino dos Santos  (fls. 1/1v/)

16/02/1923 – Posse do vereador Eugenio Corrêa Durão

15/05/1923Visita Jambeiro o presidente do Estado de São Paulo, Dr. Washington Luís Pereira de Souza  (fls. 5v.)

15/01/1924presidente: Cel. João Franco de Camargo; vice: pharmaceutico João Baptista Marcondes (fls. 14/15)

15/01/1924prefeito: Major João do Amaral Gurgel; vice: Benedicto Albino dos Santos  (fls. 14/15)

15/05/1924Renúncia de Benedicto Albino dos Santos  (fls. 17/18v.)

15/05/1924 – Eleição e posse do sr. José Pinto da Cunha como vice-prefeito  (fls. 17/18v.)

Falecimento do Cel. João Franco de Camargo, presidente da Câmara  (fls. 17/18v.)

15/01/1925Perda do mandato do vereador Eugenio Ribeiro do Prado  (fls. 27/28)

15/01/1925 – Assumem os vereadores João Bento de Moura e Antonio Alves dos Santos (preenchendo as vagas do cel. João Franco de Camargo e Eugenio Ribeiro do Prado)  (fls. 27/28)

15/01/1925presidente : Major João Bento de Moura; vice : José Pinto da Cunha  (fls. 27/28)

15/01/1925prefeito : Major João do Amaral Gurgel; vice : Emygdio Gonçalves Pereira  (fls. 27/28)

25/02/1925 – Assume o suplente José Bento Sallomino de Campos  (fls. 29/30)

15/06/1925Renúncia do vereador Emygdio Gonçalves Pereira  (fls. 35/36)

15ª LEGISLATURA – 1926/1929

15/01/1926presidente : Cel. Julio Augusto de Mello; vice : José Francisco Martins; vereadores : Major João Bento de Moura, José Pinto da Cunha e Pedro Augusto da Rocha.  Suplentes : 1º - Antonio Alves dos Santos; 2º - José Augusto Pereira Barros; 3º - João Bellotti; 4º - José Benedicto de Moraes  (fls. 44v./45v. – livro de atas 1923/1926)

15/01/1926prefeito : Major João do Amaral Gurgel; vice : Benedicto Ivo  (fls. 44v./45v. – livro de atas 1923/1926)

18/01/1926 – Assume o vereador Leopoldo Franco de Almeida  (fls. 46/46v.)

15/01/1927presidente : Cel. Julio Augusto de Mello; vice : José Francisco Martins  (fls. 11/12)

15/01/1927prefeito : Major João do Amaral Gurgel; vice : José Pinto da Cunha  (fls. 11/12 – livro de atas – 1927/)

15/02/1927Renúncia do vice-prefeito José Pinto da Cunha; eleição de Benedicto Ivo  (fls. 12v./13v.)

31/03/1927 – Perda do mandato dos vereadores Pedro Augusto da Rocha e Antonio Alves dos Santos (fls. 14v./15)

09/05/1927 – Posse dos vereadores João Bellotti e Benedicto Albino dos Santos Filho  (fls. 15v./16v.)

16/01/1928presidente: Cel. Julio Augusto de Mello; vice : Leopoldo Franco de Almeida  (fls. 25/26)

16/01/1928prefeito: Major João do Amaral Gurgel; vice : Benedicto Ivo  (fls. 25/26)

16/01/1928 – Perda do mandato do vereador Benedicto Albino dos Santos Filho  (fls. 25/26)

16ª LEGISLATURA – 1929/1930

15/01/1929presidente : José Pinto da Cunha; vice : Leopoldo Franco de Almeida  (fls. 25/26)

15/01/1929prefeito : Major João do Amaral Gurgel; vice : Benedicto Ivo  (fls. 25/26)

25/09/1929Renúncia do vereador e vice-presidente Leopoldo Franco de Almeida  (fls. 41v./43)

16/11/1929 – Posse do vereador Jayme Góes, eleito em 20/10/1929 e eleito na mesma sessão para vice-presidente  (fls. 44/45v.)

15/01/1930presidente : José Pinto da Cunha; vice : Jayme Góes  (fls. 47/48)

15/01/1930 – prefeito : Major João do Amaral Gurgel; vice : Benedicto Ivo  (fls. 47/48)

16/08/1930Renúncia do vereador João Bellotti   (fls. 56/57)

04/09/1930 – Decretada a perda do mandato do vereador Julio Augusto de Mello (Resolução nº 1)

15/10/1930 – Posse do vereador Pedro de Oliveira Braz, eleito em 14/09/1930 para a vaga aberta com a renúncia de João Bellotti  (fls. 58/60)

29/10/1930 – Sessão presidida pelo sr. Amazilio de Souza Lima, “prefeito interino”“, para “a entrega de toda direção desta cidade e municipio aos membros da Junta Governativa ora nomeada e composta das seguintes pessoas : Eugenio Corrêa Durão, Pedro Augusto da Rocha e Julio Ribeiro do Prado. Para Delegado de Policia, Eugenio Ribeiro do Prado e para Prefeito Municipal  João Bellotti dos Santos”  (fls. 60/60v.)

1933 – Nomeado prefeito o sr. João Geraldo Baptista da Silva

1934 – Nomeado prefeito o sr. Benedicto Ivo

17ª LEGISLATURA – 1936/1937

31/07/1936presidente : Antonio de Castro Leite; vice : Alvarino Franco de Almeida; vereadores : Benedicto Paes de Brito (secretário), Fernando Pantaleão, Milton Bernardes de Almeida, Eugenio Corrêa Durão e Paulino Bernardes Gil  (fls. )

17/08/1936Renúncia do vereador Paulino Bernardes Gil

17/08/1936 – Posse do vereador José Anisio da Cunha

16/11/1936 – Perda do mandato do vereador Milton Bernardes de Almeida

16/11/1936 – Posse do vereador José Martins da Costa

Prefeito Municipal : Benedito Ivo (nomeado em 1934, exerceu o cargo até 21/06/1939)

18ª LEGISLATURA – 1946/1951

01/01/1948presidente : Pedro Maldos Rocha; vice: José da Cunha Ivo; 1º secretário : Jorge Pereira; 2º secretário : Rodolpho Alberto Wysling; vereadores : José Leite Vilhena, Vicente Pinto de Souza, Francisco Pereira Barros, Ricieri Hilario, Odilon Vieira de Almeida, Benedito Soares de Faria, Sebastião Vitorino Coelho, João Basilio do Prado e Mozart Prado Leite  (fls.   – livro de atas – 01/01/1948 a 14/02/1952)

15/09/1948 – Licença de 4 meses ao vereador Pedro Maldos Rocha; assume a presidência o vice José da Cunha Ivo  (fls. 12v./13)

15/10/1948Renúncia do vereador Vicente Pinto de Souza  (fls. 13v./14)

15/10/1948 – Licença de 90 dias ao vereador José Leite Vilhena  (fls. 13v./14)

01/01/1949presidente: Jorge Pereira; vice: José da Cunha Ivo; 1º secretário: Pedro Maldos Rocha; 2º secretário: José Leite Vilhena  (fls. 17v./18)

22/02/1949 – Assumem os vereadores Waldemar Alencar e Januario Plaster Tranin  (fls. 19v./20)

15/03/1949 – Assumem os vereadores Geraldo Carneiro Guimarães e Joaquim Senes Almeida  (fls. 21)

02/01/1950presidente: Jorge Pereira; vice: José da Cunha Ivo; 1º secretário: Joaquim Senes Almeida; 2º secretário: João Basilio do Prado  (fls. 26v./27)

15/01/1951Reeleita a Mesa anterior  (cf. 02/01/1950)  (35v./36)

Prefeito municipal (de 01/01/1948 a 31/12/1951) : Antonio de Castro Leite;

Jorge Pereira, presidente da Câmara, assume o cargo de prefeito municipal de 23/09 a 07/10/1949.

19ª LEGISLATURA – 1952/1955

01/01/1952presidente : Antonio de Castro Leite; vice: Waldemar Alencar; secretário : Francisco Lopes; vereadores : José da Cunha Ivo, Mozart Prado Leite, Victor Vieira Vilela e José Benedito de Almeida  (fls. 42/43 – livro de Atas 1948/1952)

03/01/1952 – Assume o vereador Joaquim Pereira de Carvalho  (fls. 43/44)

31/01/1952 – Assume o vereador Antonio Pereira de Andrade  (fls. 45/46v.)

28/02/1952 – Assume o suplente Francisco Pereira Barros (PSP) para a vaga aberta com a licença de 60 dias concedida ao vereador Francisco Lopes  (fls. 1/4 - livro de atas 1952/1960)

13/03/1952 – Assume o 2º suplente (PSP) José Neto de Miranda  (fls. 6)

13/03/1952 – José Neto de Miranda solicita 12 meses de licença  (fls. 6)

20/03/1952 – Assume o 3º suplente (PSP) José Araujo Almeida  (fls. 6v./8)

17/04/1952 – O vereador Victor Vieira Vilela (PTB) requer 12 meses de licença  (fls. 9v./11)

02/05/1952 – Assume o suplente (PTB) Antonio Mendes Ribeiro  (fls. 11/12)

14/09/1952 – Sessão solene para recepcionar o governador do Estado, eng. Lucas Nogueira Garcez  (fls. 18/18v.)

08/01/1953presidente : Antonio de Castro Leite; vice : Waldemar Alencar; secretário: Francisco Lopes  (fls. 24v./25)

19/02/1953Renúncia do vereador Antonio Andrade Pereira  (fls. 26v./27v.)

19/02/1953 – Reassume o vereador Victor Vieira Vilela  (26v./27v.)

30/12/1953presidente : Antonio de Castro Leite; vice : Waldemar Alencar; secretário: Victor Vieira Vilela (fls. 39/40)

04/02/1954 – Concedida licença de 6 meses ao vereador José da Cunha Ivo  (fls. 40/41v.)

29/04/1954 – Assume o suplente (PSP) Francisco Pereira Barros (fls. 41v./42v.)

05/08/1954Perda do mandato do vereador Joaquim Pereira de Carvalho, por falta às sessões por mais de 6 meses  (fls. 47/48)

03/09/1954 – Assume o suplente José Nelson Sant’Anna  (fls. 48/48v.)

16/09/1954 – O presidente Antonio de Castro Leite declara “perdido o mandato do vereador Antonio Mendes Ribeiro“ (fls. 49/50)

14/10/1954 – Assume o suplente Juvenal Pereira Leite  (fls. 50)

13/01/1955presidente : Waldemar Alencar; vice : José Benedito de Almeida; secretário : Juvenal Pereira Leite  (fls. 55v./56v.)

03/03/1955 – Licença de 6 meses concedida ao vereador Francisco Lopes  (fls. 59)

10/11/1955 – Licenças de 120 dias e de 90 dias, respectivamente, concedidas ao vereador Francisco Lopes e Francisco Pereira Barros  (fls. 66/67v.)

10/11/1955 – Assume o suplente José Araujo Almeida  (fls. 67v./68v.)

Prefeito municipal (de 01/01/1952 a 31/12/1955) : Prof. Eduardo Vieira de Almeida;

Vice-prefeito : Djalma Washington Rodrigues Nunes (que assume as funções de prefeito de 17/03 a 17/05/1952  e de 03/08 a   /1953).

20ª LEGISLATURA – 1956/1959

01/01/1956presidente : Eduardo Vieira de Almeida; vice : Jorge Pereira; secretário: Dib Queiroz; vereadores : Ruy Carlos Candelaria de Castro, José Benedito de Almeida, José Roque Vieira Vilela, Djalma Washington Rodrigues Nunes, Waldemar Alencar e Mario Rodrigues de Carvalho (fls. 70v./72 – livro de atas 1952/1960)

19/01/1956 – Licença de 6 meses concedida ao vereador Mario Rodrigues de Carvalho (PTB)  (fls. 3v./76)

08/03/1956 – Assume o suplente João Bellotti dos Santos (PTB), que se licencia imediatamente  (fls. 81v./84)

26/04/1956 – Assume o suplente, prof. Julio Cesar Hoffenbaccher (PTB)  (fls. 86/88v.)

26/04/1956 – Licença de 6 meses concedida ao vereador José Roque Vilela (PSD)  (fls. 86/88v.)

10/05/1956 – Assume o suplente Luiz Nogueira de Barros (PSD)  (fls. 88v./90v.)

14/06/1956 – Licença de 6 meses concedida ao vereador Djalma Washington Rodrigues Nunes  (90v./92)

13/12/1956 – Licença de 60 dias concedida ao vereador Ruy Carlos Candelaria de Castro  (fls. 111v./115v.)

27/12/1956 – Assume o suplente Francisco Pereira Barros  (fls. 115v./118)

31/01/1957Reeleita toda a Mesa (cf. 01/01/1956)  (fls. 119v./121)

09/05/1957 – Licença concedida ao vereador Ruy Carlos Candelaria de Castro  (122v./124v.)

13/11/1957 – Licença de 6 meses concedida ao vereador Mario Rodrigues de Carvalho  (fls. 131/132v.)

09/01/1958Reeleita a Mesa (cf. 01/01/1956)  (fls. 136/137)

27/02/1958 – O vereador Dib Queiroz renuncia ao cargo de secretário. É eleito secretário o vereador Waldemar Alencar  (fls. 137v./142)

25/09/1958 – Licença de 6 meses concedida ao vereador Mario Rodrigues de Carvalho  (fls. 156/159)

29/01/1959presidente: Djalma Washington Rodrigues Nunes; vice: Jorge Pereira; secretário: Eduardo Vieira de Almeida  (fls. 166/167)

Prefeito municipal  (de 01/01/1956 a 31/12/1959) : Antonio de Castro Leite;

Vice-prefeito : Ricieri Hilario (que assume as funções de prefeito de 12/07 a 12/08/1956; de 12/06 a 01/07/1957; e de 01 a 30/10/1958)

21ª LEGISLATURA – 1960/1963

01/01/1960presidente : Dr. João Leite Vilhena; vice : Waldemar Alencar; vereadores : Descio Mendes Pereira, Aloisio Faria Barbosa, Rui Jorge Cesar, Januario Plaster Tranin, Antonio de Castro Leite, Joaquim Sennes Almeida e Joaquim Raphael de Almeida Cioffi  (fls. 184/185v. livro de atas 1952/1960)

10/03/1960Licença de 60 dias concedida ao vereador Descio Mendes Pereira (fls. 7v./9 livro de atas 14/01/1960 a 29/12/1969)

10/03/1960 – Assume o suplente João Bellotti dos Santos  (fls. 7v./9)

11/08/1960Licença de 6 meses concedida ao vereador Rui Jorge Cesar  (fls. 19v./20)

26/01/1961presidente: Dr. João Leite Vilhena; vice: Waldemar Alencar  (fls. 31/32)

26/01/1961 – O vereador João Bellotti dos Santos, acometido de mal súbito, falece no recinto da Câmara  (fls. 31/32)

09/03/1961 – O vereador Rui Jorge Cesar é eleito secretário da Mesa  (fls. 32v./33v.)

12/10/1961Renúncia, em caráter irrevogável, do suplente Mario Rodrigues de Carvalho  (fls. 41v./42v.)

12/10/1961 – Licença de 6 meses concedida ao vereador Januario Plaster Tranin  (fls. 41v./42v.)

12/10/1961 – Assume o 3º suplente José da Cunha Ivo  (fls. 41v./42v.)

09/11/1961Licença de 6 meses concedida ao vereador José da Cunha Ivo  (fls. 42v./44)

09/11/1961 – Assume o 4º suplente José Albano dos Santos  (fls. 42v./44)

25/01/1962Reeleita a Mesa  (cf. 26/01/1961)  (fls. 48/49)

10/05/1962Licença de 8 meses concedida ao vereador Januario Plaster Tranin  (fls. 52v./54)

10/05/1962 – Assume o suplente José Albano dos Santos  (fls. 52v./54)

30/08/1962Licença de 12 meses concedida ao vereador Joaquim Raphael de Almeida Cioffi  (fls. 57/58v.)

30/08/1962 – Assume o suplente Ruy Carlos Candelaria de Castro  (fls. 57/58v.)

22/11/1962Renúncia do vereador Descio Mendes Pereira, “em virtude de ter sido nomeado juiz de direito e já tomado posse do cargo de Juiz de Direito”  (fls. 61/62v.)

29/11/1962 – Assume o suplente José da Cunha Ivo  (fls. 62v./64)

24/01/1963presidente: Dr. João Leite Vilhena; vice: Rui Jorge César; secretário : José Albano dos Santos  (fls. 65/66)

09/05/1963Licença de 6 meses concedida ao vereador Januario Plaster Tranin; assume o suplente José Albano dos Santos  (fls. 75/76 – 77/78)

22/08/1963 – Assume as funções de prefeito o vereador José da Cunha Ivo (até 06/10/1963)  (fls. 79/80)

26/09/1963Licença de 6 meses concedida ao suplente em exercício Ruy Carlos Candelaria de Castro  (fls. 80/81v.)

31/10/1963 – É cassada a licença concedida ao suplente em exercício Ruy Carlos Candelaria de Castro em 26/09/1963  (fls. 81v./84v.)

Prefeito municipal (de 01/01/1960 a 31/12/1963) : Jorge Pereira;

Vice-prefeito : Mozart Prado Leite; o presidente da Câmara, José da Cunha Ivo, assumiu as funções de prefeito de 22/08 a 09/10/1963, nos impedimentos do vice-prefeito, Mozart Prado Leite, e do presidente da Câmara, Dr. João Leite Vilhena  (fls. 79/80 – livro de atas da Câmara).

22ª LEGISLATURA – 1964/1969

01/01/1964 – presidente: Jorge Pereira; vice: Victor Vieira Vilela; secretário: Geraldo Salles da Costa; vereadores: David Gagliotti, Antonio Santiago da Silva Filho, Prof. Eduardo Vieira de Almeida, Pedro Pereira de Faria, Synesio Araujo Reis e Waldemar Alencar  (fls. 87v./89 – livro de atas 1960/1969)

09/01/1964Renúncia do vereador Geraldo Salles da Costa ao cargo de secretário da Mesa  (fls. 89/90v.); eleito secretário o vereador Waldemar Alencar  (fls. 89/90v.)

12/03/1964 – O vereador Waldemar Alencar renuncia ao cargo de secretário da Mesa  (fls. 93/94)

12/03/1964 – O vereador Antonio Santiago da Silva Filho é eleito secretário da Mesa  (fls. 94/94v.)

26/11/1964Licença de 1 ano concedida ao vereador Pedro Pereira de Faria  (fls. 110/111)

17/12/1964 – Assume o 3º suplente Murilo Mendes do Prado (são convocados o 1º e o 2º suplentes que comunicaram a impossibilidade de assumir)  (fls. 111v./113)

17/12/1964Presidente: Jorge Pereira; vice: Victor Vieira Vilela; secretário: Antonio Santiago da Silva Filho  (fls. 114/115)

11/11/1965Licença de 6 meses concedida ao vereador Pedro Pereira de Faria e licença de 12 meses concedida ao vereador Prof. Eduardo Vieira de Almeida  (fls. 122v./123v.)

09/12/1965Reeleita a Mesa anterior  (cf. 17/12/1964)  (fls. 125v./126v.)

31/07/1966 – Em sessão especial recebem o título de Cidadão Jambeirense o Côn. Antonio Borges, pároco de Jambeiro, e o sr. Antonio Mendes Ribeiro  (fls. 131/132v.)

15/02/1966Reeleita a Mesa anterior  (cf. 09/12/1965 e 17/12/1964)  (fls. 147v./148)

28/12/1967 – A Câmara concede “férias” (sic) ao prefeito municipal, referentes ao exercício de 1967 (fls. 146/147)

28/12/1967Reeleita a Mesa anterior  (cf. 15/02/1966, 09/12/1965 e 17/12/1964)  (fls. 147v./148)

30/05/1968 – Os vereadores Jorge Pereira e Antonio Santiago da Silva Filho renunciam “em carater particular” aos cargos de presidente e secretário, respectivamente  (fls. 154/155)

30/05/1968 – Os vereadores Victor Vieira Vilela e Synesio Araujo Reis assumem, respectivamente, a presidência e a secretaria da Mesa  (fls. 154/155)

30/05/1968presidente: Victor Vieira Vilela; vice: Synesio Araujo Reis  (em questão de ordem levantada pelo vereador Waldemar Alencar, é explicado que o vereador Jorge Pereira deixava o cargo por não poder assumir o cargo de prefeito, no afastamento do titular, em gozo de “ferias” (sic) e porque “já fora prefeito na legislatura (sic) anterior e estava impedido por lei de assumir o cargo”)  (fls. 155/155v.)

29/08/1968 – Em sessão solene é entregue o título de Cidadão Jambeirense ao vereador Waldemar Alencar  (fls. 159/160)

10/10/1968 – É apresentado “oficio do prefeito municipal comunicando que por força de lei deixará a Chefia do Executivo Municipal pelo espaço de 30 dias, a contar de 15 de outubro a 15 de novembro” (fls. 160v./161v.)

10/10/1968 – Requerimento do sr. presidente renunciando “em carater particular” ao cargo de presidente da Câmara  (fls. 161v./162)

10/10/1968 – Eleito presidente da Câmara o vereador Geraldo Salles da Costa, por 4 votos  (Waldemar Alencar tem 1 voto)  (fls. 161v./162)

Prefeito municipal  (de 01/01/1964 a 31/01/1969) : Antonio de Castro Leite;

Vice-prefeito : Joaquim Senes Almeida (que assumiu as funções de prefeito de 05/08 a 05/09/1967; e de 01/06 a 01/08/1968); o presidente da Câmara, Geraldo Salles da Costa, assumiu as funções de prefeito de 15/10 a 15/11/1968.

23ª LEGISLATURA – 1969/1973

01/02/1969presidente : Antonio Santiago da Silva Filho (eleito vereador com 41 votos); vice : José Albano dos Santos (74 votos); secretário: Nelson Mendes 52 votos); vereadores : Antonio de Castro Leite (65 votos), Geraldo Boaventura do Nascimento (62 votos), José Gurgel  Almeida (66 votos) e Synesio Araujo Reis  (68 votos)  (fls. 169v./171 – livro de atas 1960/1969)

13/02/1969Licença de 12 meses, a partir de 13/02/1969, concedida ao vereador Antonio de Castro Leite  (fls. 171v./174)

13/02/1969 – Assume o suplente Victor Vieira Vilela  (41 votos)  (fls. 171v./174)

13/12/1969presidente: José Albano dos Santos; vice: Nelson Mendes; secretário: Antonio Santiago da Silva Filho  (fls. 197/199)

14/03/1970Renúncia do vereador Antonio de Castro Leite  (fls. 1v./2 – livro de atas 14/02/1970 a 30/03/1976)

01/02/1971 –  presidente: Antonio Santiago da Silva Filho; vice: José Albano dos Santos; secretário: Nelson Mendes  (fls. 24/25)

18/02/1971Renúncia do vereador José Gurgel Almeida, “por falta de vocação política”  (fls. 26v./27v)

13/03/1971Renúncia do suplente Pedro Pereira de Faria  (36 votos)  (fls. 28v.)

27/03/1971 – Assume o suplente David Gagliotti, que imediatamente requer licença  (fls. 29/31v.)

27/03/1971Licença de 1 ano concedida ao vereador Synesio Araujo Reis  (fls. 29/31v.)

10/04/1971 Renúncia do suplente João Basilio do Prado (17 votos)  “ao cargo de vereador para o qual foi convocado” (fls. 32/32v.)

24/04/1971 – Assume o suplente Geraldo Carneiro Guimarães (31 votos) na vaga aberta com a licença concedida ao  vereador Synesio Araujo Reis  (fls. 32v./34)

26/06/1971 – Assume o suplente Acasias Soares Mendes (10 votos) “para substituir por 8 meses a licença do vereador David Gagliotti”

Prefeito municipal (de 01/02/1969 a 31/01/1973) : José Teixeira Duarte;

Vice-prefeito : Waldemar Alencar

24ª LEGISLATURA – 1973/1977

01/02/1973 (eleição em 15/11/1972) – Mesas Diretoras : 1º biênio –  presidente : Nelson Mendes (50 votos) ;

vice : Victor Vieira Vilela (84); secretário : Sebastião Rodrigues de Mira (58); vereadores : Acasias Soares Mendes (24), David Gagliotti (175), Urbano Costa Guimarães (24) e Geraldo Boaventura do Nascimento (91)                                                                       (fls. 68/68v. – livro de atas 14/02/1970 a 30/03/1976)

13/02/1975 – 2º biênio – presidente : Geraldo Boaventura do Nascimento; vice : Acasias Soares Mendes;

secretário : Nelson Mendes  (fls. 89v./90)

11/12/1975Licença por 1 ano concedida ao vereador David Gagliotti  (não havendo suplente para ser convocado, a Câmara passou a funcionar com 6 vereadores)  (fls. 96/97)

Obs.:  Nesta Legislatura foi instituída a remuneração dos Vereadores, possibilitada pela Emenda Constitucional nº 4, de 23/04/1975, que deu nova redação ao § 2º do art. 15, da Constituição Federal de 1967.

Prefeito Municipal  (de 01/02/1973 a 31/01/1977) : Antonio Santiago da Silva Filho

Vice-prefeito : José Gurgel Almeida

25ª LEGISLATURA – 01/02/1977 a 31/01/1983

01/02/1977 (eleições em 15/11/1976) – 1º biênio (1977/1978) presidente : Benedicto Ernesto Alves de Moraes (183 votos); vice : Nelson Mendes (98); secretário : Nelson Rodrigues Manno (58); vereadores : Victor Vieira Vilela (99), Antonio de Castro Leite (94), Maria Aparecida Vieira (64) e David Gagliotti (50)  (fls. 9/10v. – livro de atas 31/03/1976 a 01/02/1979)

Nota: foram, ainda, votados na eleição de 15/11/1976 : Geraldo Magela Almeida Nascimento (50), José Gurgel Almeida (44), Waldemar Alencar (43) e Luiz Oliveira Abreu (9)

30/03/1977Sessão solene em homenagem ao major João do Amaral Gurgel, com a atribuição de seu nome à Sala de Sessões  (fls. 17/17v.)

08/05/1977Sessão solene comemorativa da passagem do 1º Centenário da Lei Provincial nº 36, de 08/05/1877, pela qual foi atribuído o nome de Jambeiro à Vila do Capivary  (fls. 19/20)

24/06/1977 – Licença de 1 ano, de 01/06/1977 a 31/05/1978, concedida ao vereador Nelson Rodrigues Manno  (fls. 22 /24v.)

10/07/1977 – Assume o 1º suplente Geraldo Magela Almeida Nascimento  (fls. 22/24v.)

29/07/1977 – Eleito secretário o suplente em exercício Geraldo Magela Almeida Nascimento  (fls. 25v./28v.)

17/09/1977Sessão solene em homenagem ao ex-vereador Antonio Mendes Ribeiro com o descerramento de sua fotografia no recinto da Câmara (atendendo ao disposto na Resolução nº 1/75, de 27/11/1975 – projeto de autoria do vereador David Gagliotti)

07/04/1978 – Aprovado o projeto de Decreto Legislativo nº 01/78, de autoria do vereador Benedicto Ernesto Alves de Moraes, sobre concessão da Cidadania Jambeirense Honorária ao gen. Fernando Guimarães de Cerqueira Lima  (fls. 53v./54)

                Prorrogada a licença concedida em 24/06/1977 ao vereador Nelson Rodrigues Manno  (fls. 57v./60)

26/05/1978 – Aprovados projetos de Decreto Legislativo nºs 02 e 03/78, de autoria do vereador Benedicto Ernesto, sobre concessão de Cidadania Jambeirense Honorária ao eng. Paulo Egydio Martins, governador do Estado, e ao eng. Thomaz Pompeu Borges Magalhães, secretário dos Transportes  (fls. 57v./60)

30/06/1978Licença, de 01/06 a 31/12/1978, ao vereador Antonio de Castro Leite  (fls. 60v./62)

16/07/1978 – Assume o 2º suplente José Gurgel Almeida (convocação pelo Of. Nº 44/78, de 01/107/1978)  (livro de Termos de Compromisso e Posse – fl. 1v.)

12/08/1978Sessão solene comemorativa do 1º Centenário da instalação da Câmara Municipal  (68/69v.)

11/09/1978Sessão solene para entrega do pergaminho representativo do Título de Cidadão Jambeirense Honorário ao gen. Fernando Guimarães de Cerqueira Lima  (fls. 72/73v.)

01/02/19792º biênio (1979/1980) : presidente: Victor Vieira Vilela; vice: Benedicto Ernesto Alves de Moraes; secretário: Nelson Mendes  (fls. 98/99v.)

31/08/1979 – O presidente Victor Vieira Vilela “declara extinto o mandato do vereador

Nelson Rodrigues Manno, por 5 faltas consecutivas a sessões ordinárias”  (fls. 10v. – livro

de atas – 23/02/1979 a 28/08/1981)

02/02/19813º biênio (1981/1982) : presidente – Benedicto Ernesto Alves de Moraes; vice-presidente – David Gagliotti; secretário – Geraldo Magela Almeida Nascimento.

22/08/1981 Sessão solene em homenagem ao Prof. Júlio de Paula Moraes, no transcurso do 50º aniversário do falecimento do ilustre jambeirense – fundador do jornal “O JAMBEIRENSE”, professor, fundador da Corporação Musical “Lyra Jambeirense”, compositor e pirotécnico.

16/11/1982 Antonio de Castro Leite falece no exercício de seu 5º mandato de vereador. Foi vereador nas Legislaturas de 1936/1937, 1952/1955, 1960/1963, 1969/1973 e 1977/1982; presidente da Edilidade nos períodos de 1936/1937 e 1952/1955; e prefeito municipal – 1942/1945; 1945/1947; 1948/1951; 1956/1959; e 1964/1969. 

26/11/1982 – Declarado extinto o mandato do vereador Antonio de Castro Leite, em razão de seu falecimento ocorrido em 16/11/1982 (artº 8º § 1º - Decreto-lei nº 201, de 27/02/1967, e artº 50, do Regimento Interno da Câmara); convocado pelo Ofício nº 98/82, de 17/11/1982, o suplente José Gurgel Almeida deixou de assumir o cargo  (fls. 35/37)

Prefeito municipal (de 01/02/1977 a 31/01/1983) : Benedito Martine (Didi);

Vice-Prefeito : Waldemar Alves dos Santos (Valdinho), que assumiu as funções de Prefeito Municipal, em razão de afastamento do titular, por enfermidade, no período de 24/05 a 12/06/1980.

26ª LEGISLATURA – 1983/1988

01/02/1983 (eleições em 15/11/1982)

1º biênio : presidente: Antonio Santiago da Silva Filho (103 votos); vice: Marisa Gil Rebello de Moraes (69); secretário: Luiz Eduardo Cunha Almeida (1); vereadores: Benedicto Ernesto Alves de Moraes (89), Victor Vieira Vilela (89), Jorge de Paula Ribeiro (Paulinho Coelho) (84), Albano José de Paula Santos (74), Geraldo Magela Almeida Nascimento (72) e José Carlos Mendes da Silva (65).

Nota: Também foram votados nas eleições de 15/11/1982 : PDS – João Paulo Almeida (68), José Fortunato Santana (66), Nelson Mendes (58),Gabriel Vilela Neto (54), José Cícero Castro Almeida (53), Bernardino Costa Guimarães(42), David Gagliotti (31), Pedro Alves dos Santos (25), Terezinha Aparecida Sant’Anna Mendes Ribeiro (19), João Batista de Moura Cassiano (15), José Geraldo Vasconcelos Coelho (15), Geraldo Sales da Costa (8), Sinvalter Antonio Costa (3); PMDB – Luiz Carlos de Campos (38), Joaquim Carlos Alves Pereira (36), José Vicente Portes da Silva (17), José Fernando Monteiro de Camargo (14) e Rogério Santos Oliveira (2).

25/03/1983 – Mediante Termo Coletivo, todos os vereadores renunciam expressamente expressamente a 42% de sua remuneração durante toda a Legislatura – (Termo de Renúncia apontado sob nº 2684, livro A-1, e registrado sob nº 2250, livro B-8, do Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de Caçapava, em 17/08/1983, e registrado no Livro de Resoluções da Câmara Municipal fls. 48v./49).

1º/02/1985 –

2º biêniopresidente : Dr. Luiz Eduardo Cunha Almeida; vice : Victor Vieira Vilela; secretário –

Obs.: Na sessão de 12/07/1986, desta Legislatura, foi instituída a verba de representação do Presidente da Câmara.

Prefeito municipal  (de 1º/02/1983 a 31/12/1988): Clodomiro Correia de Toledo

Vice-Prefeito : Geraldo Boaventura do Nascimento.

27ª LEGISLATURA – 1989/1992

01/01/1989 (eleições em 15/11/1988) – Presidente : Geraldo Rodrigues de Mira (PFL) (80 votos) (renunciou ao mandato em 09/08/1989) – VereadoresPMDB : José Geraldo Vasconcelos Coelho (147 votos), Avelino Pedroso dos Santos (102), Marisa Gil Rebelo de Moraes (88), Joaquim Carlos Alves Pereira (83) e Valdivino de Jesus Iansen (Paraná) (67); PFL : João Paulo Almeida (102), José Fortunato Santana (90), Jorge de Paula Ribeiro (Paulinho Coelho) (76), Ademar Mendes Ribeiro (63) e João dos Santos (54).

NOTA : Também foram votados nas eleições de 15/11/1988 :

PFL Antonio Santiago da Silva Filho (51) (assumiu em 11/09/1989 na vaga, por renúncia, de Geraldo Rodrigues de Mira), Victor Vieira Vilela (48), Luiz Carlos Candelaria de Castro (48), José Antonio Almeida Machado (42), Benedito Fernandes dos Santos (38), Dirceu Antonio Serafim de Moraes (35), Joubert Rodrigues Pereira (28), Dirceu Antonio Pasin (25), Valdemar Corrêa (16), Sergio Castilho de Lima (16), Walter Antonio Vilela (10), Gabriel Vilela Neto (6) e Rosa Corrêa de Andrade (1);

PMDB – Sonia Maria Alencar (58), Maria de Fátima Camargo Hilario (53), Sergio Alves Feitosa (44), Bernardino Costa Guimarães (40), José Carlos Mendes da Silva (38), Paulo Roberto Machado (29), Benedito Dimas dos Santos (23), Gilberto Silva Ramos (10), Benedito Vicente Corrêa (Vicente Ferrinho) (9), José Vicente Portes da Silva (8) e Célia Regina Guimarães (7).

09/08/1989Geraldo Rodrigues de Mira renuncia ao mandato de vereador.

11/08/1989 – O suplente Antonio Santiago da Silva Filho assume o mandato de vereador na vaga aberta com a renúncia de Geraldo Rodrigues de Mira e é eleito Presidente da Câmara (até 31/01/1991).

01/02/1991 – O vereador Jorge de Paula Ribeiro (Paulinho Coelho) é eleito presidente da Câmara (até 31/12/1992).

08/05/1991 (4ª feira, à noite) – Logo após a sessão ordinária, um tumulto no recinto da Câmara envolve diretamente o ex-prefeito Clodomiro Correia de Toledo e Altemar Machado Mendes Ribeiro, dele participando mais pessoas, até com agressões físicas. Após intervenção policial, foi registrado boletim de ocorrência (B.O.) na Delegacia de Polícia.

Prefeito Municipal (de 01/01/1989 a 31/12/1992) : Prof. Benedito Martine (Didi);

Vice-Prefeito : Waldemar Alves dos Santos (Valdinho).

28ª LEGISLATURA – 1993/1996

01/01/1993 (eleições realizadas em 03/10/1992)

1º biênio (1993/1994) Presidente Joaquim Carlos Alves Pereira (PMDB - 84 votos) (mandato até 31/12/1994) – Câmara acéfala entre 1º/01/1995 e 08/02/1995

vereadores :

PMDB – José Geraldo Vasconcelos Coelho (130 votos), Valdivino de Jesus Iansen (Paraná)  (100), Avelino Pedroso dos Santos (82) e José Carlos Intrieri (72); PFL – Ademar Mendes Ribeiro (85), José Fortunato Santana (71) e Luiz Eduardo Cunha Almeida (56); PDS – José de Assis Machado (82);

PRN – Sergio Alves Feitosa (65); e

PSDB – Monica Aparecida Meireles Vilela (55).

NOTA: Foram também votados nas eleições de 03/10/1992 :

Coligação PMDB/PDS – Pedro de Moura Cassiano (67), Renato Toledo Mira (61), Paulo Egidio Costa Guimarães (58), José Teixeira dos Santos (47), José Olimpio de Castro (44), Sebastião Vitorino Coelho Neto (Nenê) (30), Sebastião de Souza Dias (Gabiru) (26), Franco Ottavio Vironda Gambin (25), Sebastião Mariano dos Santos (Tião do Braz) (21), Marcia Alves Nascimento (19), Adalberto Alves (10), Sebastião Alves Pereira Filho (Nenê) (9), José Vicente Portes da Silva (8), Laodicéia Mendes Reis Coloiano (8), Gilberto Zandonadi Hilario (Juca) (7), Antonio Arnan Santana (7), Maria Aparecida Hilario Soares (7), Maria Alice Almeida Pereira (6), Maria Inês de Oliveira (6), Ibá Jambeiro Alencar Almeida (4), Idalécio Mendes Pereira (2), Enilda Pereira Vironda Gambin (1), Rosangela Maria Almeida Machado (0); coligação PFL/PSDB/PRN – João Paulo Almeida (54), João dos Santos (53), Victor Vieira Vilela (50), Geraldo Rodrigues de Mira (44), Maria de Fátima Camargo Hilario (Fatinha) (42), Nicia de Oliveira Baranov (41), Augusto Bernardino dos Santos (40), Mario Sergio Fernandes dos Santos  (35), Antonio Flavio Gil de Castro (33), Irineu Serafim (33), Benedito Fernandes dos Santos (Dito Rosa) (31), Jorge de Paula Ribeiro (Paulinho Coelho) (30), José Benedito dos Santos (24), José Aparecido Cursino (19), Geraldo de Souza (Geraldinho) (14), Cesar Guilherme de Oliveira (14), Paulo Roberto Machado (Betinho) (13), Ana Amélia Mendes dos Santos (13), Lupercio Castilho de Lima (13), Mario Candido da Silva (12), Odila Maria Almeida e Silva (11), Afonso Braz (Fofão) (9), Antonio Lessa dos Santos (9), Valdemar Corrêa (9), Rosangela Santana Ribeiro Santos (8), Rosely Antunes de Andrade Mendes Ribeiro (8), Jairo de Jesus Guedes (8), Edna Alice Martins Almeida (6), Benedito Vicente Corrêa (Vicente Ferrinho) (5), Mariangela Sant’Ana Ribeiro Silva Ramos (3), Vera Lucia Braun de Oliveira (2), Adelaide Rosely Almeida Mira (1), Benedita das Dores Meireles (0).

2º biênio (08/02/1995 – 31/12/1996) – Presidente : Ademar Mendes Ribeiro

Prefeito Municipal (de 01/01/1993 a 31/12/1996) : Waldemar Alves dos Santos (Valdinho); Vice-Prefeito – Antonio Mendes Filho (Cacá).

29ª LEGISLATURA – 1997/2000

01/01/1997 (eleições realizadas em 03/10/1996) – vereadores : PFL – Altemar Machado Mendes Ribeiro (176 votos), Regina Maria dos Santos Santana (Regina Fortunato) (107), Nicia de Oliveira Baranov (88), José Dorgival da Silva (Torneirinho) (66) e Antonio Carlos dos Santos (Gaguinho) (61); PSDB - Sergio Alves Feitosa (120); PMDB - Pedro de Moura Cassiano (Pedro Benjamin) (93), Avelino Pedroso dos Santos (73), Antonio Carlos Mendes da Silva (71); PPB - José de Assis Machado (Zebra) (121); PTB - José de Souza Silvestre (Zezinho do Bonde) (64).

Mesa diretora1º biênio (1997/1998) Presidente : José de Assis Machado (Zebra) (PPB); vice-presidente : Avelino Pedroso dos Santos (PMDB); secretário : José Dorgival da Silva (Torneirinho) (PFL).

2º biênio1999/2000 – Presidente : Avelino Pedroso dos Santos (PTB); vice-presidente : José Dorgival da Silva (Torneirinho) (PTB); secretário geral : José de Souza Silvestre (PTB); secretário adjunto : Altemar Machado Mendes Ribeiro (PTB)

NOTAS :

) Na eleição da Mesa Diretora para o 1º biênio (1997/1998), contrariando decisão coletiva firmada pelos seis vereadores da oposição (cinco do PFL e um do PSDB), os vereadores José Dorgival da Silva (Torneirinho) e Antonio Carlos dos Santos (Gaguinho), ambos do PFL, votaram na chapa encabeçada por José de Assis Machado, com Avelino Pedroso dos Santos como vice-presidente, sendo dada a secretaria a José Dorgival da Silva (Torneirinho); dessa maneira o prefeito conseguiu maioria na Edilidade.

Posteriormente, em 1999, os mesmos vereadores José Dorgival da Silva (Torneirinho) e Antonio Carlos dos Santos (Gaguinho) e mais Pedro de Moura Cassiano (Pedro Benjamim), Avelino Pedroso dos Santos - estes três, eleitos pelo PMDB, e, ainda, Altemar Machado Mendes Ribeiro, eleito pelo PFL, deixaram as legendas pelas quais haviam sido eleitos e filiaram-se ao PTB, partido do prefeito José Geraldo Vasconcelos Coelho.

Em setembro/99 o vereador José de Assis Machado (Zebra) deixou o PPB e filiou-se ao PSDB, ficando a Câmara com a seguinte composição partidária : PTB - 6 vereadores (Altemar Machado Mendes Ribeiro, Antonio Carlos dos Santos (Gaguinho), Avelino Pedroso dos Santos, José Dorgival da Silva, Pedro de Moura Cassiano (Pedro Benjamim), José de Souza Silvestre (Zezinho do Bonde) ; PFL - 2 (Nícia Baranov e Regina Maria dos Santos Santana); PSDB – 2 (Sérgio Alves Feitosa e José de Assis Machado-Zebra); e PMDB – 1 (Antonio Carlos Mendes da Silva).

) Também tiveram votos para vereador na eleição de 03/10/1996 (em ordem decrescente de votação) : Joaquim Carlos Alves Pereira (85), João dos Santos (63), Alexandre José Almeida Mira (58), Marisa Gil Rebelo de Moraes (53), Franco Ottavio Vironda Gambin (45), George Antonio Seraphim, José Carlos Intrieri e Manoel Mendes Filho (Manezinho) (44), Valdivino de Jesus Iansen (Paraná) (43), Olavo Vieira Vilela Júnior (Nego) (41), José Benedito dos Santos (Dito Isidoro), José Olímpio de Castro (Mirabel) e José Teixeira Santos (38), Celso Luiz Hilario (Pasté) (37), Joaquim do Prado (32), Marcos César Cunha (30), Ronildo Aparecido Teixeira (23), Geraldo de Souza (Geraklinho) (22), Renato Toledo Mira (20), Moacir da Silva Barros (19), Valter Lemes de Moraes (16), Paulo Egídio Costa Guimarães (15), Paulo Cândido Aparecido da Silva e Antonio Ferreira de Paula (14), Jairo de Jesus Guedes, Sidclei de Aguiar, Romulo Gagliotti (Rominho) e Adail Hidalgo de Miranda (13), Gilberto Aparecido dos Santos (12), Valdemar Corrêa, César Guilherme de Oliveira e Marcos Aurélio da Silva (11), Marina Leal de Faria (10), Hélio Batista da Silva e Reinaldo Luiz Xavier (9), João Luiz de Oliveira Abreu (Juca Branco), Wanderléia Cristina da Silva Moraes e Gláucia Lolita dos Santos (8), Cleusa Alves Santos Hilario e José Lázaro Arnaut de Carvalho (Lazão) (7), Bartolomeu Alves de Oliveira, José Lázaro da Silva, João Batista José da Silva, Renata Aparecida da Silveira Alvarenga e Márcia Alves do Nascimento (6), Oscar Nunes do Prado (5), Maria das Graças Souza (Trik) e Rosa Corrêa de Andrade (4), Maria das Graças de Toledo (Gracinha) (3), José Édson Canejo da Silva e Mário Sérgio Gomes (2), e Maria Inês de Oliveira (1).

) No 1º biênio da Legislatura foi contratado para prestar serviços de assessoria jurídico-legislativa à Câmara, de 1º/03/1998 a 28/02/1999, com a remuneração mensal de 10 (dez) salários mínimos, o adv. Eduardo Paiva de Souza Lima, com escritório em Caçapava, na Rua 7 de Setembro, nº 105; no 2º biênio, foi contratado para os mesmos serviços, no período de 1º/03/1999 a 28/02/2000, mediante a remuneração mensal de R$ 650,00, o adv. Edgard Oliveira Santos, com escritório na Praça Afonso Pena, 105 – 2º and. – cj. 21, em São José dos Campos.

Prefeito municipal (de 1º/01/1997 a 31/12/2000) : José Geraldo Vasconcelos Coelho (PTB) – Vice-Prefeito municipal : Clodomiro Correia de Toledo (PMDB)                 

30ª LEGISLATURA – 2001/2004

1º/01/2001 (eleição em 1º/10/2000) – Tomam posse os vereadores Sebastião Vitorino Coelho Neto (PTB-189 votos); Sérgio Alves Feitosa (PSDB-177), José de Souza Silvestre (Zezinho do Bonde) (PTB-159), Nélson Mendes Júnior (PSDB-152), José Dorgival da Silva (Torneirinho) (PTB-148), Valdir Martins de Faria (PTB-127), José de Assis Machado (Zebra) (PSDB-122), Nícia de Oliveira Baranov (PFL-110), Benedito Flávio Cunha Almeida (Flavinho) (PL-108), Pedro de Moura Cassiano (Pedro Benjamim) (PTB-80) e Franco Ottavio Vironda Gambin (PL-59).

Também tiveram votos na eleição de 1º/10/2000 (em ordem decrescente de votação) :

José Fortunato Santana (PFL-94), Nuno Álvares Rodrigues (PFL-84), Alexandre Mira (PTB-80), Avelino Pedroso (PTB-71), Antonio Carlos dos Santos (Gaguinho) (PTB-68), José Carlos Intrieri (PTB-64), Dirceu Quinzote (PL-58), Joaquim do Prado (PL-54), Elaine Cristina Reis Coloiano (PTB-47), Luciano Mira (PFL-46), José Lúcio (PSDB-42), José Bezerra Ferreira (PL-41), João dos Santos (PFL-39), Sebastião Aguiar (PL-39), Antonio Carlos Mendes da Silva (PMDB-37), José Olímpio de Castro (Mirabel) (PL-33), José Teixeira dos Santos (PL-32), Bernardino Guimarães (PL-29), Waldemar Corrêa (PFL-29), Ivan Moreira dos Santos (PTB-28), Evandro Pereira dos Santos (Vando) (PL-23), César Guilherme (PSDB-19), Conceição Aparecida Alves de Castro (PSDB-18), Vera Lúcia Amorim ((PTB-18), dr. Aett (PSDB-18), Paulo Henrique Alvarenga (PSDB-16), Neusa Portes (PL-14), Roberto Carlos Santana (Balinha) (PTB-13), José Tadeu Giorgio Coelho (PSDB-12), José Alves (PL-9), Márcia Siqueira Santos (PTB-9), e José Lázaro Arnaut de Carvalho (Lazão) (PSDB-7).

Recurso contra expedição de diploma 

Em 22/12/2000, logo após a diplomação dos eleitos, o suplente do PFL – José Fortunato Santana – ingressou com recurso (processo nº 18.269) perante o Tribunal Regional Eleitoral contra a expedição de diploma do vereador Benedito Flávio Cunha de Almeida (Flavinho), do Partido Liberal-PL, com base no artº 14, § 7º, da Constituição da República, que declara inelegível quem é parente afim, até o 2º grau, do prefeito (situação de Benedito Flávio, que é irmão de Terezinha Aparecida Cunha Almeida Coelho, esposa do prefeito José Geraldo Vasconcelos Coelho); o recorrente ainda pleiteou a transferência dos votos atribuídos a Benedito Flávio para o PFL. 

Advogado do candidato – Edgard de Oliveira Santos; advogado do Partido Liberal (PL) – Benedito Vieira da Silva. Ambos, em determinado ponto das contra-razões apresentadas, afirmam de idêntica maneira (fls. 54 e 69, respectivamente : “É público e notório, portanto dispensa outras provas, que o Município de Jambeiro é na verdade uma pequena comunidade com pouco mais de três mil eleitores, onde todos se conhecem. Desta forma, os fatos sempre foram do conhecimento do recorrente que, entretanto, deixou transcorrer ‘in albis‘ todos os prazos assinalados na Lei complementar acima mencionada, deixando-se completar o processo eleitoral”. Em 06/03/2001, a Promotora de Justiça Sílvia M.G. Pestana em seu Parecer, assim se expressa quanto ao argumento dos advogados do recorrido : “Com referido parágrafo, o Partido Liberal confessa, também, pois público e notório (principalmente no meio político) que o recorrido Benedito Flávio Cunha de Almeida era cunhado do atual Prefeito José Geraldo Vasconcelos Coelho. Mesmo ciente da inelegibilidade do candidato, não pode o Partido Liberal ignorar texto de lei, quanto mais a Constituição Federal, preferiu correr o risco.“  E conclui que o “recurso deve ser conhecido e dado provimento, declarando o recorrido inelegível e tornando nula sua diplomação. Como conseqüência, o Partido deve perder sua votação, porque assumiu o risco de lançar o recorrido candidato, deixando de substituí-lo por pessoa apta a concorrer às eleições.“

Em 25/10/2001 o Tribunal Regional Eleitoral, em votação unânime (Acórdão nº 140270) deu provimento parcial ao “RECURSO CONTRA A EXPEDIÇÃO DO DIPLOMA, para cassar aquele conferido a BENEDITO FLAVIO CUNHA DE ALMEIDA, ... computando-se os votos pelo mesmo auferidos ao partido pelo qual concorreu no pleito, qual seja, o PARTIDO LIBERAL ...“

Em 17/12/2002, em decisão unânime, o TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL-TSE negou provimento ao Agravo interposto por Benedito Flávio (relator : Fernando Neves; votaram com o relator : Ellen Gracie, Luiz Carlos Madeira, Moreira Alves, Sálvio de Figueiredo e Barros Monteiro). Acórdão nº 3632 publicado em 21/03/2003, decisão transitada em julgado em 26/03/2003. Acórdão republicado em 02/05/2003.

07/05/2003 – Interposto recurso extraordinário pelo advogado Dr. Claudinei José Fiori Teixeira.

30/06/2003 – o Ministro Presidente indefere o recurso extraordinário, sendo publicado o despacho em 1º/08/2003 (autos retirados pelo adv. Claudinei José em 1º/08/2003 e devolvidos em 06/08/2003.

12/08/2003 – Interposto Agravo de Instrumento em recurso extraordinário junto ao Supremo Tribunal Federal.

04/09/2003 – Entrada no STF – Agravo de Instrumento nº AI/474419.

09/10/2003 – Conclusos ao Relator, Ministro Joaquim Barbosa, com Parecer de 109/10/2003, do Procurador Geral da República, pelo não seguimento do Agravo.

06/11/2003 – O Ministro Relator, Joaquim Barbosa, nega seguimento ao Agravo de Instrumento (publicação no Diário Oficial de 28/11/2003).

05/12/2003 – Petição avulsa de Agravo Regimental – protocolada em 04/12/2003.

02/02/2004 – Autos conclusos ao Relator.

16/08/2005 – Julgamento da Segunda Turma - Negado provimentoDecisão :

A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Carlos Velloso e Gilmar Mendes. 2ª Turma, 16.08.2005.

18/08/2005 – Juntada. Certidão de Julgamento.

26/08/2005 – DECISÃO PUBLICADA, DJ – ATA Nº 21, sw 16/08/2005

09/09/2005 – PUBLICADO ACÓRDÃO, DJ – DATA DA PU BLICAÇÃO DJ 09/09/2005 – ATA Nº 27/2005

21/09/2005 TRANSITADO EM JULGADO. EM 16/09/2005

26/09/2005 – BAIXA DEFINITIVA DOS AUTOS, GUIA NRO. – 1920 - TSE

Mesas Diretoras :

1º biênio (2001/2002)

a) de 1º/01 a 16/01/2002Presidente : José Dorgival da Silva (Torneirinho); vice-presidente : Sebastião Vitorino Coelho Neto (Nenê Coelho); secretário-geral : Franco Ottavio Vironda Gambin; secretário-adjunto : Benedito Flávio Cunha Almeida (Flavinho).

b) Com a renúncia, em 16/01/2002, dos membros da Mesa eleita em 1º/01/2000 (exceto do secretário geral), fez-se a eleição para a nova Mesa, que ficou assim constituída : presidente : Sebastião Vitorino Coelho Neto; vice-presidente : Valdir Martins de Faria; secretário-geral : Franco Ottavio Vironda Gambin; secretário-adjunto : José Dorgival da Silva.

2º biênio(16/01/2003 a 31/12/2004) : presidente – Sérgio Alves Feitosa (PSDB); vice-presidente – José de Assis Machado (PSDB); secretário-geral – Sebastião Vitorino Coelho Neto (PTB); secretário-adjunto – Pedro Moura Cassiano (PTB).

Prefeito Municipal (reeleito) – período de 1º/01/2001 a 31/12/2004 : José Geraldo Vasconcelos Coelho (PTB);

Vice-Prefeito : Altemar Machado Mendes Ribeiro (PTB).

30ª LEGISLATURA – 1º/01/2005 A 31/12/2008

1°01/2005 – Tomam posse os Vereadores eleitos em 03/10/2004 :

Maria Alice de Carvalho Coelho (PSB-264 votos), Ronildo Aparecido Teixeira (PL-209), Sérgio Alves Feitosa (PSDB-181), José Dorgival da Silva (Torneirinho) (PTB-151), Antonio Carlos Mendes da Silva (PSB-129), José Carlos Mendes da Silva (PTB-124), Geraldo Rodrigues de Mira (PPS-115), Joel Pereira dos Santos Silva (PL-112) e Valdir Martins de Faria (PFL-107).

Votação dos demais candidatos :

Nelson Mendes Júnior (Nelsinho Dentista) (PSDB-102); Davi Carlos Canejo da Silva (PFL-91); Benedito Flavio Cunha Almeida (Flavinho) (PL-80); Pernambuco (79); Nicia Oliveira Baranov (78); Felipe Gil Rebelo de Moraes (PT-78); José de Assis Machado (Zebra) (PSDB-76); José Olímpio de Castro (Mirabel) (PL-63); José Carlos Intrieri (PTB-59); Toninho do Pesqueiro (57); Pedro de Moura Cassiano (Pedrão) (PTB-45); José de Souza Silvestre (Zezinho do Bonde)  (PTB-41); Fernando da Silva Barros (PTB-34); João dos Santos (PFL-34); Nestor Donizete de Santana (PFL-29); Joaquim do Prado (PL-26); Alcides Divino (PFL-26); Enéias Lopes Ferreira (PFL-26); Bernardino Costa Guimarães (PL-25); Franco Ottavio Vironda Gambin (PL-25); Sebastião Nogueira de Oliveira (Tião Lúcio) (PFL-25); Maria José Pasin (24); Wesley Alecsander Fidêncio Ribeiro (PSDB-21); Marcelo Cândido Aparecido de Paula (Marcelo Filho do Marião) (18); Profª Kátia Cristina Alencar Ribeiro do Prado (PFL-17); Cecília Almeida de Paula (PFL-16); César Guilherme de Oliveira (PSDB-15); Japão (15); José Carlos Mota (PTB-15); Marco Luiz Antunes Simões (PV-13); Argemiro de Paula Morgado Filho (Mirão) (PFL-12); Carlão (9); Manoel de Fatima Santos (Manoel Barbeiro) (PSDB-8); Valdenísio Pereira de Lima (PFL-8); .Paulo Fernando Moreira (Paulinho) (PT-7); e Rogério Ribeiro de Paula (PT-6).

Mesas Diretoras 

1º biênio (2005/2006) – presidente : Antonio Carlos Mendes da Silva; vice-presidente : Sérgio Alves Feitosa; secretário-geral – Ronildo Aparecido Teixeira; secretário-adjunto : José Pereira dos Santos.

2º biênio (2007/2008) – presidente : Geraldo Rodrigues de Mira; vice-presidente : vice-presidente – Joel Pereira dos Santos Silva; secretário-geral – Valdir Martins de Faria; secretário-adjunto – José Dorgival da Silva (Torneirinho).

NOSSAS RUAS E PRAÇAS

Rua Capitão Jesuíno

Rua Prof. Lucas Nogueira Garcez (ex-Rua 15 de Julho)

Rua Prefeito Jorge Pereira

Rua Dona Maria Vieira

Rua Joaquim Alves Pereira

Praça Cônego Hygino Corrêa (ex-Praça da Matriz e ex-Praça Paulo VI)

Rua Dr. Carlos Rebello Júnior

Rua José Pinto da Cunha (ex-Rua Barão do Rio Branco e ex-Travessa 15 de Julho)

Rua Cel. João Franco de Camargo (ex-Rua Major Gurgel e ex-Rua Siqueira Campos)

Alameda Dr. Barros (ex-Alameda Antonio de Castro Leite)

Praça Almeida Gil

Praça Benedito Ivo (ex-Praça da Bandeira)

Rua Cel. Antonio Bernardes de Almeida (ex-Rua do Mercado, ex-Rua Presidente Washington e ex-Rua Dr. João Pessoa)

Rua Prof. Júlio de Paula Moraes (ex-Travessa da Avenida)

Rua Major Gurgel (ex-Rua Dr. Barros e ex-Avenida do Café)

Rua Argentino Soares Ribeiro (ex-Rua Jambeiro)

Rua Hilário Fermino

Rua Dª Albertina Mira

Rua José Rodrigues de Mira

Rua Giuseppe Hilário

Rua Antonio de Castro Leite (ex-Avenida Rui Barbosa e ex-Rua Dr. Barros)

Rua Cel. Batista (ex-Rua do Comércio)

Rua Dr. Washington Luís (ex-Rua Cel. Batista)

Rua Santa Cruz (ex-Largo de Santa Cruz)

JARDIM CENTENÁRIO

Rua Ferdinando Hilário

Rua Antonio Mendes Ribeiro

Rua 30 de Março

Rua Padre Victor Ribeiro Mazzei

Rua Padre José d’Andrade Costa Colherinhas

Rua Padre Celestino Gomes Figueiredo

Rua Braz dos Santos

Rua Dª Olívia Vieira de Almeida

Rua Padre João Pereira Ramos

ALTO DA COLINA

Rua Olavo Rodrigues de Carvalho

JARDIM NOSSA SENHORA DAS DORES

35.   Rua Avelino Gagliotti

Rua Henoch Elias de Barros

Rua Waldemar Gomes Alencar (Rua “A”)

Rua Pe. José Maria da Silva Ramos (Rua “B”)

Rua Vereador João Bellotti (Rua “C”)

Rua Pe. José Benedito Gomes Vieira (Rua “D”)

Rua Prof. Dr. Carlos de Oliveira Ortiz  (Rua “E”)

JARDIM DAS OLIVEIRAS

Rua Prefeito José Teixeira Duarte

Rua Expedicionário Walther Costa Cunha CANAÃ I

CANAà I

Alameda das Andorinhas (Alameda 1)

Alameda dos Tangarás (Alameda 2)

Alameda dos Juritis (Alameda 3)

Alameda das Araras (Alameda 4)

Alameda dos Sabiás (Alameda 5)

Alameda dos Colibris (Alameda 6)

Alameda dos Pintassilgos (Alameda 7)

Alameda das Seriemas (Alameda 8)

Alameda dos Canários (Alameda 9)

Alameda das Garças (Alameda 10)

CANAÃ II

Alameda das Orquídeas (Alameda 1)

Alameda das Petúnias (Alameda 2)

Alameda das Rosas (Alameda 3)

Alameda das Gardênias (Alameda 4)

Alameda das Azaléias (Alameda 5)

DISTRITO INDUSTRIAL E COMERCIAL

Rua Dª Margarida Dellai Wysling

Rua Vereador Rodolpho Alberto Wysling

Introdução – A série que hoje inauguramos pretende :

registrar a história das vias públicas de nossa cidade e das áreas de expansão urbana do Município (chácaras Canaã, no bairro do Capivari); e

oferecer dados sobre as pessoas homenageadas nos logradouros (no caso da Rua 30 de Março, do Jardim Centenário).

Para tanto, faremos um passeio, começando pela Rua Cap. Jesuíno (uma das mais antigas da cidade); chegando à Praça Almeida Gil;  tomaremos a Praça Benedito Ivo, continuaremos pelas Ruas Cel. Antonio Bernardes de Almeida e Prof. Júlio de Paula Moraes, seguiremos pela Major Gurgel e ruas próximas – Hilário Fermino, Dª Albertina Mira, José Rodrigues de Mira e Giuseppe Hilário; passaremos depois pelas Ruas Antonio de Castro Leite, Cel. Batista e Dr. Washington Luís, chegando à Rua Santa Cruz; voltando, visitaremos as ruas do Jardim Centenário – são 9 – e a Rua Olavo Rodrigues de Carvalho, no Alto da Colina; as ruas do Jardim das Oliveiras e do Jardim Nossa Senhora das Dores, terminando nosso giro pela cidade; visitaremos, por fim, as ruas da área de expansão urbana do Município, nos loteamentos Canaã I e II e no Distrito Industrial e Comercial, no bairro do Capivari.

Lembramos, por oportuno, que desde 29/05/1978 o Município de Jambeiro tem legislação específica sobre as condições exigidas para a denominação de logradouros públicos e próprios municipais : é a Lei nº 566-A (projeto do vereador Benedicto Ernesto), promulgada pelo prefeito Benedito Martine e a seguir transcrita :

“Artigo 1º - As vias e logradouros públicos localizados no Município de Jambeiro, bem como os próprios municipais, só poderão receber nomes de pessoas falecidas, ou denominações que evoquem fatos históricos nacionais, estaduais ou municipais.

Artigo 2º - Quando a pessoa lembrada tiver sido natural de Jambeiro, faz-se mister que tenha preenchido, pelo menos, uma das seguintes condições:

I – haver proporcionado brilho e honra à terra natal, por seus feitos e obras de notório conhecimento;

II – ter realizado feitos de solidariedade humana, a ponto da apreciação popular conferir-lhe o título de benemérito;

III – ter-se tornado, por justo título, credor da estima popular, ou

IV – ter constituído sua existência exemplo de peregrinas virtudes.

Artgio 3º - Caso a pessoa homenageada na denominação não seja jambeirense, torna-se imprescindível que:

I – tenha prestado ao Município benefícios de tal importância que se haja perpetuado na memória popular;

II – tenha demonstrado, mediante atos de permanentes seqüência e relevo, especial estima à terra jambeirense;

III – tenha tido importante influência na História Jambeirense; ou

IV – seja considerada personalidade célebre, nacional  ou universalmente.

Artigo 4º - As denominações atuais das vias e logradouros públicos locais só poderão ser alterados na ocorrência de fato relevantíssimo, devidamente justificado.

Artigo 5º - A primeira denominação de vias e logradouros públicos a serem abertos no Município será feita de tal modo que conste, do respectivo Decreto, sucinta biografia da pessoa homenageada ou breve relato do fato lembrado.

Artigo 6º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura Municipal de Jambeiro, 29 de maio de 1978

                                               Benedito Martine

                                             Prefeito Municipal

Registrada e publicada na Secretaria da Prefeitura Municipal de Jambeiro, em 29 de maio de 1978.

                                              Maria José Almeida Mira

                                               Secretária” 

1 – RUA CAPITÃO JESUÍNO

A Lei nº 71 (artº 3º, alínea “j”), de 21/06/1956, promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, confirmou a denominação dessa rua, assim chamada desde o século passado, a qual“... se inicia à rua Cel. João Franco de Camargo e vai até a divisa do perímetro urbano”. A denominação dessa rua homenageia o Capitão Jesuíno Antonio Baptista, a quem muito deve este municipio, como seu fundador” (assim se expressou “O Jambeirense” em 10/01/1910); ao cap. Jesuíno também se deve o fato de Nossa Senhora das Dores ser a Padroeira desta terra (talvez pela circunstância de sua mãe ter-se chamado “Maria das Dores”); foi ele, com efeito, quem fez a doação de um patrimônio à “Virgem Nossa Senhora das Dores” e construiu a primitiva Capela a Ela dedicada, tendo, também, adquirido a Imagem que até hoje se venera no altar-mor de nossa Igreja Matriz.

Dados biográficos – Jesuino Antonio Baptista, filho de Antonio Joaquim Marianno e Maria das Dores, nasceu em 05/02/1820 em São Luiz do Parahytinga-SP e faleceu em 17/12/1894 em Santa Cruz da Conceição-SP (*).

Foi em 1848 que o Cap. Jesuíno, com apenas 28 anos, veio para o antigo bairro do Capivary, de Caçapava.

Foi casado em primeiras núpcias com d. Maria Bento Rangel, viúva de João Batista Moreira (ou João Moreira de Castilho), mãe de Rufina Maria da Conceição, nascida em 1830 e falecida em 17/12/1875 (a qual foi casada com Inocêncio Lobato  de Moura), e de Rosa. Desse 1º casamento do Cap. Jesuíno houve o filho Antonio Jesuíno Baptista (Nhozinho).

Tendo enviuvado, o Capitão contraiu novas núpcias, na matriz de Taubaté, em 03/06/1873, com d. Anna Rosa Moreira Baptista, filha de Manoel Placido Moreira e Maria Lobato Marcondes Machado – a cerimônia foi presidida pelo Pe. José Alves Coelho Guimarães, Vigário de São José do Paraíso (hoje, São José dos Campos) – com licença do Vigário de Taubaté, Pe. José Pereira da Silva Barros) – sendo testemunhas Mariano Antonio de Alcantara e Victoriano Moreira de Toledo.

Desse consórcio houve os seguintes filhos : Teódulo (1874) (escrivão de paz, oficial do Registro Civil e Tabelião de Itatinga (antiga São João do Itatinga); Genésio (1876) e Jesuíno Baptista, lavradores; Filomena (1877) Eloy Baptista (1879), negociante e representante do “O Estado de São Paulo” na zona da Mogiana; Cyrillo Baptista (1880), fiscal do consumo; Hermenegildo Baptista, farmacêutico em Agudos (antiga São Paulo dos Agudos); d. Benedicta Baptista, casada com o prof. João Epaminondas Ferreira, residente em São Carlos (antiga São Carlos do Pinhal); Benedicto e Irineu Baptista, empregados da Companhia Paulista.

Foi em 12/06/1868 que o Cap. Jesuíno e sua primeira esposa, d. Maria Bento Rangel, por escritura lavrada em sua própria fazenda – à qual fora chamado, de Caçapava, o tabelião Francisco Alves Moreira da Costa –  fizeram doação à “Virgem Nossa Senhora das Dores, para seu patrimonio no valor de duzentos mil réis”, “de um terreno contiguo a uma Capella que os mesmos doadores estão construindo para a Virgem Nossa Senhora das Dores, no bairro do Capivary”, “cujo terreno consta de sento e vinte e seis braças de testada, e com os fundos que se achão medidas demarcadas, principia suas divisas na estrada que desta villa segue para Caraguatatuba, arrumo de certão e quadra no fim divisa com terras de Joaquim Gomes de Almeida, por outro lado com terras de Luiz Bernardo de Almeida Gil, pelo lado da frente da Igreja divide com os doadores pela estrada geral”.

“Aos 17 dias do mez de 7brº de 1871 foi solemnemente benzida a Capella erecta p.r Provizão de 3 de Mçº de 1871 neste bairro do Capivary, municipio da villa de Caçapava , sob a invocação de N. S. das Dores, conjuntam.te com as Imagens da m.ma Padroeira, e mais de Stª Barbara, e N.S. da Aprezentação, Cruxifixo, banqueta, paramentos, sinos, pia baptismal, e todas as mais alfaias  que constão do Invent.rº ; sendo este acto praticado pelo Muito Digno Snr. Vigario Fran.cº Marcondes do Amaral Rodovalho” “Logo em seguida o m.mº R.mº Vigario da Parochia celebrou Missa Cantada, officiando como diácono o Snr. Pe. Francº José Serodio, e como semidiacono o Snr. Pe. José Sezario Lorena” “Ao Evangelho pregou o Snr. Padre Miguel Martins da Silva”. “Para esta Missa Cantada veio a corporação muzical da cidade de Paraibuna, derigida pelo Snr. José Calazans Corte Ubatubano – sendo as dispezas todas feitas pelo zelador e fundador Cap.m Jesuino Antonio Baptista”.

1.3 – 15/01/1908 – “O Folgazão” – “orgam quinzenal, critico, humoristico e literario” –  publica na seção “Primeiras Coisas de Jambeiro”:

Loja – A primeira que se abrio neste município, isto é, quando pertencente ao de Caçapava, foi a do Capitão Jesuino Antonio Baptista, em 1865. Neste estabelecimento, o Capitão vendia tambem generos seccos e molhados. ... 1ª Doação Pia – O Capitão Jesuino Antonio Baptista e sua mulher dona Maria Bento Rangel, de saudosa memoria, fizeram a doação do terreno onde se acha edificada a parte mais elevada da cidade, a Nossa Senhora das Dores, como se verifica pela escriptura lavrada nas notas do ex-tabelião de Caçapava, Francisco Alves Moreira da Costa, aos 12 de Junho de 1868”.

1.4 – 10/01/1910 – “O Jambeirense” publica em sua 1ª página:

Homenagem Posthuma – Completa hoje tres lustros o passamento do Capitão Jesuino Antonio Baptista, cujo retrato encima estas linhas. A 17 deste mêz, no anno de 1894, as tres horas e meia da tarde, em Santa Cruz da Conceição, Comarca de Pirassununga, foi que alou á região dos bemaventurados o respeitavel ancião, a quem muito deve este municipio, como seu fundador ... O capitão Jesuino Antonio Baptista, alistando-se na Guarda Nacional, segundo as leis do antigo regimen, foi logo promovido a capitão, pelos bons serviços prestados á Patria. Militou no antigo partido liberal, sempre desviando-se ás oscillações politicas, porque foi um politico intransigente ... O capitão Jesuino Antonio Baptista immigrou para o então bairro do Capivary, pertencente ao municipio de Caçapava, em 1848, desenvolvendo, altiva e corajosamente, a sua actividade, como um verdadeiro luctador na lavoura; e em 1865, , estabeleceu-se com armazem e loja de fazendas, tendo neste ramo de negocio um empregado de nome João Mestre, porque como fazendeiro não podia dirigir ao mesmo tempo o estabelecimento.

Pelos annos de 1865-1866, segundo affirmam muitos antigos deste municipio, deu elle inicio á construção da capella sob a invocação de N.S.das Dores do Capivary, em terrenos seus, havidos, por transacção de negocio, á João Baptista de Barros. Obteve, em 1868, favoravel sentença da demanda que travara para a mudança do trecho de estrada que passava pelos fundos de sua propriedade, conseguindo-a pelo ponto que mezes depois veiu servir de divisas dos terrenos que constituem o patrimonio (estrada para Caraguatatuba).

Por escriptura publica lavrada em sua fazenda em 12 de Junho deste mesmo anno de 1868, nas notas do Tabelião de Caçapava, Francisco Alves Moreira da Costa, fez, com sua mulher dª Maria Bento Rangel, doação do terreno ao patrimonio, declarando-se, desde então, zelador da dita capella em construcção, como se verifica de um termo de aforamento passado a favor de Joaquim Rodrigues de Souza, vulgo Joaquim Telheiro, em 15 de Agosto de 1868. ... Antes da benção da capella, não tendo ainda os ornamentos e alfaias para o exercicio do culto e nem casa para os padres que aqui viessem habitar, promoveu o capitão uma subscripção no anno de 1871, empregando o producto da mesma na acquisição de todos os pertences da igreja bem como edificou no espaço de pouco tempo, uma casa no patrimonio para a nova parochia. Fundou duas irmandades hoje extinctas: a do Sacramento em 1873 e a de São Benedicto em 1875. Promoveu, para a propagação do culto da florescente povoação, muitas festas. – No tocante á administração politica, muito concorreu o Capitão Jesuino para a elevação da Capella em um Municipio constituido, o que se tornou realidade pela lei nº 52, de 10 de Abril de 1872, sendo a mesma elevada á freguesia, cujo primeiro vigario fôra o padre João Pereira Ramos. Demarcaram-se perfeitamente as suas divisas com os municipios de Caçapava, Taubaté, Parahybuna e São José dos Campos.

Conseguio do governo provincial a lei n. 56 de 30 de Março de 1876 que elevou a freguesia a cathegoria de Villa. Em 1877, pela sua tenacidade a prol do engrandecimento do novo municipio, conseguio a mudança do nome de “Capivary” para o de “Jambeiro”.

Com a collaboração de seus amigos politicos, por intermedio do então juiz de Direito de São José dos Campos, dr. Francisco Ribeiro de Escobar, dotara o Jambeiro com uma agencia do correio em 1877.

Em 10 de Agosto de 1878, com o seu valioso concurso, foi empossada a primeira Camara Municipal sob a presidencia do chefe politico “liberal”, maj. Francisco Alves Moreira, da qual foi vereador com os srs. Ladislau de Barros Nogueira, Vasco Pinto Rebello Pestana, Luiz Bernardes de Almeida Gil, José Francisco de Moura e Joaquim Silverio dos Santos. No mesmo anno de 1878, obteve, por instancia sua, do governo da então provincia a installação effectiva de um destacamento.

– Na administração da policia foi o capitão Jesuino, por sua modestia, nomeado 2º supplente de subdelegado, cuja primeira audiencia, dada no novo districto policial, foi por elle presidida, em 19 de outubro de 1872.

 – No tocante ao progresso local, alem de muitos melhoramentos, concorreu ainda para a creação de uma corporação musical – primeira do novo municipio (1874-1875).

... O capm. Jesuino Antonio Baptista ... jamais trepidara um só momento, neste municipio de Jambeiro, na sacrosanta missão que empenhara; não se importava com os obstaculos que se lhe enfrentavam: a todos rompia com a calma de que era dotado, caminhando com denodo para o fim que almejava – transformar um bairro em uma villa !  E os seus desejos foram realisados dois annos antes de fixar sua residencia em Parahybuna, donde, em 1882, administrou a factura de uma nova estrada que liga este e aquelle municipio.

Assim, pois, “O Jambeirense”, rendendo desinteressadamente este modesto, mas sincero preito à memoria do benemerito cidadão, que tanto luctou em prol deste municipio, nada mais faz do que cumprir um dever de patriotismo e gratidão.

                                                                                                                                             17-12-909” 

1.5 – 24/03/1983 – “O Jambeirense” inicia a publicação da série “Roteiro Sentimental” – I – de autoria de Paulo Lopes Carvalho (P.L.Carvalho):

RUA CAPITÃO JESUÍNO – FUNDADOR (1822 (*) /1894) – no momento, a rua mais íngreme da cidade. O detalhe do aclive é importante, porque, nas aulas de Educação Física, as professoras poderão enaltecer o nome do fundador, que subirá sempre em nossa admiração pela sua coragem, pela sua bravura, visão e desprendimento”. 

(*)  Com base no registro de óbito datado de 18/12/1894, sob nº 843, livro nº C-03, fls. 03, do Cartório do Registro Civil de Santa Cruz da Conceição-SP, o Capitão Jesuíno Antonio Baptista... falecido em 17 de Dezembro de 1894, às 03:00 horas ... natural de São Luiz do Parahytinga ... com Setenta e Quatro anos (74) de idade”,  o nascimento do Cap. Jesuíno ocorreu  em 1820, e não em 1822, como constou no “O Jambeirense” de 10/01/1910.

Sobre os restos mortais do cap. Jesuíno, em 18/08/1980 o então Vereador Benedicto Ernesto Alves de Moraes dirigiu ofício ao Dr. Ruy de Abreu Leme, Prefeito Municipal de Santa Cruz da Conceição – cidade onde  ocorreu o falecimento do Cap. Jesuíno –,  do qual consta o seguinte trecho :

“Tendo o Capitão Jesuíno prestado a nossa cidade relevantes serviços, a começar pela doação dos terrenos que constituíram o primitivo patrimônio de nossa Paróquia, além de ter iniciado e concluído a construção da Capela que, ampliada entre 1917 e 1922, é hoje a nossa Igreja Matriz, pretendemos homenagear a memória de tão importante vulto da História local, transferindo suas cinzas para nossa cidade a fim de depositá-las em nossa Matriz; para tanto, inicialmente, queremos consultar V.Exª sobre se ainda existe, identificado, no Cemitério dessa localidade, o túmulo do Capitão Jesuíno. Em caso positivo, iremos oportunamente até essa cidade, quando, além da grata ocasião de conhecê-lo pessoalmente, e à sua progressista terra, tomaremos as necessárias medidas para a concretização do nosso plano”.

A resposta do Prefeito de Santa Cruz da Conceição, por meio do Ofício nº 202/80, datado de 16 de setembro de1980, foi a seguinte :

“Senhor Vereador : atentos ao ofício de Vossa Excelência, datado de 28 de agosto passado, lamentamos informar a inexistência nesta Prefeitura, de dados referentes ao sepultamento do Cap. Jesuíno Antonio Batista no Cemitério Municipal desta cidade, uma vez que nosso Registro de Óbitos é escriturado a partir de 1898. Em pesquisa efetuada no Cartório de Registro Civil e Anexos desta localidade, constatamos o registro do óbito do Cap. Jesuíno em 17/12/1894. Seu sepultamento, portanto, deve ter ocorrido no antigo Cemitério de Santa Cruz, atualmente transferido para outro local, donde se presume que houve o arrasamento das sepulturas, o que nos impossibilita uma informação mais precisa sobre a localização dos seus restos mortais. Sendo o que se nos apresenta para o momento, apresentamos a Vossa Excelëncia os protestos de consideração e apreço.  (a) Ruy de Abreu Leme – prefeito municipal”.

2 –  RUA PROF. LUCAS NOGUEIRA GARCEZ

2.1 – Rua 15 de Julho – assim foi denominado esse logradouro até 21/06/1956, em lembrança da data em que, pela Lei Municipal nº 7, de 15/07/1898, promulgada pelo “major João do Amaral Gurgel, presidente da camara municipal da villa do Jambeiro”, e publicada no “Diario Official” nº 24244, de 27/07/1898, foi “elevada a categoria de cidade esta villa de Jambeiro, com a mesma denominação”.

2.2 – A Lei nº 71, de 21/06/1956 (artº 1º alínea “b”), promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, alterou a denominação dessa rua  “que se inicia na Praça da Matriz e vai até o Morro do Cruzeiro  (*) ”, em homenagem ao segundo Governador que, no exercício do cargo, visitou Jambeiro em 14/09/1952 (o primeiro foi o Dr. Washington Luís Pereira de Sousa, Presidente do Estado de São Paulo, que em 15/05/1923 esteve em visita oficial a Jambeiro).

(*)  N.da R.:  Durante alguns anos o Santo Cruzeiro esteve plantado no alto do prolongamento, hoje desfeito, da Rua Prof. Lucas Nogueira Garcez (ex-Rua 15 de Julho).

2.3 – Dados biográficos – Lucas Nogueira Garcez (* 1913  + 1982) foi “o 5º governador do Estado após a República Velha e o 2º no novo período constitucional inaugurado em 1946, com a promulgação da nova Carta política, cumprindo o mandato correspondente ao quadriênio de 1951 a 1954. Venceu o pleito com o apoio de Adhemar de Barros, do qual divergiu logo depois que assumiu o Governo, quando ocorreu o rompimento entre os dois. Formou-se em Engenharia Civil em 1936. Professor catedrático da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, antes de se eleger governador do Estado ocupou o cargo de secretário da Viação e Obras Públicas (1949-50) na administração Adhemar de Barros. Foi membro da Academia Paulista de Letras e presidente da Centrais Elétricas de São Paulo, atual Companhia Energética de São Paulo (CESP). Exerceu vários cargos em outros órgãos públicos, sendo autor de diversos livros dentro da sua especialidade. Ao assumir o Governo do Estado, Lucas Nogueira Garcez encontrou as finanças completamente arrasadas, por isso iniciou uma campanha publicitária de apelo aos contribuintes para que recolhessem com o máximo de honestidade seus tributos, a fim de que o Estado pudesse dar continuidade ao seu programa de obras. Sua grande preocupação como governador foi estabelecer um programa de implantação de usinas hidrelétricas, para fazer frente ao grande déficit energético que ameaçava provocar um colapso no crescimento industrial de São Paulo, que se mostrava cada vez mais acentuado, exigindo mais quilowatts. Embora um especialista no setor, Lucas Garcez pouco pôde fazer em termos concretos devido à situação financeira delicada dos cofres públicos. Mesmo assim conseguiu construir a usina hidrelétrica de Salto Grande, que hoje leva seu nome. Foi, porém, um grande planejador, deixando um plano de expansão que o seu sucessor, Jânio Quadros, soube executar com eficiência e que os governadores seguintes deram prosseguimento, escapando São Paulo da ameaça de paralisação do seu parque industrial. Foi Garcez o planejador do grande complexo hidrelétrico de Urubupungá. O governo de Garcez foi muito moralista, tendo combatido a prostituição por todos os meios, inclusive fechando prostíbulos. Essa medida sofreu muitas críticas: se a intenção era boa, na prática esse mal social se agravou, pois, ao acabar com a prostituição confinada, as mulheres de vida fácil invadiram a cidade, chocando a sociedade que, na época, não estava acostumada a contemplar tais espetáculos nos logradouros públicos”.

2.4 – 24/03/1983 –  “O Jambeirense” publica, na série “Roteiro Sentimental-I”, de Paulo Lopes Carvalho:

RUA PROF. LUCAS NOGUEIRA GARCEZ – Em espírito perguntei-lhe: – “Você se lembra, Governador, da reunião de família realizada em Lins, na fazenda do Cel. João Pedro de Carvalho Filho ?

Eu revejo a sua alegria de estar entre tantos parentes, todos contagiados por essa alegria, e aplaudiam, com sinceridade, o amigo, o parente que, pelo seu esforço, pelos seus estudos, pela sua dignidade, atingira a posição mais alta. Lembro-me até do seu sorriso de satisfação, quando alguém, na saudação, lembrou o simbolismo de um Nogueira plantando um Carvalho. E a árvore vicejou, Senhor Governador!”

3 –  RUA PREFEITO JORGE PEREIRA

3.1 – 28/03/1982 – Nesse dia foi solenemente descerrada a placa denominativa da rua, que começa tranversalmente ao começo da Rua Cel. João Franco de Camargo e termina junto à ponte sobre o Ribeirão dos Francos, de acesso ao Estádio Municipal “Prof. Eduardo Vieira de Almeida”. Na ocasião, discursaram o vereador Benedicto Ernesto (autor da iniciativa da denominação da rua) e, em nome da Família do homenageado, seu filho, o saudoso desembargador Déscio Mendes Pereira, ex-vereador de nossa Edilidade (1960/1962).

3.2 – Dados biográficos Jorge Pereira, filho de Eugênio Estêvão Pereira e Porcina Leopoldina de Mores Pereira, nasceu em Machado-  MG em 22/04/1909 e faleceu em 26/12/1975 em São José dos Campos, onde está sepultado no chamado Cemitério do centro.

De seu casamento com d. Orminda de Carvalho Mendes Pereira houve os filhos : Déscio, Maria Eunice, Idalécio, Maria Helena, Neusa, Enilda e Jorge Luiz (os dois últimos nasceram em nossa terra).

Tendo vindo residir em Jambeiro no início da década de 40, Jorge Pereira integrou-se imediatamente à vida da cidade. Foi eleito Vereador no primeiro pleito após a queda da ditadura de Getúlio Vargas, exercendo o mandato de 1948 a 1951 e presidindo à Edilidade de 1949 a 1951. Em 24/09/1950 foi, como presidente da Câmara, o orador oficial na cerimônia do lançamento da pedra fundamental do Paço Municipal – sede dos Poderes Executivo e Legislativo do Município – que veio a ser inaugurado em 14/09/1952, com a presença do governador do Estado de São Paulo, prof. Lucar Nogueira Garcez.

Foi novamente eleito Vereador para a Legislatura 1956/1959.

Vitorioso na eleição de 03/10/1959, assumiu o cargo de Prefeito Municipal em 1º/01/1960, tendo como vice-Prefeito Mozart Prado Leite, em cerimônia presidida pelo juiz de direito da Comarca de Caçapava, Dr. Martim Francisco Ribeiro de Andrade.

Governou o Município com exemplar operosidade e honradez, entre 1960 e 1963 (*).

Eleito Vereador para a Legislatura de 1964 a 1969, exerceu a Presidência da Edilidade durante todo esse período.

* 30/08/1968 – Pela Lei nº 297, promulgada pelo Prefeito Antonio de Castro Leite, Jorge Pereira foi agraciado com o título de “cidadão benemérito jambeirense”.

(*) Principais realizações – construção de muros ao longo dos ribeirões; renovação da rede de abastecimento de água da cidade, com a compra de tubos Brasilit e instalação de filtros; criação do S.E.R.M. – Serviço de Estradas de Rodagem Municipais – e aquisição da 1ª motoniveladora para a execução de serviços na rede rodoviária municipal.

4 –  RUA DONA MARIA VIEIRA

4.1 - 07/03/1988 – A Lei nº 749 (Projeto de de Lei nº 03/88, de 12/02/1988, de autoria do vereador Benedicto Ernesto Alves de Moraes), promulgada pelo prefeito Clodomiro Correia de Toledo, atribuiu a denominação de “Rua Dona Maria Vieira” à “via pública projetada e recentemente aberta, que tem início ao lado do templo da Congregação Cristã do Brasil, perpendicularmente à Rua Cel. João Franco de Camargo”.

As placas denominativas foram descerradas em 16/09/1990 pelos irmãos da homenageada – João, Wanda e Ruth – e por um de seus sobrinhos, José Vanaldo Vieira de Faria. Discursou, na ocasião, o autor do projeto de lei.

4.2 – Dados biográficos –  Maria Aparecida Vieira era filha dos conterrâneos Augusto Vieira e Benedicta dos Santos Vieira, nasceu em . Tendo a partir da década de 50 vivido em Jambeiro – terra de sua família –, aqui desenvolveu intenso trabalho em favor dos mais humildes. Eleita vereadora no pleito de 1976, foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira no Legislativo local.

Faleceu na tarde-noite de 1º/09/1987, em Caçapava, vítima de acidente automobilístico ocorrido na rotatória junto à passagem sob a Via Dutra. Está sepultada no Cemitério de nossa cidade.

4.3 – 16/09/1987 – O jornal “O Jambeirense” assim noticiou a morte da inesquecível d. Maria Vieira :

“Entristeceu profundamente toda a a população local o falecimento de d. Maria Aparecida Vieira, uma das pessoas mais estimadas de nossa terra.  Dirigindo seu Volks, um pouco além das 16 horas, no último dia 1º, de retorno de uma rápida viagem até Caçapava, .d.  Maria foi violentamente atingida por um caminhão da Prefeitura daquele Município, carregado de areia. Tal foi a força do impacto, que o Volks, colhido nas proximidades da passagem sob a Rodovia Dutra (acesso à Rodovia “João do Amaral Gurgel”), foi arrastado pelo caminhão cerca de 30 metros. Removida para o Hospital Nossa Senhora d’Ajuda, da vizinha cidade, d. Maria Vieira não resistiu à gravidade dos ferimentos recebidos, vindo a falecer minutos após. Seu corpo foi removido para esta cidade, aqui chegando às duas horas da madrugada do dia 2, sendo velado na Igreja de São Benedito, onde, às 7 horas, o Pe. José Kumagawa celebrou Santa Missa de corpo presente. Às 10 horas, com a presença de muitos parentes e inúmeros amigos, realizou-se o sepultamento no Cemitério Municipal local.

À Família enlutada “O Jambeirense” se une nestes momentos de dor e saudade.

D. Maria Vieira (assim popularmente mais conhecida) era filha dos conterrâneos Augusto Vieira e d. Benedita dos Santos Vieira, de saudosa memória, ambos de tradicionais Famílias jambeirenses. Era a terceira de nove irmãos, dos quais sobrevivem João Vieira, d. Wanda Vieira de Faria e d. Ruth Vieira de Arruda, casada com o Dr. Olavo Pires Arruda, nosso concidadão honorário, a quem esta terra tanto deve. Em 1976, d. Maria foi eleita vereadora de nossa Câmara Municipal, tendo sido a primeira mulher, na História do Município, a ocupar uma cadeira no Legislativo local. Exerceu todo o mandato, com dignidade e muito proveito para a população jambeirense, dedicando-se particularmente aos mais humildes (quantos, na verdade, terão sido beneficiados nesse período com a conquista de uma justa aposentadoria, graças ao trabalho de d. Maria Vieira ?!). Mulher de fé profunda e esclarecida, devotíssima de Nossa Senhora, d. Maria Vieira passou pela vida fazendo o bem. Por isso lhe é perenemente grata toda a nossa gente e na lembrança de todos ficarão, imorredouros, os maravilhosos exemplos que deixou”.

4.4 –  27/02/1988 o jornal “O Jambeirense” publica a crônica “Minha homenagem a d. Maria”, de autoria do conterrâneo Orlando Gurgel Almeida, da qual se extraem.os seguintes trechos:

“Militou na política, por achar que teria mais força na consecução do objetivo que se propusera. E sua grande vitória foi a quantidade de idosos aos quais conseguiu aposentadoria pela Previdência Social. Percorreu a cidade e as roças, juntando documentos e declarações, dando entrada aos pedidos de aposentadoria e acompanhando os processos. Hoje em dia, podemos dizer que a grande maioria dos aposentados de nossa terra deve essa situação a d.  Maria, que não mediu esforços nem despesas (das quais nunca pediu ressarcimento) até que seus velhinhos, como costumava dizer, estivessem com a situação regularizada. Isso é público e grande parte de nossa população tem disso pleno conhecimento. Mas o que pouca gente sabe é que vários pobres tinham cota mensal de pão e leite, que era fornecida a expensas de d. Maria, sem qualquer alarde, dentro do espírito cristão que norteou toda a sua vida. Deixou-nos, também, outro grande exemplo de fibra quando se propôs fazer o curso colegial, sujeitando-se a viagens diárias, dedicando-se com afinco ao estudo de suas lições, numa faixa de idade em que a maioria das pessoas prefere ficar em casa, cuidando de suas atividades domésticas”.     

5 – RUA JOAQUIM ALVES PEREIRA  (QUINZOTE)

5.1 – 11/10/1990 – Pela Lei nº 814 (projeto de lei nº 19/90, de 10/10/1990, de iniciativa do vereador Joaquim Carlos Alves Pereira), promulgada pelo prefeito Benedito Martine, foi dada a denominação de “Rua Joaquim Alves Pereira” à “via pública que tem início na ponte próxima ao estádio de futebol, horizontal (sic) as ruas Jorge Pereira e Maria Aparecida Vieira”

5.2 – Dados biográficos – Joaquim Alves Pereira, mais conhecido como “Quinzote”, nasceu em Cristina-MG, em 08/12/1880.

Foi casado, em primeiras núpcias, com Maria Teodoro dos Santos, tendo havido, desse enlace, os filhos José, Joaquim, Manoel e Jesus.

Enviuvando, “seu” Quinzote contraiu núpcias com Etelvina Maria de Jesus – também natural de Cristina, filha de Antonio Cursino da Silva e Maria Rosária da Rocha –, nascendo, desse consórcio, os seguintes filhos: Maria, Maria de Lourdes, Benedita, Sebastião, Natalino, David, Paulo e Nair.

Em meados da década de 70 “seu” Quinzote transferiu residência para Carapicuíba, na Grande São Paulo, onde veio a falecer em 1º/04/1984, com 103 anos, deixando 82 netos e 65 bisnetos. Foi sepultado no dia seguinte no Cemitério da Cidade Ariston, em Carapicuíba.

Após o falecimento do marido, dª Etelvina voltou a morar em Jambeiro, na companhia da filha Benedita, do genro Pedro Gonçalves de Oliveira (Pedro Pelote) e da neta Sabrina. A querida dª Etelvina faleceu em nossa cidade na madrugada de 15/10/1992, aos 87 anos, e à tardezinha, após Santa Missa de exéquias na igreja matriz, foi sepultada no Cemitério Municipal.

6 - PRAÇA CÔN. HYGINO CORRÊA

6.1 – Praça da Matriz – A Lei nº 71, de 21/06/1956 (artº 1º, alínea “m”), promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, confirma a denominação de “Praça da Matriz” à “... praça na qual está localizada a Matriz de Nossa Senhora das Dores”. Essa denominação já vinha desde os primórdios da cidade.

6.2 – Praça Paulo VI – Pela Lei nº 296, de 30/081968, promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, foi alterada a denominação do logradouro para “Praça Paulo VI”.

6.3 – Praça Cônego Hygino Corrêa – Pela Lei nº 510-A, de 27/11/1975, promulgada pelo prefeito Antonio Santiago da Silva Filho (projeto de autoria do vereador David Gagliotti), foi alterada a denominação do logradouro para “Praça Cônego Hygino Corrêa”, em homenagem ao 1º Sacerdote jambeirense.

A placa denominativa foi descerrada em 18/09/1977 – dia da Festa da Padroeira – por d. Philomena, irmã do côn. Hygino (e viúva de Sebastião Gomes Vieira e mãe, entre outros filhos, do falecido ex-integrante da FEB – Força Expedicionária Brasileira, Luiz Gomes Vieira). Discursou nessa ocasião o vereador David Gagliotti, estando presentes vários familiares do sacerdote homenageado, D. José Antonio do Couto, SCJ, Bispo Diocesano, e o Vigário Ecônomo da Paróquia, Pe. Antonio de Castro e Silva.

6.4 – Dados biográficos – Nascido em Jambeiro em 08/12/1899 – filho primogênito de Eugênio Corrêa Durão (nascido em Jambeiro em 1880, filho de Innocencio Corrêa Durão e Germana de Moura, e falecido, também em Jambeiro, em 08/05/1939) e de Maria Antonia da Conceição (nascida em Paraibuna em 1883, filha de Antonio José Gomes e Rosa Maria de Jesus, e falecida em Taubaté em 18/05/1961), – Hygino foi batizado pelo vigário pe. José d’Andrade Costa Colherinhas, sendo seus padrinhos Marianno Affonso dos Santos e Maria Augusta de Carvalho. Teve os seguintes irmãos : Francisco (* 02/06/1901 + ?), Philomena (* 04/07/1903 + 28/07/1994), Pedro (* 09/09/1905 + 26/03/1997), Elvira (* 20/09/1907 + 20/01/1995), José Luiz (* 14/12/1910 – que foi ordenado Sacerdote em 08/12/1934 e faleceu em 21/12/1953), Olívia (* 18/07/1913 + 13/06/1977), Vicente (* 20/04/1915 + 28/09/1996), Benedicto (* 14/06/1917 + ?), Eugênia (a única sobrevivente, hoje moradora em Taubaté), Tarcísio (* 30/11/1921 + ?), João (* 24/09/1924 + 08/04/1995) e Geraldo (* 21/09/1926 + 30/07/1985).

Concluídos os estudos primários na terra natal (onde foi aluno do prof. Júlio de Paula Moraes), Hygino ingressou em 15/02/1914 no Seminário Diocesano Santo Antonio, de Taubaté, onde fez o curso secundário e os superiores (Filosofia e Teologia), sendo ordenado Sacerdote em 25/11/1923, no “dia 8 de Dezembro de 1923, com grande solemnidade e presença de consideravel massa de fieis, cantou na nossa igreja matriz sua 1ª missa”...“acolytado pelos Revs. Pe. Fernando Baumhoff, lente de Dogmatica no Seminario de Taubaté, e subdiacono Aleixo Mafra. O Pe. Hygino começou e terminou os seus estudos no Seminario Diocesano de Taubaté, onde se distinguiu pela sua applicação e bom procedimento. Iniciou o seu curso em 1914, terminando-o neste anno” (Livro do Tombo da Paróquia).

O côn. Hygino foi vigário ecônomo de nossa Paróquia entre 10/06 e 31/12/1933, e pároco de Natividade da Serra durante cerca de 50 anos. Faleceu em 25/05/1975, em Taubaté, e está sepultado na Capela de Nossa Senhora da Piedade, no Cemitério da Venerável Ordem Terceira, daquela cidade.

A praça principal de Natividade da Serra, na qual se encontra a Igreja Matriz da cidade, ostenta o nome do Côn. Hygino. Na velha Natividade da Serra, o côn. Hygino Corrêa já tivera, em vida, seu nome atribuído à Praça da Matriz.

6.5 – 24/03/1983 – “O Jambeirense” publica, na série “Roteiro Sentimental” – I –  de Paulo Lopes Carvalho:

PRAÇA CÔNEGO HIGINO – 1º Sacerdote Jambeirense – Na pequena colina enfeitada de árvores, gramados, flores, está a Igreja Matriz, cuja frente é uma encanto de graciosidade. As torres são bem proporcionadas, entre elas o relógio batendo as horas, quase todas felizes, como são as horas de Jambeiro. Esta fachada bonita se deve ao Padre Celestino, que a desenhou em homenagem às igrejas de sua terra. Maior encanto é o interior da igreja, embelezada pelos arcos das paredes internas. Lindo o altar-mor. Lindos os anjos. Lindíssima a Imagem da Padroeira, NOSSA SENHORA DAS DORES. Na matriz ecoaram as vozes portuguesas do Padre Colherinhas, do Padre Victorino e do Padre Celestino. Agora ressoa a voz japonesa do Padre José Sazami Kumagawa. Quando ele chega ao altar, há um silêncio profundo. Esguio, batina branca, sapatos brancos. Rosto marcado pelo sofrimento. Nós outros nos sentimos culpados e, para acalmar essa culpa, dizemos baixinho: “Hiroshima, meu amor!” Mas ele viu, ele sentiu, ele sofreu o grande horror da tragédia maior. Sacerdote de Jesus, ele prega a paz, o amor, a fé, e só Jesus pode salvar o mundo e curar os homens. O turíbulo passa incensando os fiéis e recolhendo as preces para levá-las a Cristo Jesus, em cujo nome está abençoando: “Jesus, me ajuda! Jesus, me cura! Obrigado, Jesus! Eu te amo, Jesus! Fica comigo, Jesus!” A água benta é aspergida, ao cântico “Asperges me, Domine!”; a bênção pela imposição das mãos; depois, o Santo Sacrifício da Missa.  Finalmente, a bênção com o Santíssimo, com todo o esplendor antigo. Acesas 26 velas de cera (velas, não lâmpadas) e na custódia de ouro, a Hóstia consagrada. E a voz do Padre José: “Olhem todos, é Jesus transubstanciado que está na Hóstia, está aqui para para abençoar e curar. Agora, todos curvem-se em adoração”. Termina com a prece “Deus e Senhor Nosso”, pedindo proteção para o Papa, para o Brasil e para todos os constituídos em dignidade para que governem com justiça. Sei que preciso afervorar a minha oração”.

6.6 –  08/02/1985 – “O Natividense” – “Mensário dedicado a vida e a gente de Natividade da Serra” –  em seu nº 8, publica na página 1:

Padre Higino Corrêa, o velho pároco de Natividade da SerraPadre Higino Corrêa da Conceição Aparecida nasceu na cidade de Jambeiro, Estado de São Paulo, no dia 1º de dezembro de 1899 (1);  foram seus pais Eugenio Corrêa Durão e dona Maria Antonia da Conceição.

Fez o curso primário em sua terra natal e ingressou no Seminário Diocesano de Taubaté no dia 15 de fevereiro de 1914. Foi ordenado sacerdote com dois colegas, o Cônego José Fortunato da Silva Ramos, seu conterrâneo (2), e Monsenhor Evaristo Campista Cesar, também já falecidos, no dia 25 de novembro de 1923, na Catedral de Taubaté, pelas mãos do Exmº Sr. Dom Epaminondas Nunes de Ávila e Silva, 1º Bispo Diocesano.

No começo de seu apostolado foi Vigário Cooperador da Paróquia de Lorena, durante o ano de 1924 e, em 1925, foi nomeado Pároco de Natividade da Serra e Vigário Ecônomo de Bairro Alto e o foi durante meio século.

Acumulou as Paróquias de Redenção da Serra e Jambeiro, sua terra natal, servindo as quatro paróquias a um tempo.

Sentindo-se com a saúde um tanto abalada e necessitando fazer tratamento em Taubaté, para não se afastar do ministério sagrado, aceitou ser capelão das Casas Pias de Taubaté e, depois, do Sanatório Popular de Campos do Jordão. Teve como vigários auxiliares, nos últimos vinte anos de sua vida, padre José Benedito Alvarenga, padre José Cantinho de Moura, padre Pedro Lopes, padre Teófilo de Almeida Crestani, padre Clair Pedro de Castro e padre Antonio Luiz Cursino Santos. Agraciado com o título de Cônego honorário do Cabido diocesano de Taubaté, passou a assinar Cônego Higino Corrêa da Conceição Aparecida. Entre as mil atividades exercidas pelo venerável sacerdote, enumeramos aqui algumas delas, por exemplo: no dia 2 de fevereiro de 1925, recebeu as primeiras candidatas para a Pia União das Filhas de Maria, recém fundada na Paróquia. Em junho do mesmo ano realizou a Primeira Semana Eucarística em Natividade da Serra. Em maio de 1926, trouxe dois missionários redentoristas de Aparecida, padre José Afonso e padre Tiago  Klinger, que pregaram piedosa missão, deixando implantado o santo cruzeiro, em frente da capela urbana de São Sebastião, e a 23 de maio, dentro da semana das missões, pe. Higino realizou a Festa do Divino Espírito Santo, antecipando o encerramento do mês de Maria, naquele ano.

Das dezenas de estudantes que encaminhou para o Seminário de Taubaté, teve a felicidade de ver subir à montanha sagrada três de seus coroinhas: padre João Evangelista em 1934, padre Angelo Borriello Ebram em 1954 e Frei Luiz Gonzaga dos Santos Filho (o Frei Lucas), em 1960. Assistiu ao final da velha sede da paróquia e implantou o Cruzeiro que foi o marco inicial da Nova Natividade em 1973.

Faleceu no Hospital Santa Isabel em Taubaté, no dia 25 de maio de 1975, e seus restos mortais repousam no Cemitério da Venerável Ordem Terceira de Taubaté. Foi feita uma campanha para a sua trasladação para Natividade, com resultado negativo até a presente data, já que depende, como nos disseram, de uma série de providências burocráticas e principalmente de consentimento expresso do Sr. Bispo Diocesano.

A vida e obra do nosso comum amigo Padre Higino, se tentássemos historiar pormenorizadamente, atingiria um bem alentado volume de páginas, marcadas de benemerências, já como cidadão comum e principalmente como sacerdote ministerial. Neste ano, para o mês de Maio, Padre João Leopoldo pretende comemorar a data do décimo aniversário de seu falecimento, com a ereção de um monumento a sua memória, um busto ou medalhão de bronze, a ser localizado à frente da Igreja Matriz, a dominar todo o panorama do logradouro que lhe guarda o nome, Praça Padre Higino”.

(1)  no Livro de Registro de Batizados da Paróquia de Nossa Senhora das Dores nº 4, a fls. 16, consta que Hygino nasceu em 08/12/1899 e foi batizado em 17/12/1899;

(2)  na verdade, o pe. José Fortunato da Silva Ramos, filho do cap. José Fortunato da Silva Ramos e dª Amélia Benedicta Ramos,  nasceu em Taubaté, tendo passado sua infância em Jambeiro, para onde sua família tinha transferido residência.

7 -  RUA DR. CARLOS REBELLO JÚNIOR   ( DR. CARLINHOS )

7.1 – A Lei nº 71, de 21/06/1956 (artº 1º, alínea “d”), promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, denomina “Dr. Carlos Rebello Júnior” “a rua sem nome que se inicia no final da Travessa 15 de Julho e vai até Praça da Matriz”, em homenagem ao caritativo médico de tradicional família jambeirense, falecido em 10/08/1955.

7.2 – Dados  biográficos – Carlos Rebello Júnior (Dr. Carlinhos), filho de Carlos Augusto Rebello – filho do Cap. Francisco Joaquim Rebello e Maria José de Almeida Gil – e de Maria do Carmo de Almeida Gil (dª Carminha) – filha do Cel. Luiz Bernardo de Almeida Gil e Anna Luíza de Tolosa Guedes –, e irmão de Edward Rebello (* 1º/01/1905 + 26/07/1961), de Anna Luíza (* 21/02/1909 + 04/08/1936) e de Orôncio Geraldo Rebello (* 25/06/1911 + 24/06/1996) – nasceu em São Manuel-SP, em 1º/09/1907, e faleceu em Guaratinguetá-SP em 10/08/1955.

Diplomado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiroturma de 1932Dr. Carlinhos foi médico-sanitarista em Avaré-SP, sendo transferido depois para Presidente Prudente-SP e, mais tarde, para São Sebastião-SP, onde chefiou o Centro de Saúde.

Em 16/07/1938, na antiga Basílica de Aparecida, casou-se com Giselda Rebello – jambeirense filha de Gustavo Rebello (filho de Francisco Joaquim Rebello e Maria José de Almeida Gil) e Bertília Brancatti Rebello (filha de Francisco Brancatti e Inocência Rosa de Mello Brancatti) – nascida em Jambeiro em 07/11/1915 e batizada em nossa igreja matriz com apenas 18 dias pelo vigário da Paróquia, Pe. Carlos Zanotelli, tendo por padrinhos Emygdio Gonçalves Pereira e Maria Eufrásia Santos Pereira).

Morou ainda por algum tempo em São Sebastião, transferindo-se finalmente para Guaratinguetá, onde fixou residência definitiva.

Em Guaratinguetá o dr. Carlinhos foi médico do Centro de Saúde e teve consultório particular na rua Mons. Filippo, nº 50.

Com seu inegável carisma e elogiável competência, o humanitário médico imediatamente conquistou a admiração e confiança da clientela.

Foi, também, médico das irmãs concepcionistas – religiosas de vida contemplativa do Mosteiro da Imaculada Conceição, no bairro do Campinho, em Guaratinguetá –, do Colégio do Carmo e do Orfanato Puríssimo Coração de Maria, da mesma cidade.

Participou o dr. Carlinhos da vida religiosa de Guaratinguetá, tendo pertencido à Ordem Terceira de São Francisco das Chagas.

Amante dos esportes, dr. Carlinhos, ainda estudante, foi praticante de remo e, já médico, também se dedicou ao tênis.

Em 1954 construiu a residência da família no promissor bairro da Vila Paraíba; ali, porém, residiu por pouco tempo, pois, no dia 10/08/1955, veio a falecer, prematuramente, poucos dias antes de completar 48 anos.

De seu casamento com a conterrânea Giselda Rebello, deixou os seguintes filhos: Ana Maria, nascida em Caçapava; Tereza Maria (+ 09/12/11988), Carlos Augusto, Antonio Carlos, José Gaspar, Maria Auxiliadora (+ 08/03/1991), Maria Aparecida, João Carlos e Maria Emília (esta última é médica, a exemplo do pai), nascidos em Guaratinguetá. 

Em reconhecimento de seus muitos méritos conquistados na qualidade de médico dos mais humildes e pela sua atuação na vida da cidade, a Escola de Especialistas de Aeronáutica de Guaratinguetá conferiu ao dr. Carlinhos a Medalha e o Diploma de Honra ao Mérito  “post mortem”, e o Poder Público de Guaratinguetá denominou “Dr. Carlos Rebello Júnior” a avenida em que o inesquecível médico teve sua residência, na Vila Paraíba.

Jambeiro – terra dos antepassados do saudoso médico e que ele tanto prezou – também prestou homenagem à sua memória, dando seu nome a uma das vias públicas da cidade (v. acima nº 7.1).

7.3 – 25/04/1983 –  “O Jambeirense” publica, na série “Roteiro Sentimental – I”, de Paulo Lopes Carvalho:

RUA DR. CARLOS REBELLO JÚNIOR – Médico (1907/1955) – Ciência e Bondade – Sobre essas qualidades falem os doentes, principalmente os doentes pobres das cidades em que clinicou o saudoso jambeirense. Falem as freiras de Guará, onde faleceu ainda tão moço!”

8 – RUA JOSÉ PINTO DA CUNHA

8.1 – Travessa 15 de Julho – Foi essa a primitiva denominação do logradouro.

A Lei nº 71, de 21/06/1956, promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, no artº 1º, alínea “e”, assim denominou “a rua sem nome que se inicia na Rua Cel. João Franco de Camargo e vai até a Rua Dr. Carlos Rebello Júnior”.

8.2 – Rua Barão do Rio Branco – não conseguimos dados sobre quando a “Travessa 15 de Julho” passou a chamar-se “Rua Barão do Rio Branco”.

8.3 – A Indicação nº 02/82, de 15/02/1982, apresentada na Câmara Municipal pelo vereador Benedicto Ernesto, sugere ao Prefeito “seja dado o nome de JOSÉ PINTO DA CUNHA à atual Rua Barão do Rio Branco”, em homenagem ao jambeirense, ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, pai de quatro filhos, entre outros, consagrados a Deus : um sacerdote, Pe. Ernesto Cunha, e três religiosas : Clementina Angélica (irmã Maria Bernadete da Imaculada, do Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada – PMMI), Maria Helena (da Congregação das Irmãs Marcelinas) e Jovina (irmã Angélica, PMMI).

O descerramento da placa denominativa aconteceu em 30/03/1982, tendo discursado, na oportunidade, a vereadora Marisa Gil Rebelo de Moraes e, em nome da Família, o pe. Ernesto Cunha.

8.3 – Dados biográficos : José Pinto da Cunha nasceu em Jambeiro em 24/11/1883. 

Era filho de Joaquim Antonio da Cunha (que faleceu em Jambeiro em 10/05/1923, com 76 anos) e de Maria Antonia da Conceição Cunha (falecida também em Jambeiro, em 22/08/1940, com 87 anos), ambos naturais de São José dos Campos.

Do lado paterno, era neto de Benedicto Pedroso de Moraes e de Gertrudes Maria de Jesus, e, da parte materna, de Domingos Pinto de Macedo e Benedicta Maria do Espírito Santo.

Em 09/12/1883 foi batizado na igreja matriz de Nossa Senhora das Dores pelo Vigário da Paróquia, Côn. Francisco Marsiglia, tendo como padrinhos Emygdio Gonçalves Pereira e Maria Eufrásia Pereira. 

José Pinto da Cunha teve os seguintes irmãos, também nascidos em Jambeiro : Benedicto (* 1877) (que foi casado com Anna Rita de Cassia Cunha), Antonia Maria (1878) (casada com Antonio Galvão de Souza), Anna Rosa (1879) (casada com Benedicto Henrique de Souza), João (1881) (casado com Maria Francisca Rebello Cunha – “Morena”), Benedicta (1885) (casada com José Lúcio do Prado), Francisca (1887) (casada com Marcelino Januário de Siqueira – “Marcelo”), Joaquim (1892) (casado com Maria da Glória Costa Cunha – d. Glorinha), Antonio (1894) (casado, em 1ªs. núpcias, com Maria Amélia de Sant’Anna; e, em 2ªs., com Maria Caetana de Almeida Cunha – “Caetaninha”), Marcílio (1896), Maria das Dores (1898) (casada com José da Cunha Ivo) e Brazília (1900) (casada com Marcílio Domingues de Sant’Anna).

Em 09/02/1907 José Pinto da Cunha casou-se com a paraibunense Herminda Angélica de Barros, filha de Ovídio Pereira Barros e Maria Olinda da Silva, nascida em 04/07/1887 e falecida em Jambeiro, em 04/01/1927.

Desse casamento houve os seguintes filhos : Maria Benedita (*), Maria Eugênia (Geninha) (* 02/10/1908 + 10/11/1996), Luiz (* 03/06/1910), Clementina Angélica (* 14/03/1911) (irmã Maria Bernadete da Imaculada, PMMI), Geraldina (*), José Norberto (* 17/07/1914 + 05/08/1998), Maria Helena (* religiosa da Congregação das Irmãs Marcelinas), Maria Henriqueta (* 20/06/1917 + 05/09/2003), Ernesto (16/09/1919) que foi ordenado sacerdote em 18/12/1948, Jovina (* 08/12/1920 +) (irmã Angélica, PMMI) e Alzira (Zizi) (* + 10/06/1984), Maria Alice (*), Maria Ariovalda (*), Terezinha (*) e Benedito (*).

(N.da R.: os nomes dos filhos, grafados em negrito, são dos felizmente ainda vivos, graças a Deus).

José Pinto da Cunha foi vereador da Câmara Municipal de Jambeiro nos seguintes períodos : 1920/1921, 1924/1926 e 1926/1929, tendo sido vice-Prefeito de 15/05/1924 a 14/01/1925 e de 15/01 a 15/02/1927, e presidente da Câmara entre 15/01/1929 e 24/10/1930 (quando foi deposto o presidente da República, Washington Luís Pereira de Souza, sendo extintas as Câmaras Municipais).

José Pinto da Cunha faleceu em 02/06/1935.

(*)  Maria Benedita, Geraldina, Maria Alice, Maria Ariovalda, Terezinha e Benedito faleceram em tenra idade.

9.  RUA CEL. JOÃO FRANCO DE CAMARGO

9.1 – Rua Major Gurgel –  Foi esse o primeiro nome que teve a rua Cel. João Franco de Camargo por muito tempo (provavelmente desde o início do século XX).

9.2 – Rua Siqueira Campos – Em 15/12/1930 (vitoriosa a revolução que depôs o presidente Washington Luís Pereira de Souza), por meio de Resolução, depois convertida (sic) na Lei nº 97, “decretada” pelo prefeito João Bellotti dos Santos em 03/01/1931, “transfere” o nome da rua Major Gurgel para rua Siqueira Campos :

Artº 1º - Fica convertido (sic) em lei as resoluções nºs. 6 de 30 de Outubro e a de nº 11 de 15 de Dezembro de 1930, que tranfere os nomes das ruas Dr. Washington Luiz e Major Gurgel para Dr. João Pessoa e Siqueira Campos respectivamente”.

9.3 – Rua Cel. João Franco de Camargo – A Lei nº 1/52, de 21/02/1952 (projeto do vereador Waldemar Alencar), promulgada pelo prefeito Eduardo Vieira de Almeida, denomina “Rua Cel. João Franco de Camargo a Rua Siqueira Campos”.

9.4 – Dados biográficos – João Franco de Camargo, nascido em 1858 em Paraibuna-SP, era o terceiro filho de Antonio Franco de Camargo (nascido em 1818 e falecido em 29/11/1885) e de Anna Francisca de Tolosa (filha do capitão Luiz Mariano de Tolosa e de Anna Joaquina Moreira, nascida em 1828 e falecida em 12/01/1879).

Foram seus irmãos : Anna Candida (* 1849) (segunda esposa de Joaquim Bernardes de Almeida Gil – que também se assinou Joaquim Gomes de Almeida – casamento celebrado em 12/08/1864), Preciliana (* 1855), Antonio (* 1861), Antonio (* 1862), Maria (* 1865), Amélia (* 1866), Manoel (* 1869) e José (* 1871).

Em 10/02/1891, aos 32 anos, às 6 horas, na casa de Innocencio Corrêa Durão (Rua do Comércio), em cerimônia presidida pelo juiz de paz Luiz Bernardo de Almeida Gil, sendo testemunhas João Moreira da Costa e José Gomes Vieira Júnior, João Franco de Camargo contraiu núpcias com Maria Adelaide Vieira, com 19 anos “mais ou menos”, filha de José Gomes Vieira e Gertrudes Eufrausina de Almeida.

O Cel. João Franco de Camargo faleceu em 07/11/1924, às 17 horas, no Hospital Santa Isabel, em Taubaté, e foi sepultado no Cemitério Municipal de Jambeiro. Deixou os filhos : João Franco Júnior (Dodão), Olívia (Sinhá), Adélia (Deíta), Rinaldo, Maria Francisca, Olyntho, Elza e Zélia. Faleceu de insuficiência hepática, sendo declarante do óbito o filho João Franco Júnior, atestado assinado pelo dr. Urbano Figueira.

Vida política – O Cel. João Franco de Camargo foi Vereador da Câmara Municipal de Jambeiro, de 29/09/1892 a 07/11/1924 e Presidente da Edilidade nas seguintes Legislaturas : 9ª (1908/1911), 10ª (1911/1914), 11ª (1914/1917), 12ª (1917/1920), 13ª (1920/1923) e parte da 14ª (1923 a 07/11/1924, data em que faleceu).

9.5 - 23/05/1983 – “O Jambeirense” publica, na série “Roteiro Sentimental – III”, de Paulo Lopes Carvalho:

“À casa nº 169 está chegando o automóvel do pecuarista Tarcísio. Pecuarista madruga, por isso às 7h25 já se pode adquirir o leite puro, limpo, de vacas sadias, com teor de gordura 4 ½ a 5.

Veja depois a casa nº 162: é o “Casarão”. Está em reforma e você verá as paredes externas de 0,78m de largura; é taipa socada pelos escravos. Depois estão a Casa e o Salão Paroquiais. Verá ainda a casa amarela e a data da fundação – 1872. Lá entrei respeitosamente para ver o retrato do Major. Figura imponente, demonstrando dignidade, poder, autoridade. Tino administrativo, por isso vários anos foi Prefeito da cidade. Seus filhos Olavo e Clarisse cuidam de tudo com carinho e respeito. Na sala-escritório, o relógio de parede de 150 anos, funcionando até hoje. Descrevendo-o, o falecido poeta João Gurgel Júnior assim termina o belo soneto: “tendo batido as horas do passado, agora bate as horas da saudade”.

Casa nº 103 – a “Casa Grande” de 1876, lembrando as antigas casas das fazendas de café. Defronte, o Paço Municipal, onde funcionam a Prefeitura, a Câmara e a Junta do Serviço Militar.

Prédio da Agência do Correio, pequena, mas eficiente.

Casa nº 59 – após o portão de ferro, a placa afetiva: “ALAMEDA VÔ ORONCIO”. São duas casas que, pelo milagre do amor, transformam-se numa só. Por isso, elas podem ser chamadas “janua caeli” (“porta do céu”). Nos feriados, domingos, nas férias, reúne-se a família: o casal Orôncio e Flora, as filhas, as noras, o genro, as duas netinhas gêmeas, Fernando e Flávia, encantadoras nos seus doze anos, o netinho Felipe, que se atira na piscina e com suas braçadas revela, apesar dos seus seis anos, estar ali um futuro campeão ...”

10 – ALAMEDA DR. BARROS

10.1 –  “Alameda Antonio de Castro Leite” – foi essa a primeira denominação do logradouro aberto em 1985 ao longo de parte do lado esquerdo do Ribeirão dos Francos, perpendicularmente à rua Cel. João Franco de Camargo.

A denominação de “Alameda Antonio de Castro Leite” foi dada ao novo logradouro pela Lei nº 750, de 07/03/1988, promulgada pelo prefeito Clodomiro Correia de Toledo (projeto de lei nº 04/88, de 12/02/1988, do vereador Benedicto Ernesto Alves de Moraes, também autor da Indicação nº 35/85, em que já era sugerida a atribuição do “nome de ANTONIO DE CASTRO LEITE à alameda que acaba de ser aberta ao longo da margem esquerda do Ribeirão dos Francos, e onde se localiza a recém-construída Casa da Agricultura”).

10.2 – Alameda Dr. Barros – pela Lei nº 828, de 10/05/1991, promulgada pelo prefeito Benedito Martine, foi alterada a denominação dessa via pública :

“Artigo 1º - Fica denominada “Alameda Dr. Barros” a via pública que é denominada Alameda Antonio de Castro Leite.

Parágrafo 1º - A referida Alameda começa na travessa da Rua Cel. João Franco de Camargo, entrada para a Casa da Agricultura.

Parágrafo 2º - A placa denominativa da via pública referida  no presente artigo, conterá o título de “Alameda Dr. Barros””.

10.3 – Dados biográficos – Ernesto Bartholomeu de Barros – Dr. Barros – foi o segundo médico na história do Município. 

Em 1º/04/1908, na seção “Primeiras Coisas de Jambeiro”, “O Folgazão” – “orgam quinzenal, critico, humoristico e litterario”  que se editou em Jambeiro em 1908  – fez o seguinte registro :

“Medico – O primeiro que veio residir neste municipio, no anno de 1876, foi o Dr. Benedicto Alipio Meira.  Sucedeu-lhe o Dr. Ernesto Bartholomeu Barros, que esteve nesta cidade de 1881 a 1886, onde occupou o cargo de Presidente da Camara e outros, desempenhando-os com proficiencia e correcção, sendo, por esse motivo, dado à principal rua desta cidade (assim era considerada a atual rua Major Gurgel) o nome de rua do Doutor Barros”.

Por sua vez, “O Jambeirense” de 28/04/1998 comentou na pág. 5 :

“Há alguns anos, quando da mudança de nome da “rua do Hospital”, denominada Rua Dr. Barros (hoje, Rua Antonio de Castro Leite), chegou-se a indagar, na Câmara: “Quem foi, afinal, esse Dr. Barros ?”

Ora, naquela oportunidade deixou de ser atendida a lei municipal nº 566-A, de 29/05/1978, que proíbe alteração dos nomes de vias públicas da cidade, a menos que haja “ocorrência de fato relevantíssimo, devidamente justificado”, circunstância que, no caso em tela, não ocorria.

Para lembrança ou conhecimento de muitos, o Dr. Ernesto Bartholomeu de Barros foi o segundo médico da história de Jambeiro. As marcas por ele deixadas em nossa cidade devem ter sido tão profundas para que seu nome tivesse sido logo atribuído a uma das principais ruas de Jambeiro (a atual “Major Gurgel”).

Vereador da 2ª Legislatura de nossa Câmara – 1883/1886 –, o Dr. Barros chegou à presidência da Edilidade.

Em Jambeiro nasceram dois filhos de seu casamento com dª Amélia Augusta Barbosa de Barros : Edgard e Ernesto.

Leia-se o registro feito no “O Arco-Íris” – “orgam semanal, crítico, dedicado à juventude jambeirense” – edição de 14/09/1930 – quando o nome do grande médico tornou a figurar num trecho da atual Rua Major Gurgel, da qual em 27/05/1927 havia sido retirado para dar lugar à denominação de “Avenida do Café” :

“A CEZAR – A Camara Municipal desta cidade, há tempos, por indicação de alguns vereadores que, naturalmente, não conheceram o humanitario filho de Hippocrates, Dr. Ernesto de Barros, um dos que muito trabalharam para o progresso de Jambeiro, substituiu o titulo de “Rua Dr. Barros” pelo de AVENIDA DO CAFÉ.

Muita gente deu o estrillo com esse acto da edilidade, mas, que fazer ?! Como tudo neste mundo tem o seu dia, a Camara agora reparou, em parte, essa falta, dando a um trecho da alludida rua a denominação de “Dr. Barros”. Domingo, ao espocar de innumeros foguetes e ao som da “Lyra Jambeirense”, foi collocado o rico bronze – “Rua Dr. Barros” – gentilmente offerecido pelos filhos do saudoso medico”  (*).

(*)  A propósito : que fim esse “rico bronze” ?! 

10.4 – 25/08/1983 –  “O Jambeirense”  publica, na série “Roteiro Sentimental – V”, de Paulo Lopes Carvalho :

RUA DR. BARROS –  Médico – Nela está a Santa Casa, reaparelhada, só faltando firmar convênios para funcionar inteiramente em benefício da população. Também nessa rua, a Igreja de São Benedito, com a sua colina, sua escadaria, seu relógio e  seu encanto”.

11 –  PRAÇA ALMEIDA GIL

11.1 - A Lei nº 71, de 21/06/1956, promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, confirma como “Praça Almeida Gil a praça principal da cidade”  (artº 1º, letra “k”).

A primeira referência à denominação do principal logradouro da cidade consta da ata da 56ª sessão da Câmara Municipal, de 31/08/1889, da seguinte forma :

“O vereador José Francisco de Moura fez as indicações seguintes : ... Indicou mais que seja autorizado o Fiscal a gastar o necessario no nivelamento do pátio do Mercado, digo, largo de Almeida Gil”.

11.2 - 30/03/1985 – Dentro das comemorações do 109º aniversário do município, “Foi descerrada pelos netos do fundador de Jambeiro, Dª Ana Luíza Gil de Castro e Prof. Paulino Bernardes Gil, a nova placa denominativa da Praça Almeida Gil e oferecida pela família e afixada no canto esquerdo do Mercado Municipal e que  contém os seguintes dizeres: “PRAÇA ALMEIDA GIL – Luiz Bernardo de Almeida Gil – Fundador – 1837/1893”. Falou, na ocasião, o Prof. Paulino Bernardes Gil, nosso assinante e apreciado colaborador, que discorreu sobre a participação de seu avô na formação da cidade”

 (“O Jambeirense” – 15/05/1985 – pág. 10)

11.3 – A Família do cel. Luiz Bernardo 

Luiz Bernardo de Almeida Gil, “filho de Luiz Jacinto Gil, filho de Manoel Francisco Gil e de Anna Maria Xavier, “natural da Sé de Sam Paulo e freguez de Paraibuna” – que se casara “aos trez de Janeiro de mil oitocentos e vinte e cinco, na Matriz de Taubathe” “com Anna Gomes de Almeida, filha do Tenente Joze Vieira da Silva e de Dona Bernardina Edibia de Andrade, natural de Taubathe” “em prezença do Coadjutor da dita Villa, Emygdio Joze Fernandes, e das testemunhas Padre Joaquim Vieira da Silva e o Tenente Joze Vieira da Silva” – contraiu núpcias “aos treze de Agosto de mil oitocentos e secenta (sic) e quatro” na “Matriz de Caçapava” com “Anna Luiza de Toloza Guedes, filha legitima de Fernando Alves Guedes e de Maria do Carmo Toloza, ambos freguezes desta Parochia”, na presença do “Vigario Bento Antonio de Sousa e Almeida” e “das testemunhas Joze Manoel de Freitas e Francisco Alves Moreira”, “por Portaria do Vigario da Vara Padre Mariano Joaquim Muniz Simões”.  

Desse enlace nasceram os seguintes filhos: Raphaela (1865), José (1874), Luiz (1875), José Fernandes (1877), Oroncio (* 1880 + 1907), Dâmaso (1882), José Benedicto (+ 16/08/1884, com 6 meses) e Maria do Carmo (1885).

O cel. Luiz Bernardo era irmão :

de Joaquim Bernardo (nascido em 1830), que também se assinava Joaquim Gomes de Almeida e que foi casado em primeiras núpcias com Dioga de Toloza Guedes, filha de Fernando Alves Guedes e Maria do Carmo Toloza, e, em segundas, com Anna Candida Franco de Camargo, filha de Antonio Franco de Camargo e Anna Francisca de Toloza :

de Bernardina, que foi casada com João Baptista de Toloza;

de Maria José (* 1842), que foi esposa do cap. Francisco Joaquim Rebello;

de Maria Caetana (* 1843  + 09/02/1894), que foi a primeira esposa do major João do Amaral Grugel;

de Rafaela (* 1844), que faleceu em tenra idade; e

de Anna Felizarda, que foi casada com Fernando José de Carvalho;

11.4 – Júlio de Paula Moraes escreve sobre Luiz Bernardo de Almeida Gil

“Sobre ele assim se expressou o prof. Júlio de Paula Moraes no jornal “O JAMBEIRENSE” de 09/11/1913, discorrendo sobre o seu nascimento :

“... a aura fagueira inebriava o sorridente predestinado para concorrer na fundação de uma povoação que hoje admiramos ... “Durante sua vida, foi político influente na então Vila de Caçapava, onde chegou a exercer as funções de JUIZ DE PAZ com apenas 18 anos de idade, em 1855, funções que exerceu até 1875.  Foi também SUPLENTE DE JUIZ MUNICIPAL, no período de fins de 1866 a fins de 1875.  No Bairro do Capivari (depois, Vila do Jambeiro) exerceu ainda os seguintes cargos : o de SUBDELEGADO DE POLÍCIA em 1874; o de DELEGADO, em 1885; o de JUIZ DE PAZ em 1887, e, a partir de 1889, o de JUIZ DE PAZ E DE CASAMENTOS, cargo que ocupou até a morte”. 

(extraído do opúsculo “CEL. LUIZ BERNARDO DE ALMEIDA Gil – SUA VIDA, SUA OBRA”, de autoria do prof. Paulino Bernardes de Almeida Gil, neto do cel. Luiz Bernardo).

11.5 – 15/11/1936 – “A JUSTIÇA” – “ORGAM INDEPENDENTE” – Redator Responsável – Prof. Paulino Gil” – publica na 1ª página em “JAMBEIRO (Resumo Histórico)” :

“... Façamos agora a descrição do que era isto lá pelo ano de 1860, quando ainda era o simples ‘bairro do Capivari’, pertencente ao município de Caçapava. Havia naquele tempo a sede da fazenda, no logar onde é hoje o Grupo Escolar, rodeada por um pomar que se estendia pela garage em frente, chácara do Edgard etc. No logar onde é hoje a Praça Almeida Gil, existia um rancho de tropas do Luiz B. de Almeida Gil (nhô Luiz) e uma tenda pertencente ao ferreiro Bento Norato. O terreno em volta era um pasto comum, com algumas gabirobeiras ali perto da casa de D. Sinhá Senes etc.”

11.6 – 22/11/1936 – Continua “A JUSTIÇA” a matéria da edição anterior :

“Jambeiro (continuação) – O morro que forma hoje o barranco atrás da casa do sr. Cunha (bangalô da Praça, hoje pertencente aos herdeiros de Geraldo Coelho Maciel) descia suavemente até alem do coreto. Onde é hoje a casa do snr. Hilário havia um armazém pertencente a Francisco (Tomaz) Rebelo. Na rua de cima, no terreno ao lado da residência do sr. F. Senes, existia outra casa na qual morava Joaquim Bernardes de Almeida Gil (Nhô Quim). Em frente a igreja existia a casa de morada e um outro armazém, pertencentes ao Capitão Jesuíno Batista, que era dono de um pedaço de terra que ia desde a casa do sr. João Gurgel até as divisas da chácara S. Joaquim e do rio até o cemitério ... O resto do terreno era ocupado com lavouras, pastos e matas. O rio que passa atrás do mercado seguia mais ou menos em reta em direção a casa do Melinho. Só mais tarde, para se fazer a rua de baixo, foi que Luiz Bernardes (nhô Luiz) deu-lhe o curso atual, sendo aterrado o leito antigo.”

11.7– Luiz Bernardo integrou a 1ª Legislatura da Câmara Municipal de Jambeiro, instalada solenemente em 10/08/1878, juntamente com Francisco Alves Moreira – presidente; cap. Jesuíno Antonio Baptista, Ladislao de Barros Nogueira, Vasco Pinto Rebello Pestana, José Francisco de Moura e Joaquim Silvério dos Santos.

11.8 – Luiz Bernardo de Almeida Gil faleceu em Taubaté em 08/11/1893 e no dia seguinte foi sepultado no Cemitério Municipal desta cidade.

Assim está redigido o registro do óbito do cel. Luiz Bernardo ::

“Aos nove dias do mez de Novembro de mil oitocentos e noventa e tres, neste districto e comarca do Jambeiro, Estado de São Paulo, ás oito horas da manhã, compareceu em meu cartorio o cidadão João do Amaral Gurgel e exhibio Attestado do Doutor Winther declarando que no dia oito do corrente na cidade de Taubaté, em casa de residencia de João Rosa, ás cinco horas da manhã, falleceo o cidadão Luiz Bernardo de Almeida Gil, com cincoenta e seis annos de edade, filho legitimo de Luiz Jacintho Gil e Anna Gomes Vieira de Almeida, casado com Dona Anna Luiza Guedes, natural e residente deste districto e fasendeiro, este deixou cinco filhos, sendo um de nome Luiz com dezoito annos de idade, um de nome Fernando com dezeseis annos de edade, um de nome Oronço com quatorze annos de edade, um de nome Damas com onze annos de edade e uma do sexo feminino de nome Maria do Carmo com oito annos de edade, este falleceu sem testamento e a causa de sua morte foi proveniente de febre pneumonia, cujo cadaver vae sepultar-se no antigo cemiterio publico desta Villa. Para constar lavrei este termo que commigo assigna o declarante e a testemunha José Joaquim de Sant’Anna. Eu Antonio Egydio dos Santos escrivõ de Paz o escrevi e assigno.

(aa) Antonio Egydio dos Santos – João do Amaral Gurgel – José Joaquim de Sant’Anna”.  

11.7 – “CEL. LUIZ BERNARDO DE ALMEIDA GIL – sua vida, sua obra” – Desse opúsculo de autoria do prof. Paulino Bernardes de Almeida Gil, publicado em 1993,“edição comemorativa do 1º centenário de falecimento do CEL. LUIZ BERNARDO DE ALMEIDA GIL – fundador de Jambeiro – 1893 – 08 DE NOVEMBRO – 1993” – são os seguintes dados :

O CIDADÃO

LUIZ BERNARDO DE ALMEIDA GIL nasceu em 1837 no Bairro do Capivari.

Sobre ele assim se expressou o Prof. Júlio de Paula Moraes no jornal “O JAMBEIRENSE” de 09/11/1913, discorrendo sobre o seu nascimento: “... a aura fagueira inebriava o sorridente predestinado para concorrer na fundação de uma povoação que hoje admiramos ...”

Durante sua vida, foi político influente na então Vila de Caçapava, onde chegou a exercer as funções de JUIZ DE PAZ com apenas 18 anos de idade., em 1855, funções que exerceu até  1875. Foi também SUPLENTE DE JUIZ MUNICIPAL, no período de fins de 1866 a fins de 1875.

No Bairro do Capivari (depois Vila do Jambeiro) exerceu, ainda, os seguintes cargos: o de SUBDELEGADO DE POLÍCIA em 1874; o de DELEGADO, em 1885; o de JUIZ DE PAZ em 1887 e, a partir de 1889, o de JUIZ DE PAZ E DE CASAMENTOS, cujo cargo ocupou até a morte.

Tomou parte no desenvolvimento da nova Caçapava, onde foi proprietário do terreno em frente à atual Igreja Matriz. Esse terreno foi desapropriado pela Câmara Municipal de Caçapava em 01/08/1874 para que ali se construísse o prédio para a cadeia, anseio de toda a população. Em 12 de agosto do mesmo ano, recebeu a quantia de 800$000 pela desapropriação, mas o que ali se construiu foi o prédio do Grupo Escolar Rui Barbosa, em 1907.

Guindado à patente de Coronel da Guarda Nacional, conservava, no entanto, o seu estilo simples. Embora tivesse muitas outras atividades, pois, além de político, era comerciante, lavrador e criador de gado, mantinha-se acessível e despretensioso, chegando a declinar da indicação de seu nome para Coronel Comandante da Guarda Nacional.

A FUNDAÇÃO DE JAMBEIRO

Na área em que Luiz Jacinto tinha a sua fazenda, chamada de Capivari – que ia desde o rio do mesmo nome até o alto da serra do Jambeiro – é justamente onde hoje se encontra a cidade de Jambeiro. Nesse lugar, a estrada que partia de Taubaté – Caçapava-Velha – Paraibuna e Litoral (caminho da “Ilha”, como o povo chamava) se bifurcava, seguindo um ramo (estrada do Varadouro) para São José dos Campos. Dadas a sua distância e localização, a fazenda do Capivari tornou-se o ponto de parada e pernoite de viajantes ou tropeiros que por ali passavam. Com isso, foi-se formando um povoado composto por ranchos de tropa, tendas de ferreiro, casas de empregados e um ou outro armazém. Desde 1793, o local era conhecido como Bairro do Capivari ou “Caçapavinha”. Quando se construiu uma sede nova para a fazenda, edifício amplo, nele se fez um oratório, no qual se celebravam os ofícios religiosos.

Segundo filho de Luiz Jacinto, LUIZ BERNARDO herdou do pai a parte do imóvel onde estava situada a sede da fazenda. Com o passar dos anos, vendo crescer o povoado e talvez influenciado pelo desenvolvimento da nova Caçapava, resolveu dar forma de “cidade” a esse aglomerado. Para esse fim, fez vários melhoranentos, tais como: alteração do curso dos ribeirões que cortavam a propriedade, demarcação de ruas, construção de pontes, chegando a nivelar a praça que hoje tem o seu nome. Os atos litúrgicos, porém, continuavam a ser celebrados na capela da sede da fazenda. Era idéia de Luiz Bernardo construir uma igreja onde hoje está o conjunto poliesportivo da Associação Atlética Jambeirense. Foi, então, que se deu um fato envolvendo o Capitão Jesuíno Antonio Baptista, amigo e correligionário de Luiz Bernardo, que veio resolver o problema do culto e proporcionar maior desenvolvimento do arraial.

Jesuíno Baptista, fazendeiro e capitão da Guarda Nacional, havia imigrado em 1848 para o então Bairro do Capivari e, aqui chegando, conseguiu grande prosperidade e prestígio com a lavoura de café. Em 1865, dezessete anos após sua chegada, adquiriu de João Batista de Barros a área de terra que hoje constitui a parte alta da cidade e onde se estabeleceu com armazém e loja de tecidos no local onde atualmente se situa a casa do Sr. Manoel Mendes, na Praça Côn. Higino Corrêa (antiga Praça da Matriz). Homem religioso, o Cap. Jesuíno sentiu também a falta de uma igreja no povoado que, afinal, acabou se concretizando em decorrência de uma demanda judicial em que se envolveu. Ganhando a demanda, o Capital, em sinal de agradecimento, fez erguer a capela, com o auxílio dos fiéis, em terreno seu que doou à Padroeira e cuja construção foi permitida por provisão de 03 de março de 1871 do então Vigário Capitular do Bispado, Pe. Dr. Joaquim Manoel Gonçalves de Andrade. Uma vez concluída, a capela foi solenemente benzida em 17/09/1871 pelo então Vigário de Caçapava, Côn. Francisco Marcondes do Amaral Rodovalho. Que nela celebrou a primeira missa. Em 1872, por provisão do mesmo Vigário Capitular, de 19 de março, foi considerada Capela Curada de Nossa Senhora das Dores do Capivari e pela Lei Provincial nº 52, de 10 de abril do mesmo ano, o bairro foi elevado à categoria de Freguesia com a determinação de suas divisas com os municípios limítrofes da época: Caçapava, Paraibuna e São José dos Campos. Foi seu primeiro Vigário o Padre João Pereira Ramos. A elevação a Freguesia veio trazer maior desenvolvimento à povoação, tendo chegado o Cel. LUIZ BERNARDO a doar lotes e facilitar terrenos de sua propriedade aos interessados na construção de novas casas.

Em 1876, a Freguesia foi elevada à categoria de Vila pela Lei Provincial nº 56, de 30 de março, constituindo-se assim em município independente. Por essa época, a Vila contava com uma cadeira de instrução pública primária para o sexo masculino e seis eleitores (enquanto Caraguatatuva teinha quatro e Caçapava, dezesseis).

Em 1877, pela Lei Provincial nº 36, de 08 de maio, a Vila de Nossa Senhora das Dores do Capivari recebe o nome de Vila do Jambeiro. A origem desse nome é porque, naquela época, segundo alguns, havia muitas árvores frutíferas de jambo na serra que, por isso, era conhecida como “serra do Jambeiro”. Outra versão, mais provável, é a de que o morro na divisa com Caçapava era conhecido como “morro do Jambeiro” porque ali teria existido um “jambeiro”, à cuja sombra os tropeiros e viajantes descansavam da caminhada.

Em 10/08/1878, foi solenemente instalada a primeira Câmara Municipal e a nova Vila ficou fazendo parte da Comarca de São José dos Campos, unida ao termo de Caçapava.

Tendo o Cap. Jesuíno se mudado para Paraibuna, o Cel. LUIZ BERNARDO continuou, com devotado ardor, em seu trabalho para o encaminhamento da grande obra: o desenvolvimento de Jambeiro.

Em 1892, graças ao trabalho do cel. LUIZ BERNARDO foi o município elevado à categoria de Comarca por Decreto nº 108, de 23/09/1892, cuja instalação se deu em 15 de novembro do mesmo ano pelo cidadão Juiz de Paz Antonio Nogueira dos Santos, no exercício interino do cargo de Juiz de Direito.

Em 1898, Jambeiro é reconhecida como cidade pela Lei nº 07, de 15 de julho, passando a crescer rapidamente graças à riqueza advinda da produção cafeeira, chegando o município a ter, em 1920, perto de 10.000 habitantes.

Infelizmente, com a crise do café em 1929, veio o êxodo rural e o declínio de Jambeiro, que deixou de ser Comarca em 1934.

Assim, pelo muito que fez para que Jambeiro se desenvolvesse, saindo de sua condição de Bairro de Caçapava e pelo fato de que em suas terras, originariamente, surgiu o arraial e o povoado, é o Cel. LUIZ BERNARDO DE ALMEIDA GIL tido como seu principal fundador.

O Cel. LUIZ BERNARDO veio a falecer em Taubaté, aos 56 anos de idade, no dia 08 de novembro de 1893, tendo sido sepultado em Jambeiro, no dia seguinte”.

11.8 – 28/11/1968 – A Lei nº 303, promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, determina que os túmulos do Cel. Luiz Bernardo de Almeida Gil, do pe. José d’Andrade Costa Colherinhas e do prof. Júlio de Paula Moraes sejam conservados pelo Poder Público.

11.9 – 23/05/1983 – “O Jambeirense” publica, na série “Roteiro Sentimental - III”, de Paulo Lopes Carvalho:

“PRAÇA ALMEIDA GIL – Foi bom não ter sido a Praça individualizada. Todos são ligados por serem Gomes ou Vieira, ou Almeida Gil. Por isso, aqui cada qual se sente homenageado. É o coração da cidade. Os bancos são numerosos e confortáveis. Todos com encosto. Primeiro chegam os velhos; podem escolher o sol ou sombra. Retiram-se quando chegam as crianças. Estão em carrinhos empurrados por irmãozinhos, um pouquinho maiores, velocípedes, bicicletas com rodinhas laterais. Todos brincam, pulam, correm, inventam jogos. Elas se chamam Ana Paula, Susana, Cristina, Rosana, Neguinha, Fabiana, João Luís, Felipe, Chiquinho. Os meninos e as meninas têm olhos negros, olhos azuis, olhos verdes, olhos lindos, olhos jambeirenses. Durante o dia a Praça silencia. Depois das 18 horas, a Praça vive o seu esplendor com a chegada dos jovens de 15 a 17 anos. Pode-se traduzir toda aquela algazarra com os versos bonitos : “eu sou a primavera e a aurora, o olhar que se enamora de quanto vê pelo caminho em flor”. Os que iniciam o namoro trocam furtivos beijos. Um ou outro casalzinho exagera. Devem ter sido aprovados com distinção e louvor quando defenderam a tese de outro poeta : “Só amando é que se trocam beijos e só beijando é que se aprende a amar”. Havia um casalzinho que eu chamava “os adoradores”. De pé, mãos entrelaçadas, olhos nos olhos, eles ter a maravilhosa versão brasileira do famoso “point rose” dos franceses : “Róseo ponto do I do lábio que se adora”. Por coincidência, estão na Praça o Cartório do Registro Civil e a “NOSSA CAIXA” para financiar novas casas de futuros lares.  Na Praça ainda estão o Escritório da ELETROPAULO e a bomba de gasolina, a Padaria São José – que é do João –, onde se come delicioso pão, cujo sabor não se esquece. E há o lar de Dona Judith, onde, da rua, se pode ver dois lindos retratos, no tamanho 0,45 x 0,25 : são eles Sinhá Rebello e Sinhô Sennes, um belo casal do antigo Jambeiro”.

12 – PRAÇA BENEDICTO IVO

12.1 – 1ª denominação : “Praça da Bandeira” – A Lei nº 71, de 21/06/1956 (artº 1º, alínea “m”), promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, confirmou a denominação da Praça da Bandeira, “localizada entre a Praça Almeida Gil e a Rua Cel. Antonio Bernardes de Almeida”.

12.2 – 26/08/1945 – Nessa data foi inaugurado o obelisco da Praça da Bandeira em homenagem aos pracinhas jambeirenses que integraram a Força Expedicionária Brasileira – FEB – que lutou na Itália no final da 2ª Grande Guerra mundial.

12.3 – “Praça Benedicto IvoA Lei nº 315, de 31/05/1969 (projeto do vereador Synesio de Araujo Reis), promulgada pelo prefeito José Teixeira Duarte, alterou a denominação do logradouro para “Praça Benedicto Ivo”.

12.4 – Dados biográficos – Benedicto Ivo – filho de Joaquim Antonio da Cunha Ivo (filho de Ivo Pedroso de Moraes e Antonia Maria de Jesus) e de Josephina Maria de Jesus – nasceu em Jambeiro em 03/06/1890. Batizado em 08/06/1890 pelo vigário da Paróquia, pe. Francisco Salimena.

Era irmão de Pedro (* 1892) (que foi casado com Paulina Ivo), de Francisca (* 1894) (que foi casada com José de Araújo Reis - “Zé Pistão”), de José (* 1897) (que foi casado com Maria das Dores da Cunha Ivo), de Júlia (* 1900), e de Josepha (* 1902) (que foi casada com Jorge José - “Jorge Turco”).

Em 29/02/1908, na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, em cerimônia presidida pelo pe. José d’Andrade Costa Colherinhas, Benedicto Ivo casou-se com Maria Palmyra Ferreira – nascida em Jambeiro, em 08/12/1891, filha de José Ferreira da Palma e de Antonia Alves de Paula.

Desse consórcio houve os seguintes filhos, todos nascidos em  Jambeiro : Newton (* 1909), Esther (* 1911), Dimas (* 1914), Anésia (* 1916), Olinda (* 1918), Angélica (* 1920), Benedicto (Didi) (* 1922), José (* 1924), Nancy (* 1926), Joaquim (* 1928), Paulo (* 1931), Amaury (* 1933) e Ivan (* 1936) (obs. : os nomes em negrito são dos conterrâneos felizmente ainda vivos, que residem em São José dos Campos).

Benedicto Ivo foi comerciante em Jambeiro, em Paraibuna (a partir de 1938) e, finalmente, em São José dos Campos, para onde se mudou em 1945, tendo-se estabelecido na Rua Siqueira Campos (Casa São Luiz).

Benedicto Ivo foi vice-prefeito de Jambeiro de 15/01/1926 a 15/01/1927 e de 15/02/1927 a 24/10/1930 (sendo prefeito o major João do Amaral Gurgel); e prefeito municipal, de 31/07/1936 (quando foi eleito pela Câmara Municipal) a 21/06/1939.

Durante sua gestão de prefeito, no local onde foi a sede da antiga fazenda da família Almeida Gil começou a construção do Grupo Escolar de Jambeiro (hoje, EESG “Cel. Joaquim Franco de Almeida”), concluída na gestão  do ex-prefeito Octavio Enéas de Almeida (o prédio foi inaugurado em 27/07/1940 com a presença do conterrâneo prof. Dario Dias de Moura que representou, no ato, o dr. Adhemar Pereira de Barros, interventor federal em São Paulo).  

Benedicto Ivo faleceu em 20/04/1969 em São José dos Campos e está sepultado no chamado “Cemitério do centro”, daquela cidade.  D. Maria Palmyra faleceu, também em São José dos Campos, em 12/04/1979.

12.5 – 30/03/1924 – “O Jambeirense” publica, na 1ª página :

“PERFIL à crayon

 B.I.

Dum jambeirense ativo e folgazão

o pálido perfil ora debuxo :

 numa caçada      este sujeito

e não perde num veado um só cartucho.

Gênio alegre, expansivo e brincalhão,

 às vezes fica sério de verdade :

é quando alguém lhe diz que é baixo e fraco

o fumo que ele vende na cidade.

O nosso Hilário, que é sisudo e sério,

e não gosta de certa brincadeira,

 já me disse, uma vez, que é um fera,

um cabra bom na farra e pagodeira.

Os dois, certa ocasião, em Caçapava,

foram vistos comprando cera e mel.

Francamente, não sei se tal é certo,

qual fo, dos dois, quem fez o ‘coronel !

Perdoai, amigos, tanta indiscrição,

e do perfil olhai somente os traços,

pois não quero ofender um camarada,

em quem desejo dar cinqüenta abraços

12.6– 27/07/1983 – “O Jambeirense” publica, na série “Roteiro Sentimental-IV de Paulo Lopes Carvalho:

PRAÇA BENEDITO IVO  –  pequenina e está sem placa. O que é preciso mesmo, Prefeito, é fazer ao redor do obelisco o maior e mais florido canteiro, inteiramente plantado de roseiras; que floresçam rosas brancas, lembrando o heroísmo daqueles doze jovens, cujos nomes constam na placa; rosas vermelhas, lembrando o sangue derramado, as mortes de tantos bravos, entre os 35.000 brasileiros, que com heroísmo lutaram em Montese, Marano, Collecchio, Monte Castelo, Castelnuovo, Casale, Torino. Valentes na guerra e generosos para com os vencidos, por isso os nossos pracinhas assistiram à rendição do general Otto Fretter e toda a forte e orgulhosa Divisão 148, do poderoso Exército Alemão. Que floresçam, também, rosas amarelas, que representarão o ouro da nossa gratidão.

Mas o obelisco está feio e sujo. Alguns nomes são lidos com dificuldade. É preciso modernizá-lo, Senhor Prefeito! Sei que não pode ser feita uma placa de ouro; mande fazer, então, uma grande placa de bronze e esta, por disposição legal, seja limpa pelo menos uma vez por semana. Nessa Praça ainda está o Banco Noroeste, que certamente não se recusará contribuir para a reforma”.

12.7 –  jan/fev-98 – O “Jornal do Comércio”, de São José dos Campos, publica na pág. 14, na série “Histórias do Comércio”, de autoria de Altino Bondesan :  

Benedito Ivo – Nos anos 45, fins da guerra, São José atraía empresários das cidades vizinhas, ocasião em que Benedito Ivo aqui aportou com sua numerosa família e adquiriu a Casa São Luiz, de Luiz Gonzaga Teixeira Leite, tornando-se logo muito popular e estimado. Homem voltado para os problemas políticos, logo se revelou, além de bom comerciante, ótimo defensor de idéias liberais, desmentindo o princípio de que o negociante deve viver alheio a tais questões. Procedente de Paraibuna, onde manteve comércio por sete anos, Benedito Ivo era natural de Jambeiro, cidade onde foi estabelecido e exerceu o cargo de prefeito por duas vezes. Em São José, Benedito Ivo logo demonstrou suas qualidades de homem religioso, pai exemplar, cidadão de nobres virtudes. Entre seus filhos houve Dimas Ferreira Ivo, que teve atuante posição, como comerciante, corretor de imóveis e loteador, devendo-se a ele esse florescente bairro que é o Jardim Oriente. Quando Ivo encerrou seu comércio, à Rua Siqueira Campos, seus filhos Amauri e José se estabeleceram à Rua Major Antonio Domingues, nos mesmos moldes paternos. Falecendo aos 80 anos em 1969, pai de doze filhos, Benedito Ivo deu por cumprida sua missão, sempre atento à lealdade, à amizade, ao bom convívio de numerosos amigos. Sua passagem por São José foi marcada por uma legenda de trabalho, realizações e colaboração com as entidades de assistência social, religiosas e educacionais”.

12.8 –  O nome de Benedicto Ivo foi atribuído a uma das ruas do Jardim Renata, em São José dos Campos (os nomes de sua esposa Maria Palmira, de seus filhos Newton e Dimas e de seu genro – o jambeirense Diomedes Ferreira Santos – também foram dados a ruas daquela cidade).

13 – RUA CEL. ANTONIO BERNARDES DE ALMEIDA

13.1 –  “Rua do Mercado” foi o nome inicial dessa via pública que também é conhecida como “Rua Nova”.

13.2 – “Rua Presidente Washington”  ou  “Rua Dr. Washington Luiz” – em 20/08/1923 assim passou a denominar-se, conforme consta na ata da sessão da Câmara Municipal, daquela data :

Para perpetuar com gratidão essa honrosa visita” (do Dr. Washington Luís Pereira de Souza, presidente do Estado de São Paulo, a Jambeiro, ocorrida em 15/05/1923), o vereador farmacêutico João Baptista Marcondes apresentou proposta, aceita pela unanimidade dos vereadores, no sentido de que “ficasse a Rua do Mercado de ora em diante denominada rua Presidente Washington”.

Consta que o dr. Washington Luís, após as visitas que fez ao prédio das Escolas Reunidas (repleto de alunos) e à Cadeia (sem nenhum preso), teria comentado : “Feliz esta cidade que tem a escola cheia e a cadeia, vazia !”

13.3“Rua Dr. João Pessoa” – Tal denominação foi dada pela Resolução nº 6, de 30/10/1930, depois “convertida” na Lei nº 97, de 03/01/1931, “decretada” pelo prefeito João Bellotti dos Santos :

“Artº 1º - Fica convertido em lei as resoluções nºs. 6 de 30 de Outubro e a de nº 11 de 15 de Dezembro de 1930, que transfere os nomes das ruas Dr. Washington Luiz e Major Gurgel para Dr. João Pessoa e Siqueira Campos respectivamente”  (N. da R.: foi respeitada a redação original).

13.4 – “Rua Cel. Antonio Bernardes de Almeida” – Em 21/02/1952 o prefeito Eduardo Vieira de Almeida promulgou a Lei nº 01/52 (projeto do vereador Waldemar Alencar), denominando “Rua Antonio Bernardes de Almeida a atual Rua João Pessoa”.  A respectiva placa denominativa foi descerrada em 17/08/1952.

13.5 – Dados biográficos – O Cel. Antonio Bernardes de Almeida, nascido no Bairro do Capivary em 17/01/1869, era filho do cel. Joaquim Bernardes de Almeida Gil (ou Joaquim Gomes de Almeida, conforme consta no registro de batismo) e Anna Franco de Camargo (no assento de batizado, celebrado em 06/02/1869 na matriz de Caçapava pelo vigário da Paróquia, pe. Francisco Marcondes do Amaral Rodovalho, consta como tendo “31 dias” nessa data). 

João Baptista de Toloza e Bernardina Edibia foram os padrinhos do pequeno Antonio.

Antonio Bernardes de Almeida casou-se aos 22 anos no dia 24/09/1891, às 6 horas, na casa de João do Amaral Gurgel, na Rua do Comércio, com Presciliana Augusta de Almeida, com 24 anos, sendo testemunhas Joaquim Francisco Pantaleão e João do Amaral Gurgel (Presciliana foi carinhosamente conhecida por “Pilana”)

Desse casamento houve os filhos : Joaquim (prof. “Joaca”) (que foi casado com Maria Adelaide Vieira - “Maricota”), Maria do Carmo (Sinhá) (que foi casada com João Franco Júnior Dodão”), Antonio Cândido (que foi casado com Satyra de Abreu), Maria da Conceição (“Tãozinha”) (que foi casada com Elias de Toledo Chagas), Maria Caetana (“Caetaninha”) (que foi a segunda esposa de Antonio Pinto da Cunha), Mílton, Octavio e Sotero.

O cel. Antonio Bernardes de Almeida durante muitos anos foi influente chefe político local.

Faleceu em 08/06/1924 e está sepultado no Cemitério local.

13.6 – 15/06/1924 – “O Jambeirense” noticia :

CEL. ANTONIO BERNARDES – A nossa população foi dolorosamente surprehendida domingo passado com a infausta noticia do trespasse do sr. Cel. Antonio Bernardes de Almeida

O finado, que pertencia a distincta familia Bernardes, nasceu neste municipio em Janeiro de 1869 e era filho do finado cel. Joaquim Bernardes de Almeida Gil e de d. Anna Candida Franco Gil.

Deixa viuva a exma. Sra. Dª Presciliana de Almeida e os seguintes filhos: professor Joaquim Bernardes de Almeida, director das escolas reunidas de Embahu; D. Sinhá Bernardes, casada com o sr. João Franco Junior; Antonio Candido de Almeida, casado com a sra. Dª Satyra de Abreu; senhorinhas Conceição e Maria Caetana, Milton de Almeida; e os meninos Almeida e Sotero.

Era irmão do sr. cel. Joaquim Franco de Almeida, chefe politico local, e dos srs. Major Delfino Franco de Almeida e José Luiz Franco, fazendeiros em Caçapava; Leopoldo Franco de Almeida e Alvarino Franco, fazendeiros neste municipio.

Desde 1909 vinha o illustre extincto desempenhando com criterio o cargo de chefe politico local, passando-o, ultimamente, ao seu irmão, sr. major Joaquim Franco de Almeida, já por achar o seu estado de saude um tanto abalado, ficando apenas com vice-presidente do directorio.

Occupou ainda o cargo de Juiz de Paz em cujo posto a morte o veiu arrebatar.

Por motivo do seu fallecimento foram adiados os festejs do mez Mariano que devia ser hoje para  primeiro domingo de Julho.

Os seus funeraes que se realizaram no dia seguinte, teve grande acompanhamento, notando-se innumeras corôas com sentidas inscripções.

A banda “Lyra Jambeirense”, em homenagem ao illustre extincto, fez-se representar por todos os seus membros no enterro que teve tambem o acompanhamento de innumeras pessôas vindas das cidades circumvisinhas. 

“O Jambeirense” envia á Exma. familia enluctada as expressões do seu profundo pesar”.

13.7 – 27/07/1983 – “O Jambeirense” publica, dentro da série “Roteiro Sentimental – IV”, de autoria de Paulo Lopes Carvalho:

RUA CEL. ANTONIO BERNARDES DE ALMEIDA (1869/1924) – Ao meu lado ouço o sussurro de uma prece que termina: “Sua bênção, padrinho; sua bênção, Dindinha”. Eu complemento: “Obrigado, Cel. Bernardes; obrigado, Pilana, pelas lindas bonecas, pelos vestidos coloridos oferecidos à sua afilhada Maria. Continuem felizes e tranqüilos. Sua afilhada tornou-se uma jovem bonita; negros e ondulados cabelos, enfeitando ainda mais o rosto formoso; corpo bem feito, andar elegante. Foi filha dedicadíssima, foi irmã carinhosa. É esposa adorável, é mãe modelo e coruja como todas as vovós”.

14 –  RUA JÚLIO DE PAULA MORAES – Imprensa e Ensino

14.1 – “Travessa da Avenida” – Até 21/02/1952 assim foi chamada essa via pública.

14.2 – “Rua Prof. Júlio de Paula Moraes” – Em 21/02/1952, pela Lei nº 1/52, promulgada pelo prefeito Eduardo Vieira de Almeida (projeto do vereador Waldemar Alencar), “Fica denominada rua Julio de Paula Moraes a atual Travessa da Avenida”.  A respectiva placa denominativa foi descerrada em 17/08/1952, tendo discursado na ocasião o poeta jambeirense João Gurgel Júnior, ex-aluno do homenageado e autor da idéia da denominação da rua).

Desse discurso extraímos os seguintes trechos :

É o seguinte o texto do discurso:

“Sr. Prefeito Municipal; srs. vereadores; minhas senhoras e meus senhores:

Preliminarmente, antes de entrar no assunto que nos congrega nesta praça pública, seja-me permitido apresentar as minhas saudações cordiais aos conterrâneos aqui presentes, que vieram de longe em romaria, venerar a Imagem de Nossa Senhora das Dores do Capivari e aliviar as saudades do torrão natal.

Entre eles revejo velhos amigos do tempo de minha adolescência, do tempo em que Jambeiro era para mim a cidade do sonho, da mesma forma que agora, passada a mocidade, se tornou na das recordações e da melancolia.

A todos vós, pois, o meu comovido abraço e as bênçãos da nossa Santa Padroeira.

Meus senhores: nos lugares pequenos assim como o nosso, os habitantes citadinos constituem, por assim dizer, uma só e grande família.

Todos se conhecem e se ajudam mutuamente, compartilhando da alegria ou das desgraças alheias, com o mesmo transbordamento de euforia ou com a mesma desoladora amargura, como se fossem atingidos no próprio coração.

Por isso, meus senhores, esta festa de hoje é uma festa de família.

Aqui estamos reunidos para reverenciar a memória de três jambeirenses dignos, três individualidades distintas que, pelo muito que fizeram pela sua e nossa terra, estão recebendo neste momento o tributo da nossa gratidão.

Os coronéis João Franco de Camargo e Antonio Bernardes de Almeida e o Professor Júlio de Paula Moraes estão perpetuados nas placas que darão nomes a três ruas desta cidade, cidade que eles tanto amaram, veneraram e dignificaram na majestade dos seus atos ou na dignidade de suas próprias atitudes.

Esta singela homenagem que para muitos nada significa, tem, entretanto, para nós, um alto significado. Pretendemos com isso tornar imperecíveis estes três nomes, para que as gerações futuras, em momentos oportunos como este, continuem a venerar a memória desses jambeirenses impolutos que vivem no epicentro das nossas recordações carinhosas e na ternura dos nossos corações.

Coube a mim a honra de ser o paraninfo da solenidade da inauguração da placa que traz o nome do saudoso Professor Júlio de Paula Moraes – meu compadre, meu mestre e meu amigo !

Dele vos devo falar mais demoradamente. Devo mostrar à geração de agora quem foi essa figura singular de autodidata.

Essa personalidade complexa e heterogênea que superou a própria capacidade de ação e se exalçou demais no meio em que viveu: de simples professor provisionado nos primórdios da Proclamação da República, no bairro do Tapanhão do nosso município, esse homem “sui generis” se transportou para a cidade e aqui se fez, além de mestre-escola, professor de música, jornalista, poeta, pirotécnico e funcionário público.

Era o “homem dos sete instrumentos”, como o chamavam aqui, não no sentido pejorativo, mas com o espírito de admiração por aquele que, à custa do seu próprio esforço e inteligência privilegiada, conseguira impor-se e fazer-se respeitado. Educou várias gerações de jambeirenses, quer ensinando-lhes as primeiras letras, quer ministrando-lhes lições de música, apurando-lhes o gosto pela sublime arte de Euterpe.

Ensinou a ler a Dario Dias de Moura que, formado professor normalista, atingiu posto de destaque no Governo do Estado e ainda até hoje lá se mantém, emprestando o vigor de sua inteligência e de sua cultura aos assuntos relacionados com a instrução pública da Capital.

Igualmente ensinou a ler a Joaquim Fernandes de Almeida, outro discípulo que não desapontou o mestre, pois que é hoje diretor aposentado de um dos melhores Grupos da Capital.

Ensinou o ABC, acompanhado de muitos e merecidos castigos, ao mais vagabundo dos seus discípulos, o humilde orador que ora vos fala e que, se não é hoje bacharel em Direito, cabe a culta a uma série de circunstâncias imprevisíveis que não vem ao caso relatar.

Fez de quase todos os seus filhos varões e sobrinhos, musicistas de valor, destacando-se entre eles Galdino Osório Guimarães, maestrino e compositor inspirado de quem até hoje os campineiros se recordam com saudades, e Cacildo de Moraes, que é presentemente o maestro da Banda Musical do 8º B.C., de Campinas.

Com os drs. Orôncio Bernardes de Almeida Gil e Crescêncio de Oliveira Costa fundou o “O Jambeirense”, semanário que circulou por muitos anos em nossa cidade e que eu bem sei à custa de quantos sacrifícios.

Poeta, não direi que ele fosse poeta de verdade: gostava de versejar na linguagem caipira que ele tão bem assimilara nos seus bons tempos do Tapanhão, versos que compunha com a mesma simplicidade ingênua dos nossos sertanejos.

Dou aqui uma amostra do seu estro, para conhecimento das pessoas que me ouvem, versos que irão despertar uma recordação agradável à velharada cá da terra.

Ei-los:

“Uai, tô aqui otra veis,/ vanceis intão não me conhece?/ pois, nhor sim, quem é vivo,/ tá craro, sempre aparece.

Eu vim prá morde as cremesse/ que tá linda de encantá!/ mais o pobre do tostão/ vai rodando sem pará.

Aqui, a barraca do tiro,/ ali, das coisada fria,/ mais a moçada bonita/ pede o cobre e ninguém fia.

Gostei munto lá da egreja:/ da torre, do artá, do sino;/ porém, achei munta farta/ do vigário Celestino.

Si não é aquele padre,/ discurpe a franqueza minha,/ eu juro inté prá vanceis,/ igreja aqui nóis num tinha...

Inté o padre Trabursi,/ que a egreja demoliu,/ na feitura desta outra/ tamém munto contribuiu.

E as mocinha da cremesse,/ quais barboleta a vuá,/ sugava os borso da gente/ pr’os cobrinho arrancá.

E as senhora respeitave/ tamém munto trabaiaram,/ carregano pedra e teia,/ a pedido do vigário.

Só quem nada trabaiô/ foi aqui o seu criado;/ mais agora tô cum medo/ de pagá o meu pecado ...

E inté logo prá vanceis,/ discurpe a caceteação;/ de parminha num careço,/ vaia, sim ... isso é qui é bão...”

Como pirotécnico, o professor Júlio era um mestre, e tanto isso é uma verdade incontestável, que todas as vezes em que daqui saía para queimar fogos lá pelas bandas do oeste do nosso Estado, competindo com outros pirotécnicos de fama, para cá voltava vencedor e satisfeito, porque isso era motivo de orgulho para a sua cidade.  Vítima de um desastre nessa profissão perigosa, viu-se com a mão direita esfacelada por uma bomba que lhe deixou apenas a falange do dedo mínimo e parte do indicador.

Era uma desgraça que ele considerava irremediável: com aquela mão é que ele supria a subsistência da família.

Como continuar no exercício de escrivão da Coletoria, o seu melhor emprego ? Como fabricar os fogos de artifício ? Como executar  instrumento na banda em que ele era a principal figura ?

Pois, meus senhores, esse homem engenhoso e de vontade férrea mandou inverter as chaves do bombardino e passou a executá-lo com a mão esquerda, com a mesma habilidade de antes.

Prendeu a caneta engenhosamente entre o que restava de seus dedos e passou a escrever com a mesma caligrafia de outrora e, assim, sem solução de continuidade, integrou-se de novo no ritmo da vida.

Pelo Jambeiro tudo ele dava, brigava, se preciso fosse, com quem procurasse diminuí-lo.

Nesse exagerado amor pelo torrão natal ele deixou, entretanto, uma sobrinha à altura do seu bairrismo acendrado – a nossa velha conhecida Adélia de Moraes ! 

Ai do adventício que aqui aportar e falar mal do Jambeiro !  Na certa a Adélia o fará correr a cabo de vassoura !...

Eis aqui, senhores, numa síntese rápida mais ou menos esboçado o perfil do professor Júlio de Paula Moraes, tudo mal alinhavado dentro da exiguidade do tempo da solenidade presente.

Esse foi o homem que amou Jambeiro, tanto quanto amou a caboclinha bonita com quem se casou e a prole numerosa que adveio desse casamento.

Agora, para terminar, eu vos pergunto: merece ou não merece a nossa gratidão e admiração o homem que fundou o semanário e uma banda musical em nossa terra e os manteve por perto de quarenta anos ?

Merece ou não merece a nossa gratidão aquele que ensinou várias gerações, quando Jambeiro ainda não possuía escolas oficializadas ?

Tenho certeza de que todos os que o conheceram responderão afirmativamente.

Tendo sido eu o autor da lembrança desta homenagem, cumpre-me agradecer ao sr. prefeito e aos não menos dignos srs. vereadores o haverem esposado a minha sugestão.

Cônscio de que justifiquei plenamente as razões desta solenidade, dou por inaugurada esta placa. Aqui está tudo quanto eu tinha a dizer”.

14.3 – Dados biográficos Júlio de Paula Moraes nasceu em Jambeiro em 14/11/1873, como consta de assento no livro de batizados da paróquia :

“Nascido a quatorze de novembro de mil oitocentos e setenta e três. Batizado pelo Pe. Vigario João Pereira Ramos, filho legitimo de Benedicto Antonio de Moraes e Candida Maria do Espirito Santo. Padrinhos: João Batista dos Santos e Maria do Carmo Santos. Não se achando assento no 1º livro, do nome acima, a pedido do pai, digo, achando-se borrões, passei para este livro o referido assento, e mesmo por declaração do sr. Benedicto Antonio de Moraes, que apresentou assento em seu livro de nota de nascimento de seus filhos.

(a) Pe. Reis França”.

Júlio Moraes foi fundador do 1º jornal da cidade, “O Jambeirense” juntamente com o jambeirenese dr. Oroncio Bernardes de Almeida Gil, advogado, e o taubateano dr. Crescencio José de Oliveira Costa Filho, promotor público da Comarca. 

Fundador e regente da “Lyra Jambeirense”

Professor no bairro do Tapanhão e nas Escolas Reunidas.

Hábil pirotécnico.

Escrivão da Coletoria Estadual.

Em 07/10/1897, às 18 horas, casou-se, com 23 anos e 10 meses – “no cartorio a portas abertas” –, com Silvina Maria das Dores, com 15 anos, natural de São José dos Campos, filha de Jeronymo José de Sant’Anna e Gertrudes de Jesus (Tudinha), perante o juiz de paz, cel. Antonio Baptista de Oliveira Costa, e as testemunhas Cesário Teixeira dos Santos, com 42 anos, e Bento Vieira de Moura, com 30 anos, tendo José Félix da Costa Ribeiro servido como oficial “ad hoc”.

A cerimônia religiosa – que aconteceu no mesmo dia 07/10/1897 – foi presidida pelo vigário, pe. José d’Andrade Costa Colherinhas, sendo testemunhas José Félix da Costa Ribeiro e Benedicto Pinto da Cunha.

Desse casamento houve os seguintes filhos, todos nascidos em Jambeiro :

Jocelyna (07/07/1898), Danilo (26/08/1899), Maria Benedicta (17/02/1902), Benedicto (02/01/1904), Oldemar (26/09/1905), Cacilda (1º/04/1907), Cacildo (17/05/1909), Natalina (24/12/1910), Luiz Sylvino (07/06/1912), Setembrino (21/09/1914), Zuleika (05/12/1916 – 11/10/2002), Zita (18/09/1918), Lino (23/09/1920) e Brasil Jambeiro (07/10/1922).

Júlio Moraes faleceu repentinamente nesta cidade, na madrugada de 22/08/1931, aos 58 anos incompletos, estando sepultado no Cemitério Municipal. 

Silvina Maria das Dores alguns anos após a morte do marido transferiu residência para Taubaté e aí faleceu em 04/10/1952.  Está sepultada no Cemitério da Venerável Ordem Terceira, daquela cidade.

14.4 – 28/11/1968 – A Lei nº 313, promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, determina que os túmulos do cel. Luiz Bernardo de Almeida Gil, do pe. José d’Andrade Costa Colherinhas e do prof. Júlio de Paula Moraes sejam conservados pelo Poder Público.

14.5 – 05/01/1982 – A Lei estadual nº 3.208  (projeto de lei nº 171, de 28/05/1981, do deputado Sylvio Martini, oriundo das Moções nºs. 09/79, de 28/09/79, e 08/80, de 31/10/80, do vereador Benedicto Ernesto Alves de Moraes, aprovadas na Câmara Municipal), atribuiu ao trecho da Rodovia SP-103 – que liga Jambeiro à Rodovia SP-99-Rodovia dos Tamoios – a denominação de “Rodovia Prof. Júlio de Paula Moraes”.

14.6 – 25/08/1983 –  “O Jambeirense” publica, na série “Roteiro sentimental – V”,  de Paulo Lopes Carvalho :

RUA PROF. JÚLIO DE PAULA MORAES (1873/1931) - Imprensa e Ensino  

Dedicou-se inteiramente a Jambeiro;  foi um dos fundadores, em 1904, do jornal “O Jambeirense”. Felizmente para nós de hoje, dois de seus sobrinhos-netos, com boa vontade e carinho, fizeram o jornal voltar em nova fase, e tudo feito “por amor à terra”.

N. da R. : Sobre a ponte que existe na Rua Prof. Júlio de Paula Moraes há o seguinte registro na edição de 05/04/1915 d’”O Jambeirense” : “Ponte nova – A nossa ilustre edilidade que, incontestavelmente, procura conhecer de perto as necessidades de seus munícipes e que não tem poupado esforços para o embelezamento urbano, mandou construir uma sólida ponte sobre o rio bairrinho que liga a travessa à rua dr. Barros (*). Esse importante melhoramento, que vem embelezar uma das novas artérias desta cidade, contribui poderosamente para dignificar e engrandecer os novos edis pela extrema dedicação e pelos esforços que empregam para bem desempenhar os cargos para os quais tão dignamente foram escolhidos e eleitos. Os trabalhos já estão quase concluídos e a inauguração se fará dentro em breve.”

(*) Trata-se da atual Rua Major Gurgel que antigamente era denominada Rua Dr. Barros.

15 –  RUA MAJOR GURGEL

15.1 – final do século XIX – Rua Dr. Barrosesse foi o primeiro nome dessa via pública, assim chamada desde o final do século XIX em homenagem ao dr. Ernesto Bartholomeu de Barros.

O Dr. Barros foi o segundo médico “que esteve nesta cidade desde 1883 a 1886, onde ocupou o cargo de Presidente da Camara, e outros, desempenhando-os com  proficiencia e corretismo, sendo por esse motivo dado à principal rua desta cidade o nome de rua do Doutor Barros” (do tablóide “O Folgazão”, de 1º/04/1908).

N. da R.:  Essa rua por muito tempo foi também conhecida como “Rua do Colégio”, certamente pela circunstância de nela estar localizado o Grupo Escolar (antes, Escolas Reunidas de Jambeiro).

“O Jambeirense”, em sua edição de 24/09/1905, estampou o seguinte anúncio :

“OFFICINA DE ALFAIATE – Osorio Pereira de Faria avisa a todos os seus freguezes que reabriu a sua officina de alfaiataria à rua do Collegio, onde espera suas ordens. Garante a perfeição dos seus trabalhos – Jambeiro”.

15.2 – 27/05/1927 – Avenida do CaféEm 27/05/1927 o nome de “Dr. Barros” foi retirado dessa via pública, que  passou a chamar-se “Avenida do Café”. Essa alteração foi aprovada pela Câmara Municipal na sessão de 16/05/1927 e oficializada em 2705/1927, para comemorar o transcurso, nessa data, do 1º centenário da introdução do 1º cafeeiro no Brasil.

15.3 – 16/07/1939 – Rua Dr. Barros” (denominação dada não mais a toda a via pública, mas apenas a um trecho) – Em 16/07/1930, por Resolução da Câmara Municipal, o nome de “Dr. Barros” foi atribuído “ao trecho da Avenida do Café, compreendido entre o bueiro existente nas proximidades da Cadeia até o fim da rua na entrada da cidade”. Em 07/09/1930 foi colocada a placa de bronze (oferecida pelos filhos do dr. Ernesto de Barros) na parede do antigo edifício das Escolas Reunidas (antiga sede da fazenda do cel. Luiz Bernardo de Almeida Gil), “onde residiu o illustre clinico”.

               (“O Jambeirense” – 14/09/1930)

N.da R.: como se viu na edição de 29/06/1999 - pág. 4 - o nome ilustre do Dr. Barros é hoje a denominação da alameda perpendicular à Rua Cel. João Franco de Camargo, depois de também ter sido a denominação, entre 07/04/1978 e 10/05/1991, da atual Rua Antonio de Castro Leite (ex-Rua Rui Barbosa).

15.4 – 08/12/1947 – “Rua Major Gurgel” – assim passou a ser chamado o trecho da via pública entre a Praça Almeida Gil e o início da Rua Dr. Barros, segundo consta no preâmbulo da ata de diplomação do prefeito e vereadores eleitos para o mandato de 1º/01/1948 a 31/12/1951.

15.5 – 21/06/1956 – Rua Major GurgelA Lei nº 71, de 21/06/1956 (artº 1º, alínea “g”), promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, confirma a denominação de “Rua Major Gurgel” atribuída à via pública “que inicia à Praça Almeida Gil, indo até a Rua Dr. Barros, defronte à Biblioteca Municipal  (*) .

(*) A Biblioteca Municipal funcionava nessa época no prédio da Delegacia de Polícia (na última sala, à esquerda).

15.6 – 07/04/1978 – Rua Major GurgelA Lei nº 564-A, de 07/04/1978 (projeto do vereador Benedicto Ernesto Alves de Moraes), promulgada pelo prefeito Benedito Martine, autoriza seja atribuída a denominação de “Rua Major Gurgel” a toda a via pública, antes constituída de dois trechos até então denominados “Dr. Barros” e “Major Gurgel” (a denominação “Dr. Barros” foi atribuída à Rua Rui Barbosa, que deixou de ser assim chamada).

15.7 – DADOS BIOGRÁFICOS João do Amaral Gurgel, nascido em Caçapava em 26/12/1849, era filho do capitão José Joaquim do Amaral Gurgel e de Maria Joaquina da Conceição.

Batizado em 13/01/1850 pelo vigário da Paróquia, pe. Barnabé José Teixeira d’Andrade, na igreja matriz de Nossa Senhora d’Ajuda, teve por padrinhos José Dultra (sic) de Faria e sua mulher, Maria Joaquina.

João do Amaral Gurgel casou-se, em primeiras núpcias, com Maria Caetana de Almeida Gil – filha de Luiz Jacintho Gil e Anna Gomes Vieira d’Almeida Gil –, a qual veio a falecer em Jambeiro em 09/02/1894, “com 50 annos”.

Desse casamento houve os filhos : Adelaide (* 26/01/1870), José (* 04/08/1873) – ambos falecidos em tenra idade – e Benedicto (* 05/10/1879).

Em 23/04/1895, às 18 horas, em ato civil realizado na casa de Diniz dos Santos Pires e presidido pelo Juiz de Paz Antonio Nogueira dos Santos e testemunhado pelo tenente-coronel João Franco de Camargo (com 36 anos) e pelo capitão honorário do Exército, Antonio José d’Oliveira Sampaio, o major Gurgel casou-se, em segundas núpcias, com Zoraide Rosalina Pires, natural de Paraibuna, filha de Henrique dos Santos Pires e Joaquina Cândida Pires (esta, filha de Flávio Freire de Andrade e Euflasina Freire de Andrade). Dª Joaquina veio a falecer em Jambeiro em 28/02/1905, com 80 anos.

Dª Zoraide faleceu em Jambeiro no dia 11/07/1966, com 94 anos.

Do 2º casamento do major Gurgel houve os filhos : João (* 23/01/1896), Adelaide (* 21/07/1897), José Catulino (* 15/07/1898), Maria da Conceição (* 09/02/1900), Benedicto (* 12/06/1903), Leonor (* 18/10/1904), Clarice (* 08/04/1907) e Olavo (* 15/04/1910), todos nascidos em Jambeiro.

15.8– MAJOR GURGEL – vereador, presidente da Câmara e prefeito

O major João do Amaral Gurgel foi vereador nas seguintes Legislaturas : 1888/1890; 1892/1896; 1896/1899; 1899/1902; 1902/1906; e 1906/1908, tendo exercido a Presidência da Casa nos seguintes períodos : de 1892 a 1896; de 1896 a 1899; de 1899 a 1902; de 1902 a 1906; e de 1906 a 1908.

De 1908 a 1914; de 1914 a 1916; e de 1921 a 1930 o major Gurgel foi prefeito de Jambeiro.

- Principais conquistas entre 1908 e 1916 :

inauguração da estação telegráfica em 1º/12/1908; inauguração da rede de energia elétrica em 13/02/1916; e criação das Escolas Reunidas (= agrupamento das escolas isoladas existentes naquela  época) em 1916.

- Principais acontecimentos no período de 1921 a 1930 :

visita a Jambeiro, em 15/05/1923, do presidente do Estado de São Paulo, dr. Washington Luís Pereira de Souza (que depois chegou à presidência da República).

Em lembrança desse fato, a Rua do Mercado (atual “Rua Cel. Antonio Bernardes de Almeida”, também conhecida como “Rua Nova”) recebeu o nome de “Rua Presidente Washington ; depois da Revolução de 1930, essa via pública teve a denominação alterada para “Rua João Pessoa”, nome que durou até 14/09/1952, quando passou a chamar-se “Rua Cel. Antonio Bernardes de Almeida”); construção da atual Rodovia Jambeiro-Caçapava, hoje denominada “Rodovia João do Amaral Gurgel; e inauguração da rede de abastecimento de água e da fonte luminosa “Coronel Joaquim Franco”, em 28/05/1927.

Pelos serviços prestados a Jambeiro – rigorosamente fiel aos princípios de austeridade e honradez o major João do Amaral Gurgel mereceu ser imortalizado nos seguintes versos do poema “Saga de Jambeiro”, do saudoso conterrâneo pe. José Maria da Silva Ramos :

“João Gurgel, prefeito da cidade,

o mais-que-perfeito no corpo e no espírito” !

15.923/02/1977 – Pelo Decreto Legislativo nº 1/77 é atribuída a denominação de “Sala Major Gurgel” ao Plenário da Câmara Municipal.

15.10 – 18/12/1980 – Pela Lei Estadual nº 2.624 passa a denominar-se “Rodovia João do Amaral Gurgel” o trecho da Rodovia SP-103 que liga Caçapava a Jambeiro.

15.11– 25/08/1983 – “O Jambeirense” publica, no “Roteiro Sentimental –V”, de Paulo Lopes Carvalho :

“RUA MAJOR GURGEL (1849/1938) – A mais importante rua da cidade. No começo, casas comerciais, a Farmácia da Fé, a sede do Destacamento local, a cadeia de celas vazias. A cidade é tranqüila, o povo é pacífico, não há prisões a fazer. Quando há crime, é gente de fora que veio assaltar, furtar, matar e fugir. São agarrados em Caçapava ou São José e ficam por lá onde há mais segurança em prédio moderno. Coletoria e Centro de Saúde, onde o médico e suas auxiliares atendem com carinho e dedicação todos os doentes.

O bonito edifício “Grupo Escolar Cel. Joaquim Franco de Almeida”, onde funcionam escolas de 1º e 2º graus e Escola Normal.

Deixem, senhores dirigentes da política e do ensino, pelo menos em Jambeiro deixem esse nome “Grupo Escolar”, que fala aos nossos corações, na memória da nossa infância e na gratidão aos nossos professores. Parece, Major Gurgel, que a rua vai terminar. Mas lá está a placa maior, nova com o seu nome completo: “João do Amaral Gurgel”. Rua e rodovia fundem-se em um só meio de comunicação e atravessam a serra, a nossa serrinha. E através de Caçapava e Quiririm, as amenidades de Jambeiro são ligadas às excelências climáticas de Campos do Jordão”.

16 – RUA ARGENTINO SOARES RIBEIRO

16.1 – Rua Jambeiro – 04/12/1980 – O Decreto nº 341, do prefeito Benedito Martine, denomina “RUA JAMBEIRO o trecho de logradouro público situado perpendicularmente à Rua Major Gurgel, entre as esquinas das Ruas Júlio de Paula Moraes e Hilário Fermino”.

16.2  Rua Argentino Soares Ribeiro – 11/10/1990 – A Lei nº 812 (projeto nº 17/90, do vereador Joaquim Carlos Alves Pereira), promulgada pelo prefeito Benedito Martine, altera a denominação da “via pública atualmente conhecida como Rua Jambeiro, que tem início ao lado da casa do sr. Manoel Soares, perpendicularmente  à Rua Major Gurgel”.

16.3 – Dados biográficos – Argentino Soares Ribeiro, mineiro de Pouso Alto, nasceu em 18/03/1900, filho de Zeferino Soares Ribeiro e Ana Maria de Jesus.

Em 29/05/1920 contraiu matrimônio, em Pouso Alto, com Leopoldina Ribeiro Mendes, filha de Manoel Mendes Ribeiro e Manoela Soares Ribeiro.

Desse casamento  houve os seguintes filhos : Maria (+) (que foi casada com Waldomiro Passos - “Vavá”), Manoel (foi casado com a jambeirense Benedicta da Cunha Siqueira Ribeiro - “Didita”), Mariana (+) (que foi casada com Francisco Braga), Durvalina (casada com seu primo Ozias Mendes Ribeiro), Maria Isabel (“Bebé”), Elza, Acasias (casado com Maria Cecília Araújo), Oracy (+) (que foi casado com a conterrânea Maria Elenice Hilário), Diva (casada com Antonio Galvão Hilário) e Nadir (casada com Umberto Passarelli Filho).

No início da década de 40, seu Argentino mudou-se com a família para Jambeiro, tendo-se logo ambientado entre nós e fazendo inúmeras e sólidas amizades, graças ao seu generoso coração e às excelentes qualidades de seu caráter.

Seu Argentino faleceu em 21/08/1980 e está sepultado no Cemitério local.

Dª Leopoldina veio a falecer em Taubaté, em 30/08/1983, estando também sepultada no Cemitério de nossa cidade.

N. da R.: Devido a falha técnica ocorrida na última edição, reproduzimos os trechos incompletos dos subitens 16.2 e 16.3  referentes à Rua Argentino Soares Ribeiro :

16.2 – Rua Argentino Soares Ribeiro – 11/10/1990 – A Lei nº 812 (projeto nº 17/90, do vereador Joaquim Carlos Alves Pereira), promulgada pelo prefeito Benedito Martine, altera a denominaão da “via pública atualmente conhecida como Rua Jambeiro, que tem início ao lado da casa do sr. Manoel Soares, perpendicularmente à Rua Major Gurgel.

16.3 Dados biográficos Argentino Soares Ribeiro, mineiro de Pouso Alto, nasceu em 18/03/1900, filho de Zeferino Soares Ribeiro e Ana Maria de Jesus. Em 29/05/1920 contraiu matrimônio em Pouso Alto, com Leopoldina Mendes Ribeiro, filha de Manoel Mendes Ribeiro e Manoela Soares Ribeiro.”

17 –  RUA HILÁRIO FERMINO

17.1 – 21/06/1956 – A Lei nº 71 (artº 1º, alínea “c”), promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, denomina “Rua Hilário Fermino a rua sem nome que inicia na Rua Dr. Barros (1) e vai até a Avenida Rui Barbosa (2)”.

(1)  atual Rua Major Gurgel

(2)  atual Rua Antonio de Castro Leite

17.2 – DADOS BIOGRÁFICOS – Hilario Fermino – filho de Hilario Ferdinando e Felicia Maria – nasceu em Bondeno di Gonzaga, Itália, em 1864.  Em 1892, já casado com Locatelli Cherubina (ou Carolina), veio para o Brasil, viajando pelo navio “Carlo Orange”.

Vindo logo residir em Jambeiro, aqui lhe nasceram os filhos : Maria (1894), Rosa Benedicta (1896), Ferdinando (também conhecido por Fernando) (1898), Artibanno (1904), Pascoína (“Páscoa”) (1905), Fioravanti (Fante) (1907), Ricieri (1909) e Giuseppe (ou José) (1912).

Hilário Fermino faleceu em Jambeiro às 6 horas do dia 16 de abril de 1942, em sua residência na Rua Cel. Batista, então nº 6.  Por falta de médico na cidade, atestaram o óbito Euclides de Queiroz e Avelino Gagliotti.

Sepultados primeiramente no antigo Cemitério São Benedito (localizado atrás da Igreja Matriz), os restos mortais de Hilário Fermino foram posteriormente trasladados para o Cemitério Municipal.

17.3 – “O Jambeirense” de 04/05/1924 traça o seguinte perfil de Hilário Fermino :  

“RETRATO à crayon

             H. F.

É filho da bella Itália, / mas aqui deitou raiz. / Trabalhador, persistente, / da sorte não se maldiz.

No commercio elle cansou / de remar contra a maré, / mas ganhou dinheiro ‘à bessa’ / na lavoura do café.

Nunca larga o seu cachimbo, / que lhe dá prazer enorme. / Somente o tira da boca / quando come, bebe ou dorme.

Nos seus planos de negócio / gosto de ouvi-lo falar. / Não admite reparos / no seu modo de pensar.

Em palestras e cavacos, / quando alguém fala por troca, / no celebrado ‘tranão’ / eil-o que logo encaroça.

Nem mais palavra elle solta / fica mudo, mas não briga, / enche o pito, risca o phosphoro, e sai logo de barriga.

                                                                                                              Al-vi-mo”

17.4 – 27/10/1983 – “O Jambeirense” publica na série “Roteiro Sentimental - VII”,  de Paulo Lopes Carvalho :

RUA HILÁRIO FERMINO – só isso na placa; nenhuma data, nenhuma referência. Além disso, a rua está feia, maltratada. E ela faz divisa com a Associação Atlética Jambeirense, um dos orgulhos da terra: a beleza das jovens, lindas, flexíveis, corpos perfeitos; o esplendor dos atléticos rapazes. A primeira providência a tomar é obrigar a elegante Associação a fazer a calçada ao longo do muro. O resto virá naturalmente,. E toda a população irá recordar-se desse belo italiano, bigodões retorcidos, o cachimbo sempre na boca. Seu nome será falado com respeito. Você, Hilário Fermino, está representado na “praça encantada” pela sua bisneta Gilmara, um esplendor de beleza dos seus viçosos doze aninhos. Está também representado pelo bisneto Ferdinando, lindo nos seus olhos verdes, no seu vigor, uma esperança com os seus doze meses de idade.  A sua glória maior, Hilário Fermino, é o seu neto Altibano Hilário Codellos, que foi à sua querida Itália e lá, com a farda verde-oliva de “pracinha”, defendeu a honra e dignidade do Brasil, enaltecendo o nosso querido Jambeiro!”

17.5 – 27/06/1989 - 30/12/89 - 30/01/90 – “O Jambeirense” publica na seção “Crônica da Cidade”, sob o título “Os italianos em Jambeiro”, do prof. Paulino Bernardes de Almeida Gil :

“... Os Hilários são os descendentes de uma dessas famílias que mais se enraizaram em nossa terra. 

E pelo que se nota dos nomes de aniversariantes publicados mensalmente na seção social do“O JAMBEIRENSE”, a Família Hilário parece ser hoje a maior família jambeirense, sobrepujando talvez até mesmo os Almeida ou os Gil. 

Foi seu patriarca o saudoso Hilário Fermino. Pelo seu gênio especial e simpatia, o Hilário foi um dos “jambeirenses” mais notáveis do seu tempo. Muito popular (seu cachimbo era afamado!), gostava às vezes de bater um papo alegre com a rapaziada que éramos naquele tempo. E quando algum de nós dizia alguma bobagem que o contrariava, ele olhava para o tal, sacudia a cabeça e só dizia : 

– “Caipira atrasado!”

Naquele tempo, o Hilário era o proprietário da chácara onde hoje os seus descendentes abriram o “Jardim Centenário”. Essa chácara fez parte da fazenda do fundador de Jambeiro. Era a “horta” do nhô Luiz Bernardo, que nesse local plantou um variado pomar do qual fizeram parte aquelas jabuticabeiras que até há pouco tempo ali existiram Certa vez, nhô Luiz ganhou de um fazendeiro de Congonhas do Campo, em Minas, duas estátuas representando leões, esculpidos em pedra sabão.  Essas estátuas foram colocadas ornamentando o portão da chácara Certa ocasião uns antiquários passaram por Jambeiro e adquiriram quantos objetos de arte encontraram, como imagens, quadros, ornatos etc. E como não podia deixar de acontecer, compraram do Hilário também os dois leões, pagando por eles a importância de quinhentos mil réis, quantia bem elevada naquele tempo. E quando depois se comentou que aquelas estátuas poderiam ter sido obras do célebre escultor Aleijadinho, e portanto teriam alto valor artístico, o Hilário, sistemático como era, só  disse :  

– “Eco! Os leões eram meus, achei bom o negócio e vendi. Quem estiver achando ruim, que vá se queixar pro diabo que o carregue!”  

17.6 – 30/12/1989 – “O Jambeirense” publica, na seção “Crônica da Cidade”, “Os Hilários”, de autoria do prof. Paulino Bernardes de Almeida Gil :

“O casal HILÁRIO FERMINO (*) e CAROLINA LOCATELLI deixou grande descendência em Jambeiro. Pelo sobrenome – HILÁRIO – parece ser esta atualmente a maior família jambeirense.

Os homens são gente robusta e amante do trabalho. As mulheres são, na sua maioria, essas lindas louras de olhos azuis que ornamentam a nossa sociedade. Foram filhos desse querido casal de italianos, todos aqui nascidos : Maria, Rosa Benedicta, Ferdinando, Artibanno, Pascoína, Fioravanti, Ricieri e José.

(*) N .da R.: o italiano coloca o nome de família antes do que, para nós, é o prenome. Assim sendo, em vez de Hilário Fermino, a ordem normal, em português, seria Fermino Hilário (Fermino = prenome ; Hilário = nome de família ou sobrenome, como se costuma dizer)”.

17.7 – 30/01/1990 – “O Jambeirense” publica na seção “Crônica da Cidade”, em conclusão, “Os Hilários”, de autoria do prof. Paulino Bernardes Gil” :

...

“Como acabamos de ver, é bem numerosa a família dos HILÁRIOS, de Jambeiro. E reparem que só chegamos à terceira geração!  Imagine-se agora, se juntarmos essa bela florescência de gente nova – bisnetos e trinetos – que está desabrochando por aí, e se terá uma idéia da vasta geração que deixou o prolífico casal “jambeirense” HILÁRIO FERMINO e CAROLINA LOCATELLI.

...

E, para terminar, num preito de saudades ao casal e aos seus filhos, que foram tão bons amigos, queremos mais uma vez recordar o velho HILÁRIO, aquela pessoa simples, pitoresca e estimada.

Assim é que, numa imaginária visão, nós o revemos quando, baforando seu popular cachimbo, levando ao ombro sua possante cartucheira de dois canos, e calçando suas também tão afamadas botas, por ele mesmo feitas, lá ia a caminho de alguma  várzea, a caçar batuíras ...

Várias vezes assim o vimos, nos longes tempos da nossa infância, há já setenta anos, e agora sua imagem nos aflora, tão rica de  recordações ...”

18 – RUA D. ALBERTINA MARIA MIRA

18.1 – 20/12/1976 – Pelo Decreto nº 258, do prefeito Antonio Santiago da Silva Filho, “Fica denominada Rua Albertina Maria Mira a atual rua sem denominação, situada à esquerda da Rua Dr. Barros, à altura do nº 165, com 10 (dez) metros de largura, conforme doação da Família Mira.” (Livro de Registro de Decretos nº 2, fls. 119 e 199v.). 

N. da R. – Antecipando a oficialização da denominação da rua (que já havia sido acertada), em 18/09/1976, por ocasião da Festa da Padroeira, foi descerrada a placa denominativa da rua.

18.2 – DADOS BIOGRÁFICOS – No dia 24/08/1908, em Cristina, Estado de Minas Gerais, ocorreu o nascimento de Albertina Maria do Espírito Santo, filha de José Alves e Maria Rita do Espírito Santo.

Casada com José Rodrigues de Mira (Zequinha Mira) natural de Pouso Alto-MG, em 1898, filho de Antonio Rodrigues de Mira e Cândida Maria de Jesus – dª Albertina no início da década de 40 mudou-se dª Albertina para Jambeiro com a família, constituída de oito filhos – José, Antonio, Ilza, Nazaré (Lelé), Irene, Maria Cândida, Geraldo e Sebastião (a quarta filha, Zalica, já havia falecido).

Dotada de muitas virtudes e profundamente religiosa, Albertina logo se fez muito querida em nossa terra, a ponto de, apenas alguns anos depois de seu falecimento –  ocorrido em Taubaté em 21/04/1972 – seu nome ter sido escolhido para denominar  uma das ruas da cidade.

O descerramento da placa denominativa da rua aconteceu em 18/09/1976, como parte das comemorações da Festa da Padroeira daquele ano, promovida por Geraldo Rodrigues de Mira – um dos filhos de dª Albertina – e sua esposa, dª Maria José de Almeida Mira (a saudosa dª Zica), e pelo casal Mário Rodrigues de Carvalho – Horminda Pereira de Carvalho.

19 – RUA JOSÉ RODRIGUES DE MIRA

19.1 – 11/10/1990  –  Pela Lei nº 813, promulgada pelo prefeito Benedito Martine, foi atribuída a denominação de Rua José Rodrigues de Mira à “via pública que tem início na lateral do terreno da Telesp, perpendicular à Rua Albertina Mira” (projeto de lei nº 18/90, de 10/10/1990, do vereador Joaquim Carlos Alves Pereira).

19.2 – DADOS BIOGRÁFICOS – José Rodrigues de Mira (Zequinha Mira) – filho de Antonio Rodrigues de Mira e Cândida Maria de Jesus – nasceu em Pouso Alto-MG  no ano de 1896.

Na década de 40 Zequinha Mira transferiu residência, de Cristina-MG  para Jambeiro, com a esposa Albertina e os oito filhos : José, Antonio, Ilza, Nazaré (Lelé), Irene, Maria Cândida de Jesus, Geraldo e Sebastião.

Graças ao seu gênio muito alegre e por ser muito amigo da música, imediatamente Zequinha Mira fez inúmeras amizades em nossa terra, as quais soube conservar ao longo dos cerca de quarenta anos que viveu entre nós.

Seu falecimento aconteceu em 12/01/1983 em São José dos Campos, no Hospital Nossa Senhora de Fátima.

São do “O Jambeirense” – edição de 20/01/1983 – os seguintes trechos da nota de falecimento do querido Zequinha Mira

“Contava o extinto 87 anos e era viúvo da inesquecível dª Albertina Mira ... O corpo do querido extinto foi trasladado para esta cidade, tendo sido velado na Igreja de São Benedito, onde, às 10 horas do dia 13 foi concelebrada a Santa Missa pelo pe. Pedro Mira (sobrinho do falecido e vigário de Pouso Alto-MG), e pelo vigário da paróquia local, pe. José Sazami Kumagawa. Logo após houve o sepultamento com acompanhamento de inúmeros parentes e amigos. Entoaram-se vários cânticos no percurso até o Cemitério, onde o féretro deu entrada ao som do “Com minha Mãe estarei”.

Seu Zequinha foi um amigo a quem nossa gente aprendeu a estimar e admirar, graças às lições de permanente alegria que a todos ofereceu durante a sua longa e proveitosa existência.

Paz à sua alma e nosso abraço de solidariedade a toda a Família Mira”.

20 – RUA GIUSEPPE HILÁRIO

20.1 – 10/05/1991 – Pela Lei nº 827, promulgada pelo prefeito Benedito Martine, é dada a denominação de “Rua Giuseppe Hilário” à “via pública que liga a Rua Albertina Mira à Rua Hilário Fermino.”  (Projeto de Lei do vereador Antônio Santiago da Silva Filho)

20.2 – DADOS BIOGRÁFICOS – Giuseppe Hilário (Zé Hilário) foi o filho caçula do casal de imigrantes italianos – Hilário Fermino (filho de Hilário Ferdinando e Felicia Maria) e Carolina (ou Cherubina) Locatelli – aqui chegados na última década do século XIX.

Nascido em Jambeiro em 25/03/1912, Giuseppe (Zé Hilário) foi batizado na Igreja Matriz local no dia 02/05/1912 pelo vigário da Paróquia, côn. José Altino de Moura, tendo por padrinhos Benedicto Pinto da Cunha e Anna Rita de Cássia Cunha.

No dia 1º/02/1936 casou-se com Amélia Vieira da Silva – também natural de Jambeiro, filha de Normélio Vieira da Silva (filho de Estevam Vieira da Silva e Josephina Gomes Vieira) e Anna Tereza de Moraes – em cerimônia presidida pelo vigário da Paróquia, pe. Álvaro Ruiz, e testemunhada pelos pais do noivo e da noiva – Hilário e Normélio, respectivamente.

Desse casamento houve os seguintes filhos : Vaílda Benedita, Maria Neide, José (Zinho), Maria Helena, Ana Alice, Maria Estela, Israel Donderes, Edna Regina, Jorge Horácio, Celso Luiz e Francisco Carlos (+).

De seu 2º casamento, com Adélia (Anália) Hilário, houve os filhos Antonio Carlos, Maria Nadir e Lucimara.

Zé Hilário, dotado de gênio muito afável, participou ativamente da vida de nossa terra, muito estimado por toda a comunidade, que ele, muito pronto, sempre serviu de modo alegre e desinteressado. Os filhos por ele deixados – exemplares em todos os sentidos – constituem o mais alto testemunho da nobreza de caráter do chefe de família que foi Giuseppe Hilário – o sempre lembrado e querido Zé Hilário

21 –  RUA ANTONIO DE CASTRO LEITE

21.1 –  RUA RUI BARBOSA –  No início essa via pública teve tal denominação.  Em 13/11/1910 o jornal “O Jambeirense” publicou uma quadrinha de “A. Lyrio” (pseudônimo de José Felix da Costa Ribeiro), na qual aparece a primeira referência a essa via, ainda “rua em projecto, junto à chácara do sr. Joaquim Ivo” : a nova Rua do Ivo / chamará : Rua Rui”.)

21.2 – AVENIDA DR. RUY BARBOSA  –  Em 21/06/1956, a Lei nº 71 (artº 1º , alínea “f”), promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, confirmou a denominação da via pública (chamada de “avenida”) “... que, partindo da Rua Cel. Batista vai até a Rua Hilário Fermino.

21.3 – RUA DR. BARROS  –  Em 07/04/1978, a Lei nº 564-A (projeto do vereador Benedicto Ernesto Alves de Moraes) autorizou a alteração do nome da rua, de “Rui Barbosa” para “Dr. Barros”, tendo em vista a conveniência atribuição de uma única denominação – “Rua Major Gurgel” – para os dois trechos da principal via pública da cidade, antes denominados “Rua Major Gurgel”  (da Praça Almeida Gil até a esquina da Rua Argentino Soares Ribeiro) e“Rua Dr. Barros” (da Rua Argentino Soares Ribeiro até a saída da cidade).

21.4 – RUA ANTONIO DE CASTRO LEITE –  Em 10/05/1991, a Lei nº 828 (projeto do vereador Antonio Santiago da Silva Filho), promulgada pelo prefeito Benedito Martine, alterou a denominação da Rua Dr. Barros para “Rua Antonio de Castro Leite”, que “começa na Rua Cel. Batista nas proximidades da Santa Casa e termina na Rua Hilário Firmino”.

De acordo com o § 2º do artº 1º, da mencionada Lei nº 828, a“placa denominativa da via pública referida no presente artigo conterá as seguintes título e subtítulo :Rua Antonio de Castro LeitePrefeito e Presidente da Câmara Municipal”.

N. da R.:  Primeiramente o nome de ANTONIO DE CASTRO LEITE tinha sido atribuído à atual Alameda Dr. Barros (aberta em 1985 na administração Clodomiro Correia de Toledo – 1983/1988), por meio da Lei nº 750, de 07/03/1988, promulgada pelo mesmo prefeito Clodomiro (projeto nº 04/88, de 12/02/88, de iniciativa do vereador Benedicto Ernesto Alves de Moraes, também autor da Indicação nº 35/85, em que fora sugerida a atribuição do “nome de ANTONIO DE CASTRO LEITE à alameda que acaba de ser aberta ao longo da margem esquerda do Ribeirão dos Francos, e onde se localiza a recém-construída Casa da Agricultura”.)

21.5 – DADOS BIOGRÁFICOS  –  Nascido em São José dos Campos em 19/10/1906, ANTONIO DE CASTRO LEITE era filho de Ângelo de Castro Vasquez e Maria Cândida Leite de Castro

Em 27/09/1927 – em cerimônia realizada em São José dos Campos, em oratório particular e presidida pelo vigário da Paróquia daquela cidade, Pe. José Francisco MonteiroANTONIO DE CASTRO LEITE contraiu matrimônio com Dulce de Moura Candelária, nascida em Jambeiro em 15/07/1909, filha de Benedicto Ferreira Candelária e de dª Anna Rosa de Moura Candelária.

Desse casamento houve os filhos : Sebastiana (Tiana) (* 21/08/1928), Maria Aparecida (Cida) (* 06/11/1929), Ruy Carlos (* 18/04/1931), Judith (* 17/11/1932) – nascidos em São José dos Campos; e Ângelo (* 28/051934 + 19/08/1976), Antonio Carlos (Nenê) (* 08/08/1936 + 30/11/1998), Benedicto Flávio (09/01/1939 + ?), Ana Rosa (* 1º/11/1943) e Luiz Carlos (* 13/12/1944) – nascidos em Jambeiro.

Dulce faleceu nesta cidade em 23/12/1975 e está sepultada no Cemitério Municipal.

ANTONIO DE CASTRO LEITE  faleceu em Jambeiro em 16/11/1982 e seus restos mortais também repousam no Cemitério de nossa cidade, no jazigo da Família.-

21.6 – VIDA POLÍTICA  –  O primeiro cargo público exercido por ANTONIO DE CASTRO LEITE em Jambeiro foi o de “inspector de caminhos” “da 21ª secção do Bairro do Patizal, no limite da estrada do Patizal, às divisas de Bento de Moura”, nomeação feita pela Portaria nº 21, de 30/03/1935, do prefeito Benedicto Ivo.

ANTONIO DE CASTRO LEITE exerceu depois o mandato de vereador em cinco Legislaturas : 1936/1937; 1952/1956; 1960/1963; 1969/1970 (renúncia em 14/03/1970); e 1977/1982 (falecendo no exercício do mandato, em 16/11/1982). Ocupou a Presidência da Câmara de 31/07/1936 a 10/11/1937 e de 1º/01/1952 a 13/01/1955, e o cargo de Prefeito Municipal em cinco períodos :

1º)  de 28/09/1942 a 22/11/1945 – nomeado pelo Interventor Federal, dr. Adhemar Pereira de Barros ;

2º)  de 09/12/1945 a 12/03/1947 – reintegrado no cargo de prefeito municipal “de acordo com o ofício nº 54, do Exmº Snr. Dr. Juiz de Direito da Comarca” ;

3º)  de 1º/01/1948 a 31/12/1951 – por eleição direta, tendo sido candidato único ;

4º)  de 1º/01/1956 a 31/12/1959 – por eleição direta, tendo como vice-prefeito o conterrâneo Ricieri Hilário ; e

5º)  de 1º/01/1964 a 31/01/1969 – eleito com o candidato a vice, Joaquim Sennes Almeida, tendo sido adversária a chapa Mozart Prado Leite - Manoel Mendes Ribeiro.

21.7 – PRINCIPAIS REALIZAÇÕES DE ANTONIO DE CASTRO ALEITE NOS CINCO PERÍODOS EM QUE EXERCEU O CARGO

         DE PREFEITO MUNICIPAL :

1. Construção da antiga Santa Casa “Dª Anita Costa”. A bênção dos alicerces pelo Vigário Capitular da Diocese de Taubaté, mons. João José de Azevedo, aconteceu em 1º/10/1944, e a inauguração, em 16/06/1946.

2. Construção do prédio dos Correios e Telégrafos, inaugurado em 24/09/1950, tendo sido ele o orador principal da solenidade.

3. Construção do Posto de Saúde – hoje, Centro de Saúde “Dr. Luiz Augusto Botto” – inaugurado em 29/09/1958.

4. Criação do curso pré-primário com a construção do prédio da “escolinha” (hoje, Escola Municipal de Educação Infantil “Dep. Antonio Feliciano da Silva”).

5. Ereção do obelisco da Praça Benedito Ivo (ex-Praça da Bandeira) em homenagem aos “pracinhas” jambeirenses participantes da Força Expedicionária Brasileira-FEB nas operações de guerra na Itália durante a 2ª Guerra Mundial.  O obelisco foi inaugurado com grandes festas em 26/08/1945.

6. Início da construção do Paço Municipal com o lançamento da pedra fundamental em 24/09/1950, sendo orador oficial da solenidade o vereador Jorge Pereira, presidente da Câmara Municipal.

A inauguração do Paço Municipal aconteceu em 14/09/1952 no mandato do prefeito prof. Eduardo Vieira de Almeida (Edu), com a presença do governador do Estado, prof. Lucas Nogueira Garcez, sendo Antonio de Castro Leite presidente da Câmara Municipal).

Nota : o antigo Paço Municipal foi sede dos Poderes Executivo e Legislativo do município de 1952 a 1996.

7. Construção de diversas escolas na zona rural : na Fazenda Stª Cruz, com 2 salas de aula; e nos bairros do Tapanhão, das Coletas, Stª Clara, Francos, Capivari e Soares.

8. Aquisição de novo mobiliário para o Grupo Escolar.

9. Construção de muro de arrimo ao longo dos ribeirões.

Colocação de guias e sarjetas em boa parte da cidade.

11.  Calçamento da Praça da Matriz (hoje, Praça Côn. Hygino Corrêa).

12. Construção da fonte luminosa da Praça Almeida Gil, inaugurada em 29/09/1958.

13. Apoio aos estudantes do curso secundário, mediante transporte para estabelecimentos de Paraibuna (antigo Ginásio São José) e Caçapava.

14. Instituição da merenda escolar no Grupo Escolas e nas Escolas Isoladas.

15. Construção do Posto “Vigor”, graças à influência do deputado federal Antonio Feliciano da Silva.

16. Criação do Ginásio Municipal por meio da Lei Municipal nº 227, de 13/02/1964.  A aula inaugural foi proferida no Salão Paroquial em 19/08/1964 pelo prof. Édison de Freitas Ramalho (ex-diretor do antigo Grupo Escolar de Jambeiro).  Diretor do Ginásio, o côn. Antonio Borges, vigário da Paróquia.

17. Construção da sede social do Estádio Municipal, inaugurada em 09/07/1950 (na época, o time representativo da cidade era o “Jambeiro Futebol Clube”).

18. Ampliação da área do Cemitério Municipal, com a desativação do antigo Cemitério de São Benedito pertencente à Paróquia e localizado atrás da Igreja Matriz.

19. Criação do serviço de alto-falante.

20. Instalação de Parque Infantil.

21. Instalação de aparelhagem para recepção de imagens de TV.

21.8 – ANTONIO DE CASTRO LEITE - CIDADÃO JAMBEIRENSE  –  Pela Lei nº 16, de 25/09/1952 (projeto do vereador Waldemar Alencar), promulgada pelo prefeito prof. Eduardo Vieira de Almeida, foi concedido a ANTONIO DE CASTRO LEITE o título de Cidadão Jambeirense (e pela Lei nº 297, de 30/08/1968, à dª Dulce Candelária de Castro, jambeirense de nascimento – esposa de Antonio de Castro Leite –  foi conferido o título de “Cidadã Emérita Jambeirense”.)

22 – RUA CEL. BATISTA

22.1 – 21/06/1956 – A Lei nº 71 – promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite – no artigo 1º alínea “i”, denomina “Rua Cel. Batista, que inicia à Praça Almeida Gil e vai até a Rua Dr. Washington Luís, em frente ao Cemitério Municipal”.

Anteriormente, era chamada “Rua Cel. Batista” toda a via pública que, começando na Praça Almeida Gil, vai até o chamado “Jambeirinho”, na entrada da cidade (no sentido de quem vem da Rodovia dos Tamoios). Bem antes ainda, nos primeiros tempos de Jambeiro, essa via pública foi chamada “Rua do Commercio”.

22.2 – DADOS BIOGRÁFICOS – ANTONIO BAPTISTA DE OLIVEIRA COSTA (CEL BAPTISTA) era filho do cap. Vicente Martins Ferreira e Costa e de Maria Rita de Oliveira.

Em 08/11/1888 ... em vista do alvará do MM. Juiz de Orphãos da Comarca e provisão do Illmº e Revmº Snr. Conego Vigario da Vara da Comarca, dispensansdo proclamas e permitindo a celebração do casamento a qualquer hora e em oratorio particular, em casa do cidadão João Valentim de Macedo, nesta Villa, a uma hora da tarde, conforme o Sagrado Concilio Tridentino, perante mim e as testemunhas José Fortunato da Silva Ramos e Luiz Bernardes d‘Almeida Gil, por palavras do presente se receberão em matrimonio Antonio Baptista de Oliveira Costa e Maria Conceição Durão (1). Receberão as bençãos do Ritual Romano. Do que para constar lavrei este termo que assigno. (a) Vigr. Ambrosio A. S. Coutinho.

Aqui em Jambeiro nasceram os seguintes filhos do casal Antonio Baptista - Maria Conceição : Maria Felisbella (1889), Armando (1891), Guiomar (1892), Antonio (1893), Alice (1895), Altina (1896), Maria da Conceição (1897), Benedicto Orlando (1899) (2), João Baptista (1901), Sílvia (1903), José Bonifácio (1907) e Geraldina (1909).

Grande proprietário rural no município, no século XIX, o CEL. BAPTISTA foi prestigioso chefe político em Jambeiro, tendo sucedido ao Cel. Luiz Bernardo de Almeida Gil, que falecera em 08/11/1893.

Em 1885, com a elevação da vila do Jambeiro à categoria de termo judicial, com júri separado do de Caçapava, o CEL BAPTISTA prestou juramento perante a Câmara Municipal como 1º suplente do juiz municipal ; após a proclamação da República, fez parte do Diretório Republicano juntamente com o major João do Amaral Gurgel. Também exerceu na então comarca de Jambeiro o cargo de juiz de Paz.

22.3 – 18/09/1983 – O Jambeirense” publica, na série “Roteiro Sentimental – VI”, do saudoso colaborador e assinante Paulo Lopes Carvalho :

RUA CEL. BATISTA – não tão extensa, muitas casas, algumas bonitas, jardins lindos.

Por ela passaram, por ela passam, por ela passarão todos; não adianta o protesto dos pés hirtos ... Serão levados.

Muitas vezes atravessei o portão de ferro, sem fechadura e sem cadeado. De lá ninguém foge ... Li nomes e confrontei datas : esta morreu com 95 anos ; este morreu com 89 ; aquele morreu com 84 ; outro, com 80 ; este, com 76 ; esta, com 68 ; ele, com menos de 44. Crianças sem nome e sem data ! Nem puderam ouvir o conselho do poeta :

“Ri, criança, a vida é curta,

não dura mais que um instante ...

– Depois, o cipreste esguio

mostra a cova ao viandante.”

A Bíblia ensina que é santo e saudável orar pelos fiéis falecidos. Por isso, ao sair e ao entrar na casa dos mortos, rezo a oração que, menino, aprendi no portão de ferro da minha terra natal : “dormiant et requiescant in pace Domini”.

NN. da R.:

(1Maria Conceição Durão era filha de Innocencio Corrêa Durão, sendo seu irmão,  entre outros, o saudoso Eugenio Corrêa Durão.

(2)  Benedicto Orlando Costa foi o doador do relógio da igreja matriz de Nossa Senhora das Dores, solenemente inaugurado em 19/12/1943, quando era Vigário da Paróquia o paraibunense pe. Geraldo Rodrigues de Oliveira.

23  -  RUA DR. WASHINGTON LUÍS

23.1 – A Lei nº 71, de 21/06/1956 (artº 1º, alínea “a”), promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, denomina “RUA DR. WASHINGTON LUÍS” “a rua sem nome que inicia defronte ao Cemitério Municipal e vai até ao Largo de Santa Cruz.”

NOTA : o nome de WASHINGTON LUÍS inicialmente fora dado à antiga ”Rua do Mercado” (que hoje se denomina Rua Cel. Antonio Bernardes de Almeida e há muito tempo também é conhecida como Rua Nova) (v. abaixo 23.3).

23.2 – DADOS BIOGRÁFICOS (extraídos de “Larousse Cultural - Brasil A/Z” - Editora Universo – 1988 – pág. 474) :

LUÍS Pereira de Sousa (Washington), político brasileiro (* Macaé-RJ-1870  + São Paulo-1957). Viveu desde a mocidade no Estado de São Paulo. Ocupou a Secretaria da Justiça do Governo do Estado em 1906, na gestão de Jorge Tibiriçá, e em 1912, na administração seguinte (Albuquerque Lins). Deputado estadual novamente em 1912, foi líder do Governo na Câmara. Como Prefeito da capital do Estado (1914-1919), desenvolveu intensa atividade, construiu estradas, modernizou o serviço de limpeza pública e enfrentou um período crítico em que a cidade foi assolada por uma epidemia de gripe (1918). Eleito para o Governo do Estado (1920-1924), criou vários órgãos, abrangendo organização judiciária, Força Pública e Polícia. Fundou o Museu Republicano da Convenção de Itu e reestruturou o Museu Paulista. Assumiu em 1926 a Presidência da República, numa fase conturbada da vida política do país, agravada por profunda crise econômica em 1929. Em outubro de 1930, no curso da revolução, foi deposto por uma junta militar. Foi membro da Academia Paulista de Letras, autor de “Contribuições para a história da capitania de São Paulo” e de “Na capitania de São Paulo”, além de muitos outros trabalhos sobre a história paulista, publicados em jornais e revistas especializadas”.

23.3 – 15/05/1923 – Quando Presidente do Estado de São Paulo, o DR. WASHINGTON LUÍS PEREIRA DE SOUSA visitou Jambeiro oficialmente.

Tal fato foi considerado tão marcante na vida da cidade que, na sessão de 20/08/1923 da Câmara Municipal, o vereador-farmacêutico João Baptista Marcondes, vice-presidente da Edilidade, propôs que “ficasse a Rua do Mercado de ora em deante denominada Rua Presidente Washington”, o que foi unanimemente aceito. (v. nº 6.2 acima – “Rua Cel. Antonio Bernardes de Almeida”  (*)) .

(*) N. da R. :  Conforme se viu no nº XIII da presente série (edição de 19/09/1999), a Rua Cel. Antonio Bernardes de Almeida (entre nós também conhecida como “Rua Nova”) teve antes as seguintes denominações : Rua do Mercado, Rua Presidente Washington (ou Rua Washington Luís) e Rua Dr. João Pessoa.

23.4 – 18/09/1983 – “O Jambeirense” publica, na série “Roteiro Sentimental - VI”, do saudoso Paulo Lopes Carvalho :

RUA WASHINGTON LUÍS – Ele sorrirá, não pelas poucas casas que tem a sua rua (a topografia não permite mais). Mas sorrirá feliz porque, pioneiro das estradas de rodagem (seu lema era “governar é abrir estradas”), ele verá lá do alto a sua rua continuar com o nome de “Rodovia Prof. Júlio de Paula Moraes”.

Depois de 8 quilômetros, ela, em vertical, chega à Rodovia dos Tamoios. Virando à direita, os jambeirenses estarão em só 20 minutos em São José dos Campos.

Na “Tamoios”, virando à esquerda, os jambeirenses em 50 minutos gozarão das praias de Caraguá, de São Sebastião, dos encantos de Ilhabela e das formosíssimas praias de Ubatuba.

É o Brasil inteiro, Sr. Presidente, dotado de modernas rodovias. Porque tudo começou quando você fez a modesta “Rio-São Paulo”. Hip, hip, hurra, Presidente !”

23.5 –  26/10/1987 – 31/01/1988 –  “O Jambeirense” publica, em “Crônica da Cidade”, “Uma viagem histórica”, de autoria do inesquecível prof. Paulino Gil :

“Um dos grandes entusiastas do automobilismo foi o ex-Presidente Washington Luís Pereira de Souza. Quando presidente (título hoje mudado para governador) do Estado de São Paulo, seu lema era “Governar é abrir estradas”. Ele criou o Plano Rodoviário Estadual, graças ao qual construiu estradas e incentivou o transporte rodoviário.

Em 1923, percorria ele o Vale do Paraíba, em propaganda de sua candidatura à Presidência da República, para a qual, aliás, foi eleito e depois deposto pela revolução antipaulista de 1930.

Quando aqui se soube que tão eminente político deveria passar por Jambeiro, o Prefeito, major João do Amaral Gurgel, entre diversas providências, convidou e ajustou quantos quisessem colaborar no reparo da estradinha que ia do Tapanhão até o alto da serra. Apresentaram-se desde filhos de fazendeiros até os elementos mais ou menos desocupados da cidade. Com isso, o mutirão se transformou numa verdadeira pândega. Basta dizer que um dos fiscais ou dirigentes de turma foi o nosso benquisto barbeiro, Pedro Braz, que, com sua habitual calma e delicadeza, dirigia os serviços.

No dia da visita, foi aquela festa ! Cidade limpa, povo bem vestido, satisfação geral, criançada com bandeirinhas enchendo o Grupo Escolar que, por sinal, naquele tempo tinha o nome de “Escolas Reunidas”.

Depois da solene recepção na Câmara Municipal, a primeira inspeção que o ilustre visitante fez foi na Escola.

Recebemos palavras elogiosas e incentivadoras, às quais respondemos com vivas e agitar de bandeirinhas.

Depois, logo ali perto, foi uma vistoria à Cadeia.

Pasmo do visitante ! Tudo silencioso e limpo !  Nenhum preso nas celas ! 

Foi então que ele pronunciou uma frase que foi muito badalada pela Imprensa: “Feliz a cidade que tem a sua escola superlotada e a cadeia, vazia !” 

Sorte nossa ! O único pinguço que havia pernoitado  na cela, o “Rabo Curto”, logo de madrugada tinha sido encaminhado lá para os confins das Coletas !...

Sem saber a razão da sua viagem, feliz, passou o resto do dia esvaziando alguns litros de cachaça. Dádiva generosa do comércio local ...” 

                                                                                                                                                      (“O Jambeirense” – 26/10/1987)

“Antes, porém, da chegada do Presidente Washington Luís a Jambeiro, seu automóvel, não agüentando as asperezas do caminho, teve o motor fundido ali no bairro do Tapanhão. Foi passando para um carro da comitiva que o Presidente do Estado chegou à cidade, onde foi recebido por aquele foguetório especialmente preparado pelo professor Júlio de Paula Moraes. O veículo danificado foi socorrido por um caminhãozinho pertencente, em sociedade, ao Zezinho Cunha (pai do pe. Ernesto) e ao Zé Monteiro (avô do Zebra), o qual, a muito custo, o transportou até Caçapava”.

(“O Jambeirense” – 31/01/1988)

24 – RUA SANTA CRUZ

24.1 – “Largo Santa Cruz” – Pela Lei nº 71 (artº 1º, alínea “n”), de 21/06/1956, promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, foi assim denominado o logradouro “localizado no final da Rua Washington Luiz, no Bairro de Santa Cruz”.

24.2 –  Rua Santa Cruz  Sem que tivesse havido qualquer ato oficial homologando a denominação, a partir de data não determinada passou a ser chamada Rua Santa Cruz a via pública que, tendo início quase no final da Rua Washington Luís, termina na altura da ponte da Cascata.

24.3 – 21/12/1983 –  “O Jambeirense” publica, dentro da série “ROTEIRO SENTIMENTAL”, de autoria do saudoso Paulo Lopes Carvalho :

RUA SANTA CRUZ – pequenina, hoje todinha pavimentada, mas importantíssima até pelo próprio nome, pois ela leva ao grande presente dado pelo Altíssimo a Jambeiro : a nossa linda Cascata !

Os dois cursos d’água (ribeirão dos Francos e ribeirão Jambeiro), quando passaram pela cidade e se uniram formando o rio Capivari, o seu murmúrio foi uma saudação de paz e de amor : “Jambeiro, meu encanto !”

Depois, correu mais veloz, dando saltos até o “Jambeirinho”.

Bateu em seguida numa grande pedra frontal e quando caiu, começou o espetáculo: foi água, foi chuva, foi prata, foi sonho, foi brado de guerra, foi beijo molhado no êxtase sem fim da minha saudade : “Jambeirinho tão gentil !”

As águas descem no leito de pedra, mais de 100 metros de extensão, oitenta de desnível.

São pequenas corredeiras, são pequenos saltos.

Depois, recebe as águas do Piraí e lá vai o rio Capivari juntar-se às águas da represa de Santa Branca formada pelas águas do rio Paraíba e fornecendo energia, luz, progresso para todo o Vale em terras do Brasil.

Não permitam, srs. de Jambeiro, que sejam cortadas as árvores da Cascata ! Antes, plantem bem mais árvores !

Na margem esquerda plantem grama, plantem “palmas de São José”, de aroma tão agradável !

Façam degraus de pedra ou de tijolo cimentado em vários pontos, para que todos se aproximem, toquem nas águas, que logo estarão longe, muito longe ...”  

N. da R.:  Além das ruas até aqui referidas, ainda constam como ruas com denominação aquelas correspondentes às “ruas” A e B, respectivamente, do loteamento denominado PORTAL DOS PEREIRA, a ser implantado em área de propriedade de Sebastião Alves Pereira e s/ mulher Marina Rodrigues de Carvalho Pereira (“Morena”).

Essas “vias” não são públicas pelo fato de ainda não terem sido abertas e incorporadas ao patrimônio público. Elas, entretanto, já receberam oficialmente as denominações de ruas “Etelvina Maria de Jesus” e “Joaquim Pereira de Carvalho”, respectivamente, de acordo com as Leis nºs. 972 e 973, de 12/12/1996, sancionadas e promulgadas pelo ex-prefeito Waldemar Alves dos Santos (Valdinho).

Tais leis correspondem aos Projetos de Lei nºs. 30 e 31, ambos de 11/12/1996, de autoria do ex-vereador Joaquim Carlos Alves Pereira, neto das pessoas homenageadas, da parte materna (Joaquim Pereira de Carvalho) e pelo lado paterno (Etelvina Maria de Jesus).

“NOSSAS RUAS E PRAÇAS”  - XIII -

Estamos retomando a série sob o título acima, iniciada na edição de 29/09/1.998.

JARDIM CENTENÁRIO

INTRODUÇÃO  

Este bairro de Jambeiro – o primeiro organizado de maneira ordenada em Jambeiro – nasceu de uma idéia do hoje diretor do jornal “O Jambeirense”, o qual, em meados da década de 70 do século XX, percebeu a necessidade da ampliação do perímetro da cidade, na ocasião circunscrito a apenas 3 praças – Almeida Gil, Côn. Higino Corrêa e Benedito Ivo – e as ruas Cap. Jesuíno, Prof. Lucas Nogueira Garcez, Cel. João Franco de Camargo, Dr. Carlos Rebello Jr., Travessa Rio Branco (hoje, Rua José Pinto da Cunha, Cel. Batista, Washington Luís, Santa Cruz, Rui Barbosa (depois, Dr. Barros e hoje, Antonio de Castro Leite), Hilário Fermino, Major Gurgel, Cel. Antonio Bernardes de Almeida e Prof. Júlio de Paula Moraes.

Sabendo que os herdeiros de Ferdinando (mais conhecido como Fernando) Hilário pretendiam vender a chácara de sua propriedade (estando o negócio sendo intermediado por uma imobiliária de Caçapava), ele entrou em contato, primeiramente com a viúva de Ferdinando Hilário – D. Luzia Zandonadi Hilário (mais conhecida como D. Lúcia), e depois com os seus nove filhos – José (Zeinho), Geraldo (Ado), Luíza, Irene, Luiz, Lúcio, Angelina (Lina), Nair e Gilberto (Juca), fazendo-lhes ver a vantagem de dividir a área, em vez de vendê-la toda de uma vez, anunciando-lhes, ainda, que uma Imobiliária de Taubaté talvez pudesse interessar-se pelo empreendimento.

Conversando em seguida com d. Maria Aparecida Vieira, dela soube o diretor do jornal que um seu cunhado – Dr. Olavo Pires Arruda (casado com a artista plástica jambeirense, d. Ruth Vieira de Arruda) era sócio de uma empresa imobiliária em Salto-SP, sugerindo-lhe que entrasse em contato com ele. Isso foi feito e vindo o Dr. Olavo a Jambeiro, percorreu ele, juntamente com o diretor do jornal – uma outra área vizinha da cidade, pertencente ao sr. Geraldo Coelho Maciel (seu Didi Coelho), e viram que a chácara da Família Hilário era mais propícia a transformar-se num futuro loteamento (ou desmembramento de área). Conversaram depois com D. Lúcia e alguns de seus filhos e pouco tempo depois começou o estudo e efetivação do desmembramento da chácara da família Hilário, tendo sido tomadas todas as providências necessárias à legalização do projeto. Os primeiros lotes só foram vendidos depois do arruamento da área e identificação dos lotes, e após a oficialização da doação, à Municipalidade, das áreas verdes e das faixas de terra correspondentes às nove ruas que receberam denominações com base num estudo feito pelo diretor d’”O Jambeirense”, lembrando figuras ligadas à história do município.

O bairro recebeu o nome de JARDIM CENTENÁRIO para lembrar o transcurso, naquele ano de 1976, do 1º Centenário da criação do município de Jambeiro (fato ocorrido em 30 de março de 1876).

O Prefeito da época, sr. Antonio Santiago da Silva Filho, reservou o nome da rua mais extensa para homenagear seu tio, o saudoso sr. Antonio Mendes Ribeiro, ficando assim denominadas as demais vias públicas : 30 de Março, Ferdinando Hilário, Padre João Pereira Ramos, Padre Celestino Gomes de Oliveira Figueiredo, Padre José d’Andrade Costa Colherinhas, Padre Victor Ribeiro Mazzei, Braz dos Santos e D. Olívia Vieira de Almeida.

Note-se que, originalmente, a maioria dos lotes foi adquirida por pessoas de modestas posses por causa do módico preço e das condições de pagamento em até 60 meses. As pessoas de mais poder aquisitivo adquiriram vários lotes.

Todos os prefeitos – Antonio Santiago da Silva Filho, Benedito Martine (em seus dois mandatos, Clodomiro Correia de Toledo, Waldemar Alves dos Santos e José Geraldo Vasconcelos Coelho – deram sua colaboração para a implantação definitiva do empreendimento, uma vez que, por se tratar de desmembramento de área e não de loteamento, a legislação da época não exigia a implantação de serviços de infra-estrutura pela empresa organizadora.  É de inteira justiça ressaltar o importantíssimo papel desempenhado pelo Dr. Olavo Pires Arruda e seus companheiros na concretização do JARDIM CENTENÁRIO, o que veio a fazê-lo merecedor da honraria que em 1985 lhe foi concedida de Cidadão Jambeirense Honorário.

Alguns dados importantes :

em 30/10/1975, a Lei nº 510, promulgada pelo Prefeito Antonio Santiago da Silva Filho, definiu o novo perímetro urbano da sede do Município, abrangendo a área da chácara da Família Hilário, que seria desmembrada;

em 25/02/1976, pela Lei nº 524, ainda do Prefeito Santiago, foi o Poder Executivo autorizado a receber em doação, feita por D. Luzia Zandonadi Hilário e seus filhos, a área de terras com 39.258 m2., destinada “à construção de estação de tratamento de água, caixas d’água, praças públicas, jardins, escolas e seus respectivos acessos.”

pelo Decreto nº 246, de 25/07/1976, também do Prefeito Santiago, foram “aceitas e integradas ao patrimônio do Município” 5 (cinco) áreas e 9 (nove) faixas de terras “no lugar conhecido como “Jardim do Centenário”, “destacadas de propriedade dos sucessores de Ferdinando Hilário.”

A escritura de doação, pelos sucessores de Ferdinando Hilário à Prefeitura Municipal de Jambeiro, da gleba de terras do JARDIM CENTENÁRIO, foi lavrada em 02/10/1978 mp 1º Cartório de Notas da Comarca de Caçapava.

DENOMINAÇÃO – O JARDIM CENTENÁRIO é assim chamado porque, na época em que foi instituído, estava transcorrendo o 1º Centenário do Município, criado pela Lei Provincial nº 56, de 30 de março de 1.876.

INSTITUIÇÃO – O desembramento da antiga chácara dos herdeiros do sempre lembrado conterrâneo Ferdinando (mais conhecido como “Fernando Hilário”) ocorreu por volta de 1975, após entendimentos com a Família do saudoso Ferdinando Hilário – d. Luzia Zandonadi Hilário (d. Lúcia) e seus filhos José (Zeinho), Geraldo (Ado), Luíza, Irene, Luiz (de saudosa memória), Lúcio, Angelina (Lina), Nair e Gilberto (Juca) – mantidos no início pelo diretor-responsável deste jornal e, depois (por sugestão da saudosa d. Maria Aparecida Vieira), na companhia de seu cunhado, Dr. Olavo Pires Arruda, casado com a consagrada artista plástica jambeirense, d. Ruth Vieira Arruda.  O Dr. Olavo, dada sua seriedade e capacidade de trabalho, transformou-se na verdadeira “alma” do importante empreendimento, razão pela qual todos nos orgulhamos hoje em tê-lo oficialmente como Cidadão Jambeirense Honorário.

Convém frisar que todas as formalidades legais então existentes sobre parcelamento do solo urbano foram rigorosamente cumpridas :

em 30/10/1975 a Lei nº 510, promulgada pelo prefeito Antonio Santiago da Silva Filho, definiu o novo perímetro urbano da sede do Município, abrangendo a área que seria desmembrada ;

em 25/02/1976, pela Lei nº 524, promulgada pelo mesmo prefeito Antonio Santiago, foi o Poder Executivo autorizado a receber de Luzia Zandonadi Hilário e outros, “em regime de doação e sem qualquer ônus para a Prefeitura Municipal de Jambeiro, uma área de terras com 39.258 m2”, destinada “à construção de estação de tratamento de água, caixas d’água, praças públicas, jardins, escolas e seus respectivos acessos”;

em 25/07/1976, pelo Decreto nº 246, ainda do prefeito Antonio Santiago, foram “aceitas e integradas no patrimônio do Município” 5 (cinco) áreas e 9 (nove) faixas de terras “no lugar conhecido como “Jardim do Centenário”, “destacadas de propriedade dos sucessores de FERDINANDO HILÁRIO”.

De acordo com o artigo 2º desse Decreto, “as faixas de terras” foram entregues ao domínio público “como  ruas municipais”, assim denominadas, segundo o artº 3º :Antonio Mendes Ribeiro”, “30 de Março”, “Ferdinando Hilário”, “Padre João Pereira Ramos”, “Padre Celestino Gomes Figueiredo”, “Padre José d’Andrade Costa Colherinhas”, “Padre Victor Ribeiro Mazzei”, ”Braz dos Santos” e “Dona Olívia Vieira de Almeida.

A escritura de doação, pelos sucessores de Ferdinando Hilário à Prefeitura Municipal de Jambeiro, da gleba de terras do JARDIM CENTENÁRIO, com a área total de 54.799,22 m2, foi lavrada em 02/10/1978 no 1º Cartório de Notas da Comarca de Caçapava.

(*)  Em 1976 o 1º Centenário da fundação do Município assim foi comemorado :

pela Portaria nº 494, de 19/01/1976, o prefeito Antonio Santiago da Silva Filho designou a “Comissão de Festas do Centenário de Jambeiro”, composta por “Victor Vieira Vilela, Olimpio Santos Filho, Geraldo Boaventura do Nascimento, Benedicto Ernesto de Moraes (presidente) e José Gurgel de Almeida”.

O PROGRAMA das comemorações do dia 30/03/1976 – confeccionado na gráfica “Gazetilha – V. Redonda” com o “Patrocínio da Cia. Fluminense de Refrigerantes”, fabricante “de COCA-COLA e FANTA” – estava assim redigido :

“1876-1976 – I CENTENÁRIO DE JAMBEIRO – Pela Lei Provincial  (por lapso constou “Providencial”...) nº 56, de 30 de março de 1876, foi criado o Município de Jambeiro, com sua elevação (ainda com a denominação de Capivari) à categoria de Vila.

Para as comemorações do transcurso do I CENTENÁRIO de tão grata efeméride, a COMISSÃO DE FESTEJOS tem a honra de convidar os filhos e amigos de JAMBEIRO, apresentando o seguinte PROGRAMA :

DIA 30 DE MARÇO DE 1976 – 3ª  FEIRA :

16,00 h – NA PRAÇA DA MATRIZ: plantio de “pau-brasil” (1) junto ao marco comemorativo da passagem do I Centenário (2).

17,00 h – NA IGREJA MATRIZ: Missa em Ação de Graças pelos 100 anos do Município, a ser concelebrada pelo Exmº Sr,. Bispo Diocesano de Taubaté, D. Francisco Borja do Amaral, pelos sacerdotes jambeirenses (3) e pelos ex-Vigários da Paróquia (4).

19,00 h – NO SALÃO PAROQUIAL: Solene Sessão da CÂMARA MUNICIPAL, sendo orador convidado o jambeirense adotivo Manoel Rocha Filho.

21,00 h – NA PRAÇA ALMEIDA GIL: Corte do bolo comemorativo do I CENTENÁRIO pelo Exmº Sr. Prefeito Municipal, Antônio Santiago da Silva Filho (5), pelos ex-Prefeitos Municipais, pelos representantes dos ex-Prefeitos já falecidos e por três descendentes diretos dos fundadores de Jambeiro (6). Estará abrilhantando as festividades o “CONJUNTO ATLÂNTICO” (7), do CANAL 2 – TV-CULTURA, num gentil patrocínio da Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia do Governo do Estado de São Paulo”.

OBSERVAÇÃO: durante o mês de JULHO/1976 serão realizadas promoções, aos SÁBADOS e DOMINGOS, conforme Programa a ser divulgado oportunamente.

JAMBEIRO, fevereiro/1976 – A COMISSÃO”

Notas :

(1)  Na parte superior dos dois grandes canteiros então existentes na Praça Paulo VI (ex-Praça da Matriz e, atualmente denominada Praça Côn. Hygino Corrêa) foram plantados duas mudas de “pau-brasil” :  uma pelo ex-prefeito Antonio de Castro Leite, no canteiro à direita de quem olha para a Igreja Matriz, e outra, no canteiro à esquerda, pelo ex-prefeito José Teixeira Duarte (essas árvores, por absoluta falta de cuidados desapareceram por volta do ano de 2003).

(2) O “marco comemorativo” – hoje desaparecido – fora colocado na parte inferior do canteiro da direita.

(3) O jambeirense adotivo, pe. Tarcísio Guilherme Rauchholz, SCJ (alemão de nascimento, que celebrou sua 1ª Missa solene em Jambeiro) justificou sua ausência.

(4) Também justificou sua ausência na Missa solene o ex-vigário da Paróquia, mons. Theodomiro Lobo.

(5)  Cortaram o bolo comemorativo : o prefeito Antonio Santiago da Silva Filho (que apagou a velinha do bolo), os ex-prefeitos Antonio de Castro Leite, Waldomiro Passos (Vavá) e José Teixeira Duarte, e o prefeito de Caçapava, Edmir Viana de Moura;

(6)  Estiveram presentes os descendentes dos ex-prefeitos falecidos : do major João do Amaral Gurgel – os filhos João Gurgel Júnior, Leonor Gurgel Almeida (viúva do ex-prefeito Octavio Enéas de Almeida), Clarice e Olavo Gurgel; de João Bellotti dos Santos (Joãozinho Bellotti), o filho Israel Bellotti dos Santos; os descendentes dos fundadores – Benedicto Bernardes Gil (Nenzinho), neto do Cel. Luiz Bernardo de Almeida Gil, e Urbano Paixão Almeida, neto do Cel. Joaquim Bernardes de Almeida Gil (nota – as srªs. Maria Baptista Pessôa de Queiroz e Ondina Baptista Nogueira de Lima – netas do fundador, Cap. Jesuíno Antonio Baptista – justificaram seu não comparecimento).

(7)  Componentes do CONJUNTO ATLÂNTICO : Isaías (bandolim), Antonio D’Áuria (dirigente do Conjunto - violão de 7 cordas), Miro e Israel (violão), Jaime (cavaquinho), Biteli (pandeiro), Waldir (“afuchê”, ganzá e reco-reco) e Renato Petra (voz); números executados : “Batuque” (Henrique Alves de Mesquita – 1830/1906), “Flor Amorosa” (Joaquim Antonio da Silva Calado – 1848/1880), “Corta jaca” (Chiquinha Gonzaga – 1847/1935), “Santinha” (Anacleto de Medeiros),  “Floreaux” e “Odeon” (Ernesto Nazareth – 1863/1934), “Sofres porque queres”, “Carinhoso” e “Lamento” (Pixinguinha - 1898/1974), “Choro Negro” (Paulinho da Viola), “Carolina” (Chico Buarque), “Doce de coco”, “Vibrações” e “Noites Cariocas” (Jacó do Bandolim), “Esses moços”, “Chão de Estrelas”, “Nervos de aço”, “Bahia com H”, “Maria Rosa” e “Lábios que beijei” (com Renato Petra).

(8)  Em Taubaté, pelo Decreto nº 3.473, de 26/03/1976, o prefeito Mílton de Alvarenga Peixoto denominou “RUA JAMBEIRO” “a atual Rua “5” do Loteamento “Jardim Jaraguá”, situado no Bairro da Água Quente”, daquela cidade.

(9)  Em Caçapava, pelo Decreto nº 2/416, de 30/03/1976, o prefeito Edmir Viana de Moura denominou “Rua I Centenário de Jambeiro” a atual Rua 10 do Jardim Amália”.

Em JULHO-AGOSTO/1976 continuaram os festejos do I Centenário com os seguintes eventos, segundo Programa elaborado pela Comissão de Festejos :

em JULHO :

dia 3 – Sábado, às 15 horas – Início dos Jogos do Centenário, promoção da Associação Atlética Jambeirense;

às 20 horas – no Salão Paroquial – apresentação do Conjunto “Regional do Turismo” – patrocínio da Secretaria de Esportes e Turismo do Governo do Estado de São Paulo (o mau tempo impediu a apresentação do Conjunto na Praça Almeida Gil);

dia 10 – sábado – 15 horas – seqüência dos Jogos do Centenário; 20h30min – retreta com a Banda de Música do Regimento Ipiranga (6º R.I.), de Caçapava;

dia 11 – domingo – 9 horas – continuação dos Jogos do Centenário; 11 horas – visita dos membros e amigos da Família Mendes Ribeiro ao Cemitério Municipal; 15 horas – tarde esportiva; 18 horas – descerramento da placa denominativa da rua “Antonio Mendes Ribeiro”, no Jardim Centenário; 19 horas – na Praça Almeida Gil – culto da Igreja Presbiteriana, dirigido pelo jambeirense adotivo, revdº dr. Ozias Mendes Ribeiro; 20h30min – show de música sertaneja, comandado pela dupla jambeirense Cacá e Samué (presente a dupla Nonô e Naná);

dia 17 – sábado – 15 horas – prosseguimento dos Jogos do Centenário; 20h30 – no Salão Paroquial – exibição de filmes das festas jambeirenses realizadas de 1973 a 1975 (Festas do Chopp – Festival do Reumatismo – Baile da Saudade – Festas da Padroeira – Ginkana dos Coroas);

dia 18 – domingo – 9 horas – continuação dos Jogos do Centenário; 15 horas – tarde esportiva; 20h30 – na Praça Almeida Gil – apresentação do consagrado Conjunto “Titulares do Ritmo”, gentileza da Secretaria de Cultura, Ciência e Tecnologia do Governo do Estado de São Paulo;

dia 24 – sábado – 15 horas – seqüência dos Jogos do Centenário; 20h30min – no Salão Paroquial – apresentação do Coral da GM e da Orquestra do Vale do Paraíba, sob a regência, respectivamente, da maestrina Guiomar Araújo e do maestro Byron Lima;

dia 25 – domingo – prosseguimento dos Jogos do Centenário; 10 horas – na Igreja Matriz – Santa Missa em sufrágio das almas de Braz dos Santos e Elisa dos Santos; 11 horas – romaria da Família Braz e amigos ao Cemitério Municipal; 12 horas – descerramento da placa denominativa da rua “Braz dos Santos”, no Jardim Centenário; 14 horas – início da tarde esportiva; 20h30min – na Praça Almeida Gil – apresentação de Meireles e seu Conjunto “Velha Guarda”, de Guaratinguetá;

dia 31 – sábado – 15 horas – continuação dos Jogos do Centenário; 21 horas – Sambão na Praça Almeida Gil;

em AGOSTO/76 :

dia 1º –  encerramento dos festejos

6 horas – alvorada festiva pela Corporação Musical “Euterpe”, de Pindamonhangaba; 8 horas – na Igreja de São Benedito – Santa Missa em sufrágio das almas dos jambeirenses falecidos; 9h30 – na Praça Almeida Gil – Santa Missa em ação de graças pelos 100 anos do Município, sendo celebrante D. José Antonio do Couto, Bispo Diocesano de Taubaté; 18h30 – na Praça Almeida Gil – retreta pela Corporação Musical “Euterpe”; 20h30min – show com a apreciada artista INEZITA BARROSO, num patrocínio da Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia do Governo do Estado de São Paulo; 23 horas – Marcha “aux flambeaux”, finalizando os festejos comemorativos do transcurso do 1º CENTENÁRIO da fundação do Município.

AS RUAS DO JARDIM CENTENÁRIO

25 – RUA FERDINANDO HILÁRIO

25.1 – Pelo Decreto nº 246 (artº 3º), de 25/07/1976, do prefeito Antonio Santiago da Silva Filho, foi denominada “RUA FERDINANDO HILÁRIO” a “Faixa nº 3 (três)”, assim identificada na alínea “h” do artigo 1º, do mesmo Decreto : “faixa de terras  com a largura de 14 metros, que recebe o nº 3 (três), iniciando-se perpendicularmente à Rua Rui Barbosa, como continuação da Rua Professor Júlio de Paula Moraes, a 77,80 metros da esquina da Rua Rui Barbosa com a Rua Coronel Batista, e prosseguindo no rumo da divisa com Eduardo Vieira de Almeida, até encontrá-la  perpendicularmente, em paralelismo com as Faixas nºs 1 (um) (1) e 2 (dois) (2), na maior parte de seu trajeto”.

Rua Antonio Mendes Ribeiro

Rua 30 de Março

25.2 –  Dados biográficos :

Ferdinando Hilário (também conhecido por Fernando), filho de Hilário Fermino e Carolina (ou Cherubina) Locatelli, nasceu em Jambeiro em 24/07/1898.  Batizado na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores em  /08/1898 pelo vigário da Paróquia, pe. José d’Andrade Costa Colherinhas, foram seus padrinhos Miguel Bataglia e Olívia Bellotti.

Teve os seguintes irmãos : Maria (* 03/02/1894), Rosa Benedicta (* 09/05/1896), Artibanno (* 14/01/1904), Pascoína (Páscoa) (* 06/01/1905), Fioravanti (Fante) (* 03/05/1907), Ricieri (* 03/07/1909) e Giuseppe (ou José) (* 25/03/1912).

Em 14/11/1931, em cerimônia realizada na igreja matriz de N. Srª das Dores e presidida pelo vigário da Paróquia, Pe. Victor Ribeiro Mazzei, Ferdinando contraiu matrimônio com Luzia Augusta Zandonadi, nascida em 22/06/1909 em Conceição do Castelo, Estado do Espírito Santo, filha de Ângelo Zandonadi e Luíza Falchetti.  Foram testemunhas do enlace Francisco Fernandes das Chagas (“Chiquinho Sacristão”) e Luiz Zandonadi.

O casamento civil foi celebrado no mesmo dia perante o juiz de paz, Francisco Salles da Silva Ramos (“Francisquinho Ramos”), sendo testemunhas as mesmas do casamento religioso.

Desse enlace nasceram nove filhos : José (Zeinho), Geraldo (Ado), Luíza, Irene, Luiz (+), Lúcio, Angelina (Lina), Nair e Gilberto (Juca).

Ferdinando Hilário foi um cidadão muito benquisto em nosso meio e, como esportista, colheu muitas vitórias na defesa das cores (vermelha e branca) do antigo “Jambeiro Futebol Clube”.

Foi ele o doador de metade do terreno onde na década de 60 do século passado foi construída a Igreja de São Benedito, durante o paroquiato do côn. Antonio Borges (1.958/1.969).

Ferdinando Hilário faleceu em 13/05/1968 e seus restos mortais repousam no Cemitério Municipal de nossa cidade.

26 – RUA ANTONIO MENDES RIBEIRO

26.1 – Pelo artigo 3º do Decreto nº 246, de 25/07/1976, do prefeito Antonio Santiago da Silva Filho, foi denominada “RUA ANTONIO MENDES RIBEIRO” a“Faixa nº 1 (um)”, assim identificada na alínea “f” do artigo 1º, do referido Decreto : “faixa de terras, que recebe o nº 1 (um), com a largura de 14 metros, que se inicia perpendicularmente à rua Coronel Batista, a 34,80 metros da esquina dessa rua com a rua Rui Barbosa,, seguindo fronteira a esta, e depois fronteira à divisa com Avelino Gagliotti, até proximidades da divisa com Eduardo Vieira de Almeida, para terminar na Faixa nº 2 (dois) (*) ...”.

(*Rua 30 de Março

26.2 – DADOS BIOGRÁFICOS – ANTONIO MENDES RIBEIRO nasceu em Pouso Alto, Estado de Minas Gerais, em 07/09/1894, filho de Manoel Mendes Ribeiro (que era filho de Manoel José Ribeiro Mendes e de Ana Cândida da Anunciação, naturais de Virgínia-MG) (v. abaixo : 1ª N. da R.), e de Manoela Soares Ribeiro.

Antonio Mendes Ribeiro foi casado com Anna Maria de Jesus (“Sanica”) (v. abaixo : 2ª N. da R.), também natural de Pouso Alto, filha de José Rodrigues Rangel e Maria Ribeiro de São Joaquim.

Do casamento de Antonio Mendes Ribeiro com “Sanica” nasceram 14 filhos : Maria (Babá) (+), Maria Conceição (+), Manoel, Ozias, Maria José (Mariinha) (+), Maria Izabel (Bebé), Ester (+), Elza, Nelson (+), Iracema, Odete (+), Ademar, Antonio (Cacá) e Samuel.

Tendo adquirido uma grande propriedade rural que pertencia a d. Ana Rita de Cássia Cunha, viúva de Benedicto Pinto da Cunha (seu Cunha), Antonio Mendes radicou-se em Jambeiro no final de 1938.  Anteriormente Antonio Mendes havia freqüentado nossa terra, fazendo amizade com o saudoso Cel. Joaquim Franco de Almeida  (“Sinhô Bernardo”), tendo aqui tomado parte em várias caçadas (comuns naquele tempo) na companhia, entre outros, de Benedito Ivo e Joaquim Pinto da Cunha.

Fixando residência com a família em nosso meio, Antonio Mendes imediatamente se integrou à vida local, tendo aqui nascido os dois últimos filhos do casal, Antonio Mendes Filho (Cacá), em 19/09/1939, e Samuel, em 06/10/1940

Foi ele quem introduziu o Presbiterianismo em Jambeiro, num clima de perfeita harmonia com a Igreja Católica. Tanto isso é verdade que logo se fez célebre a solidez da sua amizade com dois ex-vigários da Paróquia local : Pe. Geraldo Rodrigues de Oliveira (vigário entre 1943 e 1944 e falecido em 02/11/1963), e Côn. Antonio Borges, pároco de 1958 a 1969, que hoje vive em Jacareí.

Antonio Mendes Ribeiro teve atuação política em Jambeiro : suplente de vereador no pleito de 1951, exerceu o mandato entre 02/05/1952 e 16/09/1954, durante a 19ª Legislatura da Câmara Municipal.

Em 31/07/1966 recebeu o título de Cidadão Jambeirense que lhe fora conferido (e também ao côn. Antonio Borges) por meio do Decreto nº 68, do prefeito Antonio de Castro Leite.

Esse Decreto teve a seguinte justificativa :

“Considerando que o senhor Antonio Mendes Ribeiro durante o tempo que aqui reside tem demonstrado ser perfeito cidadão de incontestável honradez e reconhecido espírito humanitário e caritativo;

considerando que o senhor Antonio Mendes Ribeiro é respeitado chefe de numerosa e conceituada família; considerando que o senhor Antonio Mendes Ribeiro foi um dos pioneiros da pecuária em nosso município;

considerando ainda que, em expressiva reunião, elementos de todas as classes sociais solicitaram ao Governo Municipal a concessão da Cidadania Jambeirense ao senhor Antonio Mendes Ribeiro  ...

Fica concedido ao senhor Antonio Mendes Ribeiro, como justo galardão de que se fez merecedor, o título de Cidadão Jambeirense” 

Em 17/09/1977, durante sessão solene da Câmara Municipal, especialmente convocada, foi descerrada a foto de Antonio Mendes Ribeiro no recinto da Edilidade, atendendo ao disposto na Resolução nº 1/75, de 27/11/1975, de iniciativa do vereador David Gagliotti.

26.3 – DESCENDENTES E SOBRINHOS DE ANTONIO MENDES NA POLÍTICA JAMBEIRENSE

Vários descendentes e sobrinhos de Antonio Mendes tiveram – ou têm – participação na política local :

o filho Nelson Mendes, de saudosa memória, foi vereador da Edilidade local em três Legislaturas consecutivas : 1969/1973, 1973/1977 e 1977/1983, tendo exercido a Presidência da Casa no biênio 1.973/1974;

Antonio Mendes Filho (Cacá) foi vice-prefeito na Administração Waldemar Alves dos Santos - ‘Valdinho’ - 1993/1996;

o filho Ademar Mendes Ribeiro foi vereador nas Legislaturas 1989/1992 e 1993/1996 (presidente no biênio 1.995/1.996);

os netos José Carlos e Antonio Carlos (irmãos) foram vereadores de nossa Câmara, respectivamente, nas Legislaturas 1983/1988 e 1997/2000;

o neto Altemar Machado Mendes Ribeiro foi vereador na Legislatura 1997/2000 e é o atual vice-prefeito do Município;

e o neto Nelson Mendes Júnior está exercendo o mandato de vereador na presente Legislatura  (2001/2004);

o sobrinho Antonio Santiago da Silva Filho foi vereador em quatro Legislaturas (22ª) 1964/1969; 1969/1.973 (presidente em 1.969 e de 1971 a 1973); 1983/1988 (presidente de 1983 a 1985); 1989/1.992 (presidente de 11/08/1989 a 31/01/1991); e exerceu o cargo de Prefeito Municipal no período de 1º/02/1973 a 31/01/1977;  e, finalmente,

o sobrinho Acasias Soares Mendes foi vereador na Legislatura 1973/1977 de nossa Edilidade.

Antonio Mendes Ribeiro faleceu em 17/03/1973 e está sepultado no Cemitério Municipal.

NN. da R. :

Manoel Mendes Ribeiro (também carinhosamente chamado de “Mendão”) faleceu em Jambeiro em 04/08/1951, aos 84 anos de idade.

) Anna Maria de Jesus faleceu no dia  04/08/1979 em Jambeiro, na antiga Santa Casa “Dª Anita Costa” (atual Casa de Saúde Nossa Senhora Rosa Mística).

27 – RUA 30 DE MARÇO

27.1 – Pelo artigo 3º do Decreto nº 246, de 25/07/1976, do prefeito Antonio Santiago da Silva Filho, foi denominada “RUA 30 DE MARÇO” a “Faixa nº 2 (dois)”, assim identificada na alínea “g” do artigo 1º, do mesmo Decreto : “faixa de terras com a largura de 14 metros, que recebe o nº 2 (dois), tendo início na Faixa nº 3 (três) (1) , adiante referida, e terminando perpendicularmente à divisa com Eduardo Vieira de Almeida, com rumo paralelo à Faixa nº 1 (um) (2), isto é, acompanhando a divisa com Avelino Gagliotti”.

(1)  Rua Ferdinando Hilário   (2)  Rua Antonio Mendes Ribeiro

27.2 – HISTÓRICO –  Em 12/06/1868, o Capitão Jesuíno Antonio Baptista e sua mulher, Maria Bento Rangel, por escritura pública lavrada na própria fazenda do capitão, fizeram doação “a Nossa Senhora das Dores, para patrimonio de sua Capella ... de um terreno contiguo a uma capella que os mesmos doadores” estavam “construindo para a Virgem Nossa Senhora das Dores, no bairro do Capivary, districto da Villa de Caçapava”. Essa Capela foi solenemente benzida em 17/09/1871 pelo vigário de Caçapava, pe. Francisco Marcondes do Amaral Rodovalho, que benzeu na mesma ocasião a veneranda Imagem de Nossa Senhora das Dores, que lá se encontra no altar-mor de nossa Igreja Matriz.

Naquela época, “A religião católica, apostólica, romana” era “a religião do Império”, competindo “às assembléias legislativas provinciais” legislar também sobre a divisão eclesiástica da respectiva província (província, hoje, corresponde a Estado).

Assim sendo, tendo à frente o mesmo capitão Jesuíno Antonio Baptista – “fundador e protector da Capella de N. S. das Dores do Bairro denominado Capivary” –, moradores dos três bairros – Capivary, Tapanhão e Varadouro – dirigiram um requerimento à Assembléia Legislativa Provincial de São Paulo – para que fosse “criada no Bairro do Capivary u’a Freguezia” – e, ao mesmo tempo, encaminharam uma petição ao vigário capitular da Diocese de São Paulo (que se achava vaga), requerendo a elevação da “Cappella de Nossa Senhora das Dores do bairro do Capivary, districto de Caçapava” ... “á cathegoria de Cappella curada”.

Por provisão de 19/03/1872, o dr. Joaquim Manoel Gonsalves (sic) de Andrade, vigário capitular da Diocese de São Paulo, “sede vacante”, atendendo ao que lhe fora requerido, elevou a Capela de Nossa Senhora das Dores do Capivary à categoria de Capela curada.

Em conseqüência dessa decisão da autoridade eclesiástica, a Assembléia Legislativa Provincial  “decretou” a elevação do Bairro do Capivary de Caçapava à condição de Freguesia, tendo o presidente da Província de São Paulo, “O Bacharel formado José Fernandes da Costa Pereira Júnior” sancionado, em 10/04/1872, a Lei Provincial nº 52, em cumprimento à referida decisão da Assembléia Legislativa Provincial.

Também por essa Lei Provincial foram definidas as divisas da nova Freguesia, “isto é, pelo lado de Parahybuna, pelo morro de Samambaia, antiga divisa de Caçapava, e pelo lado desta Villa, pelos altos do morro do Jambeiro, ficando pertencendo à nova Freguezia todas as vertentes do Capivary”.

Quase quatro anos depois, ou seja, em 30 de Março de 1876, o presidente da Província de São Paulo, “O Juiz de Direito Sebastião José Pereira”, sancionou a Lei Provincial nº 56, decretada pela Assembléia Legislativa Provincial de São Paulo, elevando a “Freguezia de Capivary, Municipio de Caçapava” à “ categoria de Villa”, o que significou sua autonomia político-administrativa.

A denominação dessa via pública como “30 de MARÇO” teve a finalidade de perpetuar a lembrança da data da promulgação da Lei mais importante da história do nosso Município.

27.3 – Pela Lei nº 615, de 30/05/1981 – pela qual se alterou a redação do artº 1º, da Lei nº 487, de 03/12/1973, modificado, por sua vez, pelo artº 1º da Lei nº 523, de 25/02/1976), promulgada pelo prefeito Benedito Martine – a data de “30 de Março, dia de Santo Amadeu”, foi declarada Feriado Municipal, assim como a Sexta-Feira Santa, o dia de “Corpus Christi” e 15 de Setembro, dia da Padroeira, Nossa Senhora das Dores. Mais tarde, pela Lei nº 700, de 16/08/1.985, promulgada pelo prefeito Clodomiro Correia de Toledo, o Dia da Padroeira passou a ser considerado o “Dia do Jambeirense”.

27.4 – A Lei Orgânica do Município de Jambeiro, promulgada em 03/04/1990, estabelece, no artigo 206, que “Jambeiro comemorará, anualmente, o dia 30 de Março, fundação da cidade”.

ERRATA

Corrigimos lapsos cometidos em nossa última edição :

)  o nome exato do inesquecível “Sinhô Bernardo” é Joaquim Franco de Almeida ;

Maria Conceição – segunda filha do casal Antonio Mendes Ribeiro-Anna Maria de Jesus – já é falecida ;

Manoel Mendes Ribeiro – pai de Antonio Mendes Ribeiro – tinha 84 anos em 23/07/1.951, data em que faleceu em Jambeiro.

28 – RUA PADRE VICTOR RIBEIRO MAZZEI

28.1 – Pelo artigo 3º do Decreto nº 246, de 25/07/1976, do prefeito Antonio Santiago da Silva Filho, foi denominada rua “PADRE VICTOR RIBEIRO MAZZEI” a “Faixa nº 7 (sete), assim identificada pela alínea “l” do artigo 1º, do mesmo Decreto: “faixa de terras de 14 metros de largura,  que recebe o nº 7 (sete), iniciando-se na Faixa nº 2 (dois) (1), a cerca de 80 metros da divisa com Eduardo Vieira de Almeida, perpendicularmente à Faixa nº 2 (dois) (2) e fronteira à citada divisa, para, depois de encontrar a Faixa nº 8 (oito)(**) e encontrar ainda a Faixa nº 6 (seis) (3), ir terminar de encontro à divisa com Geraldo Boaventura do Nascimento, separando as áreas descritas em “c” e “d”

Rua Ferdinando Hilário   

Rua Braz dos Santos   

(3)  Rua Padre José d’Andrade Costa Colherinhas

28.2 – DADOS BIOGRÁFICOS – Padre Victor Ribeiro Mazzei, filho de Herculano Mazzei e Amélia Ribeiro Mazzei (dª Nenê), nasceu em 09/12/1905 em Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro (o pe. Victor teve os seguintes irmãos : José, Orlando e Marilena).

Tendo-lhe falecido o pai (Herculano Mazzei), um tio materno do Pe. Victor, dr. Henrique Pinto Ribeiro, levou- o, ainda pequeno, para com ele morar, proporcionando-lhe excelente formação e encaminhando-o, depois, para o Seminário de Maceió, capital do Estado de Alagoas.  Sendo transferido para São Paulo, fez nessa cidade o curso filosófico no antigo Seminário Provincial. 

Recebeu a tonsura em 07/02/1.927 e as duas primeiras Ordens Menores – Ostiarato e Leitorato – em 14/02/1926. 

Em 15/08/1927 recebeu as duas outras Ordens Menores – Exorcistado e Acolitato.  As Ordens Maiores do Subdiaconato e do Diaconato foram-lhe ministradas, respectivamente, em 30/10/1927 e em 29/06/1928.  Finalmente, em 16/12/1928, na Catedral de Maceió, Pe. Victor  foi ordenado Sacerdote pela imposição das mãos de D. Santino Coutinho, Arcebispo daquela cidade.

Em busca de melhores ares para sua saúde bastante abalada, veio o Pe. Victor para a Diocese de Taubaté, cujo 1º Bispo, D. Epaminondas Nunes de Ávila e Silva, lhe confiou a Paróquia de Nossa Senhora das Dores, por provisão de 09/04/1930.  Sua posse ocorreu em 13/04/1930 – Domingo de Ramos (quando ainda não havia completado 25 anos de idade}, em cerimônia presidida pelo Delegado da autoridade diocesana, pe. José Fortunato da Silva Ramos, cunhado da prima do novo Pároco, dª Flora Ribeiro de Oliveira Ramos (esposa de Alberto José da Silva Ramos); foram testemunhas da solene cerimônia de posse os srs. Luciano Alves Pereira, João Bellotti e Joaquim Celso da Silva Ramos.

Logo na Semana Santa – que se iniciava naquele dia – pôde o povo jambeirense sentir que virtuoso sacerdote a cidade estava recebendo. Todo o Jambeiro se movimentou, em seguida, com a realização da Festa de São Benedito, entre 24 e 27 do mesmo mês de abril, sendo festeiros Custódio Gonçalves de Araújo e dª Alice Moreira Santos.

Chegou o mês de maio. No Livro do Tombo está registrado, com a caligrafia característica do querido vigário, o seguinte:

“Mês de maio de mil novecentos e trinta. O mês das flores, em que se honra a Virgem Santíssima, Mãe de Deus, foi festejado quotidiamente com leituras espirituais, à noite, algumas vezes práticas, ladainha cantada, bênção do SS. Sacramento. No dia primeiro de junho houve o encerramento solene com Missa cantada, procissão, sermão e benção do SS. Sacramento”. Seguiu-se o mês de junho, o mês do Sagrado Coração de Jesus, comemorado “com grandes solenidades”. Era o pastor de almas, zeloso e santo, instruindo dia a dia seu rebanho no amor a Deus e à Virgem. Prova de grande afeição de todo o povo ao seu vigário – eram passados apenas quatro meses de sua posse e ele a todos conquistara – foi a “bela e emocionante recepção na porta da cidade” no dia 27/08/30, quando de seu retorno de Maceió, onde estivera por alguns dias em virtude do falecimento de seu tio – e pai adotivo – dr. Henrique Pinto Ribeiro.

No dia 16/09/30, o zeloso vigário “iniciou as visitas paroquiais, indo passar quatro dias na Capela da Roseira, bairro das Coletas. Houve numerosa massa de povo, aproximando-se da Mesa Eucarística umas 200 e tantas pessoas. Lá se fundou ... um pequeno núcleo de catequese que funcionará todos os domingos”.

Sempre atento ao afervoramento dos paroquianos, organizou o Pe. Victor uma romaria de mais de 40 pessoas para participar da Festa de Santa Teresinha, em seu Santuário de Taubaté (05/10/30). Uma semana depois, era na própria Paróquia que se realizavam os festejos em honra da “querida Santinha de Lisieux”, no encerramento dos quais, à entrada da procissão, ele “descreveu em poucas palavras o caminho simples da perfeição cristã que a Santinha nos deixou com seu exemplo de vida humilde e simples nos poucos anos que viveu”. Continuava o querido vigário seu trabalho apostólico com todo o ardor. No dia 14/10/30, “começou no bairro do Piraí, Capela Santa Cruz, uma pequena missão”. “Nos quatro dias que lá passou, trabalhou em prol das almas dos camponeses, procurando trazê-los todos ao redil da religião, pregando e administrando os Sacramentos”.

Pensando na preservação da Casa Paroquial, que se achava “bem estragada”, propõe o vigário uma campanha para conseguir recursos para a sua reforma. Prontamente a comunidade se coloca à sua disposição, apoiando a iniciativa – é o que registra o jornal da cidade, “O Jambeirense” de 23/11/30. É a “Semana pró Casa Paroquial; a despeito da crise que atravessamos, ninguém se recusou em auxiliá-lo”.

Mas o cuidado das almas era a principal e permanente preocupação do Pe. Victor.

A 04/12/30, começou o retiro das Filhas de Maria” foram três dias de preparativos à Festa da Imaculada Conceição, realizada com muito fervor e grande participação.

As crianças sempre foram as preferidas do santo sacerdote. No dia 21 de dezembro, houve a “tocante cerimônia da Primeira Comunhão. Pela manhã houve grande número de corações inocentes, que pela vez primeira se aproximaram da Mesa Eucarística. As crianças entoavam lindos cânticos durante as cerimônias. No Salão das reuniões, ao lado do presbitério, foi oferecido, após a Missa, um lanche-café aos neo-comungantes e bombons à criançada”.

Até da preparação física das crianças, além da espiritual, cuidava o Pe. Victor. Vejamos:

“Às 2 horas, na Praça Almeida Gil, sob a direção do seminarista José Maria da Silva Ramos, houve exibição de jogos olímpicos (sic!)”.

E os pobres ? Não se esquecia deles o querido sacerdote: “Realizou-se no dia 6 de janeiro (1931) uma simpática festinha dedicada aos pobres desta Paróquia, promovida pela Conferência Vicentina. Mais de 20 pobres aproximaram-se da Mesa Eucarística (outra vez, a primazia do espiritual ...) Após a Santa Missa, na sala de reuniões adrede preparada, todos os pobres foram servidos de um lauto café. Foi um dia alegre para todos os pobres socorridos pelas Conferências Vicentinas”.

Mais uma festa de cunho profundamente interior foi a realizada pelas Filhas de Maria em honra de Santa Inês, no dia 21 de janeiro, precedida de tríduo preparatório. Logo depois, no dia 2 de fevereiro, a “festinha de Nossa Senhora Aparecida” (a grande devoção do pe. Victor), também antecedida de três dias de preparação. Durante o Carnaval de 1931, “o SS. Sacramento foi solenemente exposto à adoração dos fiéis. O povo desta cidade procurou visitar e entreter-se com o Deus-Hóstia, levando-lhe consolo e reparação por tantas ofensas e desprezos dos homens nestes dias”.

Mais uma vez transparece seu cuidado com os menos favorecidos da fortuna ao prestigiar a Assembléia das Conferências Vicentinas locais, no dia 15/03/31.

Na Semana Santa (29/03 a 05/04/31) fica de novo demonstrado o zelo pelas almas confiadas aos seus cuidados, mediante o cumprimento de um bem elaborada programa de atividades espirituais, que teve a participação de um piedoso capuchinho, frei Domingos de Riese.

Na 2ª feira de Páscoa (06/04/31) realiza-se a Festa de São Benedicto, sendo promotores Francisco Fernandes das Chagas (Chiquinho Sacristão) e dª Olívia Bellotti Pazzini. Nessa ocasião vem a Jambeiro o consagrado orador sacro, pe. Moraes (pe. Antonio de Almeida Moraes Júnior, mais tarde bispo de Montes Claros-MG, depois arcebispo de Olinda-Recife-PE e, finalmente, de Niterói-RJ), o qual, “contando as virtudes de São Benedicto, empolgou os assistentes, no entusiasmo do seu verbo eloqüente e inflamado”.

Tantas atividades, conduzidas com tanto fervor e zelo, teriam de refletir-se negativamente no físico do abnegado sacerdote, obrigando-o a uns dias de descanso, “de 13 de abril a 25 do mesmo mês”, “com a devida licença do Ordinário com data de 8 de abril de 1931”.

Voltando ao trabalho, já no dia 10 de maio, segundo determinação do sr. bispo, faz realizar “uma soleníssima comunhão das crianças”, “na intenção de obter de Deus, por intermédio de Santa Teresinha do Menino Jesus, uma proteção especial às criancinhas desoladas da infeliz Rússia, criancinhas que choram à míngua de pão, do carinho do lar e do bálsamo da religião”.

No mesmo dia 10 de maio promove a Páscoa das Conferências Vicentinas da Paróquia, com outros momentos felizes sendo proporcionados aos pobres da cidade. Logo depois, no dia 24 de maio, é a Festa do Divino Espírito Santo, com a realização de “diversos festejos, já religiosos, já profanos”. “Para o encerramento do mês de maio, foi observado o seguinte programa: dias 29 e 30, retiro espiritual para as Filhas de Maria e aspirantes”. No dia 31, houve missa cantada, reunião para a posse da nova Diretoria e “uma linda procissão com a imagem da Virgem Imaculada”, sermão à entrada do cortejo e “coroação de Nossa Senhora, encerrando-se as solenidades com a bênção do SS. Sacramento”.  Um destaque especial para a Festa do Corpo de Deus, que se realizou “com um realce majestoso”. “A população católica ornamentou as ruas com bandeirolas multicores, flores, folhagens, ramos, tapeçaria, dando um aspecto lindo à cidade e homenageando assim a passagem do Senhor Sacramentado. Foi notado muito respeito durante o trajeto da procissão, que foi abrilhantada pela “Lyra Jambeirense”. Ainda em junho de 1931, no dia 21, houve a festa do Catecismo (de novo, o carinho do vigário pelas crianças), com  “uma parte teatral que foi representada no Mercado Municipal. Nesse dia houve a cerimônia da 1ª Comunhão das crianças e à tarde, a cerimônia da renovação das promessas do Batismo”.

O cuidado com o templo material vem documentado no Livro do Tombo com o registro da“reforma externa da Matriz, constando ... do desmoronamento dos grandes barrancos que rodeavam próximo à sacristia, pintura externa de toda a Matriz e construção de calçadas que vão proteger das grandes chuvas os alicerces do grande templo” (julho/31).

Em 15/07/31, volta o Pe. Victor sua atenção para a zona rural, iniciando a “visita paroquial ao bairro do Tapanhão, Capela de Nossa Senhora da Conceição, passando lá 4 dias, havendo grande movimento religioso”.

Voltando à cidade, promove no dia 19/07 a festa de S. Vicente de Paulo, também com solene procissão à tarde.

Não pára o Pe. Victor. No domingo seguinte, 26, faz a festa do Sagrado Coração de Jesus, “uma solenidade toda cheia de unção espiritual e do encanto que as almas amigas desse Coração que tanto amou os homens sabem arranjar no meio da maior simplicidade”. Foram festeiros o sr. Joaquim Pinto da Cunha e d. Maria Eufrásia Pereira.

Outra vez a atenção do vigário se dirige aos nossos irmãos da roça. De 27 a 30/07, faz a visita paroquial ao bairro do Piraí – fazenda Santa Cruz – igualmente com “grande movimento religioso”.  De 14 a 16/09/31, é a vez dos bairros das Coletas e Roseira receberem o Pe. Victor, quando se observa “consolador movimento religioso”. De 23 a 26/09, a visita paroquial é ao bairro do Varadouro. Em 04/10/1931, sendo festeiros o Alvarino Franco de Almeida e d. Francisca Góes, realiza-se a festa de Santa Teresinha do Meninho Jesus, precedida de um tríduo preparatório. No sermão após a procissão, o virtuoso vigário discorre sobre a vida da Santinha de Lisieux, “mostrando como na simplicidade de viver se pode adquirir a felicidade única e perfeita que sacia o nosso coração – o céu”.

No dia 18/10/31, celebra-se a Festa Missionária.

No dia 15/11/31, acontece “a grande Festa da Padroeira”, Nossa Senhora das Dores, com o concurso de frei Ricardo e dos padres Ascânio Brandão e Francisco Elói, depois de uma preparação entre os dias 12 e 14. Foram festeiros Benedicto Pinto da Cunha e d. Olívia Vieira de Almeida.

Nossa Senhora sempre teve lugar especial na vida do Pe. Victor. Mais uma vez isso se comprova com a realização da Festa da Imaculada Conceição, no dia 08/12/31, preparada com um retiro espiritual de três dias.

De novo o carinho do vigário para com os pobres é demonstrado com a festa do Natal que lhes proporcionou no dia 26/12/31 e que consistiu num “lauto jantar” realizado na Casa Paroquial.

Iniciado o ano de 1932, o Pe. Victor ofereceu às crianças uma belíssima festa, narrada com pormenores pelo “O Jambeirense” de 10/01/32. Em seguida, no dia 06/01, houve no Mercado Municipal “um interessante espetáculo promovido pelas catequistas e representado pelas crianças do “Centro de Doutrina Cristã”.  Seguiu-se, no dia 24/01, a festa de Santa Inês, com intensa participação das Filhas de Maria.

No dia 02/02/32 aconteceu a festa de Nossa Senhora Aparecida, sendo festeiros Bento Moreira da Silva e dª Maria da Glória Lopes. Falando ao povo no final da procissão, assim se expressou o Pe. Victor (com palavras que servem perfeitamente para os dias que estamos vivendo): “Hoje, mais do que nunca, precisamos invocar o nome santíssimo da Virgem Aparecida para que, com seu manto protetor, ampare o nosso Brasil querido nesta quadra de terríveis embaraços que atravessa”.

Mais uma vez os pobres aparecem nas preocupações do Pe. Victor, ao presidir, em 21/03/32, à Assembléia Vicentina.

A Semana Santa de 1932 – de 20 a 27/03 – aconteceu com a piedade de sempre.

No dia 28/03, sendo festeiros Mário Raimundo dos Santos e d. Maria da Glória Costa Cunha (d. Glorinha), ocorreram as solenidades em honra de São Benedicto, tendo pregado, à entrada da procissão, “o jovem orador pe. João Herculano Cardoso, que discorreu sobre as mais praticadas pelo santo, a humildade e a caridade”.

Numa espécie de despedida, em 3 de abril (seu último dia como vigário de Jambeiro), realizou a festa de São José, “insigne patrono d Igreja”, “patrono também das Obras das Vocações Sacerdotais”, precedida de um tríduo preparatório.

Em abril de 1.932 o Pe. Victor retirou-se para o Sanatório Vicentina Aranha, de São José dos Campos, onde “esperava” tomar bastante energia para a luta paroquial, afirmando que sua ausência seria “por tempo indeterminado”, conforme deixou registrado no Livro de Tombo da Paróquia.

O Pe. Victor Mazzei, porém, não mais voltou para Jambeiro, como vigário. Por diversas vezes, entretanto, aqui ele esteve depois, sempre recebido com muito carinho por todos os ex-paroquianos, que nele sempre viram o exemplo perfeito do sacerdote zeloso e santo, inteiramente desprendido dos bens materiais e exclusivamente voltado para o bem das almas, que ele procurou sempre conduzir a Deus, objeto constante e exclusivo de sua vida sacerdotal.

Ainda hoje os mais antigos de Jambeiro lembram a figura simpaticíssima do Pe. Victor Ribeiro Mazzei e toda a cidade se orgulha imensamente de tê-lo tido como seu pastor e guia espiritual, sem dúvida, um dos mais virtuosos de todos os que por aqui passaram, nestes quase 130 anos de existência de nossa Paróquia.

Que seus exemplos – vivos até hoje na recordação dos que o conheceram e estimaram, e ainda palpitantes de vida nos registros que ele próprio fixou, de modo indelével, nas páginas do Livro de Tombo da Paróquia – sirvam de luz e orientação para todos os sacerdotes que Deus ainda vier a colocar à frente dos destinos espirituais da abençoada terra jambeirense, terra desde seu alvorecer colocada no “Coração da Padroeira” (“in Corde Patronae”), Nossa Senhora das Dores !

N. da R. :

O Pe. Victor Ribeiro Mazzei, depois de seu ministério sacerdotal em Jambeiro (1930/1932), exerceu as seguintes atividades : Capelão do Sanatório Vicentina Aranha, em São José dos Campos; em 15/01/1933, foi provido no cargo de Reitor do Seminário Diocesano de Taubaté, aí permanecendo até agosto de 1935, quando, em razão de uma intervenção cirúrgica no estômago, foi residir junto com sua mãe, d. Nenê, em Cafelândia-SP. 

Um registro digno de nota : em 1934, durante seu tempo de Reitor, foi ordenada a maior turma de sacerdotes em toda a história do Seminário de Taubaté, da qual fizeram parte dois filhos de Jambeiro, os saudosos padres José Luiz Corrêa e José Maria da Silva Ramos.  São sobreviventes dessa turma dois ilustres Sacerdotes : Mons. Benedito Mário Calazans e Mons. Oswaldo de Barros Bindão.

Em 04/06/1942, por provisão de D. Henrique César Fernandes Mourão, SDB, Bispo Diocesano de Cafelândia (em 27/05/1950 a sede da Diocese foi transferida para a cidade de Lins), o Pe. Victor foi nomeado Vigário Geral daquela Diocese. Tendo em vista a impossibilidade de ausentar-se de sua Paróquia de Araçatuba, o sr. Bispo determinou que o novo Vigário Geral mantivesse residência naquela cidade e exercesse de preferência sua jurisdição no território da Comarca Eclesiástica de Araçatuba.

Em 13/11/1955, na Igreja Matriz de Araçatuba, D. Henrique Gelain, Bispo Diocesano de Lins, fez a solene entrega, a Mons. Victor Ribeiro Mazzei, do título de Prelado Doméstico, que lhe fora conferido pelo Papa Pio XII.

Mons. Victor faleceu em 07/09/1960, aos 55 anos incompletos, em conseqüência de desastre automobilístico na rodovia Washington Luís, no município de Analândia-SP, quando ele se dirigia em romaria ao Santuário Nacional de Aparecida.

O corpo de Mons. Victor está sepultado no Cemitério Municipal de Araçatuba e seu túmulo é constantemente visitado por inúmeras pessoas, muitas das quais atestam o recebimento de graças mediante sua intercessão junto a Deus.

29 – RUA PADRE JOSÉ D’ANDRADE COSTA COLHERINHAS

29.1 – Pelo artigo 3º do Decreto nº 246, de 25/07/1976, do prefeito Antonio Santiago da Silva Filho, foi denominada “RUA PADRE JOSÉ D’ANDRADE COSTA COLHERINHAS” a “Faixa nº 6 (seis)”, assim identificada pela alínea “k”, do artigo 1º, do mesmo Decreto : “faixa de terras com a largura de 14 metros, que recebe o nº 6 (seis), iniciando-se na Faixa nº 3 (três) (1), paralelamente à Faixa nº 5 (2), a cerca de 38 metros desta, para terminar na Faixa nº 7 (3)”.

(1Rua Ferdinando Hilário   (2)  Rua Padre Celestino Gomes Figueiredo   (3)  Rua Padre Victor Ribeiro Mazzei

29.2 – Dados biográficos

Nascimento – em 09/10/1828 na Quinta de Colherinhas – freguesia de Dornelas, distrito de Guarda, província da Beira Alta, em Portugal –, filho de Miguel de Andrade e de Anna Rodrigues de Andrade. 

Estudos e Ordenação Sacerdotal“Partiu o então jovem José para Coimbra, onde se preparou para a cura de almas, pois lá” (em 1841), aos 23 anos de idade, com um curso brilhante, pelo desenvolvimento do saber e pelo acrisolado de suas virtudes, recebeu as Sagrados Ordens” pela imposição das mãos de D. Antonio Alves Martins, Bispo de Viseu, Diocese sufragânea da Arquidiocese-Primaz de Braga.

Vinda para o BrasilEm 1878 veio para o Brasil. Ficou cinco meses no Rio de Janeiro, dois anos em Canoas-MG (?), doze anos em Aterrado (antigo nome da atual cidade de Luz-MG), donde seguiu para Franca-SP, tendo aí exercido as funções de vigário da Vara, interinamente.

Pe. Colherinhas, vigário de Jambeiro

Em 17/03/1892 foi nomeado vigário encomendado da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, “por tempo de um anno”, mediante provisão de D. Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, Bispo Diocesano de São Paulo (o mesmo Bispo que fizera duas Visitas Pastorais à Paróquia de N. Srª das Dores, em 1874 e em 1886).  Sua posse ocorreu em 20/03/1892.

Em 14/04/1893, provisão do mesmo Bispo D. Lino Deodato o nomeou outra vez como “vigario encommendado da Parochial Igreja da Villa do Jambeiro”, também “por tempo de um anno”. 

Em 16/04/1894 D. Lino Deodato mais vez renovou a nomeação do Pe. Colherinhas como “vigario encommendado” de nossa Paróquia.

Em 21/03/1895, D. Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti, sucessor de d. Lino Deodato (que falecera em 19/08/1.894 depois de haver governado a Diocese de São Paulo durante mais de 21 anos, ou seja, de 07/01/1873 a 19/08/1894), decidiu prover o pe. Colherinhas “no mesmo emprego, por tempo de um anno”. Outra Provisão de D. Joaquim Arcoverde, de 20/03/1896, nomeou de novo o sacerdote como Vigário da Paróquia.  Em 10/03/1900, D. Antonio Cândido de Alvarenga, sucessor de D. Joaquim Arcoverde na ainda então Diocese de São Paulo, renovou a nomeação do Pe. Colherinhas

A igreja matriz (Capela construída pelo Cap. Jesuíno entre 1868 e 1871) foi ampliada pelo pe. Colherinhas no final do século XIX : “... tratou-se de acrescentar a Matriz velha, que era muito pequena. Fizerão-se paredes de taipa e bem reparado o telhado; foi a igreja forrada e soalhada. Fez-se coro, baptisterio, collocaram-se dois altares lateraes ... dedicados, um a S. José, outro a S. Benedicto” (de seu Relatório, datado de 12/03/1905, encaminhado a D. José de Camargo Barros, sucessor de D. Antonio Cândido na Diocese de São Paulo).

Na mais que centenária história de Jambeiro, o paroquiato do Pe. Colherinhas foi o mais longo até hoje, tendo durado 19 anos, 3 meses e 4 dias, entre 20/03/1892 e 24/06/1911.

Pe. Colherinhas, vereador da Câmara Municipal

Além de Vigário da Paróquia, o Pe. Colherinhas foi Vereador da Câmara Municipal de Jambeiro em cinco Legislaturas : na 4ª (1892/1896), tendo assumido o mandato em 23/04/1894, quando também foi eleito vice-presidente da Edilidade; na 5ª (1896/1899), na 6ª (1899/1902), na 7ª (1902/1905) e na 8ª (1905/1908). 

Pe. Colherinhas, colaborador d’“O Jambeirense

Nosso jornal teve a honra de contar inúmeras vezes com preciosas colaborações do Pe. Colherinhas, em prosa e em verso.

Falecimento – Pe. Colherinhas faleceu em sua residência, às cinco horas da tarde de 27/02/1912, aos 83 anos. Foi declarante do óbito junto ao Cartório do Registro Civil o sobrinho do falecido, Antonio de Andrade Costa Colherinhas, e testemunhas, Júlio de Paula Moraes e João de Souza Silvestre, que assistiram à morte do sacerdote. O Pe. Colherinhas deixou testamento lavrado em 19/01/1891 nas Notas do Tabelião Pedro Gil de Oliveira Horta, de Dores do Aterrado (atualmente, a cidade de Luz-MG).

“O Jambeirense”, em 03/03/1.912, assim encerrou a nota do falecimento do Pe. Colherinhas :

“Jambeiro, neste florescente Estado de São Paulo, foi a última localidade onde, durante 19 anos, praticou as mais aprimoradas virtudes, esmerando-se no paroquiato, tendo sido, por isso, incessantemente alvo da mais intensa estima do rebanho de que era digno pastor.

Sua avançada idade e saúde combalida com o continuado serviço da Igreja há pouco tempo o determinaram deixar a direção desta paróquia, onde soube grangear gerais simpatias. 

Grande na vida, o foi também na morte.  Pois deixou em testamento ordem para serem celebradas 70 Missas, sendo 20 por alma de seus pais, 20 pelas de seus irmãos falecidos, 10 pelas almas do Purgatório e 20 para o descanso eterno de sua alma.  Belo exemplo de fé e prova sincera de amor aos parentes !  Em cumprimento de sua vontade foi também distribuída a quantia de 100$000 pelos pobres desta paróquia, sendo este ato muito comovedor e na presença do venerando cadáver.

Como vereador e inspetor escolar, prestou a Jambeiro relevantes serviços. 

A população em peso, profundamente consternada, rendeu ao virtuoso sacerdote as homenagens devidas, acompanhando-lhes ao Campo Santo os restos mortais.

Seria demasiado pequeno “O Jambeirense” pra conter os nomes de todos quantos formaram o fúnebre cortejo, em que também tomaram parte os alunos de diversas escolas, a banda musical “Lyra Jambeirense” e o corpo policial.  Ao baixar o corpo à sepultura, falaram o Revmº Sr. Cônego Altino de Moura [vigário da Paróquia] e o sr. major Elpídio Lopes de Abreu Ortiz, fazendo-lhe sentido necrológio.  Sobre o féretro, entre outras coroas de flores naturais, notamos duas com as seguintes inscrições : ‘Saudade eterna de Amélia, Anna e Antonio’ [respectivamente, sobrinha, irmã e sobrinho do pe. Colherinhas]; ‘Saudade da família Amaral Gurgel’. 

Veio de Paraibuna, onde é estimado pároco, o Revmº Sr. Ângelo P. Benito, a fim de auxiliar nas cerimônias fúnebres. Também aqui esteve para assistir ao funeral o sr. cel. Antonio Baptista de Oliveira Costa. O sr. B. Gurgel fez-se representar no enterro na pessoa de seu pai, major João do Amaral Gurgel, a quem expediu telegrama nesse sentido.

O enterro teve desusada concorrência, apesar da chuva impertinente e do grande lamaçal. Podemos afirmar ter sido o ato fúnebre mais solene até hoje realizado nesta cidade.”   

Seu túmulo – O Pe. José d’Andrade Costa Colherinhas descansa no Cemitério Municipal de nossa cidade e, de acordo com o disposto na Lei municipal nº 303, de 28/11/1968, a conservação de seu túmulo é de responsabilidade do Poder Público (assim também o são os jazigos do Cel. Luiz Bernardo de Almeida Gil e do prof. Júlio de Paula Moraes).

30 – RUA PADRE CELESTINO GOMES FIGUEIREDO

30.1 – Pelo artigo 3º do Decreto nº 246, de 25/07/1976, do prefeito Antonio Santiago da Silva Filho, foi denominada “RUA PADRE CELESTINO GOMES FIGUEIREDO” a “Faixa nº 5 (cinco)”, assim identificada na alínea “j” do artigo 1º, do mesmo Decreto : “faixa de terras com a largura de 14 metros, que recebe o nº 5 (cinco), iniciando-se na Faixa nº 3 (três) (*), a cerca de 85 metros da divisa com Eduardo Vieira de Almeida e terminando perpendicularmente à divisa com Geraldo Boaventura do Nascimento, separando ao final as áreas descritas em ‘a’ e ‘c’;”.

(*) Rua Ferdinando Hilário

30.2 – Dados biográficos – Pe. Celestino Gomes de Oliveira Figueiredo nasceu na freguesia de Barbeita (ou Salvador de Barbeita) – concelho de Monção – província do Minho (norte de Portugal), em 22/07/1886.  Foram seus pais José de Oliveira Figueiredo e dª Rosa Gomes Vilarinho, e irmãos : Maria, Florinda, Olívia, Gaspar e João Gomes de Oliveira Figueiredo.

Freqüentou o Seminário da Arquidiocese de Braga e foi ordenado Sacerdote em 19/12/1908. Cantou sua 1ª Missa em 03/03/1909 na igreja de Barbeita, sua terra natal. Depois de exercer o cargo de capelão da Misericórdia de Valadares do Minho, veio para o Brasil em 1912, em conseqüência da perseguição religiosa promovida pela República Portuguesa instaurada em Portugal a partir de 1910. 

Em nossa pátria, de 06/10/1912 a 1916 foi vigário de Guarulhos, nomeado por D. Duarte Leopoldo e Silva, 1º Arcebispo de São Paulo.

Em seguida, acolhido pelo 1º Bispo de Taubaté, D. Epaminondas Nunes de Ávila e Silva, exerceu por algum tempo as funções de Vigário Coadjutor em Jacareí.

Em 17/11/1916, “na Camara Ecclesiastica de Taubaté, e assignada por D. Epaminondas, foi passada uma Provisão nomeando Vigario d’esta Parochia de Jambeiro” o Pe. Celestino de Figueiredo, tendo tomado posse no dia 26 do mesmo mês.

Suas principais obras em Jambeiro foram : a fundação da Vila Vicentina, com a construção da Capela de São Vicente de Paulo e do “primeiro pavilhão ... com oito quartos de regulares dimensões e com duas pequenas salas”, e a construção da nova Matriz, no local da velha Igreja, segundo uma planta geral do novo templo, cuja execução será feita por parte e quiçá com bastante morosidade”.

O início das obras da Matriz foi em 02/06/1919; em 05/11 desse ano, ”pelas 19 horas fez-se a inauguração da illuminação da fachada da Matriz, produzindo optimo effeito” e no dia 8 aconteceu a bênção da fachada.  Em 26/03/1920 “realisou-se, com toda a solemnidade, a trasladação das ... pedras [fundamental e comemorativa] que D. Lino lançou em 19 de setembro de 1886 [na Praça Dª Anna]  para a Matriz, ficando enterradas em uma caixa de tijolos no centro do espaço destinado ao guarda-vento da nova Matriz.” 

Em 11/11/1920, “pelas 21 horas”, o visitador diocesano, pe. Victorino Ferreira (ex-vigário da Paróquia (1912/1915) procedeu à bênção da nova Matriz.

Em 24/02/1921 entrou o pe. Celestino em gozo de licença de seis meses, não mais reassumindo a Paróquia.  Em 08/03/1921 retornou para sua pátria, viajando pelo navio “Avon”.

Foi o pe. Celestino de Figueiredo o grande incentivador do Movimento Vicentino e da Catequese na Paróquia e, também, o fundador do Apostolado da Oração (em 1º/07/1917). Foi, também, a alma de todo o trabalho de socorro às vítimas da grande inundação ocorrida na cidade em 02/03/1917. 

A aquisição das imagens do Sagrado Coração de Jesus (no altar-mor), de Nossa Senhora das Dores (na sacristia) e de São Vicente de Paulo (na Capela da Vila Vicentina), bem como a galeria de retratos dos antigos vigários da Paróquia (obra do artista jambeirense Washington de Abreu – “Mimi”) também foram iniciativas do pe. Celestino.

Por tudo isso o pe. Celestino Figueiredo sem qualquer dúvida pode – e deve – ser considerado como um dos maiores vigários que já passaram por Jambeiro.

Tendo voltado para Portugal, ele visitou Jambeiro em novembro de 1926, assistindo no dia 2 daquele mês a uma reunião da Conferência Vicentina do Bairro de Santa Clara. 

Na ata dessa reunião ficaram registradas as seguintes expressões do pe. Celestino, que bem demonstram o grande amor por ele devotado a Jambeiro :

Em Portugal, não obstante seus inúmeros afazeres, lembrava-se com saudades de Jambeiro e de todos os seus amigos. Recordava-se, saudoso, das estradas que serpenteavam as serras, pequenos outeiros e planícies do município, as quais muitas e muitas vezes palmilhava, de dia ou de noite, ora para socorrer um enfermo, ora para transpor os queridos bairros para as visitas paroquiais, ou para visitas íntimas aos seus bons amigos. A todo momento vinha-lhe à mente a sua querida Matriz e, neste pensar ... quantas recordações saudosas...” e o final de suas próprias palavras: “... externar o meu sentir ao desligar-me de vós e do povo de Jambeiro ser-me-ia impossível numa reunião como esta, que tem seu tempo determinado, mas o faço em poucas palavras saídas do coração: aceitai-as, pois são a expressão da verdade”.

Além da manifestação acima, outra prova da grande afeição do Pe. Celestino a Jambeiro é o seguinte trecho de uma carta por ele remetida de Melgaço (Minho-Portugal), em 05/08/1921, ao major João do Amaral Gurgel, seu grande amigo,: “... essa terra que eu lembrarei com indelevel saudade”.

Em Portugal, o Pe. Celestino foi pároco de Santa Maria da Porta da Vila, em Melgaço, durante dois anos. Depois foi nomeado Pároco de Peso da Régua pelo Arcebispo de Braga, D. Manoel Vieira de Matos, ali tendo permanecido cinco anos.  Finalmente veio o Pe. Celestino para Braga, na qualidade de Abade da Sé. Tendo sido nomeado Arcipreste, ascendeu em 1935 à dignidade de Cônego capitular da Sé Primaz.  Nessa cidade funciona ainda hoje, como testemunho de sua operosidade, o Patronato de Nossa Senhora da Torre, por ele fundado e que atualmente abriga cerca de 400 crianças e jovens.

Seu falecimento ocorrido em 15 de abril de 1.938Sexta-Feira Santa – deixou toda a cidade de Braga profundamente consternada. Depois de velado durante três dias na Sé Primaz de Braga, o corpo do Côn. Celestino Figueiredo foi trasladado para a terra natal, Barbeita, e ali sepultado no dia 19/04/1938

Até hoje, acorrem os bracarenses em romaria ao seu túmulo, segundo afirmou em carta dirigida em fevereiro/1999 ao diretor-responsável d’“O Jambeirense” o côn. Manoel  de Oliveira Veloso (que, quando menino, foi coroinha do pe. Celestino Figueiredo na Sé Catedral de Braga, e depois, seu segundo sucessor, como Pároco da mesma Sé : “quase todos os anos fazemos romagem ao seu túmulo, em Barbeita, Monção”.

N. da R.:  Na edição de 23/05/2002, na série “Nossas ruas e praças”, a “Rua Padre José d’Andrade Costa Colherinhas” por lapso constou como sendo a de nº XXVII, em vez de XXVIII, como deveria ter sido.

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31 – RUA BRAZ DOS SANTOS

31.1 – Pelo artigo 3º do Decreto nº 246, de 25/07/1976, do prefeito Antonio Santiago da Silva Filho, foi denominada “RUA BRAZ DOS SANTOS” a “Faixa nº 8”, assim identificada na alínea “m”, do artigo 1º do mesmo Decreto : “faixa de terras com 14 metros de largura, que se inicia na Faixa nº 7 (sete) (1) e termina na Faixa nº 9 (nove) (2); esta faixa recebe o nº 8;”

(1) Rua Padre Victor Ribeiro Mazzei   (2) Rua Dona Olívia Vieira de Almeida

31.2 – DADOS BIOGRÁFICOS

BRAZ DOS SANTOS, filho de Fernando e Marcolina, nasceu em 3 de fevereiro de 1876 – mesmo ano da criação do Município de Jambeiro, ainda com o nome de “Villa de Nossa Senhora de Capivary”.  Segundo consta no Livro nº 3 de Registro de Batizados da Paróquia, o batismo de BRAZ aconteceu no dia 31/03/1876 e foi-lhe ministrado pelo vigário, pe. Antonio Pereira de Amarante Costa, sendo padrinhos Romão e Joana, escravos de João da Costa Gomes Leitão (que foi proprietário da Fazenda Santo Antonio, neste município – note-se que na bandeira da porta principal da sede dessa fazenda constam as iniciais JCGL).

Em 19/01/1895 – conforme registro no livro nº 1 de Casamentos, a fls. 34/34v. – BRAZ casou-se com Eliza dos Santos, filha de Cosma Sebastiana, em cerimônia celebrada pelo vigário, pe. José d’Andrade Costa Colherinhas, tendo sido testemunhas Fortunato Gomes Martins e João Francisco Moreira Cesar. A cerimônia civil foi realizada em 15/08/1896, presidida pelo juiz de paz Antonio Baptista de Oliveira Costa (Cel. Batista), sendo testemunhas Benedicto Alves de Lima e Silva, com 23 anos, artista, e José da Silva Bueno, com 20 anos, praça do Destacamento; BRAZ contava 20 anos e Elisa, 14 (livro B-1, fls. 84v., nº 23, do Cartório de Registro Civil e Anexos de Jambeiro).

São do artigo assinado por BBS/BEAM e publicado na edição de 15/09/1982, d’“O JAMBEIRENSE”, as seguintes passagens :

Introdução – De tantas famílias que, no correr de mais um século, ajudaram a formar a terra jambeirense, uma existe que se tornou das mais queridas de nossa gente : a Família Braz ...

Braz dos Santos e Eliza Silvério dos Santos – eis o tronco da Família. Ele, filho de Fernando e Marcolina, nascido em 3 de fevereiro de 1876 (dia de São Brás) e batizado em 31 de março do mesmo ano, tendo como padrinhos Romão e Joana, escravos de João da Costa Gomes Leitão, proprietário da Fazenda Santo Antônio. Faleceu o velho Braz em 9 de abril de 1966, com 90 anos; ela, dª Eliza, nasceu em 17 de dezembro de 1882 ..., tendo falecido em 19 de fevereiro de 1956, com              73 anos de idade. Ambos, filhos de Jambeiro, aqui viveram suas longas vidas, aqui se casaram e tiveram sua grande prole. Aqui também tiveram a felicidade de festejar Bodas de Ouro. 

Braz, homem simples, analfabeto, preto de alma branca. Eliza – senhora simples, também analfabeta, branca; mulher maravilhosa que soube dar “aquele” carinho a todos os filhos. Dª Eliza era costureira de roupa masculina; fazia ternos, camisas etc. e era conhecida como a mulher do “Braz Preto”. Além de costureira, Eliza também servia de parteira para as gestantes do Bairro de Santa Clara. O seu Braz tocou por muito tempo aquele sítio onde havia um engenho de moer cana prá fazer rapadura. Criando porcos, galinhas e gado. Plantando de tudo no sítio, inclusive tocando três cafezais. E a vida passando, eles iam criando os muitos filhos abençoados que Deus lhes confiara. Esse casal humilde, dedicado ao trabalho, foi vendo sua geração ir passando e sua descendência sempre aumentando.

Pelo nosso levantamento, chegamos ao seguinte resultado : filhos – 15 (dos quais três faleceram em tenra idade : Luiz, Adelaide, Aparecido e Aloysio): Brasília, que foi casada com Benedito Arlindo dos Santos (casamento realizado em 17/12/1914), tendo tido 8 filhos; são 15 seus netos e 8, os bisnetos; Benedito, já falecido, foi pai de 7 filhos; são 20 seus netos e 2, os bisnetos; residia em Santo Anastácio; Brazilino, casado com Georgina Maria Conceição dos Santos, tendo tido 11 filhos; hoje são 29 os netos, já havendo 1 bisneto; Otávio, casado com Aracy Nunes dos Santos; dessa união são 10 os filhos (4 já falecidos); Zilda Vitalina, viúva de Benedito Manoel; tiveram 1 filho, Benedito Aparecido Manoel, que é pai de 5 filhos; João, já falecido; foi casado duas vezes; desses enlaces nasceram 6 filhos; são atualmente 15 os netos do João, que residia em Jandaia do Sul, Paraná; Olivio , que se casou duas vezes; do 1º casamento, com Benedita Conceição dos Santos, o único filho foi Benedito Bento dos SantosBentinho – co-autor da presente pesquisa, pai de 5 filhos; do 2º casamento de Olívio, com Idalina Alvarenga dos Santos (já falecida), são 12 os filhos e 22, os netos; residiam em São José dos Campos; Maria do Carmo, falecida, que foi casada com Domingos Deodato; dessa união houve 16 filhos (dos quais 9 estão vivos), 24 netos e 10 bisnetos; residia em São José dos Campos; Maria Eugênia, falecida, que foi casada com José Domingos de Oliveira; desse casamento houve 4 filhos e 9 netos; residia em São José dos Campos; Clarice, falecida, que foi casada com José Maria Deodato Júlio; dessa união houve 4 filhos e 8 netos; e Fernando, residente em Jambeiro e casado, há 40 anos, com Teresina Martins dos Santos; são pais de 13 filhos e avós de 11 netos.

Resumindo : da abençoada união de Braz dos Santos e Eliza Silvério dos Santos temos, salvo algum erro ou possível omissão, 291 descendentes, assim distribuídos : 15 filhos, 93 netos, 163 bisnetos e 21 trinetos (note-se : era essa a situação em setembro/1982).

Conclusão : a Braz dos Santos e a Eliza Silvério dos Santos podemos tranqüilamente aplicar, adaptando-os a suas vidas, as seguintes passagens da Sagrada Escritura (Eclesiástico, 44, 7/8 e 10/14):

“Eles foram honrados por seus contemporâneos e glorificados já em seus dias. Deixaram nomes que ainda são citados com elogios. Foram pessoas de bem, cujos benefícios não serão esquecidos. Na sua descendência encontramos uma rica herança, sua posteridade. Os seus descendentes ficaram fiéis aos mandamentos e, graças a eles, também os seus filhos. Para sempre dura sua descendência e a sua glória não acabará jamais. Os seus corpos estão sepultados em paz e seus nomes vivem por gerações”.

31.3 – DESCERRAMENTO DA PLACA DA RUA

Foram os irmãos Fernando e Brasília, filhos de Braz e Elisa, que em 25/07/1976 (domingo) descerraram a placa da rua que tem o nome de seu pai, no JARDIM CENTENÁRIO. Essa cerimônia foi um dos muitos números do Programa de festejos aqui realizados em julho/1976 em comemoração do transcurso do 1º Centenário da fundação do Município.

32 – RUA DONA OLÍVIA VIEIRA DE ALMEIDA

32.1 – Pelo artigo 3º do Decreto nº 246, de 25/07/1976, do prefeito Antonio Santiago da Silva Filho, foi dada a denominação de “RUA DONA OLÍVIA VIEIRA DE ALMEIDA” à “Faixa nº 9”, assim identificada na alínea “n” do artigo 1º, do mesmo Decreto: “faixa de terras de 14 metros de largura, que recebe o nº 9 (nove), iniciando-se na Rua Washington Luís (Estrada Jambeiro-São José dos Campos), para terminar na divisa com José Azaria Sobrinho e Geraldo Boaventura do Nascimento, dividindo as áreas descritas em “d” e “e”, depois de encontrar-se com a Faixa nº 8 (oito)  (*).”

(*)  Rua Braz dos Santos

32.2 –  DADOS BIOGRÁFICOS – OLÍVIA VIEIRA DE ALMEIDA – filha de José Gomes Vieira e Gertrudes Eufrausina de Almeida (Tudinha) – nasceu em Jambeiro exatamente no ano da fundação do Municípi, em 12/04/1876 (ou 16/04/1876 ?) (cf. O Jambeirensede 17/04/1932).

Batizada pelo vigário da Paróquia, pe. José de Godoy Moreira, na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores em 16/10/1876, “sob a proteção de Nossa Senhora da Ajuda”, foi seu padrinho Moisés Correia de Siqueira  (cf. livro nº 1 de Registro de Batizados, a fls. 51v.).

Quando tinha 16 anos, contraiu matrimônio com Joaquim Franco de Almeida, com 26 anos, nascido “neste districto” em 09/11/1866, filho de Joaquim Bernardo de Almeida Gil (que também assinava Joaquim Gomes de Almeida) e de d. Anna Candida Franco. 

A cerimônia civil do casamento foi no dia 31/12/1892, às 6 horas, em casa de Innocencio Corrêa Durão, na rua do Comércio, na presença do juiz de paz Luiz Bernardo de Almeida Gil e das testemunhas Joaquim Bernardo de Almeida Gil (pai do noivo), com 60 anos, e João Franco de Camargo, com 34.

Desse enlace houve os seguintes filhos : Alice, Odilon, Maria Gertrudes (Nina), João Baptista, Sílvia, José Geraldo (Yeyé), Anna Luíza, Eduardo (Edu) e Hermínia.

Dª OLÍVIA marcou época na vida de Jambeiro

Em memorável palestra proferida no salão da Associação Atlética Jambeirense - AAJ, na semana da Festa da Padroeira de 1974, a saudosa profª Maria Olímpia Vieira – filha de Virgílio (irmão de d. OLÍVIA) e de d. Maria José Moreira Vieira – assim se referiu a d. OLÍVIA :

“Olívia – a solidariedade. Certa vez, uma mulher me ofendeu. Quando me encontrei com tia Olívia, ela me disse : ‘Não cumprimento mais essa mulher’. Outra também me magoou com um ciúme ofensivo e estúpido. Disse-me a titia : ‘Ela nunca mais passará suas férias na minha fazenda’. 

E cumpriu o que prometeu. Conto essas passagens comigo, porque não quero ser indiscreta, revelando o que tia Olívia  fez por outros sobrinhos ...

Tinha prestígio a tia Olívia. Já viúva, nas vésperas de eleições, almoçavam com ela o dr. Moura Rezende, de uma facção política, e o dr. Líncoln Feliciano, de outra facção, e também o nosso Paulino Gil, adepto do Integralismo. Todos eles namoravam os votos que ela poderia obter para eles. E podia mesmo ! Quando Sud Menucci se candidatou a deputado, era o representante dos professores. Todos os professores trabalharam pela sua candidatura. Nós também, os professores de Jambeiro, nos movimentamos. Fiz comício, distribuindo cédulas, e quando julgava já haver conquistado as minhas conterrâneas, eis que surge a tia Olívia que, com poucas palavras, estraga o meu comício. O Sud Menucci só teve um voto em Jambeiro : o meu (!) ...

Tia Olívia não era só solidariedade e política. Era também hospitalidade. A hospitalidade era, em tia Olívia, uma qualidade inata. Ela gostava de receber, sabia receber, era acolhedora. Tanto recebia bem os grandes, como os humildes. Muito bem qualificou o seu irmão Almeida a sua fazenda, chamada Fazenda Bom Jardim, o ‘asilo da Olívia’. Sim, somente agora há uma lei que ampara e protege a empregada doméstica, mas para a tia Olívia, essa lei de amparo às empregadas domésticas já tinha sido decretada pelo seu coração bem formado e generoso.  Assim, vi morrerem na Fazenda Bom Jardim, sob os cuidados da tia Olívia, as pretas Lídia, Elisa, Apolinária e outras de quem não me recordo os nomes.

Quando estava já bem velhinha, nada mais podendo fazer pelos seus empregados, ela veio à minha casa, amparada por seu filho Odilon, para me pedir que olhasse nhá Maria, que estava na Vila Vicentina, e me fez prometer ir lá todos os dias e fazer pela nhá Maria, sua ex-empregada, o que não mais podia fazer.”

OLÍVIA VIEIRA DE ALMEIDA faleceu em 28/11/1963 e seu corpo repousa ao lado do marido, Joaquim Franco de Almeida (Sinhô Bernardo), no Cemitério Municipal de nossa terra.

33 – RUA PADRE JOÃO PEREIRA RAMOS

33.1 –  Pelo Decreto nº 246, de 25/07/1976, do prefeito Antonio Santiago da Silva Filho, foi denominada “RUA PADRE JOÃO PEREIRA RAMOS” a “Faixa nº 4 (quatro)”, assim identificada na alínea “i”, do artigo 1º do mesmo Decreto : “faixa de terras com a largura de 14 metros, que separa as áreas descritas em “a” e “b” e, a partir da divisa com Eduardo Vieira de Almeida, bem como na distância de pouco mais de 70 metros, termina na Faixa nº 5 (cinco) (*) ; esta faixa recebe o nº 4 (quatro);”

(*)  Rua Padre Celestino Gomes Figueiredo.

33.2 –  DADOS BIOGRÁFICOS

Do Padre JOÃO PEREIRA RAMOS, 1º Vigário da Paróquia, só se sabe que era “natural do Reino de Portugal”. Tendo sido nomeado“Vigário Encomendado da nova Freguezia de N. S. das Dores do Capivary do Municipio de Caçapava desta Diocese por tempo de um anno se antes disso não se mandar o contrario”, por provisão de 23/11/1872, do“Doutor Joaquim Manoel Gonsalves (sic) de Andrade, Conselheiro da Ordem de Christo, Arcediago da Cathedral desta Imperial Cidade de São Paulo, nella e em todo o seu Bispado, Vigario Capitular pelo Illmº e R.mº Cabido sede Vacante”, tomou posse do cargo “no primeiro de Dezembro do corrente anno (1872) à estação da Missa Conventual”.

Outra provisão de 08/01/1873, desta vez de D. Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, Bispo da então Diocese de São Paulo, renovou a nomeação do Pe. JOÃO PEREIRA RAMOS como vigário da Freguesia, por mais um ano.

Foi durante o paroquiato do 1º Vigário da Paróquia que ocorreu a 1ª Visita Pastoral à Freguesia do Capivary, entre 3 e 6 de fevereiro de 1874, feita por D. Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, que em 1886 novamente voltou a Jambeiro, em sua 2ª Visita Pastoral à Paróquia.

O Pe. JOÃO PEREIRA RAMOS foi vigário da paróquia até 1874, sendo sucedido pelo pe. José de Godoy Moreira e Costa.

ALTO DA COLINA

34 – RUA OLAVO RODRIGUES DE CARVALHO

34.1 – Pela Lei nº 971, de 12/12/1996, sancionada e promulgada pelo prefeiro Waldemar Alves dos Santos (“Valdinho”) (Projeto nº 29/96, de 11/12/1996, de autoria do vereador Joaquim Alves Alves Pereira, sobrinho do homenageado – Autógrafo nº 23, de 12/12/1996), “Fica denominada RUA OLAVO RODRIGUES DE CARVALHO a via recém aberta por esta administração no conjunto de Casas Populares no Jardim Centenário, tendo como início na Rua Padre João Pereira Ramos e termino na área do Reservatório da SABESP”.

Mais tarde essa parte da cidade passou a ser conhecida como “ALTO DA COLINA”, abrangendo a Rua Olavo Rodrigues de Carvalho e o trecho final da Rua Pe. Celestino Figueiredo que corresponde à parte mais elevada do JARDIM CENTENÁRIO.

34.2 DADOS BIOGRÁFICOS

OLAVO RODRIGUES DE CARVALHO – filho de Joaquim Pereira de Carvalho (Joaquim “Bernardino”) e de d. Maria  Rodrigues de Jesus – nasceu em Pouso Alto-MG em 08/02/1924. 

Teve os seguintes irmãos : Imaculada, Mário (Mário “Bernardino”), Alziro, Maria Luíza (Nina) (+), Laura (“Véia”) (+), Terezinha, Marina (“Morena”), Wilson e Yolanda (+).

Depois de passar a infância e adolescência na terra natal, OLAVINHO – como era carinhosamente chamado –ainda muito jovem mudou-se com sua família para Jambeiro. Aqui, em 05/01/1949, contraiu matrimônio com a conterrânea Maria Bertília Alves Pereira (* 24/08/1929) – filha de Benedito Alves Pereira e Eva Maria da Cunha – em cerimônia religiosa presidida, na igreja matriz de Nossa Senhora das Dores, pelo pe. Tarcísio de Castro Moura, vigário da Paróquia. Desse casamento nasceu, em 09/03/1969, o filho Antonio Sérgio Pereira de Carvalho.

Durante muitos anos OLAVINHO exerceu a profissão de motorista.  Muito benquisto no seio de nossa comunidade, participou ativamente da vida jambeirense, principalmente na animação das festas juninas – como dançarino e experiente marcador de “quadrilha” – e na vida esportiva da cidade, atuando como goleiro da equipe principal do saudoso – e glorioso – Jambeiro Futebol Clube.

OLAVINHO faleceu no dia 08/04/1995, aos 71 anos, estando sepultado no Cemitério de nossa cidade.

JARDIM NOSSA SENHORA DAS DORES

INTRODUÇÃO – Pela Lei nº 1.011, de 11/12/1997 (publicada no jornal “Folha Cidade” de dezembro/97), foi autorizada a aquisição de “uma área de terras, medindo 31.000 m2 para a construção de casas populares do programa “Sonho Meu” através da CDHU-Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo”, pertencente ao conterrâneo Hermes Straube, pelo preço de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), equivalentes a R$ 1,62 por m2, “a ser pago em 10 (dez) parcelas iguais e sucessivas de R$ 5.000,00”.

Em 28/01/1998, pelo Decreto nº 650 foi declarada “de utilidade pública, para fins de desapropriação”, uma área – não mais de 31.000 m2, mas “de 40.330 m2 – com a mesma finalidade da construção de “casas populares através de convênio com a CDHU - Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo”.

Em 30/11/1999 “O Jambeirense” anunciou a conclusão das obras de terraplenagem do futuro “JARDIM NOSSA SENHORA DAS DORES”, denominação dada ao local pela Lei nº 1.062, de 13/08/1999.

Em 26/02/2000 começou o mutirão destinado à construção das 63 casas populares na área acima referida. A responsabilidade pela execução da obra ficou a cargo do arquiteto jambeirense, Benedito Antunes de Andrade Júnior (Benê), mas logo após a eleição municipal de 1º/10/2000 essa responsabilidade passou para o arquiteto João Batista Hilário Cioffi.  A encarregada da administração do Programa Habiteto, da CDHU, foi a assistente social Màrcia Alves Nascimento.

A Justificativa do Projeto de Lei sobre a denominação do “JARDIM NOSSA SENHORA DAS DORES” tem o seguinte teor :

“Nosso Jambeiro, desde os seus primórdios – quando não passava de um simples bairro pertencente a Caçapava, com o nome de Capivary – se viu colocado sob a proteção da Virgem Santíssima, Mãe de Deus e nossa Mãe, venerada sob o título de Nossa Senhora das Dores.

A consagração do bairro do Capivary à Virgem Santíssima ocorreu por iniciativa do inolvidável capitão Jesuíno Antonio Baptista, que, tendo iniciado a construção de uma Capela soba referida invocação, fez logo em seguida a doação “à Virgem Nossa Senhora das Dores”, por escritura pública lavrada na sede de sua fazenda, em 12/0/1.868, de uma área de terras destinada à constituição do Patrimônio da futura freguesia.

Ao que tudo indica, na escolha da Virgem Mãe das Dores para Padroeira da Capela, o capitão Jesuíno deve ter levado em conta o fato de ser Nossa Senhora, sob essa invocação, a protetora de sua família; com efeito, sua mãe se chamava Maria das Dores e seu pai, Antonio Joaauim Marianno. Concluída sua construção, recebeu a Capela, em 17/09/1871, a bênção solene dada pelo Vigário da Paróquia de Caçapava (à qual o bairro do Capivary estava subordinado), Côn. Francisco Marcondes do Amaral Rodovalho que, na ocasião, também nela celebrou a 1ª Missa e fez os primeiros batizados e casamentos.

Registre-se, a título de ilustração, que foi o pregador na solene Santa Missa um dos mais ilustres oradores sacros da época – o sacerdote taubateano, Pe. Miguel Martins da Silva, o mesmo que, quase dezessete anos depois, em junho de 1888, iria pregar nas festas de inauguração do Santuário de Nossa Senhora Aparecida.

Ora, sendo nossa população predominantemente católica e devotíssima da Excelsa Padroeira (aliás, é com inteira justiça que o brasão de Jambeiro ostenta o significativo dístico “In Corde Patronae” (= “no Coração da Padroeira”), nada mais oportuno que tal circunstância seja permanentemente lembrada na denominação do Conjunto Habitacional cujas casas serão ocupadas por famílias que são, em sua absoluta maioria, devotas de Nossa Senhora das Dores.”

O JARDIM “NOSSA SENHORA DAS DORES” foi inaugurado em 1º/11/2001. Em 13/09/2002 deu-se a inauguração da Quadra Esportiva do Conjunto Habitacional. Depois de mais de dois anos da inauguração do Conjunto Habitacional, suas ruas receberam o benefício da iluminação pública.

35  –  RUA AVELINO GAGLIOTTI

35.1 – Essa via pública – que tem “início no final da Rua Antonio de Castro Leite”, “com 6 metros de largura” e 453 metros de extensão e termina no ponto onde começa a Rua Henoch Elias de Barros – dá acesso ao JARDIM NOSSA SENHORA DAS DORES.

Essa denominação foi dada à via pública pela Lei nº 1.039, de 12/03/1999, promulgada pelo prefeito José Geraklo Vasconcelos Coelho.

35.2 – DADOS BIOGRÁFICOS

AVELINO GAGLIOTTI nasceu em Caçapava em 28/09/1914, filho de José Gagliotti e Bona Scarpelli. Em meados da década de 30 veio para Jambeiro e aqui, em 08/12/1936, contraiu núpcias com nossa conterrânea Maurília Martins, filha de José Francisco Martins (Zé Martins) e de d. Maria das Dores Brancatti Martins.

A cerimônia religiosa foi realizada na igreja matriz de Nossa Senhora das Dores, presidida pelo vigário da Paróquia, pe. Álvaro Ruiz, tendo como testemunhas Isaías Nantes e Odilon Vieira de Almeida.

Desse enlace nasceram nove filhos, todos jambeirenses : David, Cid, Maria Helena, Maria Letícia, Maria José (Zezinha), Josué, Margarida Maria, Rômulo e Dalva Maria.

AVELINO GAGLIOTTI sucedeu ao sogro na direção da Casa Martins – que por muitos anos existiu ali na Praça Almeida Gil, onde hoje está o sobrado em cujo piso térreo funcionam a Drogaria Medicamentos Jambeiro e o bazar Folia & Cia., e em cujo piso superior está instalado o Gabinete Dentário do dr. Marcelo Gallo Oliani.  

Esse ponto comercial – conhecido como “Armazém do Avelino” – foi por muitos anos, sem nenhuma dúvida, o melhor ponto de encontro deamigos, principalmente nas tardes-noites das décadas de 40 a 80 do século passado.

Nas horas de crise, o “compadre Avelino de tanta gente” sempre vinha em socorro das famílias locais, tendo-se tornado quase todas elas devedoras de algum favor a esse “verdadeiro amigo de todas as horas”.

Em curto período de 1945 – de 23 de novembro a 9 de dezembro, logo após a queda da ditadura de Getúlio Vargas –, AVELINO GAGLIOTTI, que na época contava apenas 31 anos, exerceu o cargo de prefeito municipal.  Não sendo político na ocasião, AVELINO GAGLIOTTI também posteriormente jamais chegou a exercer algum mandato eletivo, apesar de muitas vezes ter sido solicitado para concorrer a algum cargo público.

Ele foi Juiz de Paz no município, durante muitos anos, função hoje exercida pelo conterrâneo Lauro Bernardes Cunha (Laurinho).

EM 30/08/1968, pela Lei nº 297, promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite, AVELINO GAGLIOTTI foi agraciado com o título de “Cidadão Benemérito Jambeirense”.

AVELINO GAGLIOTTI faleceu em Taubaté na manhã de 13/07/1983. Trasladado para nossa cidade, seu corpo foi velado na igreja de São Benedito e, após encomendação feita por mons. José da Silveira Barbosa, pároco de Paraibuna, foi sepultado no Cemitério Municipal, na presença de incontável número de parentes e amigos.

36 – RUA HENOCH ELIAS DE BARROS

–  A denominação dessa rua foi atribuída pela Lei nº 1.038, de 12/03/1999, promulgada pelo prefeito José Geraldo Vasconcelos Coelho, com a seguinte descrição do logradouro :

“... rua com 6 metros de largura, tendo início no marco 01 – lado esquerdo da referida rua – cravado no final da Rua Projetada (Rua Avelino Gagliotti); daí segue 160,20 metros na direção SN, confrontando com as propriedades do loteamento denominado Alpes de Jambeiro, até o marco 02, cravado no ponto de divisa do referido loteamento com a área de propriedade da CDHU-Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, ponto final desta descrição, perfazendo um total de 160,20 metros de rua”.

36.2  –  DADOS BIOGRÁFICOS

HENOCH ELIAS DE BARROS nasceu em Paraibuna, em 1886, sendo filho de Paulino Pereira de Barros e Anna Maria Pereira Lima.  Foram suas irmãs, entre outros, as saudosas Anna Rita de Cássia Cunha – que foi esposa de Benedicto Pinto da Cunha – e Maria das Dores Pereira de Barros Gil (dª Dasdores) – que foi casada com Luiz Bernardes de Almeida Gil.

Em 14/01/1908 HENOCH casou-se com Maria José de Moura Lobato – filha de José Gabriel de Moura Lobato e Gaudência de Moura Lobato. Desse casamento nasceram : Maria do Rosário, Maria Apparecida (que foi casada com José Fidélis Pinto), Angélica (que foi casada com José Luiz Porto) e Enóe (que foi casada com Hugo Straube).

Tendo enviuvado em 21/05/1925, HENOCH contraiu novas núpcias com Benedicta Franco de Almeida (dª Didita) – filha de Joaquim Bernardes de Almeida Gil e de d. Anna Cândida Franco de Almeida.  A cerimônia do enlace, realizada na igreja matriz de Nossa Senhora das Dores em 25/12/1931, foi presidida pelo pe. Moacyr Rodrigues, sobrinho de dª Didita pelo lado materno, tendo sido testemunhas Benedicto Pinto da Cunha e Joaquim Franco de Almeida (Sinhô Bernardo).  Desse casamento não houve descendência.

Durante muitos anos seu HENOCH exerceu as funções de Oficial do Cartório de Registro Civil e Anexos de Jambeiro, tendo sido, também, diretor d’“O Jambeirense” na 5ª fase do jornal, entre 1938 e 1939.  Foram seus companheiros na direção do jornal : como gerente, o conterrâneo Setembrino de Moraes (Bino), filho do prof. Júlio de Paula Moraes, fundador d’”O Jambeirense”; e como redatores, o prof. Édison de Freitas Ramalho, professor do então Grupo Escolar de Jambeiro (atual EE “Cel. Joaquim Franco de Almeida”), e Waldemar Recheter, agente local dos Correios e Telégrafos.

Em sua edição de 22/03/1942, “O Lábaro” – jornal oficial da Diocese de Taubaté – assim registrou o falecimento de HENOCH ELIAS DE BARROS, ocorrido às 20h45 do dia 03/03/1942, lembrando sua atuação como “escrivão de paz” na cidade, “membro de diversas associações religiosas e presidente da Associação de São José”, e concluindo : “Jambeiro perdeu, com sua morte, um dos seus mais belos ornamentos.”

–  RUA WALDEMAR GOMES ALENCAR  

–  Pelo artº 1º do Decreto nº 704, de 14/07/2000, ficou “denominada e especificada a Rua A do

Projeto da CDHU – Rua Waldemar Gomes Alencar, conforme Artigo 1º § 1º da Lei nº 1.065, de 10/09/1999”

–  DADOS BIOGRÁFICOS

WALDEMAR GOMES ALENCAR – filho de Benedicto Gomes Alencar e Virgínia Santos de Alencar – nasceu em Caçapava no dia 23 de setembro de 1917.  Ainda muito jovem transferiu residência para Jambeiro, tendo durante muitos anos trabalhado na Farmácia Aurora, de propriedade de seu tio João de Oiiveira Gomes, casado com d. Olga Joana Iunes Gomes. 

Em 21 de julho de 1948 contraiu núpcias com Maria de Lourdes Oliveira, filha de José Gonçalves de Oliveira e Maria José dos Santos. Desse enlace nasceram cinco filhas : Sonia Maria (Soninha), Vera Lúcia – casada com Alberto Francisco da Silva Ramos; Marília, casada com Hélcio Silva Ramos; Iara Iberá, casada com Carlos Emanuel Siqueira Ribeiro; e Ibá Jambeiro, casada com José Luiz Almeida.

WALDEMAR ALENCAR participou ativamente da vida política local : de 1º/02/1969 a 31/01/1973 foi vice-Prefeito do Município, na gestão do saudoso José Teixeira Duarte (Zé Prefeito); antes havia sido operoso Vereador de nossa Câmara, em quatro Legislaturas consecutivas – 19ª, de 1952 a 1955; 20ª, de 1956 a 1959; 21ª, de 1960 a 1963; e 22ª, de 1964 a 1969, tendo exercido a Presidêcia da Edilidade no ano de 1955.

Foi, entretanto, no exercício, durante muitos anos, da nobilíssima profissão de farmacêutico, que WALDEMAR mais se notabilizou. Num longo período da vida da cidade, quando não tínhamos médico aqui residente, WALDEMAR prestou muitos e inestimáveis serviços à comunidade jambeirense. 

Foram inúmeros os casos em que o querido WALDEMAR demonstrou admirável dedicação à cabeceira de enfermos de todas as idades, assim como é incontável o número de conterrâneos nascidos em suas mãos.  Desse modo, sem dúvida alguma, ele serviu à nossa gente tão ou mais eficazmente do que muitos médicos poderiam ter feito, sendo, pois, sua memória credora da homenagem permanente do povo jambeirense.

Na vida religiosa, a WALDEMAR ALENCAR Jambeiro deve em grande parte a construção da igreja de São Benedito – santo de sua devoção especial – durante o paroquiato do Côn. Antonio Borges (1958/1969). 

Ele foi o presidente da Comissão responsável pela construção do templo, tendo sido coadjuvado nessa tarefa por um grupo de abnegadas pessoas da cidade.

Como reconhecimento pelos muitos serviços por ele dispensados à população local, WALDEMAR ALENCAR foi agraciado com o título de Cidadão Jambeirense Honorário, que lhe foi entregue em memorável sessão da Câmara Municipal, em 29/08/1968.

WALDEMAR ALENCAR faleceu nesta cidade ao meio dia de 10 de julho de 1999, em sua residência da Rua Major Gurgel, nº 74.  O velório foi realizado na Câmara Municipal, donde, na manhã seguinte saiu o féretro em direção ao Cemitério Municipal, seguido por enorme multidão, numa comovente demonstração da estima que nossa gente nutria por seu concidadão honorário e grande benfeitor.

  –   RUA PE. JOSÉ BENEDITO GOMES VIEIRA

38.1 – Pelo artº 4º do Decreto nº 704, de 14/07/2000, ficou “denominada e especificada a Rua D do Projeto da CDHU  –  Rua  Pe. José  Benedito  Gomes  Vieira, conforme Artigo 1º § 1º  da  Lei nº  1.064, de 10/09/1999”.

38.2   –   DADOS BIOGRÁFICOS 

Aqui nascido em 25/08/1912, o Pe. José Benedito Gomes Vieira era filho de José Gomes Vieira (seu Lica Vieira) e de d. Maria Francisca de Jesus.  Batizado na igreja matriz de Nossa Senhora das Dores pelo Vigário da Paróquia, o sacerdote português Pe. Victorino Ferreira, foram seus padrinhos Benedicto Antonio da Cunha e Anna Francisca de Jesus. 

Foram seus irmãos : Elvira, Higino, René, Gerôncio, Terezinha, Cecília, Luiz e João.

O Pe. José Benedito fez o curso primário nas antigas Escolas Reunidas de Jambeiro, tendo sido aluno das professoras Rosária Jannuzzi e Isabel Áurea de Sá, sendo diretor do estabelecimento o prof. Fernando Pantaleão (seu Dandico).

Ingressou no Seminário Diocesano de Taubaté, onde fez o curso secundário. Cursou Filosofia no Seminário Central do Ipiranga, em São Paulo, e Teologia no Seminário Maior de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.

Em 27/04/1947 foi ordenado Sacerdote na Catedral de Assis-SP, tendo celebrado sua 1ª Santa Missa Solene em nossa igreja matriz, em 18/05/1947, sendo o seguinte o registro do memorável evento no Livro do Tombo da Paróquia, feito pelo pároco, Pe. Geraldo Magella Guimarães Alves :

“1ª Missa de um filho de Jambeiro – Aos 18 de maio, o Revmo. Sr. Padre José Benedito Gomes Vieira, filho de Jambeiro, cantou solenemente a sua primeira missa. Sua Revma. foi festivamente recebido à entrada da cidade pelos fiéis, irmandadas e associações. Diante da Prefeitura Municipal, foi saudado pelo Sr. Oroncio Geraldo Rebello, apresentando-lhe as boas vindas. Acolitado pelos Revmos. Padres José Luiz Corrêa e Geraldo Magella Guimarães Alves, sua Revdma. deu inicio à sua primeira Missa às 10 hs.. Presbytero assistente, o Revdmo. Sr. Padre Oswaldo Barros Bindão.  Pregador, o Exmo. Mons. Ascanio Brandão. Coro sob a regência do Revdmo. Sr. Padre José Maria Guimarães Alves.  Ao Padre José Benedito, os nossos votos de um fecundo sacerdócio.  (a)  Padre Geraldo Magella Guimarães Alves.” 

Em 04/10/1949 o Pe. José Benedito colou grau como Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (Direito) na Pontifícia Universidade Católica - PUC, de São Paulo.  Nessa ocasião, em regozijo pela brilhante conquista do ilustre conterrâneo e por iniciativa da profª Maria Olímpia Vieira, Jambeiro prestou-lhe significativas homenagens, com solene recepção na entrada da cidade, seguida de almoço festivo.

Em 19/02/1969, o Pe. José Benedito tomou posse como Vigário Ecônomo da Paróquia, em cerimônia presidida por Mons. Theodomiro Lobo, Chanceler do Bispado de Taubaté, tendo aqui permanecido até 20/12/1970.  Nesse período, fundou a Obra Assistencial Nossa Senhora das Dores, mais tarde transformada na Obra Assistencial de Jambeiro-OBRAJAM.

Em 06/02/1974 assumiu, pela segunda vez, os destinos da Paróquia. Nessa fase, três fatos marcaram a vida de Jambeiro :

1º) dentro da Programação da Festa da Padroeira / 74, sendo festeiras as Famílias Vieira e Almeida, foi prestada tocante homenagem aos Sacerdotes jambeirenses – Côn. Hygino Corrêa da Conceição Apparecida, Pe. José Maria da Silva Ramos, o próprio Pe. José Benedito, Pe. Ernesto Cunha e Pe. João Leopoldo de Almeida (nascidos em Jambeiro); Mons. Ramon de Oliveira Ortiz e Pe. Tarcísio Guilherme Rauchholz, SCJ (jambeirenses por adoção), e aos ex-Vigários – Côn. José Romão da Rosa Góes, Mons. Álvaro Ruiz, Côn. Geraldo Magella Guimarães Alves, Mons. Sebastião Faria, Pe. José Almeida dos Santos, Côn. Antonio Borges, Mons. Theodomiro Lobo e Pe. Irineu Batista da Silva (vigário auxiliar), tendo deixado de comparecer o Côn. Tarcísio de Castro Moura, Pe. Benedito Gil Claro e Pe. Ângelo Borriello Ebram; 

 2º) a chegada a Jambeiro, em 22/02/1976, para aqui iniciarem seu apostolado, das três primeiras Pequenas Missionárias de Maria Imaculada – Irmãs Maria Lídia do SS. Sacramento, Madalena do Sagrado Coração e Suzana da Cruz –, em atendimento ao apelo que em 17/02/1976 fora feito à então Superiora Geral do Instituto das Pequenas Missionárias-PMMI, Madre Madalena Sofia da Cruz, por meio de manifesto com mais de 400 assinaturas, entre as quais a do próprio Pe. José Benedito, com o apoio expresso de D. Francisco Borja do Amaral, então Bispo Diocesano de Taubaté, e de seu Bispo Coadjutor, D. José Antonio do Couto, SCJ; e

3º) as solenes comemorações do 1º Centenário de Jambeiro, no dia 30 de março de 1976 (data do Centenário) e durante o mês de julho de 1976.

Em 22/05/1977 – domingo – ocorreu o falecimento repentino do Pe. José Benedito, na sacristia da igreja matriz, quando ele se preparava para celebrar a 3ª Santa Missa desse dia. Velado durante toda a noite na igreja matriz, no dia seguinte, às 14 horas, foi celebrada solene Santa Missa de exéquias por D. José Antonio do Couto, SCJ (sucessor de D. Francisco, que renunciara ao governo da Diocese no ano anterior), e por mais dez Sacerdotes, entre os quais o representante da Diocese de Jacarezinho-PR (à qual estava incardinado o nosso conterrâneo), e com a assistência de outros seis sacerdotes e dez religiosas (entre elas a irmã do falecido, Irmã Anna Gomes Vieira, salesiana). A encomendação do corpo foi feita por Mons. Ramon Ortiz, tendo-se despedido do querido Sacerdote, em nome dos conterrâneos, o Pe. José Maria da Silva Ramos. Trasladado para Taubaté, o corpo do Pe. José Benedito Gomes Vieira foi sepultado na Capela de Nossa Senhora da Piedade, no Cemitério da Venerável Ordem Terceira.

  –  RUA VEREADOR JOÃO BELLOTTI

39.1 –  Pelo artº 3º do Decreto nº 704, de 14/07/2000, ficou “denominada e especificada a Rua C do

Projeto da CDHU – Rua Vereador João Bellotti, conforme Artigo 1º, § 1º, da Lei nº 1.069, de 15/10/1999”.

39.2 –  DADOS BIOGRÁFICOS – João Bellotti – Patriarca da Família Bellotti, uma das mais antigas e

tradicionais Famílias desta terra – nasceu em 17 de junho de 1881 em Sernaglia, província de Treviso, no norte da Itália.  Era filho de Luiz (Luigi) Bellotto (que faleceu em Jambeiro em 10/02/1928, com 82 anos) e de Lucia Zamai (que faleceu em Caçapava, onde está sepultada).

Tendo imigrado para o Brasil no final do século XIX, João Bellotti veio residir em Jambeiro, aqui se casando em 28/06/1900 com Maria Francisca da Conceição, com 15 anos incompletos, natural de Paraibuna (e cujo nome,  no registro do casamento religioso, consta como Maria Francisca Auta).

A cerimônia religiosa do casamento foi celebrada na antiga igreja matriz (a mesma que em 1919/1920 veio a ser ampliada e remodelada pelo Vigário da Paróquia, Pe. Celestino Gomes de Oliveira Figueiredo). 

O celebrante foi o Vigário da Paróquia, Pe. José d’Andrade Costa Colherinhas, sendo testemunhas

Ozório Pereira de Faria e Benedicto Albino dos Santos.  Às 16 horas do mesmo dia realizou-se a

cerimônia civil, presidida pelo Juiz de Paz, Cap. Antonio Nogueira dos Santos, tendo como uma das

testemunhas o mesmo Ozório Pereira de Faria, e José Antonio de Oliveira. O termo também foi

assinado por Benedicto Albino dos Santos, José Rodrigues Prata, Ernesto de França Zuim, Luiz

Bellotto e Ferdinando Zuim.

Desse casamento nasceram os seguintes filhos : em Paraibuna, Lúcia (1901) e João (1902) (este, Joãozinho Bellotti, veio a ser Prefeito de Jambeiro entre 1930 e 1933); e em Jambeiro : Luiz (Lula) (1904), Raymundo (1906), Mauro (1908), Olívia (Yayá) (1909), Reinaldo (1910), Octavio (1912), Maria Olympia (1913), Nayr (1915), Helena (1916), Clarice (1918), Thereza (1920), Odila (1921), Vicente (1923) e Maria Olímpia (Nenê) (1926).

Em sua longa permanência entre nós – dos meados da última década do século XIX até além dos anos 30 do século passado – João Bellotti participou ativamente da vida local : como administrador da Fazenda Bom Jardim, do sempre lembrado Cel. Joaquim Franco de Almeida (Sinhô Bernardo), e, ainda, da política do município. 

Foi vice-Prefeito – eleito em 15/06/1920, juntamente com o Prefeito Francisco de Paula Lopes; e vereador na 13ª Legislatura de nossa Câmara (1920/1921) e na 15ª (1927/1930).

João Bellotti só se afastou de Jambeiro devido à gravíssima crise de 1929, que provocou sua partida, com a família, para São Caetano do Sul, aqui deixando inúmeras e sólidas amizades.

Ele jamais esqueceu a terra que havia adotado como sua e onde nasceram quatorze dos seus dezesseis filhos, tendo freqüentado Jambeiro assiduamente até o final de sua vida.

A propósito : foi João Bellotti quem, em memorável reunião ocorrida na Câmara Municipal em 17/08/1952, lançou a idéia das Romarias de Jambeirenses à terra natal por ocasião da Festa da Padroeira, no mês de setembro. Teve como companheiros na concretização da feliz idéia os saudosos conterrâneos, seu sobrinho Dolindo Zuim – filho de Prosdócimo Zuim e Luíza Bellotti Zuim –, e o Pe. José Maria da Silva Ramos, filho de Joaquim Celso da Silva Ramos e Marieta Porto Ramos. 

João Bellotti faleceu em 30 de agosto de 1954, em São Caetano do Sul, onde está sepultado no Cemitério Municipal.

A Família de João Bellotti permanece bem ligada a Jambeiro e, por meio de seus descendentes, sempre se faz aqui presente, de modo especial nas Festas da Padroeira, mantendo assim bem viva a tradição herdada do inesquecível Patriarca. 

Da querida e tradicional Família residem em Jambeiro filhos e netos da neta de João Bellotti, Maria Olímpia Zuim Cunha (a saudosa Nena) – filha de Otavio Zuim e Clarice Bellotti Zuim –, que foi casada com o conterrâneo Lauro Bernardes Cunha (Laurinho).

40 –    RUA PE. JOSÉ MARIA DA SILVA RAMOS

40.1 –   Pelo artº 2º do Decreto nº 704, de 14/07/2000, foi “denominada e especificada a Rua B do Projeto da  CDHU  –  Rua Pe. José Maria da Silva Ramos,  conforme  Artigo  1º,  § 1º, da  Lei  nº  1063,  de 10/09/1999”.

40.2  –   DADOS BIOGRÁFICOS

Nascido nesta cidade em 13 de maio de 1912, Pe. José Maria da Silva Ramos era filho de Joaquim Celso da Silva Ramos e de d. Marieta Porto Ramos, ele de Caçapava e ela, de Santa Branca. Foi seu tio paterno o Pe. José Fortunato da Silva Ramos – que passou sua infância em Jambeiro –, construtor da igreja matriz de Marília e do Asilo Santo Antonio, de São José dos Campos.

Batizado na igreja matriz de Nossa Senhora das Dores, em 26/05/1912, pelo Vigário da Paróquia, Côn. José Altino de Moura, foram padrinhos seus avós paternos – Cap. José Fortunato da Silva Ramos e d. Amélia Benedicta Ramos (ele, Cap. José Fortunato, era filho do fundador de Caçapava, Cap. João Ramos da Silva, e de d. Escolástica Maria de Jesus). 

Concluídos os estudos primários nas antigas Escolas Reunidas de Jambeiro, José Maria foi matriculado em 14/02/1923 no Seminário Diocesano Santo Antonio, de Taubaté, onde cursou Filosofia e Teologia. 

No dia 08/12/1934 foi ordenado Sacerdote na Catedral de São Francisco das Chagas, em Taubaté, como integrante da maior turma de Sacerdotes formados no tradicional estabelecimento de formação eclesiástica da Diocese. Foi ordenante D. João de Almeida Ferrão, Bispo Diocesano de Campanha-MG. Dessa turma de Sacerdotes também fizeram parte, entre outros, o também jambeirense Pe. José Luiz Corrêa (irmão do Côn. Hygino Corrêa da Conceição Apparecida, 1º Sacerdote jambeirense) e Mons. Benedito Mário Calazans, paraibunense, ex-Deputado Estadual, ex-Senador da República e assinante d’“O Jambeirense”. 

Pe. José Maria celebrou sua primeira Missa Solene na igreja matriz da terra natal em 15/12/1934. Tão feliz acontecimento foi assim registrado no Livro de Tombo da Paróquia :

“15 de Dezembro – Mais um Sacerdote filho desta terra canta a sua primeira Missa nesta terra abençoada.  É o Pe. José Maria da Silva Ramos.  Chegou com o Pe. José L. Corrêa na véspera. Infelizmente esse dia esteve chuvoso e não pôde de forma alguma ser feita a procissão de sua casa à igreja.  Às 10 horas deu início à solene Missa cantada.  Ao Evangelho, subindo à tribuna, o Revmº Pe. Eurico de Oliveira Gallicho teceu um belo elogio ao Sacerdote católico.  Após a Missa, a cerimônia do “beija-mão”.  Às 7 e meia da noite, solene “Te Deum” entoado pelo neo-sacerdote. 

Mais dois Ministros de Deus Nosso Senhor, dispensadores dos favores e graças do céu. 

Feliz é esta cidade que conta, entre seus filhos, mais dois Ministros do Altíssimo !”

O primeiro campo de apostolado do neo-sacerdote foi em Lorena, como Vigário Auxiliar da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade. Em seguida, foi Vigário de Queluz, Vigário Auxiliar de Santana do Paraíba (São José dos Campos), Pároco de Caçapava, Vigário Auxiliar da Paróquia de Nossa Senhora da Consolação, em São Paulo, Capelão Militar na Base Aérea de Cumbica, em Guarulhos, e por último, Capelão do Centro Técnico da Aeronáutica - C.T.A., em São José dos Campos. 

Dedicou-se, ainda, aos Cursilhos da Cristandade e ao Movimento Carismático.

Filho amantíssimo de Jambeiro, Pe. José Maria freqüentou assiduamente a terra natal, especialmente nas Festas da Padroeira, tendo sido ele o idealizador, em 1952 – juntamente com os saudosos Dolindo Zuim (também jambeirense) e João Bellotti – das tradicionais Romarias da Padroeira, que marcaram época na vida religiosa de Jambeiro, nas décadas de 50 e 60 do século passado.

Eloqüente orador sacro e inspirado poeta, o Pe. José Maria deixou as obras “Oração e Poesia” – em que se destacam os poemas “Ribeirão dos Francos”, “Nossa Senhora das Dores” e “Saga de Jambeiro”  – e “Poema para o Carmelo do Jabaquara”, além de várias poesias esparsas, como, p. ex., “Praça Almeida Gil”.

Tendo suportado insidiosa moléstia no final da vida, quando deu provas de muita fé e resignação com os desígnios de Deus, Pe. José Maria veio a falecer em São Paulo em 08/09/1977.  Seu sepultamento ocorreu no dia seguinte em Taubaté, na Capela de Nossa Senhora da Piedade, do Cemitério da Venerável Ordem Terceira, após solene Missa de exéquias presidida por D. José Antonio do Couto, SCJ, então Bispo da Diocese.

É importante notar que Nossa Senhora – de Quem o Pe. José Maria foi tão devoto – marcou toda a sua existência de maneira impressionante, do nascimento até a morte, como se pode observar nas seguintes coincidências :

* Como é seu prenome ?  É composto de José e Maria.

* Onde nasceu ?  Em Jambeiro, terra consagrada a Nossa Senhora das Dores (lembre-se aqui a divisa do Brasão do Município : “In Corde Patronae” = “no Coração da Padroeira”). 

* Nasceu em que mês ?   Em maio, consagrado a Nossa Senhora, no dia 13. 

* Em que dia foi ordenado Sacerdote ?  Em 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição.

* Em que igreja celebrou sua 1ª Missa Solene ? – Em nossa matriz, aos pés de Nossa Senhora das Dores.

* Qual foi sua primeira função como Sacerdote ?  A de Vigário Auxiliar da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, em Lorena.

* Qual sua última Paróquia na Diocese de Taubaté ?  A de Nossa Senhora d’Ajuda, de Caçapava.

* Qual a Paróquia, em São Paulo, onde exerceu apostolado ? A Paróquia de Nossa Senhora da Consolação, como Vigário Auxiliar.

* Qual foi seu último posto como Capelão Militar ? No C.T.A., cuja Capela é dedicada a Nossa Senhora de Loreto.

* Quando faleceu ?  Em 8 de setembro (de 1977) – dia dedicado à Natividade de Nossa Senhora.

*  Finalmente, onde está sepultado ?  Na Capela de Nossa Senhora da Piedade, no Cemitério da Ordem Terceira, em Taubaté.

41   –  RUA PROF. DR. CARLOS DE OLIVEIRA ORTIZ

–  Pela Lei nº 1.050, de 14/05/1999, foi reservada a denominação de “Rua Prof. Dr. Carlos de Oliveira Ortiz” a uma das vias públicas a serem abertas na área destinada à construção de casas populares pela Municipalidade de Jambeiro, em convênio com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo-CDHU, dentro do Programa “Sonho Meu” e nos termos da lei municipal nº 1.013, de 27/01/1998.”

Pelo artº 5º do Decreto nº 704, de 14/07/2000, ficou “denominada e especificada a Rua E do Projeto da CDHU – Rua Prof. Dr. Carlos de Oliveira Ortiz, conforme Artigo 1º § 1º da Lei nº 1.050, de 14/05/1999.

– DADOS BIOGRÁFICOS

Nascido em Jambeiro em 31/07/1910, CARLOS ORTIZ era filho do major Elpídio Lopes de Abreu Ortiz (que foi membro da Câmara Municipal de Jambeiro na 9ª Legislatura – 1908/1910) e de d. Maria Cândida de Oliveira Ortiz. Batizado na igreja matriz de Nossa Senhora das Dores, em 12/09/1910, pelo Vigário da Paróquia, Pe. José d’Andrade Costa Colherinhas, teve como padrinhos o Major Pedro de Paula Lopes (que foi prefeito de Jambeiro – 1917/1918) e sua esposa, d. Francisca de Faria Lopes.

Matriculado no Seminário Diocesano de Taubaté, ali fez com brilhantismo os estudos filosóficos e teológicos. Ordenado Sacerdote em 16/04/1933 na Catedral de Taubaté, celebrou sua “Missa Nova” na igreja matriz de nossa cidade em 30/04/1933.

“O GRILO” – “Órgão semanal, critico, humorístico e noticioso”, editado em Jambeiro entre 14/01 e 14/05/1933 – publicou a seguinte nota na edição de 30/04/1933 :

“PADRE CARLOS ORTIZ – Com pompa invulgar, a população desta cidade recebeu ontem de braços abertos o seu dileto filho, Padre Carlos Ortiz, filho do nosso saudoso amigo, Maj. Elpídio Ortiz, recentemente ordenado e que aqui veio para rezar a sua primeira missa. O digno conterrâneo foi recebido, na entrada da cidade, por grande assa paopular, nclusive a Irmandade de S. Benedito, Pia União das Filhas de Maria e o Apostolado da Oração, que o nosso vigário, Pe. Américo Endrizzi, convidou para esse fim. Saudou-o, em nome dos seus conterrâneos, a interessante menina Angélica Barros, que com palavras repassadas de brilho, apresentou-lhe as boas-vindas. A seguir, fez uso da palavra o sr. Joaquim Celso da Silva Ramos, digno Coletor Estadual, que numa alocução brilhante e feliz, soube interpretar o sentir do povo jambeirense. Essa majestosa recerpção foi abrilhantada pela Corporação Musical “Julio de Moraes”.  “O Grilo” deseja ao Revmº Sr. Pe. Carlos Ortiz os seus mais sinceros votos de perene felicidade.”

Dotado de inteligência privilegiada, CARLOS ORTIZ escreveu apreciadas obras, entre as quais “O Padre na Idade Moderna”, “Presença” e “O Cristo Total”. Colaborou nas páginas do jornal diocesano “O Lábaro”, da “Revista Eclesiástica Brasileira” e da revista “Vozes”, de Petrópolis-RJ, e do semanário “A União”, do Rio de Janeiro.

Durante vários anos foi professor no Seminário Diocesano de Taubaté, considerado unanimemente por seus ex-alunos como “o melhor professor que ali lecionou”. Como professor, segundo depoimento de um ex-aluno, era “aberto, amigo, leal; sem preconceitos, sem censuras nem ciladas”. Dedicou-se, outrossim, à juventude e à causa operária, com a organização de círculos de estudos destinados ao debate e solução de problemas religiosos e sociais. Foi, ainda, um verdadeiro “profeta” dentro da Igreja Católica, tendo pregado, na década de 30, inovações que só muito mais tarde nela seriam introduzidas (foi uma pena, portanto, que no seu tempo Carlos Ortiz tivesse sido tão incompreendido – e até perseguido ...)

De acordo com José Bernardo Ortiz (em “Velhos Troncos” - tomo I - pág. 245), CARLOS ORTIZ foi um “reformista convicto e espírito crítico, cioso de que a Igreja abraçasse de maneira intensa a luta por maior justiça social” ..., tendo antecipado nas “décadas de 30 e 40 os princípios éticos e sociais por que luta a Igreja de hoje”.

Deixando o Sacerdócio nos anos 40, prosseguiu CARLOS ORTIZ em sua carreira de professor. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais (Direito), exerceu a advocacia, dedicou-se ao jornalismo como crítico de cinema (na antiga “Folha da Manhã”), fez-se cineasta (produzindo os filmes “Alameda da Saudade, 113” e “Luzes nas sombras”) e publicou livros sobre cinema (“Cartilha do Cinema”, “O romance do Gato Preto ou História breve do Cinema”, “O Argumento Cinematográfico e sua Técnica”, “Dicionário do Cinema Brasileiro”, “Montagem na Arte do Filme” e “O Roteiro e sua Técnica”).

Seu trabalho na área do Cinema mereceu da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo a edição de um interessante trabalho intitulado “Carlos Ortiz e o Cinema Brasileiro na década de 50” (ao qual “O Jambeirense” fez referências na edição de 11/11/1982). 

Devidamente liberado pelo Vaticano, após regular processo canônico, o Prof. Dr. CARLOS DE OLIVEIRA ORTIZ oficializou perante a Igreja seu casamento com a profª Marília de Souza Grassi, em celebração realizada em Santos em 16/02/1966 e presidida por seu irmão, Mons. Ramon de Oliveira Ortiz, Vice-Reitor da Pontifícia Universidade Católica-PUC – de São Paulo.

De sua união com a profª Marília de Souza Grassi nasceram três filhos : Georgette, Rui Blás e Renan.

41. 3 – O AMOR DE CARLOS ORTIZ À TERRA NATAL 

CARLOS ORTIZ jamais deixou de manifestar sua afeição a JAMBEIRO, seu berço de nascimento. Para prová-la, eis duas demonstrações :

1ª) a Sala “Major Gurgel” (Plenário da Câmara, na época com sede no pavimento superior do antigo Paço Municipal, na Rua Cel. João Franco de Camargo, nº 90) ainda parece guardar os ecos da memorável oração sobre “Jambeiro, celeiro do café nos velhos tempos”, por ele proferida na noite de 30/03/1985 – sábado – durante a solene sessão comemorativa da passagem dos 109 anos da cidade. Essa palestra foi uma verdadeira aula de amor à terra jambeirense, “acompanhada com invulgar interesse por todos os presentes que aplaudiram demorada e entusiasticamente o magnífico orador, no final”, conforme registrou “O Jambeirense” na edição de 15/05/1985 ;

2ª) são de CARLOS ORTIZ as seguintes expressões extraídas da “Crônica da Cidade”, publicada n’“O Jambeirense” de 27/06/1984, em que ele discorreu sobre a figura de seu pai,  Major Elpídio Lopes de Abreu Ortiz :

“Saí de Jambeiro pequeno, quatro anos apenas. Mas durante toda a minha infância ouvi sempre meu pai falar bem desta terra, rememorar com ternura e saudade os nomes dos amigos que aqui deixara, manifestar claramente, por mais de uma vez, o desejo de aqui voltar e completar os seus dias. Morreu ainda jovem sem realizar o que almejara. Foi nesse convívio paterno que aprendi a conhecer e prezar a minha terra, aonde retorno agora para tentar cumprir o roteiro inacabado de meu pai ...”

Foi exatamente “esse roteiro inacabado” do Major Elpídio Ortiz que bem cumpriu o Prof. Dr. CARLOS DE OLIVEIRA ORTIZ : para “aqui voltar e completar os seus dias”, no início dos anos 80 ele adquiriu um aprazível sítio no bairro do Tapanhão (que denominou “Sítio Saramandaia”), onde construiu uma casa simples e confortável. Ali ele amanhou com as próprias mãos a terra generosa, cuidou pessoalmente da criação (de cabras e galinhas) – e fez deliciosos queijos de leite de cabra e apetitosos doces das frutas colhidas no pomar, os quais com imenso prazer ele oferecia aos amigos visitantes.

Algum tempo depois, ele adquiriu uma casa na cidade, na rua Prof. Júlio de Paula Moraes, passando então a intercalar seus dias entre o sítio e a cidade (a propriedade desse imóvel os herdeiros de Carlos Ortiz e de Marília de Souza Grassi recentemente a transferiram para o conterrâneo Jesus Celso dos Santos.)

Sentindo aproximar-se o fim da vida, manifestou CARLOS ORTIZ, expressamente, um desejo que sua esposa e filhos fizeram questão de cumprir : tendo falecido em São José dos Campos em 25 de abril de 1995, seu corpo foi cremado em São Paulo e, posteriormente, suas cinzas foram esparzidas sobre o querido chão jambeirense, no bairro do Tapanhão, onde, venturoso, ele passara os últimos quinze anos de sua riquíssima existência.

Diante de uma vida tão pródiga em grandes feitos e lições, foi muito fiel a Família Ortiz ao expressar-se da seguinte forma na homenagem prestada ao inesquecível chefe :

“[Ele] plantou árvores que vicejaram, floresceram e produziram sob os cuidados de suas mãos operosas de um verdadeiro semeador. Escreveu livros que traduziram toda a potencialidade de sua mente privilegiada e grandemente preocupada com a harmonia das artes e com a justiça social. Teve filhos que criou e orientou para o caminho do trabalho e da honradez. E partiu ... Que Deus nos envie o conforto necessário para o prosseguimento de nossa caminhada, para que, em nosso reencontro, possamos olhá-lo de frente e agradecer-lhe, mais uma vez, por ter-nos dado tanto amor.”

JARDIM DAS OLIVEIRAS

Em 02/03/1999 o prefeito José Coelho encaminhou à Câmara Municipal o Projeto de Lei nº 7/99 “sobre nova delimitação do perímetro urbano” da sede do Município, visando à regularização de núcleos habitacionais próximos à cidade. O projeto de lei, aprovado por unanimidade, transformou-se na Lei nº 1.040, de 12/03/1999.

Em 12/05/1999 a vereadora Nícia de Oliveira Baranov apresentou à consideração da Câmara o Projeto de Lei nº 17, que, tendo merecido aprovação unânime de seus Pares, converteu-se na Lei nº 1.049, de 14/05/1999. Por essa lei, recebeu a denominação de “Jardim das Oliveiras” a “área de expansão urbana constante do croqui anexo à planta do atual perímetro urbano de Jambeiro, definida pela Lei nº 1.040, de 12/03/1999, e que tem frente parfa a estrada municipal dos Francos-JAM-020”.

Na Justificativa do projeto, assim foram expostos seus objetivos :

“1) fixar de maneira indelével entre a comunidade jambeirense, de índole profundamente cristã, a lembrança do “Jardim das Oliveiras”, um dos sítios aonde costumeiramente se dirigia nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo para orar, tendo sido esse, aliás, o local por ele escolhido a fim de preparar-se, em oração, para a hora sublime de sua Paixão Redentora (Lc 22,39); e

2) homenagear, com a denominação “Jardim das Oliveiras”, Guilherme Vilela de Oliveira e Maria da Conceição Campos Oliveira (Mariinha), que, cercados pela amizade de nossa gente, viveram muito tempo em Jambeiro, notando-se que boa parte de suas existências foi passada na fazenda da qual está sendo destacada a área que, destinada a expansão urbana, é referida na Lei nº 1.040/99.

Foi em Jambeiro que nasceram todos os filhos do querido e saudoso casal – Walter, Nedina Aparecida, Maria Inês, Rui Jorge, César Guilherme, Edna Maria e Ana Maria.

Guilherme, filho de João Batista de Oliveira e Mariana Vilela dos Reis, nasceu em São Gonçalo do Sapucaí-MG em 13/08/1915 e faleceu em Caçapava em 24/01/1995, e Dona Mariinha – filha de Benedito Gonçalves de Campos e Maria da Piedade de Jesus – nasceu em Paraisópolis-MG, em 04/12/1926, e faleceu em nossa cidade na madrugada de 04/05/1986; ambos repousam no cemitério de nossa terra.”

42.  RUA PREFEITO JOSÉ TEIXEIRA DUARTE

42.1 – Pela Lei nº 1.055, de 16/07/1999, promulgada pelo prefeito José Geraldo Vasconcelos Coelho, ficou “denominada “Rua Prefeito José Teixeira Duarte” a via pública a seguir descrita :

‘Rua com 6 metros de largura com início no marco 01 – lado esquerdo do final da Rua Cel. João Franco de Camargo, a uma distância de 6,00 metros da divisa entre César Guilherme de Oliveira e Gilberto Vasconcelos Coelho; daí segue 14 metros na mesma direção, confrontando com a Rua Cel. João Franco de Camargo, até encontrar o marco 02; desse ponto faz uma curva no sentido SN, seguindo 16 metros até encontrar o marco 03; daí segue 184,00 metros nesse mesmo sentido até encontrar o marco 04, marco final dessa descrição, perfazendo um total de 214,00 metros de rua.’

42.2 DADOS BIOGRÁFICOS – Nascido em Campinas-SP no dia 29/10/1916, José Teixeira Duarte era filho de Francisco Carlos Duarte e Affonsina Teixeira Duarte.

Casou-se, em primeiras núpcias, com a jambeirense Clélia Luz Duarte – filha do Prof. Nestor Luz e da conterrânea Olívia Camargo Luz (D. Sinhá) – nascida em 13/01/1914 e batizada em nossa matriz pelo vigário da Paróquia, Pe. Victorino Ferreira, em 1º/03/1014, sendo padrinhos o Cel. Joaquim Franco de Almeida (Sinhô Bernardo) e D. Olívia Vieira de Almeida.

Tendo enviuvado, José Duarte contraiu matrimônio com D. Maria Helena Silva, natural de Itamonte-MG.  De seus dois casamentos José Duarte não deixou descendência.

No pleito de 15/11/1968 – sendo candidato único e tendo Waldemar Alencar como companheiro de chapa – José Teixeira Duarte foi eleito Prefeito do Município. Dos 846 eleitores inscritos, ele obteve 473 votos. Nessa eleição houve 183 votos em branco, 26 nulos e uma abstenção de 164 eleitores.

No mesmo pleito foram eleitos vereadores : José Albano dos Santos (com 74 votos), Synesio Araújo Reis (68), José Gurgel Almeida (66), Antonio de Castro Leite (65), Geraldo Boaventura do Nascimento (62), Nelson Mendes (52) e Antonio Santiago da Silva Filho (41).

Na gestão de José Duarte como Prefeito – marcada toda ela por exemplos de honradez, dedicação e operosidade – foi executada a importante obra de reformulação completa do sistema de esgotos sanitários da cidade, tendo também sido implantado o serviço telefônico na sede do município, inaugurado em 02/04/1972.

Terminado seu mandato, José Duarte foi contratado como responsável pelo escritório local da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP, tendo exercido suas funções com muito zelo e competência.

Depois de aposentado, transferiu residência para Itamonte-MG, tendo, porém, freqüenta nossa terra assiduamente na companhia de sua esposa, Maria Helena, sendo ambos sempre aqui recebidos por nossa gente com demonstrações de muito carinho.

José Teixeira Duarte faleceu em 22/051996 em Itamonte, onde está sepultado.

43 – TRAVESSA EXPEDICIONÁRIO WALTHER COSTA CUNHA

43.1 – Pela Lei nº 1.047, de 14/05/1999, promulgada pelo prefeito José Geraldo Vasconcelos Coelho, foi “denominada ‘Travessa Expedicionário Walther Costa Cunha’ a via pública abaixo descrita, localizada nesta cidade :

‘Travessa com 4,00 metros de largura, que tem início no marco 01 – lado esquerdo da referida travessa – cravado (vetado) a uma distância de 110,00 metros da Rua Cel. João Franco de Camargo, daí segue 87,00 metros na direção WE até encontrar o ponto 02, marco final dessa descrição, perfazendo um total de 87,00 metros de rua.”

43.2 – DADOS BIOGRÁFICOS  

Walther Costa Cunha – nascido em Jambeiro em 1º/10/1920 – era filho de Joaquim Pinto da Cunha (filho de Joaquim Antonio da Cunha e Maria Antonia da Conceição) e de Maria da Glória Costa Cunha (D. Glorinha) (filha de Francisco Ribeiro da Costa e Francisca dos Santos Costa).

Foi batizado em nossa igreja matriz em 16/01/1921 pelo Vigário da Paróquia, Pe. Celestino Gomes de Oliveira Figueiredo, tendo como padrinhos seus tios João Evangelista Costa e Maria Francisca Costa.

Walther teve os seguintes irmãos : José Anísio (+), Edith (nossa prezada assinante residente há muitos anos em Taubaté), Francisco (+), Tito (também morador em Taubaté), Marina (+) e Benedicto Euclero, Terezinha, Antonio e Maria José, os quatro falecidos em tenra idade. 

Walther foi casado com D. Odete Masullo Costa Cunha (que veio a falecer em 30/09/1977) com quem teve três filhas : Maria da Glória – casada com o Dr. Plínio Bernardes Gil; Maria de Lourdes – casada com o Dr. Francisco Aurélio Fabbri; e Marina (+) – casada com Moisés Pacífico (+).

Nosso ilustre conterrâneo será sempre lembrado entre nós pelas qualidades de seu caráter, por seu boníssimo coração e pelo fato de, chamado pela Pátria em momento de suma gravidade na vida nacional, haver lutado bravamente nas montanhas da Itália, na 2ª Grande Guerra, como integrante da Força Expedicionária Brasileira - FEB. 

Walther faleceu em São Paulo em 29/09/1998. Trasladado para Jambeiro, seu corpo foi velado na igreja de São Benedito, e no dia seguinte – após Santa Missa de exéquias celebrada pelo Pe. Ernesto Cunha, primo do falecido – foi sepultado no Cemitério local.

A propósito : durante seu velório, numa homenagem de tocante simbolismo, sobre o ataúde do saudoso jambeirense estiveram colocadas a Bandeira do Brasil e sua boina de expedicionário.

O nome glorioso de Walther Costa Cunha também está gravado na placa de bronze do obelisco da Praça Benedito Ivo, ali erguido em 1945 em homenagem aos Expedicionários Jambeirenses.

NN. da R. :

Além das vias públicas objeto da presente série, outras apenas projetadas (bem como uma estrada rural) receberam denominações de acordo com as leis abaixo referidas :

1ª) Lei nº 970, de 12/12/1996 (projeto nº 28/96, de 11/12/1996, de autoria do vereador Joaquim Carlos Alves Pereira – Autógrafo nº 22, de 12/12/1996) – “Fica denominada Estrada Municipal Joaquim Alves Pereira a rua (sic) que começa no final da Rua Santa Cruz e termina aproximadamente a 08 km na parte que faz divisa com o município vizinho de Redenção da Serra.”

2ª) Lei nº 972, de 12/12/1996 (Projeto nº 30, de 11/12/1996, também de autoria do vereador Joaquim Carlos Alves Pereira – Autógrafo nº 24, de 12/12/1996) – “Fica denominada Rua Etelvina Maria de Jesus a via pública situada no local onde foi implantado o loteamento que tem o nome de PORTAL DOS PEREIRA, que se encontra denominada como Rua B nas plantas da Prefeitura.”

3ª) Lei nº 973, de 12/12/1996 (projeto nº 31, de 11/12/1996, ainda de autoria do vereador Joaquim Carlos Alves Pereira – Autógrafo nº 25, de 12/12/1996) – denomina “Rua Joaquim Pereira de Carvalho a via situada no local onde foi implantado o loteamento que tem o nome de PORTAL DOS PEREIRA, que se encontra denominada como rua B nas plantas da Prefeitura.”

CIDADÃOS  JAMBEIRENSES  HONORÁRIOS

          N O M E                                    LEI / DECRETO                      TÍTULO

01.   Dr. Antonio Feliciano da Silva     Lei nº 12, de 13/09/1952       Cidadão Jambeirense

02.   Dr. Antonio de Oliveira Costa     Lei nº 12, de 13/09/1952        Cidadão Jambeirense

03.   Antonio de Castro Leite              Lei nº 16, de 25/09/1952         Cidadão Jambeirense

04.   Waldemar Gomes Alencar          Resolução nº 2, 21/12/1963     Cidadão Jambeirense

                                                                                                        Honorário – entrega

                                                                                                                                              em 29/08/1968

05.   Côn. Antonio Borges                   Decreto nº 67, de 31/07/1966   Cidadão Jambeirense

                                                                                                                                               entrega  31/07/1966

06.   Antonio Mendes Ribeiro             Decreto nº 68, de 31/07/1966   Cidadão Jambeirense

                                                                                                                                               entrega  31/07/1966

07.   Jorge Pereira                               Lei nº 297, de 30/08/1968       Cidadão Benemérito

                                                                                                                                              Jambeirense

08.   Deputado Benedito Matarazzo   Lei nº 297, de 30/08/1968      Cidadão Benemérito

                                                                                                                                              Jambeirense

09.   Irmã Irene Alves Lopes                 Lei nº 297, de 30/08/1968       Cidadã Benemérita

                                                                                                                                              Jambeirense

10.   Dulce Candelária de Castro        Lei nº 297, de 30/08/1968       Cidadã Benemérita

        (nascida em Jambeiro em 15/07/1909)                                                           Jambeirense

11.   Avelino Gagliotti                                 Lei nº 297, de 30/08/1968)     Cidadão Benemérito

                                                                                                                                              Jambeirense

12.  General Fernando Guimarães      Decreto Legislativo nº 01,       Cidadão Jambeirense

        de Cerqueira Lima                             de 31/03/1978                       Honorário - entrega  

                                                                                                                    em 11/09/1978

13.   Dr. Thomaz Pompeu                   Decreto Legislativo nº 02,        Cidadão Jambeirense

        Borges Magalhães                            de 28/04/1978                        Honorário

14.   Governador Paulo Egydio          Decreto Legislativo nº 03,         Cidadão Jambeirense

         Martins                                       de 28/04/1978                         Honorário

15.    Dr. Olavo Pires Arruda              Decreto Legislativo nº 01,          Cidadão Jambeirense

                                                                               de 12/04/1985                          Honorário – entrega

                                                                                                                                       em 22/06/1985

16.    Pe. José Sazami Kumagawa      Decreto Legislativo nº 01,         Cidadão Jambeirense

                                                                                  de 12/06/1987                       Honorário – entrega

                                                                                                                                               em 04/10/1987, em

                                                                                                                                           sessão solene na

                                                                                                                                                igreja matriz

17.   Deputado Ary Kara José            Decreto Legislativo nº 01,         Cidadão Jambeirense

                                                                                de 14/07/1993                        Honorário – entrega em

                                                                                                                                              26/08/1994

18.   Alfredo Tapia Salazar                 Decreto Legislativo nº 01,         Cidadão Jambeirense

                                                                                de 11/09/1996                        Honorário – entrega

                                                                                                                                              em 20/10/1996, na

                                                                                                                                          igreja de N.Srª Rosa

                                                                                                                                               Mística

19.   Rodrigo Hume Figueroa             Decreto Legislativo nº 02,          Cidadão Jambeirense

                                                                                de 11/09/1996                         Honorário – entrega

                                                                                                                                       em 20/10/1996, na

                                                                                                                                               igreja de N.Srª Rosa

                                                                                                                                           Mística

20.   Dr. Geraldo José Rodrigues       Decreto Legislativo nº 04,          Cidadão Jambeirense

        Alckmin Filho                              de 09/10/1996                           Honorário – entrega

                                                                                                                           em 29/03/1998

21.   Dr. Ronaldo Dias                              Decreto Legislativo nº 01,          Cidadão Jambeirense

                                                                                de 12/03/1997                          Honorário

22.   Dr. Hélio Pantaleão                          Decreto Legislativo nº 02,           Cidadão Jambeirense

                                                                                de 12/03/1997                           Honorário

23.   José Alves de Mira (Zé Mira)      Decreto Legislativo nº 04,           Cidadão Jambeirense

                                                                             de 13/08/1997                          Honorário – entrega

                                                                                                                                                 em 23/09/1997

24.   Governador Mário Covas           Decreto Legislativo nº 01,            Cidadão Jambeirense

                                                                            de 12/05/1998                           Honorário

25.   Alziro Pinto de Faria                   Decreto Legislativo nº 01,            Cidadão Jambeirense

                                                                                de 12/04/2000                           Honorário – entrega

                                                                                                                                                 18/05/2001

26.   Dr. Francisco William Munhoz    Decreto Legislativo nº 01,           Cidadão Jambeirense

                                                                                de 26/04/2001                            Honorário – entrega

                                                                                                                                                  em 20/05/2001, na

                                                                                                                                                  igreja de N.Srª Rosa

                                                                                                                                                  Mística

27.   Andrés Jorge Lyon Valverde       Decreto Legislativo nº 02,            Cidadão Jambeirense

                                                                                 de 26/04/2001                           Honorário – entrega

                                                                                                                                                   em 20/05/2001, na

                                                                                                                                                   igreja de N.Srª Rosa

                                                                                                                                                   Mística

28.   Dr. Benedito Vieira da Silva        Decreto Legislativo nº 03,           Cidadão Jambeirense

                                                                                 de 26/04/2001                           Honorário

29.   Geraldo Boaventura do               Decreto Legislativo nº 04,           Cidadão Jambeirense

         Nascimento                                      de 1º/08/2001                           Honorário – entrega

                                                                                                                                                  em 20/10/2001

30.    Rui Jorge César                                            Decreto Legislativo nº 03,           Cidadão Honorário

                                                                                 de 04/09/2003                          Jambeirense

31.   Umberto Brunelli                         Decreto Legislativo nº 01,           Cidadão Honorário

                                                                             de 20/02/2003                          Jambeirense

                                                                                                                                                 Entrega em 27/06/2003

                                                                                                                                             no Recanto Stª Bárbara

32.   José Ouverney                                   Decreto Legislativo nº 04,           Cidadão Honorário

                                                                                de 03/12/2003                           Jambeirense

                                                                                                                                                 Entrega em 14/04/04

33.   Wander Lúcio Bortolotto          Decreto Legislativo nº 01,             Cidadão Hono

Honorário                                                            de 19/02/2004                             Jambeirense

                                                                                                                                              Entrega em 14/05/04

                                                                                                                                              no Clube de Campo

                                                                                                           da ADC-GM

34.  Edson de Souza Dias                 Decreto Legislativo nº 02,              Cidadão Honorário

                                                                          de 08/04/2004                             Jambeirense

                                                                                                                                                 Entrega em 17/12/2004

35.  Marietta Magdalene Kolde       Decreto Legislativo nº 03,              Cidadã Honorária

                                                        de 06/05/2004                              Jambeirense

                                                                                                                                                  Entrega em 17/12/2004

36.  Lílian Wysling Moll                   Decreto Legislativo nº 04,               Cidadã Honorária

                                                       de 02/06/2004                               Jambeirense

                                                                                                                                              Entrega em 17/12/2004

37.  Pe. João Osmar dos Santos     Decreto Legislativo nº 05,                Cidadão Honorário

       (Pe. João Boiadeiro)                de 05/08/2004                               Jambeirense

                                                                                                                                                  Entrega em 17/12/2004

38.  Dr.  Paulo Procópio                   Decreto Legislativo nº  01,               Entrega em  /11/2005

                                                       de    /   /2005

NOTAS :

1ª)  Em 12/03/1997 foi promulgado o DECRETO LEGISLATIVO nº 03/97, que dispõe sobre normas a serem atendidas para a concessão de CIDADANIA JAMBEIRENSE HONORÁRIA.  

Conforme registrou “O JAMBEIRENSE” – edição de 30/04/1997 – “doravante só poderá ser considerado Cidadão Jambeirense Honorário quem realmente houver prestado ao Município benefícios de relevante importância ou tiver demonstrado especial estima à terra jambeirense, mediante atos de permanentes conseqüências e relevo.”

2ª) Os títulos de Cidadania Honorária foram entregues na Câmara Municipal, excetuados os acima referidos, cuja entrega ocorreu em sessões solenes realizadas fora do recinto da sede do Poder Legislativo.

DOCUMENTOS PARA A HISTÓRIA

I –  “Documentos para a História – I

Iniciamos hoje a publicação de documentos da história de Jambeiro.

Na verdade, “Não existe História sem documentos e no sentido mais lato, quer seja o documento escrito, figurado, transcrito pelo som, pela imagem ou sob qualquer outro aspecto”.

Abrimos esta série com a reprodução da fotografia mais antiga que se conhece de Jambeiro, datada de 1890.

No verso da foto consta :

“Ao compadre B. Gurgel do Amaral, em signal de amisade e sympathia, o abaixo assignado offerece esse quadro de uma pequena parte de Jambeiro, tirada em 1890 e reproduzida em 10brº de 1905. Jambeiro, 1º de janeiro de 1906

(a) Hippolyto M. de Moraes”

(“O Jambeirense” – 30/11/1994 – pág. 5)

II –  Documentos para a História  - II -

HISTÓRIA - Consoante sua etimologia do grego, história significa pesquisa, investigação e informação”.

...

Imparcial, valendo-se dos documentos, acumulando provas, assinalando a falsidade onde quer que se encontre, reconstrói prudentemente o mosaico desfeito do passado, para cumprir a exigência do espírito científico : encontrar a verdade e expô-la”.

FOTO – no verso : “Vista da parte alta de Jambeiro, tirada em dezembro de 1905”

A legenda que consta na foto – “Parte antiga de Jambeiro – a Villa – Capitão Jesuíno, sita em terreno do patrimônio de N. S. das Dores” – comprova com eloqüência que nossa cidade realmente começou a formar-se em torno da Capela construída pelo Capitão JESUÍNO ANTONIO BAPTISTA em terreno por ele doado “à Virgem Nossa Senhora das Dores”.  Foi só depois que, “aumentando de dia para dia a nova Freguesia do Capivary e sendo pequeno o terreno doado pelo fundador da mesma, Capitão Jesuíno Antonio Baptista, à Padroeira”  (do Almanaque do Estado de São Paulo, de 1895), a povoação se estendeu para a parte baixa, tendo permitido o benemérito cidadão Luiz Bernardo de Almeida Gil “àqueles que queriam, a construção de casas em terrenos seus e limítrofes daqueles, estendendo-se por essa forma o perímetro da mesma Freguesia”  (do mesmo Almanaque).

(“O Jambeirense” – 30/12/1994 – pág. 7)

III –  “Documentos para a História – III

A História, a ‘primeira lei que se lhe impõe, conceituava Cícero, é de coisa alguma referir que seja falsa, e a segunda, de ousar dizer que é julgado verdadeiro’.

A ESCRITURA DE DOAÇÃO – que abaixo transcrevemos, ‘ipsis litteris’, deve ser considerada o documento básico da História de Jambeiro :

Escritura de doação de sento e vinte e seis braças de terras, que fizeram ‘o Capitão Jesuino Antonio Baptista e sua mulher Dona Maria Bento Rangel a Nossa Senhora das Dores para patrimonio de sua Capella’

A escritura, lavrada no Livro de Notas n.o 6, folhas 7v./8v., do 2.o Cartório de Notas e Ofício de Justiça de Caçapava, tem o seguinte teor :

‘Saibão quantos este publico instrumento de escriptura de doação virem que no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oito centos sessenta e oito, aos doze dias do mez de Junho do dito anno, em o termo desta villa de Caçapava, bairro do Capivary, em a Fazenda do Capitão Jesuino Antonio Baptista, donde fui vindo eu Tabellião a chamado e sendo ahy presentes como outorgantes doadores o mesmo dito Capitão Jesuino Antonio Baptista, e sua mulher Dona Maria Bento Rangel, moradores deste termo reconhecidos de mim Tabellião de que dou fé, e das testemunhas no fim assignadas, perante as quais por elles doadores me foi dito que erão senhores possuidores alem de outros bens, de um terreno contiguo a uma Cappella que os mesmos doadores estão construindo para a Virgem Nossa Senhora das Dores, no bairro do Capivary districto desta villa, cujo terreno consta de sento e vinte e seis braças de testada e com os fundos que achão medidas demarcadas principia suas divisas na estrada geral que desta villa para Caraguatatuba, arrumo de certão e quadra no fim divide com terras de Joaquim Gomes de Almeida, por outro lado com terras de Luiz Bernardo de Almeida Gil, pelo lado da frente da Igreja divide com os doadores pela estrada geral, do qual terreno assim confrontado, por elles outorgantes perante as mesmas testemunhas me foi dito que muito de suas livres vontades e sem constrangimento de pessoa algua por esta escriptura na forma de Direito fazem doação a Virgem Nossa Senhora das Dores, para seu patrimonio no valor de duzentos mil reis , por isso de hora em diante toda a pessoa que em dito terreno quiser edificar casa para habitar sempre ou provisoriamente pagará cem reis annualmente por cada palmo de terreno que ocupar, sendo este pagamento feito adiantado cada anno, cujas quantias serão aplicadas para as obras da Cappella, e quando esta se achar completa será para sua conservação ou objectos de necessidade, sendo esta contribuição somente pelo tempo de vinte annos, a contar da dacta em que for o terreno demarcado a pessoa que tencionar ocupar, findo este praso deixará de existir esta contribuição, ficando o doador acima feito zelador da mesma Cappella e de seu terreno, e quando por algum  inconveniente o doador não possa continuar a ser zelador passará este cargo a uma outra pessoa de sua confiança. Concluida a presente escriptura por esta forma, pelos outorgantes foi dito que a aceitarão a mesma na forma que nella se contra declara. Em seguida, me forão presentes a distribuição e sello proporcional dos theores seguintes. Distribuida, ao segundo Tabellião Caçapava, doze de Junho de mil oito centos sessenta e oito. Assis Pereira. Numero trez, reis duzentos reis. Pagou duzentos reis de sello. Caçapava, doze de Junho de mil oito centos sessenta e oito. O Agente Fonseca. E por esta forma me pedirão que lhes lavrasse esta escriptura que sendo-lhes lida e achando-a conforme acceitarão e assignarão, com as testemunhas  presentes Marianno Pedrozo de Araújo e José Joaquim de Andrade, fazendo a rogo da outorgante doadora Dona Maria Bento Rangel, por não saber ler nem escrever, assigna Albano José Teixeira Pinto, todos deste termo reconhecidos de mim Francisco Alves Moreira da Costa, Tabellião a escrevi.  (aa) Jesuino Antonio Baptista Albano José Teixeira Pinto Mariano Pedrozo de Araújo José Joaquim de Andrade”.

N. da R.:  Pelo teor da escritura, observa-se que, quando da doação do patrimônio “a Virgem Nossa Senhora das Dores”, o Cap. JESUINO ANTONIO BAPTISTA já havia iniciado a construção da Capela dedicada à Padroeira.

( “O Jambeirense” - 31/01/1995 - pág. 5)

IV  -  Documentos para a História – IV

A História é êmula do tempo, depósito de ações, testemunha do passado e aviso do presente, advertência do porvir’  (Cervantes)

Em 12/06/1868 – quando fez a doação à VIRGEM NOSSA SENHORA DAS DORES, do terreno para o patrimônio da futura Paróquia – o CAPITÃO JESUÍNO ANTONIO BAPTISTA já havia iniciado a construção da CAPELA dedicada à Excelsa Padroeira.

Em 03/03/1871, o Arcediago da Catedral de São Paulo, Dr. Joaquim Manoel Gonsalves de Andrade, expediu em favor do CAPITÃO JESUÍNO a competente ‘PROVISÂO de Erecção e Fundação da Capella de N. S. das Dores do Bairro denominado Capivary do Districto da Parochia de Caçapava’, nos seguintes e expressos termos :

‘O Dr. Joaquim Manoel Gonsalves de Andrade, Cavalleiro da Ordem de Christo, Arcediago da Cathedral desta Imperial Cidade de S. Paulo, nella e em todo seu Bispado Vigario Capitular pelo Illm Cabido Sede Vacante. AOS QUE ESTA PROVISÃO virem, saude e paz para sempre o Senhor.

FAÇO SABER que attendendo ao que me apresentou o Capitão Jesuino Antonio Baptista, Hei por bem pela presente conceder faculdade para que no Bairro denominado Capivary, do districto da Parochia de Caçapava se possa erigir e fundar uma Capella dedicada a N. S. das Dores, com tanto que seja em lugar alto, livre de humidades, e que tenha ambito em roda para poder andar procissões, sendo o lugar para tal fundação designado pelo Mtº Rvdº Parocho respectiva na forma da Constituição do Bispado; e na mesma Capella não se poderá celebrar o Santo Sacrificio da Missa e os demais Officios Divinos sem nova provisão para a qual precederá informação do mesmo Rvdº Parocho sobre a decencia e capacidade da mesma Capella e de estar ella provida dos paramentos e o mais necessario para a referida celebração e de haver-se legalmente constituido o respectivo Patrimonio. Será esta apresentada ao Mtº Rvdº Parocho, que a registrará no Livro do Tombo de sua Matriz para a todo o tempo constar.

Dada na Camara Capitular de São Paulo, sob meo signal e sello da Mesa Capitular aos 3 de Março de 1871. E eu Antonio Augusto de Araujo Muniz, Escrivão da Camara Capitular a subscrevi. 

(a) Joaquim Manoel Gonsalves de Andrade”

( “O Jambeirense” – 23/02/1995 – pág. 5 )

V  -  Documentos para a História  -V-  

A História é a testemunha dos tempos, a luz da verdade, a vida da memória, a mestra da vida, a mensageira da antiguidade” (Cícero)

“Historia vero testis temporum, lux veritatis, vita memoriae, magistra vitae, nuntia vetustatis”

Na “Provisão de Erecção e Fundação da Capella de N. S. das Dores’, referida na edição passada, ficou condicionado que somente seria permitida a celebração do Santo Sacrifício da Missa e demais Ofícios Divinos mediante ‘nova Provisão’, precedida de informação do Pároco de Caçapava “sobre a decencia e capacidade da mesma Capella e de estar ella provida dos paramentos e o mais necessario para a referida celebração e de haver-se legalmente constituido o respectivo Patrimonio”.

Segue, transcrito “ipsis litteris”, o teor da “Sentença de Patrimonio da Capella de Nossa Senhora das Dores, filial da Matriz de Caçapava”, datado de 20/07/1871 :

“O Doutor Joaquim Manoel Gonsalves de Andrade, Cavaleiro da Ordem de Christo, Arcediago da Cathedral desta Imperial Cidade de  São Paulo, nella e em todo seu Bispado Vigario Capitular pelo Illustrissimo e Reverendissimo Cabido Sede Vacante.

...

Aos que esta Sentença de Patrimonio virem, saude e paz para sempre em o Senhor. Faço saber que por parte do Capitam Jesuino Antonio Baptista, na qualidade de fundador e protector da Capella de Nossa Senhora das Dores, do Bairro denominado Capivary, do districto da Parochia de Caçapava, me foi representado que elle desejava constituir Patrimonio para aquella Capella, e sendo attendida a sua supplica, mandei passar as diligencias de estylo e nos respectivos Autos houve por bem proferir minha sentença do theor e forma seguinte : - Vistos estes autos de Patrimonio da Capella de Nossa Senhora das Dores, no logar ou Bairro denominado Capivary, districto da Parochia de Caçapava, Escriptura de doação, auto de posse, testemunhas produzidas, e mais diligencias de estylo a que se procedeo, e sobre que ouvido o Reverendo Doutor Promotor do Juizo, mostra-se que dita Capella hé senhora e possuidora de hum terreno, digo, hum terreno, que para constituir Patrimonio lhe foi doado pelo Capitão Jesuíno Antonio Baptista e sua mulher Maria Benta Rangel hum terreno, digo, mostra-se mais que nesta doação não houve dolo, pacto, engano, nem simulação e que pela a avaliação feita a folha trinta e duas, e verso, vale mais de cento e vinte mil reis, e pode render mais de seis mil reis por anno, tendo o terreno cento e vinte e seis braças de extensão, e contiguo à mesma Capella, e que hé livre de foro, morgado, hypoteca ou outra pensão. O que tudo visto e examinado julgo este Patrimonio por firme e valioso (em quanto judicialmente outra coisa não se mostrar) para que com seus reditos se possa tratar a Capella com decencia e aceio. Pagas as custas se de sentença. São Paulo, dezenove de Julho de mil oitocentos e setenta e um. Joaquim Manoel Gonsalves de Andrade. Nada mais se continha nem declarava em dita minha Sentença, que mando se guarde e cumpra como n’ella se contem. Dada na Camara Capitular de São Paulo sob meo signal e sello da Mesa Capitular aos vinte de Julho de mil oitocentos e setenta e um. E eu (a) Antonio Augusto de Araujo Muniz, Escrivão da Câmara Capitular a subscrevi. (a) Joaquim Manoel Gonsalves de Andrade

Sentença de Patrimônio da Capella de Nossa Senhora das Dores, filial da Matriz de Caçapava.

N. da R.: Na próxima edição, o “INVENTARIO DAS ALFAIAS QUE PERTENSE  (sic) A CAPELLA DE N. S. DAS DORES DO CAPIVARY”   

( “O Jambeirense” – 22/03/1995 - pág. 5 )

VI  -  Documentos para a História   -VI-

A fonte história materializada é o documento. Será, entretanto, todo documento uma fonte histórica ?  Entendamos, de início, que documento é toda prova material da existência de alguma coisa ou fato, desde um poema de Homero a uma escritura pública do século XIX, ou às pinturas pré-históricas da gruta de Altamira. Vê-se, por isto, que todo registro é um documento histórico

 (Lydinéia Gasman, “in” “Documentos históricos brasileiros” - Rio de Janeiro - FENAME  - 1976)

(IMAGEM DE NOSSA SENHORA DAS DORES – “IMAGEM DE N. S. DAS DORES DE 5 PALMOS DE ALTURA Q HE A PADROEIRA”

INVENTÁRIO DAS ALFAIAS QUE PERTENSE A CAPELLA DE N. S. DAS DORES DO CAPIVARI – 1 Ambula de prata dourada p. dentro e na Cruz – 1 Alampada de metal – 1 jogo de Sacras caixilhos dourados – 1 Carderinha e hissopo de metal – 1 Turibulo e naveta de metal – 2 Campainhas sendo 1 de metal – 1 Custodia de metal – 1 Bardaquino cuberto de veludo – 1 Umbela com galão de seda – 2 Pedra d’Ara sagradas – 3 Toalhas do altar com renda larga – 3 Ditas com pontinho – 1 Respeito de sacrario com galão de ouro – 1 Paramto. de Missa Cantada constando de Cazula, Dalmáticas, Capa de Asperges, véo de Ombros, Estolas, Manipulos, Bolça de corporaes, Palla e Veos com galão de ouro – 1 Pia de Marmore – 1 Cazula de cor branca e verm. Com todos os seos pertences, e bolsa veos p.a as Missas Conventuaes – 1 Cazula de cor roxa e verde, com todos os seus pertences, bolça veos – 2 Sinos novos – 12 Palmas – 2 Ditas douradas – 1 Caliz de prata dourado p/ dentro, com patena culherinha, e palla, e corporaes, e sanguinhos – 1 Missal – 1 Banqueta de metal brco. – 40 Rozas (flores alteficias) – 2 Toalhas do altar da sacrestia – 1 Comoda de 13 palmos de comprida que serve de altar na Sacrestia – 2 Toalhas das Credencias – 1 Purpito movedisso – 1 Toalha p/ o m/mo – 1 Frontar de chita adamascada pa. o purpito – 1 Par de galhetas e salva de vidro – 2 Toalhas de purificar as mãos – 1 Cruxifixo no altar da Sacrestia – 1 Flardestorio adamascado p.a Missa Cantada – 1 Estante – 1 Par de castiçaes de casquinha exmaltados – 3 Quadros com registros, sendo 1 de N. S. da Parecida, 1 de Santa Maria e 1 de S. Zacarias – 5 Pares de jarros serv.t  p.a flores – 18 Pracas douradas – 1 Globo de vidro – 4 Alenternas p.a procição – 1 Toalha de chita adamascada p.a a porta da escada que sobre p.a a Expozição – 1 Ritual de Paulo 5.o – 1 Breviario antigo – 8 Livros de papel de linho com 100 f cada um, sendo 1 p.a lançamentos dos baptizados, 1 p.a Cazamtos., 1 p.a Óbitos, 1 p.a registro das Pastoraes, 1 p.a inventario das alfaias, 1 p.a arrolamtos. dos freguezes, 1 p.a reconhecimto. dos filhos naturaes, e 1 p.a o Tombo da Freguezia – 1 Caixa de pinho de guardar sêra – 26 Lanternas p.a illuminação – 1 Repuxo com agoa p.a purificar as mãos – 1 Alguidar de Loiça – 1 Confecionario – 3 Alvas com barra de renda – 1 Sobrepeliz” “1 Imagem de N. S. das Dores de 5 palmos de altura que hé a Padroeira – 1 D.a de Sta. Barbara de 20 pulegadas de altura – 1 D.a de N. S. da Aprezentação de 20 pulegadas de altura”.

NN. da R.: 

1) A Imagem de NOSSA SENHORA DAS DORES  (“com Resplandor e Espada de prata) foi adquirida em 14/04/1871 da Firma “FERNANDES LEITE & CARNEIRO”  - successores de Santos & Guimarães – Sirgueiros (*) e Vestimenteiros da Capella Imperial” – estabelecida no Rio de Janeiro, na Rua da Quitanda, 119, pela quantia de 500$000;    

2) O “Paramento de Missa Cantada constando de Cazula, Dalmaticas, Capa d’Asperges, véo de hombros, Estolas, Manípulos, bolça de Corporaes, palla e veos com gallas d’ouro” também foi comprado da mesma firma Fernandes Leite & Carneiro, tendo custado 800$000;

3) Os “2 Sinos novos, e 4 mancaes, 2 vergalhões de ferro e 2 caixas de pinho p.a os sinos” custaram 539$000 e foram adquiridos em 22/03/1871 da firma “FLORINDO GONÇALVES COELHO E Fº - Fabrica e Fundição de Sinos – bronzes, Cobre, Estanho, Chumbo e toda a obra do mar”, estabelecida no Rio de Janeiro, na Rua de S. Lourenço, 44;

4) A “Pia de mármore branco para batismo encaixotada” foi adquirida no “Grande Deposito  - Officina de Mármore  - de Luiz Rossi  - Rua da Quitanda, 54, em 27/03/1871, e custou 150$000.  (*) De acordo com o Dicionário Aurélio, serigueiro ou sirgueiro é o “indivíduo que faz obras de seda”.

(“O Jambeirense” - 23/04/1995 - pág. 5)

VII  -  Documentos para a História   -VII-

Não há dúvida de que a História, como ciência, deve pôr a verdade acima de tudo. Como acentua Miguel de Unamuno, o melhor seria ensináa-la inflamado de amor à verdade – que é o mais patriótico

 (Humberto Grande  - “in” prefácio de “Documentos históricos brasileiros” - de Lydinéa Gasman - Rio de Janeiro - FENAME  - 1976)

PROVISÃO DE ZELLADOR DA CAPELLA DE NOSSA  SENHORA DAS DORES DO CAPIVARY – Pela presente hei por bem nomear Zellador depositario do Patrimonio e Capella de Nossa Senhora das Dores do Capivary o Capitão Jesuíno Antonio Baptista que zellará do Patrimonio Capella ... ... della emquanto existir como tal, por ter se dado por este Juizo Posse judicial de tudo ao mesmo Zellador em vista da Carta de Commissão vinda do Excelentissimo Vigario Capitular. E por isso como tal será tratado e respeitado.. Dada e passada nesta Villa de Caçapava aos cinco dias do mez de Julho de 1871. Eu Silvano Corrêa de Toledo Escrivão subscrevi (a)  José Rodrigues de Souza V.S.S. Excia. Rodrigues de Souza  (sobre sello de 200 reis com a efígie de D. Pedro II : Caçapava, 05 de Julho de 1871  (a) Toledo

Provisão pela qual  V.Sa. se digna nomear ao  Capitão Jesuíno Antonio Baptista Zellador da Capella do Capivary para V.Sa. ver e assignar.  Toledo.

(“O Jambeirense” - 31/05/1995 - pág. 4)

VIII  -  Documentos para a História   -VIII-

O documento dentro do contexto histórico é a mola mestra da História e de seu ensino. Dele derivam os estudos histórico-historiográficos. Nele, professores e alunos reencontram a historicidade daquilo que ensinam e aprendem. Historiografia e Ensino da História devem continuamente apelar para a matriz que é o documento ... Pás de documents, pás d’Histoire” (*) dizia Seignobos.

(*) “Sem documentos não existe História”

                ...

PROVISÃO DE BENÇÃO E CELEBRAÇÃO DOS OFFICIOS DIVINOS NA CAPELLA DE N. S. DAS DORES, FILIAL DA MATRIZ DE CAÇAPAVA.

O Dr. Joaquim Manoel Gonsalves de Andrade, Cavalleiro da Ordem de Christo, Arcediago da Cathedral desta Imperial Cidade de São Paulo, nella e em todo seu Bispado Vigario Capitular pelo Illmº e Rvmº Cabido Sede Vacante.

Aos que esta Provisão virem saude e paz para sempre em o Senhor

Faço saber que attendendo ao que me representou o Capitam Jesuino Antonio Baptista em qualidade de fundador e protector da Capella de N. S. das Dores, do Bairro denominado Capivary, do districto da Parochia de Caçapava, e a informação prestada pelo Mtº Rvdº Parocho respectivo,

Hei por bem pela presente conceder faculdade ao dito Parocho para benzer dita Capella, na forma do Ritual Romano, o que feito, concedo que na mesma Capella se possa celebrar o Santo Sacrificio da Missa e os demais Officios Divinos, havendo para isso os paramentos tudo mais necessario para a decencia devida.  Será esta apresentada ao Mtº Rvdº Parocho, que a registrará no Livro do Tombo da respectiva Matriz, para a todo tempo constar.

Dada na Camara Capitular de São Paulo, sob o meo Signal e Sello da Mesa Capitular, aos 20 de Julho de 1871. E eu Antonio Augusto de Araujo Muniz, Esxrivão da Câmara Capitular a subscrevi.  (a)  Joaquim Manoel Gonsalves de Andrade

Chanc. a     1$280

Sello                 75

Dest.              640

Regº               640

Reg. a  fl. 168 v. até 169 do Livro do ...

... 20 de Julho de 1871

(a) Silva               (a)  Silva

Provisão de Benção e celebração de Officios Divinos na Capella de N. S. das Dores, filial da Matriz de Caçapava.

Para V. Sa. ver e assignar”

(“O Jambeirense” - 30/06/1995 - pág. 6)

IX   -   Documentos para a História   -IX-

Ignorar o que aconteceu antes do teu nascimento, é conservares-te sempre criança”  (Cícero)

PETIÇÃO DO CAPITÃO JESUINO ANTONIO BAPTISTA PARA CELEBRAÇÃO DE MISSA CANTADA E DE BATIZADOS BEM COMO DE EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO NA RECÉM CONSTRUIDA CAPELA DE NOSSA SENHORA DAS DORES.

“Illmº Snr. Conego Vigario da Vara

DIZ o Capitão Jesuino Antonio Baptista que, tendo obtido licença do Emº e Rvmº Dr. Vigrº Capitular para benser-se a Capella de N. Senhora das Dores, do Capivary, termo da Villa de Caçapava, e estando a mesma Capella mtº decente e com todos os ornamentos precisos, como se vê da informação do M. Reverendo Vigario d’aquella V.a, vem pedir a V.sa Rvma. Licença para celebrar-se na d.a Capella Missa Cantada com exposição do S. Sacramtº, bem como baptisados por seu Mtº Reverendo Parocho. Sendo de justiça, o Suppte.

P. a Vsa. Rvma.

deferimento

 E.R. mercê

(a) Jesuíno Antonio Baptista”

(Despacho supra e na margem J

“Tomando em consideração a informação do Rdº Parocho, a cuja estolla a Capella de Nossa Senhora das Dores está sugeita, o autorizo à expor o SS. Sacramento na preze. Solemnid.e se nessa referida Capella alem dos ornamentos tiver tabernaculo, e outros hortensis  (sic) necessarios para tão augusta solemnid.de.  O Mtº Rdº Parocho poderá administrar o Sacramento do Baptismo as creanças que por occazião desta festa lhe forem aprezentadas a receber este Sacramento.

Taubaté, 13 de 7bro. de 1871

O Conego Abreu”

(“O Jambeirense” - 22/07/1995 - pág. 6)

X   -   Documentos para a História   -X-

(FOTO com legenda :

“1.a MATRIZ DE JAMBEIRO – Capela construída pelo Cap. Jesuíno Antonio Baptista e inaugurada em 17/09/1871”)

“... escrever História não é estabelecer certezas, mas é reduzir o campo das incertezas, e estabelecer um feixe de probabilidades. Não é dizer tudo sobre uma determinada realida, mas explicar o que nela é fundamental.” 

(Vera Hercilia Faria Pacheco Gomes  - historiógrafa - “in” “O que é História” - São Paulo - Brasiliense - 1980)

ACTA DA BÊNÇÃO DA CAPELLA DE NOSSA SENHORA DAS DORES DO CAPIVARY – Aos 17 dias do mez de 7bro de 1871 foi solemnemente benzida a Capella erecta por Provisão de 3 de Mço.  de 1871 neste Bairro do Capivary Município da Villa de Caçapava, sob a invocação de N. S. das Dores, conjuntamte. com as Imagens da m/ma. Padroeira, e mais de Sta. Barbara, e N. S. da Aprezentação, Crucifixo, e banqueta, paramentos, sinos, pia baptismal, e todas as mais alfaias que constão do Inventr.o, sendo este acto praticado pelo Muito Digno Snr. Vigario Francisco Marcondes do Amaral Rodovalho em cumprim.to da Provisão consedida pelo Exmo. e R.mo. Snr. Vigario Capitular Joaq.m M.el. Giz. de Andrade em 20 de Julho de 1871, que se acha transcripto no Livro competente. Logo em seguida o m.mo R.mo digno Vigario da Parochia celebrou Missa Cantada, officiando como diacono o Snr. P.e Francisco José Serôdio, e como sub-diacono o Snr. José Sezario Lorena, sendo coroinhas o Snr. Jordão Pereira de Martins Murat, filho do finado Jordão Rodrigues de Montezuma, e Antonio Saturnino de Almeida, filho da Snr.a D. Benedicta Xavier de Almeida. Ao Evangelho pregou o Snr. Padre Miguel Martins da Silva (*) e finda a Missa o R.mo Vigario fez dez baptizados e um Casamento com dispensa de pregões, e procedendo em seguida a eleição dos festeiros para o próximo Anno de 1872, recahio a escolha nas pessoas do Snr. João Soares Pereira e da Snr.a D. Anna Fran.ca mulher do Snr. Antonio Franco de Camargo. Para esta Missa Cantada veio a corporação muzical da Cidade de Paraibuna, derigida pelo Snr. José Calazans Corte Ubatubano, sendo as dispezas todas feitas pelo Zelador e fundador Cap.m Jesuino Antonio Baptista. No dia immidiato celebrou Missa na m/ma. Capella o Digno Vigr.o da Parochia”.

(*) O Pe. MIGUEL MARTINS DA SILVA foi mais tarde um dos oradores nas festas de inauguração da atual BASILICA VELHA DE APARECIDA. Essa igreja foi inaugurada em 24/06/1888 por D. Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, Bispo da então Diocese de São Paulo (o qual esteve duas vezes em Jambeiro, em Visita Pastoral, em 1874 e em 1886).

(“O Jambeirense” - 30/09/1995 - pág. 5)

XI   -   Documentos para a História   -XI-

“A História só se ocupa, com efeito, com os fatos passados; o presente e o futuro lhe escapam. Mas o passado se estende, virtualmente, até o instante mesmo que constitui o presente, e esse instante logo se torna passado em relação ao minuto que vivemos. O traço que deixa atrás de si o fato histórico nós chamaremos “documento”  (Paul Harsin)

O Capitão JESUÍNO ANTONIO BAPTISTA pede a elevação da Capela de NOSSA SENHORA DAS DORES à categoria de CAPELA CURADA :

“Ilm.o Exm.o e Rdm.o Snr. Vigario Capitular

Diz o Com. Jesuíno Antonio Baptista, na qualidade de protector e zelador da Cappella de Nossa Senhora das Dores do Capivary, districto de Caçapava, que distando a mesma trez leguas da Matriz de Caçapava, outras tantas da de Parahybuna, e quatro e meia da de São José dos Campos, os povos circunvisinhos sentem dificuldade em acudir aos reclamos da Igreja, e como ella se acha provida de paramentos, de vasos sagrados e de tudo mais que é necessario para a administração dos Sacramentos, como provão os documentos juntos, acrescendo que o lugar pela uberdade do solo atrahe constantemente pessoas, que vão edificando casas de morada,  e promette não interrompido progresso, o Supp. vem apresentar a V. Ex.a Redm.a representação, também junto dos referidos povos em vista da qual pede a elevação d’ella à cathegoria de Capella curada com as divisas seguintes = pelo serrote do Jambeiro até as cabeceiras do corrego das Pedras, municipio de São José dos Campos, descendo por este até o ribeirão do Varadouro, seguindo por este abaixo até as antigas divisas de Parahybuna, continuando por estas até as divisas entre Taubaté e Caçapava, e seguindo por estas até bater no dito serrote do Jambeiro = visto como em consequencia do estado adiantado dos trabalhos da Assemblea Legislativa Provincial não há tempo de conseguir-se o que desejão os mesmos povos, e é de justiça. O Supp. Offerece outros documentos pelos quaes mostra ter edificado com as formalidades legaes no alludido sitio á sua custa a mencionada Capella, que tem 60 palmos de cumprimento sobre 30 de largura, contados  interiormente, possuindo annexa ua sachristia de 25 palmos de cumprimento sobre (?) de largura, sufficiente para as necessidades habituaes do culto divino, e bem assim estar ella benta e já ter servido para a celebração solemne do santo sacrifício da missa com senhor exposto. O supp. por tanto requer á V. Ex.a Rdm.a que tomando na devida consideração a presente exposição se digne de deferir benevolamente o pedido do Supp., mandando passar a competente provisão de curato, e nestes termos

P. a V. Ex.a Rdm.a o deferimento – E. R. M.ce

(a) Jesuíno Antonio Baptista

(sobre selo do Império do Brasil de 100 reis com efígie do Imperador Pedro II)

                               Março de 1872

Baptista

(Despacho supra J

“Informem os Mt.o Rd.os Parochos de Caçapava, São José dos Campos, e Parahybuna, e quando julguem conveniente a medida que pretende o Supp. e, declarem as divisas que deverá ter a Capella com as Parochias acima declaradas.

S. Paulo  7 de Março de 1872

                (a)  Andrade”

(Despacho à margem J

“A.  se passe Provisão, não se podendo prover a Capella de Capellão Cura, enquanto não tiver as competentes, e necessarias, divisas não serão aprovadas sem que as respectivas Camaras municipaes sejão ouvidas e com seo acordo.

S. Paulo 18 de Março de 1872

                (a) Andrade”

(Custas à margem : )

“Prov. Curato e Pia Baptismal importarão em 18$330, inclusive sello publico e despacho”.

(“O Jambeirense”  - 22/12/1995  - pág. 5)

XII   -  Documentos para a História   -XII-

“Perder a memória, no sentido lato, significa esquecer o passado e desconhecer a si mesmo. Pelo menos, é assim que se entende, em português claro, essa expressão. A perda da memória é como a perda da razão e do conhecimento do presente que, gradativamente, vai se tornando passado e transformando-se em futuro. Essa é a hstória, é o movimento do tempo, a sucessão dos acontecimentos que alimentam a memória. E todo o mundo tem memória. Resta saber se ela não é perdida pela má conservação do passado e pelo conseqüente despreparo na construção do futuro.”  (Marta de Toledo Dias – ‘Como anda a memória paulista’)                                               

INFORMAÇÕES DOS VIGÁRIOS DE PARAHYBUNA, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS e CAÇAPAVA, em atendimento ao despacho do Vigário Capitular da Diocese de São Paulo, na petição subscrita pelo Capitão JESUÍNO ANTONIO BAPTISTA e datada de 06/03/1872 :

“Em cumprimento ao respeitavel despacho do Exmº e Rdmº Senhor Dor. Vigario Capitular, informo que a medida requerida pelo peticionario Capm. Jesuino Antonio Baptista é de conveniencia publica porque tem por fim disseminar o pasto espiritual pelos habitantes dos bairros do Capivary e Tapanhão em acudir os reclamos da Igreja, não só pela distancia de trez léguas em que se achão desta, como pela transposição do morro da Samambaia que media entre esta cidade e os referidos bairros. Nesse pressupposto me parece que a divisa com esta Parochia deve se regular pelo prolongamento do referido morro da Samambaia até encontrar as divizas entre Taubaté e Caçapava : entretanto V. Exa. fará o que intender de justiça.

Parahybuna, 11 de Março de 1872.

O Vigrº  Antonio Pires do Prado”.

“Em cumprimento ao respeitavel despacho do Exmº e Rmº Señor Dor. Vigario Capitular, exarado na petição retro, tenho a informar que a medida requerida pelo peticionario o S.r Capm. Jesuino Antonio Baptista, pode ser de mta. utilidade publica mas que, para mim é inteiram.e estranha, posto q. aqui residindo há perto de um anno, ainda não tive occasião de observar se dita medida convem aos Povos bem como não posso marcar as divizas que deveria ter a Capella Curada, de que se trata, por que desconheço inteiram.e o terreno.

É o que tenho a informar a V. Exa. aq.m DEAS q.e

São José dos Campos, 13 de Março de 1872.

O Vigr.o

José Bueno da Cunha”

“Em cumprimento ao meritissimo despacho do Exmº Rmº Dor. Vigario Capitular, exarado na petição retro, tenho a informar q. a medida requerida pelo peticionario Capm. Jesuino Antonio Baptista a meu ver é de utilidade, visto como os signatarios tanto exigem a Capella Curada, e se não fora os trabalhos da Assemblea estarem tão adiantados requererião elevação a Freguezia, visto como achão de tanta utilidade e mostrão tanto zello ao pasto espiritual. Eu como Parocho só desejo a salvação d’Almas, concordo com a medida requerida. V. Exa. ordenará o que for de justiça. É o que tenho a informar a V.Exa.

Caçapava, 13 de Março de 1872.

O Vigario 

Francisco Marcondes do Amaral Rodovalho”

(“O Jambeirense”  - 27/01/1996  - pág. 5)

XIII  -   Documentos para a História  -XIII-

“Sempre foi comum a idéia de que a memória está contida naqueles bens, públicos ou privados, cujo valor histórico, cultural, arquitetônico etc. estivesse devidamente reconhecido. Dessa forma, imóveis, monumentos, papéis, ruas e cidades inteiras, peças e objetos que testemunharam o tempo foram preservados por constituírem um patrimônio”  

                                      (Maria de Toledo Dias  - “Como anda a memória paulista ?”)

PETIÇÃO DOS MORADORES DO CAPIV ARY, TAPANHÃO e VARADOURO à ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA PROVINCIAL DE SÃO PAULO, em 06/93/1872 :

“Ilma. e Exma. Assemblea Legislativa Provincial 

(sobre 3 selos de 200 réis do Império do Brasil, com a efígie do Imperador Pedro II, com data de 06/03/1972)

Os abaixo assignados, moradores do Bairro do Capivary, pertencente ao municipio de Cassapava, no do Tapanhão pertencente ao municipio de Parahybuna, e no do Varadouro, pertencente, em parte aos dois referidos municipios, e ao de São José dos Campos, vêm apresentar à esta Exma. Assembléa Legislativa Provincial sobre a necessidade e conveniência de ser criada no Bairro do Capivary ua Freguesia com as seguintes divisas =

Pelo lado de Cassapava pelo serróte do Jambeiro até as cabeceiras do corrego das Pedras, município de Sm. José dos Campos, e descendo por este até o ribeirão do Varadouro; descendo o Varadouro até o rio Parahyba; seguindo o Parahyba à cima até as antigas divisas de Parahybuna; e seguindo por estas até entestar com as divisas de Taubaté com Caçapava. Achão-se, Exmos. Snrs. Deputados, estes trez bairros no valle do ribeirão Capivary formado pelo serróte do Jambeiro e o Morro da Samambaia, que seguem nesse lugar uma direcção paralella; e d’ahi resulta grande difficuldade não só aos moradores quando precisão ir as  sédes de suas Parochias procurar o Pasto Espiritual, como aos respectivos Parochos,  quando se vêm obrigados á trazel-o as suas ovelhas enfermas, porque estando os referidos bairros em pontos eqüidistantes das respectivas cidades, distando dellas 3 e 4 leguas, é indispensavel transpor-se de um lado o serróte do Jambeiro, e d’outro o contraforte do Samambaia. Achando-se unidos ditos Bairros com ua população compacta de 3 à 4 mil almas, tão indispensável julgão os habitantes a criação da Freguezia não só pela razão espiritual já allegada, como tambem pela conveniencia de ser administrada a justiça que cabe na alçada dos Juizes de Paz e sub-delegado de Policia – que no lugar denominado Capivary, pertencente ao Município de Cassapava, já se acha erecta com licença do Exmº Vigario Capitular do Bispado ua Capella muito bem construida e decentemente preparada com os paramentos necessarios e pia baptismal, sob a invocação de N. Senhora das Dores, onde já se celebra aos domingos o Santo Sacrificio da Missa à custa dos moradores. Há tambem no mesmo lugar um cemiterio murado, onde se enterrão os corpos dos moradores que fallecem; uma eschola publica para o sexo masculino freqüentada por grande numero de alumnos, varias casas de negocio de fazendas e molhados, que vendem, não poucos contos de reis; muitas casas de moradores concluidas, e outras em construção.

Em vista do exposto os abaixo assignados eperão que esta Exma. Assemblea se dignará tomar em devida consideração o requerido, persuadidos como estão que V. Ex.as costumão attender ao bem geral.

E.E. se digne deferir.

E. R. M.ce

(a)  Jesuino Antonio Baptista

      Fazendeiro”

(“O Jambeirense” - 29/02/1996 - pág. 4)

XIV         -   Documentos para a História   -XIV-

“... preservar é ter memória. Quando duas ou mais determinações objetivas de preservar o acontecido se encontram, pode haver uma cintilação de memória; mas quando muitas pessoas e instituições buscam sua identidade a partir de seus próprios fatos passados e seus registros, o brilho da memória reverbera mais nas inúmeras facetas de seus componentes”   (Ricardo Maranhão - “Um diamante de muitas facetas” “in”  “Como anda a memória paulista ?” -  de Marta de Toledo Dias)

Subscritores da petição dirigida à ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA PROVINCIAL, em 06/03/1872, solicitando a criação de uma FREGUESIA :

(aa)  Jesuino Antonio Baptista - Fazendeiro; Vasco Pinto Rebello Pestana - Fazendeiro ; Albano José Teixeira Pinto - Negociante; Joaquim Xavier de Assis - Professor Publico; Fran.co Alves Mor.a - Fazendeiro; Joaquim José de Camargo - Fazendeiro; José Feliciano Nogr.a de Barros; José Calazans d’Oliv.a Mello - Fazendeiro; José Gabriel Nogueira Barros - Fazendeiro; Fernando Per.a Barros - Fazendeiro; Antonio Marcelino Dias - Lavrador;  José Fernandes Per.a Barros - Fazendeiro; José Monteiro; José Monteiro Maia  - Agricultor; Antonio Correia Marcondes - Agricultor; Benedicto Montr.o Gomes - Agricultor; João Ferr.a Martins - Fazendeiro; Benedicto Manoel de Senne - Negociante; José Benedicto Gomes de Almeida - Negociante; Joaquim Francisco de Siqueira - Fogueteiro; João Baptista de Barros - Agricultor; Luiz Bernardes de Alm.da Gil - Lavrador; João Baptista de Tolosa  - Lavrador;  Francisco Joaquim Rebello - Negociante; Francisco Augusto de Tolosa Guedes - Lavrador; João Gomes d’Almeida - Ferreiro; Innocencio Corrêa Durão - Fazendeiro; José Lobato de Moura - Lavrador; Moyses Pereira d’Arruda - Administrador; Joaquim Antonio de Camargo - Administrador; Joaquim Gomes de Almeida - Fazendeiro; Marcelino da Costa Carv.o - Negociante; Joaquim José da Rosa - Negociante; Mariano Alves de Paula - Lavrador; Manoel Dias de Carvalho - Carpinteiro; Honorio Alves dos Santos - Lavrador; Hercules das Chagas Pereira - Lavrador; Antonio Pereira - Lavrador; Antonio Bernardino de Almeida - Lavrador; Miguel Francisco das Chagas - Negociante; Antonio Monteiro Gomes - Lavrador; José Felizardo Gomes Vieira - Lavrador; João Baptista Marcondes - Empregado; José Gomes Vieira - Fazendeiro; Manoel Antonio Bello - Seleiro; Antonio Simão dos Santos - Lavrador; Luiz Gomes de Almeida “; José Francisco das Chagas - Lavrador; João Fran.co das Chagas - Negociante; Benedicto Alves dos Santos Dias - Fazendeiro; Francisco Franco das Neves  - Lavrador; Antonio Alves dos Santos Dias - Lavrador; José Gonçalves Moura “; Luciano Fialho Machado “; Diogo Pinto da Cunha Sobrº “; José Augusto Oliveira “; José Fran.co de Moura “; José Bento de Moura “; João Bicudo de Brito “; Theodoro Antunes de Morais “; Fran.co Jordão Mor.a da Costa - Fazendeiro “; José de Souza de Almeida  - Lavrador; Antonio Luiz de Andrade - Lavrador; José Pedro da Silva - Lavrador; José Nunez de Siqr.a - Lavrador; Benedicto Antonio de Barros - Lavrador; Felisbino José das Neves - Lavrador; José Pinto da Cunha - Lavrador; João Gonsalves de Mello “; Joaquim Gonsalves Agostín “; Fabio Lopes de Seqr.a  - Lavrador; Francisco Antonio das Neves - Lavrador; Francisco Leite Rodrigues - Lavrador; Diogo Pinto da Cunha - Administrador; Joaquim Alves dos Santos - Lavrador; Clesidio Pinto da Cunha - Lavrador; Theodoro Pinto da Cunha “; Antonio Pinto da Cunha  - Lavrador; José Benedito Leite - Lavrador; Joaquim Gomes Monteiro - Lavrador; Antonio Oliveira da Cunha - Lavrador; José Benedicto de Andrade - Empregado; José Gomes de Assis Camargo “; Hypolito Rodrigues de Souza “; Graciano Ignácio dos Santos “; Manoel Innocencio de Andrade - Negociante; José Rezende de Barros  - Lavrador; João Soares Pereira  - Fazendeiro; Felisbino Pinto da Cunha  - Lavrador; José Benedito Pereira “; Joaq.m Antonio Barreto “; Alexandre Antº de Macedo “; Benedito Pinto José de Rezende “; Benedito Alves de Moura “; João Fran.co de Moura “; Antonio Pinto de Siqueira “; Vicente Antunes de Moraes “; Mariano Rod.z de Siqueira “; Marcilino José de Camargo “; Antonio Franco de Camargo - Fazendeiro; João Franco de Camargo - “; Antonio Franco de Camargo Júnior “; José Franco de Camargo; João Gonçalves - Carpinteiro; José Romão Leite  - Alfaiate; José Monteiro Gomes de Almeida - Lavrador; Braz Leite dos Santos - Carpinteiro”.

(“O Jambeirense” - 23/03/1996 - pág. 5)

REGISTROS DA CÂMARA

LIVRO DE TERMOS DE JURAMENTO (10/08/1878 a 15/01/1911)

1ª Legislatura – 1878 / 1882

Fls. 1 – 10/08/1878 – presidente : Francisco Alves Moreira – vereadores : José Francisco de Moura – Joaquim Silvério dos Santos; juiz de Paz – José Bento de Moura; secretário da Câmara – João Baptista de Tolosa

Fls. 1/2v – 24/09/1879 – presidente : Ladislau de Barros Nogueira

Fls. 2v. – 24/09/1879 – Assumem os suplentes Francisco Martins de Siqueira e Benedicto Manoel de Senne

Fls. 3 – 26/03/1881 – presidente : Francisco Alves Moreira – Assumem os vereadores José Bento de Moura e Joaquim Silvério dos Santos

Fls. 3v. – 31/03/1881 – Assumem o vereador Joaquim Bernardo de Almeida Gil e o suplente João Soares Pereira

Fls. 3v./4 – 31/03/1881 – Assume o vereador Ladislau de Barros Nogueira

Fls. 5 – 08/05/1882 – Assumem os vereadores Francisco Martins de Siqueira e João Ferreira Martins

LIVROS DE ATAS DA CÂMARA MUNICIPAL DE JAMBEIRO

15/01/1887  a  1º/10/1915

data                assunto

15/01/1887 – “... foi determinado que se fixassem editais fazendo vigorar os artigos de posturas em que proíbe toda e qualquer qualidade de animais pelas ruas.”

12/02/1887 – “foi também determinado que se afixassem editais com prazo de 15 dias a contar do dia 14 do corrente, para serem (sic) recolhido ao cofre municipal o imposto de 20 réis sobre cada 15 kg de café colhido no município, e bem assim, igual prazo para a cobrança do imposto sobre portas e janelas.”

09/01/1888 – “Foi indicado pelo vereador José Gomes Vieira para que sejam multados como manda a lei a todos os vereadores que faltarem às sessões sem participação.”

28/04/1888 – “Nesta data tomei posse do cargo de vereador em 1888 (a) J. A. Gurgel ... E o Senhor João do Amaral Gurgel, que foi convidado para prestar juramento na presente sessão ...”

30/05/1888 – “Foi indicado pelo vereador José Francisco de Moura que se lançasse nesta ata um voto de louvor ao Governo e à Princesa Imperial pela extinção da escravidão.”

22/11/1889 – “Foi lido um oficio do Governo Provisório do Estado de São Paulo de dezesseis do corrente em o qual comunica que foi estabelecido o Governo Republicano no Brasil e sabendo-se que esta Câmara aderia à nova ordem de coisas, em ofício de hoje respondeu ela que unanimemente aderia e que acreditava que era esse o pensamento de seus munícipes.”

30/12/1892 – “Resolveu também a Câmara oficiar por intermédio do Intendente ao cidadão Delegado de Polícia pedindo lista dos quarteirões dos cidadãos em condições de pagar o imposto de captação, isto é, todos os homens e mulheres nacionais e estrangeiros que têm fogão e que vivem por sua conta própria.”

30/12/1892 – “Determinou-se que a cobrança de um mil réis por cada porco vendido aqui e vindo de fora do município só se refere ao porco vivo.”

30/12/1892 – “Recebeu-se um Requerimento de Miguel Batalha pedindo relevação de multa imposta pelo fiscal por ter dado um tiro dentro da vila; que não foi atendido unanimemente.”

14/08/1893 – “José Francisco de Moura e João Valentim de Macedo pedem exoneração por mudança de endereço para Taubaté.”

15/11/1893 – “Voto de pesar pelo falecimento de Luiz Bernardo de Almeida Gil.”

1º/03/1894 – “Foi indicado pelo Intendente para que seja ordenado ao fiscal para avisar por editais e pessoalmente a todas as pessoas que tiverem animais cavalares, muares, vacuns, porcos e cabritos, soltos pelas ruas e praças desta Vila, para retirarem dentro do prazo de oito dias a contar desta data; findo o referido prazo, para executar o que ordena o Código de Posturas sobre tal assunto.”

1º/03/1894 – “Foi autorizado o Procurador da Câmara a fazer as compras de madeiras e mais materiais que for necessário para a construção do Mercado, nas melhores condições possíveis tanto em qualidade como em preços.”

23/04/1894 – “... de como retalhar o toucinho para consumo público no mercado.”

24/05/1894 – “Indicou o cidadão Intendente Geral para marcar-se um dia definitivo para fazer-se a execução das vacinas nas escolas públicas desta Vila e para oficiar-se ao cidadão Luiz Augusto Botto pedindo a ele por obséquio para comparecer no dia e hora que for designado para este serviço, pagando-se a ele o seu trabalho.”

09/06/1894 – “... o Congresso acaba de ver que sua mais que exígua extensão territorial faz sensível contraste com a vastidão dos municípios vizinhos, com os quais confrontando, parecem verdadeiros Estados; – porque, à vista disso, as passagens pedidas, aumentando o território deste município (em extensão somente, a menor comarca de todo o Estado) pouca ou nenhuma falta fariam aos vizinhos [São José dos Campos e Caçapava]”.

1º/03/1895 – “Indicou o Sr. Intendente que é de urgente necessidade rasgar-se algumas voltas que tem no rio que atravessa por esta Vila a fim de dar pronta expedição às águas de enchente do mesmo; o que ficou autorizado o mesmo Intendente a fazer os referidos rasgos que julgar necessários.”

15/05/1895 – “Fica em execução desde esta data a cobrança do imposto de seis mil réis anuais a todos os indivíduos que trouxerem foguetes de fora do município para venderem neste.”

09/08/1895 – “Recebeu-se um Requerimento do cidadão Emygdio Gonçalves Pereira com autorização do Sr. Florimond Cleopaert para demolir os serviços feitos nas obras da Cadeia desta Vila, o qual foi autorizado à dita demolição dentro do prazo marcado pela Superintendência de Obras Públicas.”

24/10/1895 – “Recebeu-se uma petição de José Mariano Lameo na qual pede licença para ter solta sua cabra; indeferido por ser proibido pelo Código de Posturas.”

24/10/1895 – “Foi resolvido que se oficie a Joaquim Corrêa de Siqueira sobre a fatura da estrada desta Vila para Caçapava.”

08/11/1895 – “Deliberou-se mais a oficiar ao Secretário do Interior pedindo providências a fim de ser reparada a estrada que desta Vila para a cidade de Caçapava, a qual acha-se intransitável a ponto de não dar passagem em vista do grande temporal do dia 6 do corrente, que derribou (sic) muitas barreiras e pontes na referida estrada, ficando, assim, em parte entulhadas, sendo verdade que em vinte e um de junho do corrente ano foi autorizada pelo Governo uma verba de dous contos duzentos e noventa e cinco mil quinhentos e vinte quatro réis para os reparos da mesma estrada, não sendo até hoje aplicada.”

15/07/1905 – “Levantou o vereador Moura e indicou que, segundo as posturas, os cães vagabundos que infestam as ruas da cidade são mortos a veneno ou outro qualquer meio pelo Fiscal; porém, essa medida não bastava para que ainda se tornasse abusiva a freqüência desses animais nas ruas e que dentre eles alguns bravios, tornando-se por isso necessário haver mais energia e que para isso indicava que, além do imposto a que estavam sujeitos os donos de ditos animais, fossem os mesmos obrigados a pôr focinheiras nos cães.”

15/09/1909 – “... pede a palavra o Sr. Prefeito e diz que, tendo-se entendido com o Sr. Inspetor Escolar do Distrito sobre o projeto da criação de uma Escola Reunida nesta cidade; e julgando essa criação uma medida de muita utilidade para o ensino, indica que a Câmara oficie ao Sr. Dr. Secretário do Interior, solicitando a concessão desse melhoramento e que se ofereça o prédio para o funcionamento da mesma Escola, podendo servir para aquele fim o prédio da rua do Colégio em o qual a Câmara tem partes diversas. O Sr. Cap. Silva Ramos, dando aparte, diz que o prédio indicado está destinado à instalação de uma Santa Casa de Misericórdia e que julga de maior utilidade e fim mais humanitário, portanto é de parecer que seja preferido para este fim. O Sr. Prefeito, replicando, fundamenta a sua Indicação, explicando a falta de elementos de que dispõe esta cidade para a fundação da Santa Casa, e cita exemplos de dificuldades com que lutam muitas localidades circunvizinhas para manterem estabelecimento dessa ordem, isto por falta de elementos próprios. Posta em votos a Indicação do Sr. Prefeito e o parecer do Sr. Silva Ramos, é aprovada por maioria a primeira, ficando deliberado que se oficie ao Sr. Dr. Secretário do Interior, solicitando a criação da Escola Reunida, oferecendo-se ao mesmo tempo o prédio aludido.”

15/09/1909 – “Ofício do Sr. Dr. Luiz Arthur Varella, Procurador Fiscal do Estado, convidando o Sr. Presidente da Câmara a comparecer àquela Procuradoria a fim de ser lavrada a escritura de doação das partes do prédio que se destina à Escola Reunida desta cidade.”

16/08/1911 – “Ofício do Dr. Secretário do Interior comunicando à Câmara que, tendo a Diretoria de Obras Públicas verificado não se prestar ao fim desejado o prédio oferecido pela Municipalidade, é necessário que a Câmara providencie sobre a doação de um terreno para a construção de prédio especial.”

15/01/1912 – “A Comissão indicou ao engenheiro mandado pelo Governo ao Jambeiro, diversos terrenos : o único que aquele funcionário julgou prestar-se para o edifício é um terreno pertencente ao Major João do Amaral Gurgel, Prefeito Municipal. A Comissão, entendendo-se com este, acha que o preço pedido é bastante alto, porém, reconhecendo que as Escolas Reunidas trarão grande benefício para o lugar, e não se encontrando outro terreno, é de parecer que se ofereça a quantia de 2:500$000, com prazo de um ano, sem juros.”

30/01/1912 – “...  pede a palavra o Sr. Vice-Prefeito em exercício, que declara que o fim da presente sessão por ele convocada é levar ao conhecimento da Câmara que, tendo a mesma em sessão ordinária anterior aprovado o parecer da Comissão encarregada da aquisição de um terreno para o prédio escolar, feita a proposta ao proprietário de acordo com o mesmo, tendo sido aceita, julga necessário que a Câmara autorize a passar a respectiva escritura de compra e firmar os devidos documentos, cuja autorização por unanimidade de votos é concedida.”

15/03/1912 – “... pede a palavra o Sr. José Rodolpho Rebello e diz que tendo sido autorizado pela Câmara em sessão extraordinária de 30 de janeiro do corrente ano a receber a escritura de compra do terreno destinado à construção do prédio escolar e firmar os respectivos documentos, leva ao conhecimento da Câmara que não só recebeu a escritura da qual faz entrega de cópia, como firmou três letras a vencerem-se no dia 20 de fevereiro de mil novecentos e treze, sendo duas letras de um conto de réis e uma de quinhentos mil réis, que fazem a quantia de dois contos e quinhentos, quantia pela qual foi comprado o referido terreno.”

16/03/1912 – “O Sr. Presidente declara que o fim da presente sessão é tratar da doação ao Governo do Estado do terreno adquirido pela Câmara para a construção do prédio escolar. Pedindo a palavra o vereador Sr. José Rodolpho Rebello, propõe que seja o Sr. Prefeito Municipal autorizado a fazer a referida doação. Sendo aprovada a proposta do Sr. Rebello, ficou o Sr. Prefeito Municipal autorizado, sendo-lhe então entregue a respectiva cópia da escritura de compra.”

18/11/1912 – (os cabritos do Promotor)

29/07/1913 – “Aprovado o Projeto de Lei autorizando o Sr. Prefeito a assinar escritura de contrato com a Empresa Força e Luz Norte de São Paulo para o fornecimento de luz e força elétricas a este município.”

15/12/1913 – “Considerado em vigor a partir da presente data o contrato de fornecimento de luz e força elétrica.”

21/08/1915 – “Do mesmo Sr. [Dr. Almeida Barros, Inspetor Escolar Municipal] pedindo os salões do próprio municipal denominado Colégio para a instalação de escolas, declarando ter atendido por ser de grande conveniência ... O Sr. Presidente ... convidando os Srs. Vereadores para irem incorporados fazer uma visita às Escolas Reunidas, conforme convite feito pelo Dr. Inspetor Municipal, ao qual todos acederam.”

1º/10/1915 – “... foi dada a palavra ao Sr. Alberto José da Silva Ramos, que leu as seguintes Indicações : ‘Proponho que a Câmara vote uma moção de congratulações para com os seus ilustres membros, o Cel. Presidente da Câmara e o Major Prefeito Municipal, por motivo da inauguração de seus retratos no Gabinete da Inspetoria Municipal, por ser este fato uma justa homenagem prestada aos dois corretos jambeirenses ...’  ‘Indica ainda que seja dispensado do interstício o parecer da Comissão de Legislação sobre o projeto de lei que se refere à obrigatoriedade do ensino para que seja convertido em lei imediatamente.’ ”.

28/02/1952 a 1º/01/1960

28/02/1952 – Waldemar Alencar – projeto de Lei nº 28/52 – isenta de impostos por 20 anos novas indústrias e construções de casa própria.

20/03/1952 – Mozart Prado Leite – Indicação nº 1 – abertura de estrada margeando o rio Piraí, ligando a estrada do Bairro da Ponte à estrada das Coletas.

20/03/1952 – Waldemar Alencar – Projeto de Lei nº 10/52 – autoriza a Prefeitura a adquirir uma casa sita à rua João Pessoa, nº 5, de propriedade de João Bellotti dos Santos.

20/03/1952 – Waldemar Alencar – Indicação nº 2 – sobre reforma das instalações sanitárias do Mercado Municipal.

20/03/1952 – Waldemar Alencar – Projeto de Lei nº 13/52.

27/03/1952 – Antonio de Castro Leite – Projeto de Lei nº 11/52 – autorizando o Prefeito Municipal a entrar em acordo com contribuintes em débito com a Municipalidade.

17/04/1952 – Antonio de Castro Leite – Indicação nº 3/52 – sobre compra de terrenos para ampliação do Cemitério.

02/05/1952 – Waldemar Alencar – Indicação nº 5/52 – sugere ao Prefeito Municipal que entre em entendimento com a Diretora do Grupo Escolar para aquisição e distribuição de roupas de inverno para as crianças pobres

13/06/1952 – Waldemar Alencar – Projeto de Resolução 2/52 – elaboração do novo Regimento Interno.

25/09/1952 – Waldemar Alencar – Projeto de Lei nº 17/52 – concede o título de Cidadão Jambeirense ao sr. Antonio de Castro Leite.

06/11/1952 – José Benedito Almeida – Projeto de Lei concedendo Abono de Natal aos funcionários municipais.

06/11/1952 – José Benedito Almeida – Projeto de Lei solicitando crédito especial de Cr$ 10.000,00 para o Natal das crianças.

06/11/1952 – Antonio de Castro Leite – Projeto de Lei criando taxa de 10% s/ impostos e taxas, denominada Taxa de Assistência Social.

25/06/1953 – Antonio de Castro Leite – Indicações 1 e 2/53 – ao Executivo para providências visando à entrega, ao Patrimônio Municipal, de todo o prédio e terreno da Rua Major Gurgel – antiga Dr. Barros – onde funciona a Delegacia de Polícia e Cadeia Pública – e imediata instalação e admissão de funcionário para a Biblioteca Pública Municipal no prédio onde funcionava a Prefeitura.

30/07/1953 – Antonio de Castro Leite – Requerimento escrito nº ? – s/ ofício ao Presidente da Câmara Municipal de Caçapava, solicitando que conste verba no próximo orçamento p/ pagamento do transporte de alunos daquela cidade em ônibus desta Municipalidade.

12/11/1953 – Waldemar Alencar – Projeto de Lei modificando o Brasão Municipal.

09/12/1954 – Waldemar Alencar – Projeto de Lei 8/54 – s/ abono de Natal aos servidores municipais.

09/12/1954 – Antonio de Castro Leite – Indicação 4/54 – ao sr. Prefeito para receber título da Prefeitura Municipal de Caçapava no valor da dívida para com esta Municipalidade.

09/12/1954 – Antonio de Castro Leite – Indicação 3/54 – providências do sr. Prefeito Municipal para receber da Prefeitura Municipal de Caçapava o valor correspondente ao transporte dos estudantes daquela cidade no ônibus desta Prefeitura

09/12/1954 – diversos – Indicação 2/54 – solicitando pagamento de auxílio à Sociedade de São Vicente de Paulo.

12/05/1955 – Antonio de Castro Leite – Indicação s/ nº - s/ decretação do dia 15 de setembro como feriado municipal.

18/08/1955 – Antonio de Castro Leite – Indicação s/ nº - s/ concessão de bolsa de estudos aos alunos mais aplicados do Grupo Escolar e do Curso de Admissão.

14/01/1960 a 29/12/1969

fls.                 data          assunto

1/3v            14/01/1960     vereador Descio Mendes Pereira – “censurou a atitude do ex-prefeito, sr. Eduardo Vieira de

                                         Almeida, por ter vedado com cercas de arame o local onde a Prefeitura retirava pedregulho

                                         para a conservação das ruas desta cidade, demonstrando, assim, sua falta de cooperação

                                        para com o nosso município.”

7v/9            10/03/1960     Licença de 90 dias ao vereador Descio Mendes Pereira.  Assume o suplente João Bellotti dos

                                          Santos.

19/20          11/08/1960     Licença de 6 meses ao vereador Rui Jorge César.

31/32          26/01/1961     presidente – João Leite Vilhena – vice-presidente – Waldemar Alencar.

32v/33v      09/03/1961     secretário – é eleito o vereador Rui Jorge César.

41v/42v      12/10/1961     Renúncia do 2º suplente de vereador Mário Rodrigues de Carvalho, em caráter irrevogável

                                          Licença de 6 meses ao vereador Januário Plaster Tranin.  Assume o 3º suplente de vereador

                                         José da Cunha Ivo.

42v/44        09/11/1961     Licença de 6 meses ao suplente em exercício José da Cunha Ivo.  Assume o 4º suplente José

                                          Albano dos Santos.

44v/47        30/11/1061     “Pediu e foi concedida a palavra ao vereador Antonio de Castro Leite que solicitou

                                          esclarecimentos ao sr. presidente que, ao seu ver, o vereador José Albano dos Santos, ao

                                          prestar compromisso, não apresentou suas credenciais. O sr. presidente solicitou

                                          esclarecimentos ao vereador José Albano dos Santos, que esclareceu não estar consigo

                                          no ato as credenciais, mas que na primeira sessão a apresentará.”

48/49         25/01/1962       presidente – João Leite Vilhena; vice-presidente – Waldemar Alencar; secretário – Rui Jorge

                                           César.

52v./54      10/05/1962       Licença de 8 meses ao vereador Januário Plaster Tranin.  Assume o suplente José Albano dos

                                           Santos.

57/58v.      30/08/1962       Licença de 12 meses ao vereador Joaquim Raphael de Almeida Cioffi.

58v/59       30/08/1962       Assume o suplente Ruy Carlos Candelária de Castro.

                                           Nota – 13/09/1962 – chega a motoniveladora adquirida pelo prefeito Jorge Pereira.

61/62v       22/11/1962       Renúncia do vereador Descio Mendes Pereira “em virtude de ter sido nomeado e já tomado

                                           posse do cargo de Juiz de Direito”.

62v/64      29/11/1962        Assume o suplente de vereador José da Cunha Ivo.

65/66        24/01/1963        presidente – João Leite Vilhena; vice-presidente – Rui Jorge César; secretário – José Albano

                                           dos Santos.

75/76        09/05/1963        Licença de 6 meses ao vereador Januário Plaster Tranin.

77/78        30/05/1963        Assume o suplente José Albano dos Santos.

79/80        22/08/1963        Assume as funções de prefeito municipal o sr. José da Cunha Ivo  (até 06/10/1963).

80/81v      26/09/1963        Licença de 6 meses ao suplente em exercício Ruy Carlos Candelária de Castro, que é cassado

                                           na sessão de 31/10/1963 (fls. 81v/84v.).

85v./86v.  21/12/1963        O vereador Rui Jorge César apresenta projeto de Resolução s/ concessão do título de Cidadão

                                           Benemérito Jambeirense ao sr. Waldemar Alencar – aprovado por unanimidade.

86v./87v.  21/12/1963        Waldemar Alencar : “jamais será eleito um prefeito mais trabalhador, honesto e honrado como

                                           foi e é Jorge Pereira ... Soube se mostrar patriota no cumprimento do seu dever, soube fazer

                                            justiça tanto a seus amigos como aos adversários políticos, elevando a administração acima

                                           de seus interesses, os quais pereceram durante estes anos, não medindo esforços para o bem

                                           comum em todo o município.  Foi ultrajado e caluniado perante o povo que se iludiu em falsas

                                           campanhas.  Mas o que é justo sobrevive : é como a erva aromática,            quanto mais se

                                           espezinha, mais perfume exala.”

87v./89     1º/01/1964         presidente – Jorge Pereira; vice-presidente – Victor Vieira Vilela; secretário – Geraldo Sales da

                                            Costa.

89/90v.     09/01/1964         O vereador Geraldo Sales da Costa renuncia ao cargo de secretário.  Eleito secretário o

                                            vereador Waldemar Alencar.

93/94v      12/03/1964         O vereador Waldemar Alencar renuncia ao cargo de secretário.  Eleito secretário o vereador

                                            Antonio Santiago da Silva Filho.

110/111    26/11/1964         Licença de um ano ao vereador Pedro Pereira de Faria.

111v/113  07/12/1964         Assume o 3º suplente Murilo Mendes do Prado (não convocados os 1º e 2º suplentes, que

                                            comunicaram sua impossibilidade de assumir a cadeira).

114/115    07/12/1964          presidente – Jorge Pereira; vice-presidente – Victor Vieira Vilela; secretário – Antonio Santiago                              da Silva Filho.

122v/123v 11/11/1965       Licença de um ano ao vereador Eduardo Vieira de Almeida e de 6 meses ao vereador Pedro

                                            Pereira de Faria.

125v/126v  09/12/1965       presidente – Jorge Pereira; vice-presidente – Victor Vieira Vilela; secretário – Antonio Santiago

                                            da Silva Filho.

131/132v    31/07/1966       Em sessão especial recebem o título de Cidadão Jambeirense, outorgado por Decreto do

                                            prefeito municipal, o Côn. Antonio Borges e o sr. Antonio Mendes Ribeiro.

136/137      15/12/1966       presidente – Jorge Pereira; vice-presidente – Victor Viera Vilela; secretário – Antonio Santiago

                                            da Silva Filho.

143/144      09/11/1967       Projeto de Lei nº 10/67, apresentado pelos vereadores Antonio Santiago da Silva Filho, Pedro

                                           Pereira de Faria e Victor Vieira Vilela, concedendo isenção das taxas do Ginásio Municipal

                                           aos filhos de vereadores e funcionários municipais (aprovado em 1ª e 2ª discussões em sessões

                                           extraordinárias da mesma data).

146/147     28/12/1967       A Câmara concede férias regulamentares ao prefeito municipal referentes ao exercício de 1967

147v/148   28/12/1967       presidente – Jorge Pereira; vice-presidente – Victor Vieira Vilela; secretário – Antonio Santiago

                                           da Silva Filho.

154/155     30/05/1968       Os vereadores Jorge Pereira e Antonio Santiago da Silva Filho renunciam “em caráter

                                           irrevogável” aos cargos de presidente e secretário, respectivamente.  Assumem a Presidência

                                           e a Secretaria, respectivamente, os vereadores Victor Vieira Vilela e Synesio Araújo Reis (por

                                           questão de ordem do vereador Waldemar Alencar, é explicado que o vereador Jorge Pereira

                                           deixava o cargo por não poder assumir o cargo de prefeito, no afastamento do titular, em gozo

                                           férias (sic) e porque “já fora prefeito na Legislatura (sic) anterior e estava impedido por lei de

                                           assumir o cargo”.

159/160      29/08/1968       Entrega do título de Cidadão Jambeirense ao vereador Waldemar Alencar.

160v/161v  10/10/1968       “Ofício do Prefeito Municipal comunicando que por força de lei deixará a Chefia do Executivo

                                           Municipal pelo espaço de 30 dias a contar de 15 de outubro a 15 de novembro;”

161v/162    10/10/1968       Requerimento do sr. presidente renunciando em caráter particular o cargo de presidente da

                                            Câmara.

161v/162    10/10/1968       presidente – Geraldo Sales da Costa – eleito com 4 votos (Waldemar Alencar teve 1)

169v/171    1º/02/1969  -    presidente  - Antonio Santiago da Silva Filho

                                       -   vice-presidente – José Albano dos Santos

                                       -   secretário – Nelson Mendes

171v/174    13/02/1969  -   Licença de 12 meses ao vereador Antonio de Castro Leite – Assume o suplente Victor Vieira

                                          Vilela  (nessa sessão o vereador José Gurgel Almeida foi incumbido de estudar o novo

                                           Regimento Interno).

197/199      13/12/1969  -   presidente – José Albano dos Santos

                                       -   vice-presidente – Nelson Mendes

-   secretário – Antonio Santiago da Silva Filho

LIVRO DE ATAS  -  14/02/1970 a 30/03/1976

fls.                data            assunto

1v/2v      14/03/1970     renúncia do sr. Antonio de Castro Leite.

3v/5        18/04/1970     “pediu a palavra e foi concedida ao vereador José Gurgel Almeida pedindo que fosse feita uma

                                       retificação na ata, para constar que havia lamentado a renúncia do vereador Antonio de Castro

                                      Leite, mas que o mesmo achava que já havia dado sua cota de colaboração ao município e

                                      portanto estava na hora de deixar o lugar para elementos mais jovens, com mais disposição

                                      para o trabalho”.

3v/5        18/04/1970      Assume o suplente Victor Vieira Vilela.

16v/18    03/10/1970      “... pediu a palavra e foi concedida ao vereador José Gurgel Almeida ... dizendo ainda que

                                       Discordava da opinião de alguns que desejavam que se constasse uma verba de representação ao

                                       Presidente do Legislativo. O vereador José Albano dos Santos convidou o vice-presidente,

                                       vereador Nelson Mendes, para assumir a direção dos trabalhos, vindo ao Plenário para discutir seu

                                       ponto de vista favorável à verba de representação.  Travou-se um debate entre os vereadores José

                                       Albano dos Santos e José Gurgel Almeida, sobre o assunto. Finalmente pediu a palavra o vereador

                                       Antonio Santiago da Silva Filho, dizendo que caso venha a ser o novo presidente do Legislativo,

                                       não irá desembolsar importância para tratar de assuntos de interesse do Município, e que

                                       lamentava ter sido causa do incidente verificado no Plenário.”

19v/26v     ---                    A partir de 24/11/1970 o vereador José Gurgel Almeida passa a faltar às sessões.

24/25       1º/02/1971       presidente – Antonio Santiago da Silva Filho

                                        vice-presidente – José Albano dos Santos

                                        secretário – Nelson Mendes

26v/27v   18/02/1971       Renúncia do vereador José Gurgel Almeida.

28v           13/03/1971      Renúncia do suplente de vereador Pedro Pereira de Faria “ao cargo de vereador para o qual foi

                                        convocado.”

29/31v      27/03/1971      Assume o suplente David Gagliotti e solicita licença.

                                         Licença de um ano ao vereador Synesio Araújo Reis.

32/32v      10/04/1971      Renúncia do suplente “João Basílio do Prado ao cargo de vereador para o qual foi convocado.”

32v/34      24/04/1971      Assume o suplente Geraldo Carneiro Guimarães na vaga, por licença de um ano, do vereador

                                         Synesio Araújo Reis.

37/38v      26/06/1971      Assume o suplente Acasias Soares Mendes “para substituir por 8 meses na licença do vereador

                                        David Gagliotti.”

I  -  RESTAURAÇÃO DO MERCADO

Desde agosto de 2002 uma equipe de estudiosos, sob a orientação da Profª Dilene Zaparoli, vem se aplicando num projeto de restauração do Mercado Municipal, inaugurado há mais de cem anos, precisamente em 17 de setembro de 1896.  Desta vez o objetivo não é o de uma simples reforma, e sim o de restituir ao tradicional próprio municipal seu estilo original, principalmente em seu interior. 

Na primeira mudança realizada no Mercado entre 1981 e 1982, pela 1ª administração do ex-prefeito Benedito Martini, houve a mutilação da parte dos fundos – que dá para o ribeirão Jambeiro –, o que propiciou a abertura de uma alameda ligando a Praça Benedito Ivo à Rua Major Gurgel. 

Algum tempo depois, na administração do ex-prefeito Clodomiro Correia de Toledo, o Mercado passou por uma grande mudança em seu interior, tendo sido construídos os  boxes atualmente ali existentes; antes disso, nessa mesma gestão 1983/1988, parte da ala lateral esquerda do Mercado (com entrada pela Praça Benedicto Ivo) chegou a ser aproveitada para a instalação da “Casa do Artesão”. 

Os arquivos d’”O Jambeirense” estão sendo postos à disposição da equipe de trabalho, tanto documentos históricos como algumas fotos antigas.

A profª Dilene agradece antecipadamente aos que puderem ceder, para serem reproduzidos, outros documentos e fotografias de que eventualmente possa dispor alguma pessoa de nossa comunidade.

                                                                                                    (“O Jambeirense” - edição de 27/04/2003)

II  -  A RESTAURAÇÃO  DO  MERCADO

Exatamente para a data de hoje está previsto o início das obras de restauração do nosso Mercado.  Nesta primeira fase, a própria Prefeitura arcará com as despesas – merecendo aplausos da população a disposição do prefeito José Coelho nesse sentido.

Espera-se que o Governo do Estado, reconhecendo a importância do trabalho, venha logo prestar sua ajuda, proporcionando à Prefeitura os recursos necessários para que se possa levar a bom termo tão importante empreendimento.

Para conscientizar nossa gente quanto à importância da restauração do Mercado, que tem como principal objetivo devolver àquele próprio municipal suas reais finalidades – para as quais, aliás, ele foi criado há mais de 100 anos – aí vão algumas informações :

1.  Origem do projeto – Alunos da arquiteta e professora Dilene Zaparolli (*) assistiram no ano passado a uma reportagem da TV-VANGUARDA com o prefeito José Coelho, a respeito de sua intenção de reformar o Mercado Municipal de Jambeiro.  Os estudantes procuraram em seguida sua professora e pediram-lhe que fizesse contato com o prefeito para tentar seu engajamento no projeto. 

2.   O processo da negociação” – A professora Dilene (que leciona Arquitetura e

Turismo nas Faculdades Integradas Módulo, de Caraguatatuba) ligou para o prefeito, expôs-lhe sua intenção, tendo ele apreciado a idéia. Ela então lhe disse da necessidade de cobrar pelas suas horas-aula, além de uma ajuda de custo para seus alunos, o que, porém, foi descartado.  Após cerca de quatro meses de negociação, na qual teve importante participação o arquiteto da Prefeitura, João Batista Hilário Cioffi, a professora dispôs-se a doar o projeto (**) à Prefeitura, pedindo em troca a vinculação, à obra, dos nomes dela e da Faculdade, além do pagamento das refeições, dela e de seus alunos, quando de suas vindas a Jambeiro.

3.   O que é restauração – Não se trata de uma simples reforma, mas é muito mais sério do que isso.  É preciso levantar o histórico do prédio, estudar o que se vai tirar e o que se vai conservar.  Estudam-se as “doenças” da construção e procura-se a “cura” para cada uma.  Ao mesmo tempo se propõe a conservação de uma área ou de prédios de valor histórico a fim de possibilitar a preservação da memória da cidade.

4.  Proposta para o Mercado Municipal : manutenção das características originais da construção; melhor ocupação do espaço interno (a atual disposição provoca perda de espaço que pode ser mais bem utilizado); melhoria do aspecto visual de seu interior; colocação de unidades bem planejadas e com melhores dimensões.  Fazer do mercado um verdadeiro mercado (o que hoje não é).  Trazer de volta ao Mercado os moradores da cidade, pois muitos deles hoje se sentem inibidos de freqüentá-lo. 

Nosso Mercado, uma vez restaurado, pode transformar-se em atração turística para os que visitam a cidade.  Nossos agricultores poderão ter no Mercado um excelente ponto para a venda de seus produtos, como antigamente se fazia.

5.   Reiteração de pedido – As pessoas que porventura possuam fotos e dados sobre nosso Mercado, coloquem-nos, por favor, à disposição do arquiteto João Batista, para fins de reprodução, com a garantia de que serão restituídos. 

(*) Breve currículo da arquiteta e professora Dilene Zaparolli

I - Formação acadêmica – diplomada pela Universidade de Guarulhos em 1993, é especialista em Patrimônio Histórico – teoria e projeto – pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas-PUC; aluna de Mestrado na Universidade de São Paulo-USP, participa do Programa de Integração entre os países latino-americanos-PROLAM. 

Seu tema de Mestrado : “Estratégias de Intervenções em Centros Históricos”, com análise das cidades de São Paulo e Havana (Cuba).

II - Experiência profissional – Participou dos seguintes projetos de restauro : em São José dos Campos – igreja de São Benedito e da Capela de N. Srª Aparecida; em São Paulo – Centro Cultural Banco do Brasil, edifício nº 1, da Universidade Presbiteriana Mackenzie e edifício Santa Rita; e em Angra dos Reis-RJ – Convento do Carmo.

(**)  A título de curiosidade : para que se possa ter uma idéia do valor do “presente” que o projeto de restauro representa para nossa cidade, basta dizer que um projeto desse tipo vale cerca de uns bons milhares de reais, ali por volta de R$ 40 mil a R$ 50 mil (!).

                                                                                                                             (edição de 26/05/2003)

III  -  PROPOSTAS PARA O MERCADO

Depois de uma pesquisa feita na cidade com cem pessoas, sobre qual seria a melhor destinação do espaço do nosso MERCADO, levando-se em conta a necessidade de preservar esse patrimônio do Município – testemunha que ele é da história local –, a arquiteta e professora Dilene Zaparolli, autora do projeto de sua restauração, faz as seguintes considerações :

Preliminares

Da pesquisa realizada, aferiu-se que é desejo da população que o Mercado volte efetivamente a ser um Mercado, uma vez que :

a cidade é carente no tocante a comércio, fato que obriga a população a procurar outros centros (São José dos Campos, Caçapava e Paraibuna) para poder satisfazer suas necessidades de compra;

o estado do Mercado deixava muitas pessoas inibidas de freqüentá-lo (principalmente as mulheres), devido ao grande número de alcoólatras sempre ali presentes (apesar da proibição de venda de bebidas alcoólicas no local e da existência de Decreto da Prefeitura a respeito de multas aos infratores, nunca se soube de qualquer aplicação de multa no Mercado ...);

a maioria dos entrevistados indicou como sendo as principais carências da cidade a falta de mais opções de comércio e de mais lazer na cidade, tendo também sido citada a falta, na cidade, de mais transportes e de mais postos de saúde.

Necessidades do Mercado

a)        insolação de alguns boxes, cujo uso era prejudicado pela incidência de sol nos balcões, obrigando a instalação de toldos de proteção;

melhor disposição dos boxes para permitir uma circulação mais adequada;

eliminação do desperdício de espaço dentro dos boxes, dada a falta de planejamento na disposição dos equipamentos, balcões e prateleiras;

falta de lugares para mesas;

falta de banheiros adequados;

umidade nas paredes dos boxes e das fachadas, que ficavam prejudicadas com relação a ventilação e insolação pelas paredes que vedam os boxes;

falta de calhas no pátio interno; e, finalmente,

fiação externa (na fachada principal) prejudicando a platibanda, e a existência de árvore na esquina da Praça com a Rua Major Gurgel.

Possíveis futuros usos do Mercado

Analisados os problemas, estuda-se a instalação de 16 boxes no Mercado, respeitados os seguintes usos :

a) 2 mercearias; b) 2 açougues; c) 2 laticínios; d) 2 cafés; e) 2 espaços para lanches e/ou pastelaria; f) 3 espaços para frutas e verduras; g) 2 docerias; e h) 1 sorveteria.

Além desses 16 boxes, ainda se prevê o seguinte espaço para o produtor rural (no pátio descoberto); área para mesas; banheiros masculino e feminino; banheiro para portadores de deficiência; espaço para quadro de energia; e escritório para a administração.

Importante – Está praticamente conseguido, a título de colaboração e a custo bastante reduzido, que a Universidade Federal da Bahia vá proceder a testes de granulometria e de traço para que se fora aferir, o mais perfeitamente possível, o tipo de composição da argamassa original aplicada no Mercado.  Com isso a restauração de nosso importante patrimônio chegará perto da perfeição. 

                                                                                                                              (edição de 27/06/2003)

IV  -  A RESTAURAÇÃO DO MERCADO

JAMBEIRO na TV

No dia 5 deste mês o SP-TV da Globo mostrou uma reportagem sobre a restauração do Mercado, feita no dia 2 pela TV-VANGUARDA

Apareceram na reportagem : a autora do projeto de restauração, arquiteta Dilene – professora das Faculdades Módulo, de Caraguatatuba –falando da pesquisa feita sobre a história do edifício, a partir do resgate de fotos antigas (que, aliás, são do arquivo d’“O Jambeirense”); servidores da Prefeitura em pleno trabalho; o prefeito Coelho dizendo do pedido feito ao Governo do Estado, “mais ou menos (sic) uma verba de 80 mil reais” e achando “que vêm uns 50 mil pra tentar concluir ...”); dois permissionários de boxes no Mercado – o Zebra, esperando “voltar o quanto mais logo possível”, e o Cido Aguiar, referindo-se ao Mercado como um “cartão de visita” da cidade. Por último, depois de comentar que “a população também conta os dias para voltar a freqüentar o Mercado”; o repórter ouviu o nosso Zé Campos, para quem o Mercado “tem que voltar ao que era”.

Mudanças de endereço

Desde o início das obras no Mercado, o Mercadinho São José (do Zebra) passou a funcionar da Praça Almeida Gil, no antigo bar do assinante Pedro Donizetti Coelho, à direita do bangalô (fone [12] 3978.1132), enquanto o Açougue do Landeis (do José Luiz Almeida) transferiu suas instalações para a Rua Major Gurgel, nº 69 – fone (12) 3978.1286.

Reunião na Câmara

Na noite da 4ª feira, 10 – presentes o prefeito Coelho, os vereadores Sérgio Feitosa, Nícia, Zebra e Nenê Coelho, e pessoas da comunidade, inclusive alguns interessados na locação dos futuros boxes –, a arquiteta Dilene Zaparoli fez uma exposição do projeto de restauração do Mercado, salientando alguns aspectos :

1) preservação do Mercado como um marco histórico da cidade;

2) resgate dos elementos que foram alterados em reformas anteriores;

3) aproveitamento dos espaços internos como um todo, com a oferta de soluções tendentes a favorecer boas condições ambientais – de iluminação, conforto térmico e acústico;

4) adaptação do edifício às normas de acessibilidade, mediante a instalação de rampas de acesso e adaptação dos sanitários;

5) permanência da área descoberta como elemento unificador de espaços e para possibilitar a visibilidade integral da construção; e

6) retorno do Mercado à sua condição de local propício aos encontros da comunidade, por meio da união de sua função original de centro de negócios com as atividades de lazer e de cultura.

Que assim seja, são os votos de toda a nossa comunidade !

                                                                                                                                             (edição de 30/07/2003)

V  -  AS OBRAS DO MERCADO

Parece que, infelizmente, não está saindo a contento a “restauração” do nosso Mercado. E porque está saindo diferente do plano proposto (cujo objetivo é devolver ao centenário patrimônio local seu aspecto e suas finalidades), vêm recebendo críticas a qualidade do madeiramento usado na obra e a “volumetria do telhado”, que teria saído em desacordo com o projeto. Consta, ainda, que a “culpada” por tais “desobediências” seria a atual crise financeira da Prefeitura ...

                                                                                     (“COMENTÁRIOS” - edição de 27/10/2003 - pág. 6)

VI  -  QUE DESILUSÃO !

Quem esperava ver o Mercadão logo restaurado e novamente bem servindo nossa comunidade, deve estar decepcionado !

O sofrível trabalho que ali se faz está muito longe do projeto elaborado pela equipe das Faculdades Integradas Módulo, de Caraguatatuba ...

Ainda : não se sabe ao certo quando o Mercado será reaberto ...

Muita gente está comparando a situação daqui com o Mercado de Paraibuna, cuja reforma incluiu madeiramento de 1ª qualidade, bem diferente daqui !

                                                                       (“COMENTÁRIOS” - edição de 19/02/2004 - pág. 6)

VII  -  O JAMBEIRENSE”  -  30/11/2004  - pág. 6

Reaberto o Mercado - Iniciados há 18 meses (exatamente em 26/05/2003), terminaram agora os trabalhos de reforma do Mercado Municipal, que foi reaberto no último dia 16, 3ª feira.

Infelizmente a Prefeitura não conseguiu, do Governo do Estado, os recursos necessários para a restauração completa do próprio municipal, capaz de restituir-lhe o aspecto próximo daquele do tempo de sua inauguração, ocorrida em 17/09/1896.

Em 06/06/2003, o jornal ValeParaibano publicou matéria de Felipe Conrado sob o título “Resgate da História”, em que a arquiteta Dilene Zaparolli dizia que o Mercado não tinha “uso compatível, [estava] com espaços obsoletos e a população [se mostrava] descontente”.

A arquiteta Dilene ficou à frente dos trabalhos de reforma durante alguns meses, deixando de atuar ao notar que o projeto elaborado não poderia ser seguido. Desse modo, a obra limitou-se à troca do madeiramento, à reforma do piso, de 2 sanitários (masc. e fem.) e 1 novo, p/ deficientes, dotado de chuveiro) e à pintura geral interna e externa.    

Algumas disposições do Decreto nº 841, de 22/10/2004 :

preço da ocupação mensal dos boxes – R$ 2,50 p/ m² (mensalmente se fará o rateio proporcional ao nº de metros quadrados de cada Box p/ pagamento das despesas de utilização da área comum do Mercado, de água, energia elétrica, manutenção e administração, para pagamento no mês subseqüente);

fica proibido : venda e depósito, no interior do Mercado, de bebidas alcoólicas de qualquer natureza, de cigarros e de produtos inflamáveis.

PRESIDENTES DA CÂMARA MUNICIPAL DE JAMBEIRO

1ª LEGISLATURA   (1878 / 1882)

1878 (10/08)                      –     Francisco Alves Moreira

1879/1880                          –     Ladislau de Barros Nogueira

1881/1882                          –     Francisco Alves Moreira

2ª LEGISLATURA    (1883 / 1886)

1883                        –      Ladislau de Barros Nogueira

1884/1886               –      Dr. Ernesto Bartholomeu de Barros (Dr. Barros)

3ª LEGISLATURA    (1887 / 1891)

1887/1891               –      Cel. Joaquim Bernardo de Almeida Gil

4ª LEGISLATURA    (1892 / 1896)

1892 (29/09/1892)/

1896 (07/01)            –     Major João do Amaral Gurgel

5ª LEGISLATURA    (1896 / 1899)

1896/1899                –     Major João do Amaral Gurgel

6ª LEGISLATURA    (1899 / 1902)

1899/1902                –     Major João do Amaral Gurgel

7ª LEGISLATURA    (1902 / 1905 )

1902/1905                –     Major João do Amaral Gurgel

8ª LEGISLATURA    (1905 / 1908)

1905/1908                –     Major João do Amaral Gurgel

9ª LEGISLATURA    (1908 / 1911)

1908/1911 (15/01)    –     Cel. João Franco de Camargo

10ª LEGISLATURA   (1911 / 1914)

1911/1914 (15/01)    –     Cel. João Franco de Camargo

11ª LEGISLATURA   (1914 / 1917)

1914/1917 (15/01)    –     Cel. João Franco de Camargo

12ª LEGISLATURA    (1917 / 1920)

1917/1920 (15/01)    –     Cel. João Franco de Camargo

13ª LEGISLATURA     (1920 / 1923)

1920/1923 (15/01)    –     Cel. João Franco de Camargo

14ª LEGISLATURA     (1923 / 1926)

1923/1924 (07/11)    –     Cel. João Franco de Camargo

1924 (07/11)/

1925 (15/01)             –     Farm. João Baptista Marcondes

                                         (vice-presidente no exercício da Presidência)

1925 (15/01)/

1926 (15/01)             –      Major João Bento de Moura  

15ª LEGISLATURA    (1926 / 1928)

1926/1928 (15/01)    –      Cel. Júlio Augusto de Mello

16ª LEGISLATURA    (1928 / 1930)

1928/1930 (24/10)    –      José Pinto da Cunha

1930 (24/10) a 1936 –      CÂMARA EM RECESSO  (1° governo Vargas)

17ª LEGISLATURA

1936 (31/07)/

1937 (10/11)            –      Antônio de Castro Leite

1937 (10/11) a 1947 –     CÂMARA EM RECESSO 

18ª LEGISLATURA     (1948 / 1951)

1948                         –      Pedro Maldos Rocha

1949/1951                –      Jorge Pereira

19ª LEGISLATURA     (1952 / 1955)

1952/1954                –      Antônio de Castro Leite

1955                         –      Waldemar Alencar

20ª LEGISLATURA     (1956 / 1959)      

1956/1958                –      Prof. Eduardo Vieira de Almeida (Edu)

1959                         –      Djalma Washington Rodrigues Nunes

21ª LEGISLATURA      (1960 / 1963)

1960/1963                –      Dr. João Leite Vilhena

22ª LEGISLATURA      (1964 / 1969)

1964/1968 (10/10)    –      Jorge Pereira

1968 (10/10)/

1969 (31/01)             –      Geraldo Sales da Costa (Geraldo Germano)

23ª LEGISLATURA      (1969 / 1973)

1969 (1º/02)/

1969 (13/12)             –       Antônio Santiago da Silva Filho

1969 (13/12)/

1971 (31/01)             –       José Albano dos Santos

1971 (1º/02)/

1973 (31/01)             –       Antônio Santiago da Silva Filho

24ª LEGISLATURA      (1973 / 1977)

1973 (1º/02)/

1975 (13/02)             –       Nelson Mendes

1975 (13/02)/

1977 (31/01)             –       Geraldo Boaventura do Nascimento

25ª LEGISLATURA      (1977 / 1983)

1977 (1º 02)/

1979 (31/01)             –        Prof. Benedicto Ernesto Alves de Moraes

1979 (1º/02)/

1981 (1º/02)              –        Victor Vieira Vilela

1981 (02/02)/

1983 (31/01)              –        Prof. Benedicto Ernesto Alves de Moraes

26ª LEGISLATURA       (1983 / 1988)

1983 (1º/02)/1984     –         Antônio Santiago da Silva Filho

1985/1986                 –        Victor Vieira Vilela

1987/1988                 –        Dr. Luiz Eduardo Cunha Almeida

27ª LEGISLATURA       (1989 / 1992)

1989 (até 09/08)         –       Prof. Geraldo Rodrigues de Mira

1989 (11/ago)/

1991 (31/01)               –       Antônio Santiago da Silva Filho

1991 (1º/02)/1992      –        Jorge de Paula Ribeiro (Paulinho Coelho)

28ª LEGISLATURA       (1993 / 1996)

1993/1994                  –        Joaquim Carlos Alves Pereira

1995 (08/02)/1996      –        Ademar Mendes Ribeiro

29ª LEGISLATURA       (1997 / 2000)

1997/1998                   –        José de Assis Machado (Zebra)

1999/2000                   –        Avelino Pedroso dos Santos

30ª LEGISLATURA       (2001 / 2004)

2001/2002  (até 15/01/2002)               –  José Dorgival da Silva (Torneirinho)

2002/2003  (de 16/01/2002 a 15/01/2003)   –  Sebastião Vitorino Coelho Neto (Nenê Coelho)

2003/2004  (de 16/01/2003 a 31/12/2004)  – Prof. Sérgio Alves Feitosa

31ª LEGISLATURA      (2005 / 2008

2005/2006                                 –        Antonio Carlos Mendes da Silva

2007/                           –        Geraldo Rodrigues de Mira

POPULAÇÃO / ELEITORADO

1900           –   população  :   5.544   (1)       eleitorado

1909           –   população  :                         eleitorado :     281  (2)

1921           –   população   8.000   (3)       eleitorado

1940           –   população   :   4.433    (4)     eleitorado :         0  (ditadura de Getúlio Vargas)

                        urbana      :     638

                                rural         :  3.795

1942            –  população

                        estimada     :  4.988            eleitorado :         (ditadura de Getúlio Vargas)

1945             –  população

                        estimada     :  4.033  (5)       eleitorado :

1947           –   população   :                        eleitorado :

1951           –   população                         eleitorado :      760

                                                                                       presente  :      543  (71,45%)

1955           –    população   :                        eleitorado :

03/10/1959 –  população   :                        eleitorado :

1960            –   população   :  3.207  (6)

                         urbana       :      736

                         rural          :   2.471

06/10/1963 –  população  :

15/11/1966 –  população  :                         eleitorado :      824

15/11/1968 –  população  :                         eleitorado :      846  (+  2,67 %)

                                                                                        presente :       682  (80,61 %)

15/11/1.970 –  população  :   2.860              eleitorado :     827

                                  eleit./pop. :    28,92%          presente :      701  (84,76 %)

15/11/1972 –  população  :                         eleitorado :      828

                                                                                        presente :       723  (87,32 %)

15/11/1974 –  população                        eleitorado :      844  (+   1,93 %)

                                                                                        presente :       755  (89,45 %)

15/11/1976 –  população  :                          eleitorado :   1.023  (+ 21,21 %) 

          presente :       919   (89,83 %)

1980           –    população  :    2.874   (7)       eleitorado :   

                         urbana       :    1.014              inscrito    :

                        rural          :    1.860              presente   :

15/11/1982 –  população    2.874             eleitorado :    1.627  (+ 59,04%)

                         eleit./pop. :   56,61%           presente   :     1.491  (91,64 %)

31/12/1984 –  população :                           eleitorado  :    1.615  (–  0,99%)  (8)

15/06/1986 –  população :                           eleitorado  :    1.943  (+ 20,30%)

                                                                                         presente   :     1.880  (96,76 %)

15/06/1988 –  população                           eleitorado :    1.969  (+ 1,58%)

                                                                                          presente    :   1.865  (94,72 %)

15/11/1988 –  população :                            eleitorado :    2.701  (+ 37,17 %)                                                                                                                                     –    396   (9)

                                                                                                                         2.305            

                                                                                            presente   :    2.201   (95,49  %)

15/11/1989 –  população :                            eleitorado :     2.493   (+   8,16 %)

            presente   :

15/11/1990 –  população :   3.340  (10)          eleitorado :     2.476   (–   0,07 %)

                         eleit./pop.     74,13%             presente  :

1991           –  população :   3.285 (11)

                         urbana      :   1.369

                         rural         :   1.916

15/11/1992 –  população :   3.285               eleitorado :     2.640  (+   6,62 %)

                         eleit./pop.     80,36%            presente    

1993           –   população

                        estimada :     3.340  (12)          eleitorado  :

03/10/1996 –   população  3.461 (13)         eleitorado :     2.907   (+  10,11%)

                          eleit./pop. :    83,99%            presente :

04/10/1998 –  população  3.506 (14)          eleitorado :     2.894   (–   0,44 %)

    eleitorado / população = 82,54%               presente :

1º/10/2000 –  população :   3.528  (15)          eleitorado :    3.428   (+ 18,45 %)

    eleitorado / população = 97,16%               presente   :

dez/2000   –  população :    3.992  (16)            eleitorado :     3.428  (+

    eleitorado / população = 85,85%         

06/10/2002 – população :    3.992  (17)          eleitorado :     3.573   (+ 4,23%)

    eleitorado / população = 89,50 %

17/12/2003 – população :    3.992                         eleitorado :    2.480    (-  44,07%) (18)

   eleitorado / população = 62,12 %

agosto/2004 –  população :    4.355         eleitorado :    3.094                       (19)

   eleitorado / população = 71,04 %

30/06/2006  –  população :    4.435             eleitorado :    3.357

   eleitorado / população = 75,69 %  

NOTAS :

  “Almanach de Parahybuna” – 1909

  Idem, idem

  “Almanach do Estado de São Paulo” – 1921

  Censo oficial de 1940 - “Sinopse estatística do Município de Jambeiro” – 1948 – IBGE

  “Anuário Estatístico do Estado de São Paulo” – 1946

  Censo (Departamento de Estatística do Estado de São Paulo-Comissão Central de Estatística-

          “Localidades Paulistas” – 1966)

  Censo oficial -  “Censo Demográfico de 1980” – 1980 – IBGE – pág. 5

  TRE (“O Jambeirense” – 25/04/1985)

  396 inscrições canceladas p/ decisão da Justiça Eleitoral

  Estimativa - Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE

  Censo de 1991

  Estimativa do IBGE

  Estimativa do IBGE

  Estimativa do IBGE

  Estimativa do IBGE

  Censo 2000

  Censo 2000

  Revisão do eleitorado realizada por determinação do Tribunal Superior Eleitoral-

TSE, entre 18 e 23 de novembro/2003 no Cartório Eleitoral de Caçapava e, a partir do dia 24/novembro, em Jambeiro, no prédio da Casa da Agricultura (Alameda Dr. Barros).

Estimativa da população divulgada em agosto / 2004

Estimativa da população em 31/07/2005

CONHEÇA NOSSA TERRA

I   –  ASPECTOS FÍSICOS

1. Localização – O município de JAMBEIRO, no Estado de São Paulo, jurisdicionado à Comarca de Caçapava, está localizado na microrregião do Alto Paraíba, num dos contrafortes da Serra do Mar.

2.  Área - É de 183,758 km²  (Resolução nº 05, de 10/10/2002, do I.B.G.E. – s/ tabelas das áreas territoriais dos Estados e Municípios).

3. Limites – JAMBEIRO limita-se com os municípios de São José dos Campos, Caçapava, Redenção da Serra, Paraibuna, Santa Branca e Jacareí.

4.   Posição da sede do Município : Latitude S 23º 15’15” – Longitude W.Gr. 45º 41’25”.

5. Distâncias – Está a 22 km de Caçapava pela Rodovia João do Amaral Gurgel (denominação do 1º trecho da SP-103); a 18 km de Paraibuna, sendo 8 km pela Rodovia “Prof. Júlio de Paula Moraes” (nome do 2º trecho da SP-103) e mais 10 km pela Rodovia dos Tamoios (SP-99); a 32 km de São José dos Campos, sendo 8 km pela Rodovia “Prof. Júlio de Paula Moraes” e 24 km pela SP-99 (Rodovia dos Tamoios); em linha reta, dista 103 km de São Paulo – rumo à Capital do Estado, à qual se liga pelas Rodovias “Prof. Júlio de Paula Moraes” / “Tamoios” / sistema “Carvalho Pinto” - “Ayrton Senna”; ou pelas Rodovias “João do Amaral Gurgel” / “Presidente Dutra”.

6.  Hidrografia – Parte do Município é banhada pela represa de Santa Branca, formada pelas águas dos rios Paraibuna e Paraitinga. A sede do Município é cortada pelo rio Capivari (afluente do rio Paraíba) que nasce no perímetro urbano, formado pela junção dos ribeirões Jambeiro e dos Francos, que passam pela cidade.

O rio Capivari, ainda no perímetro urbano, forma a conhecida Cascata, distante apenas 1 km do centro da cidade, em área de propriedade da Municipalidade.

O município também é banhado pelo rio Piraí (afluente do rio Capivari), pelo riacho da Serra (afluente do ribeirão Jambeiro) e pelos ribeirões Tapanhão e Taperão.

Topografia – é bem acidentada a topografia do município.

Altitude máxima, na Serra do Jambeiro, é de 920 m, e na cidade é de cerca de 780 m.

Clima - bastante ameno, com a temperatura média de 20º.

10. População – o número de habitantes, no município, chegou a 10.000 na década de 20, tendo decrescido para menos de 3.000 nos anos 50.  No censo de 1991, a população do município era de 3.285 habitantes; e de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, em 1996 a população estimada do Município era de 3.461 habitantes; em julho/1998 era de 3.506 (estimativa); e de acordo com o Censo/2000, a população era de 3.992

Em 2004 a população estimada pelo IBGE chega a 4.355 habitantes.

11.  Eleitorado – em 2002 estavam inscritos 3.573 eleitores (89,5 % da população de 3.992 habitantes).

II  –  HISTÓRIA

O nome “JAMBEIRO”

“Algumas vezes se ouve dizer que JAMBEIRO assim se chama pelo fato de aqui existirem muitos jambeiros (o que não corresponde à realidade), ou por causa da predileção de nossos moradores pela fruta dessa árvore ... (quando, na verdade, há muito jambeirense que nem conhece jambo ...).

De nossa parte, achamos que a origem do nome de JAMBEIRO se deve a outra circunstância.  Vamos aos documentos :

quando o antigo bairro do Capivary, do município de Caçapava, foi elevado à categoria de Freguesia (= Paróquia) pela Lei Provincial nº 52, de 10 de abril de 1872, assim foram definidas suas divisas :

“... pelo lado de Parahybuna, pelo morro da Samambaia, antiga divisa de Caçapava, e pelo lado desta Villa, pelos altos do morro do Jambeiro, ficando pertencendo a nova Freguezia todas as vertentes do Capivary”. 

Dessa forma, antes que Jambeiro fosse Jambeiro, o morro (entenda-se “serra”), na divisa com Caçapava, já era denominado oficialmente “morro do Jambeiro”.

Qual a razão dessa denominação ? Muito provavelmente, porque ali nesse morro teria havido (ou ainda existia, na época) um jambeiro, a cuja sombra os viandantes e tropeiros daqueles tempos descansavam da caminhada, tendo (quem sabe ?) chegado a servir de ponto de referência  (mais ou menos assim: “... a gente se encontra lá no morro, perto do jambeiro ...”).

Quatro anos depois, em 30 de março de 1876, pela Lei Provincial nº 56, “A Freguezia de Capivary, municipio de Caçapava, fica elevada à categoria de Villa”, o que significou sua emancipação político-administrativa, tendo, porém, sido conservada a mesma denominação de Capivary.

Mais um ano se escoa e a 8 de maio de 1877, pela Lei Provincial nº 36, “A Villa de Nossa Senhora de Capivary de Caçapava passa a denominar-se Villa do Jambeiro”.

Dessa maneira, parece mais razoável que o nome de nosso município esteja ligado, não à existência de muitos jambeiros na região (hipótese à qual não corresponde a realidade), mas àquele jambeiro que, antes, teria dado nome a uma serra ...”

                                         (jornal “O JAMBEIRENSE” – edição 1395/136 – de 30/03/1992)    

                                                                                                                                                            N. da R. – Ainda a propósito do nome de nossa terra, remetemos os leitores à “Crônica da Cidade” intitulada “O NOME DE JAMBEIRO”, de autoria do saudoso conterrâneo, prof. Paulino Bernardes de Almeida Gil, publicada em nossa edição de nºs 1429/170, de 30/12/1994.

2.  Povoamento do bairro do Capivary

* Segundo consta, o primeiro morador dos sertões do bairro do Capivary, pertencente a Taubaté, foi o tenente José Vieira da Silva, daquela cidade – filho de Francisco Vieira da Silva e de Anna Maria de Siqueira –, que em 20/06/1789 se havia consorciado na matriz de Taubaté com Bernardina Edibia de Andrade, filha do sargento-mor Cypriano Gomes Veiga e de Maria Magdalena Vieira.

Uma das filhas do casal, Anna Gomes de Almeida – também de Taubaté, batizada em 03/09/1802 e que se casara em 03/01/1825 com Luiz Jacinto Gil, “natural da Sé de Sam Paulo” (filho de Manoel Francisco Gil e de Anna Maria Xavier) – herdou parte das terras paternas, onde mais tarde foi construída a sede da fazenda (*).

(*)  Foi nesse casarão que funcionaram, entre 1916 e 1931, as antigas Escolas Reunidas de Jambeiro e, de 1932 a 1937, o Grupo Escolar de Jambeiro.

Muitos antigos jambeirenses ainda lamentam que o belo casarão tivesse sido demolido em 1.938 para dar lugar ao prédio inaugurado em 27/07/1940, no qual hoje funciona a EE “Cel. Joaquim Franco de Almeida”.

* Luiz Jacinto Gil e Anna Gomes de Almeida tiveram, entre outros, os filhos Joaquim (1830), Luiz (1837), Bernardina, Maria José (1842), Rafaela (1844) Maria Caetana (1845) e Anna Felizarda.

* Benedicto Alípio de Barros, historiador caçapavense, afirma que por volta de 1859, no âmbito da freguesia de Caçapava – cuja sede já havia sido transferida de Caçapava Velha para a atual cidade – “já existiam vários pequenos povoados, entre os quais o da séde da freguezia, o de Caçapava Velho e o de Capivari

                                       (“Caçapava - Apontamentos históricos e genealógicos” - pág. 58)

* Por sua vez, n’“O Jambeirense” de 03/02/1918, assim escreveu o Pe. Celestino Gomes de Oliveira Figueiredo (Cgof), Vigário da Paróquia de Nossa Senhora das Dores :

“Era no anno de 1793 : o quasi ignorado bairro do Capivary ou Caçapavinha, também assim conhecido, repousava despreoccupado no sopé de várias montanhas que ora o estreitam protectoramente, para o defender da furia indomavel dos fortes e tempestuosos ventos, ora se distanciam em sinuosidades caprichosas e pitorescas, para lhe sanear o ambiente, para lhe rasgar e adornar os horisontes, para lhe avolumar as aguas que, em tortuosos regatos, mansamente volteiam a seus pés. As suas casas, tão modestas na forma quão reduzidas em numero, espalham-se dispersas pela antiga estrada de Caraguatatuba, pelo tradicional caminho da “Ilha”, como o povo chrismava esta via de communicação com o litoral.  Os annos passam ... e o tempo, fazendo sua rota, vai decorrendo, e o “Capivary”, pequeno ainda, humilde como sempre, quedava-se na sua pequenez, continuava na sua humildade de serrano, sem sonhar com grandezas que desconhecia, sem phantasiar magnificiencias que ignorava. 

Em 1869, porem, um capivarense illustre  (*), o benemerito e jamais olvidado Capitão Jesuino Antonio Baptista, querendo engrandecer a sua terra, lança os alicerces de uma Capella, destinada ao culto catholico, e com tenacidade prossegue a obra que deveria ser o marco miliario a attestar os primeiros passos do futuro municipio, comarca e parochia de Jambeiro”    (grifamos).

(*)  na realidade, o Cap. Jesuíno Antonio Baptista era natural de São Luiz do Paraitinga, e não do bairro do Capivary (ou da “comarca de Santa Branca”, como equivocadamente constou no “O JAMBEIRENSE” de 30/01/1910).

(*) Em 12/06/1868, o Capitão Jesuíno Antonio Baptista – nascido em 1820 em São Luiz do Paraitinga, filho de Antonio Joaquim Marianno e Maria das Dores – e sua primeira mulher, Maria Bento Rangel, fizeram a doação de um terreno a “Nossa Senhora das Dores, para patrimonio de sua Capella”, que, tão logo teve concluída sua construção, recebeu em 17/09/1871 a bênção do Vigário de Caçapava, Pe. Francisco Marcondes do Amaral Rodovalho, que na mesma oportunidade benzeu a Imagem da Excelsa Padroeira, Nossa Senhora das Dores.

Na ocasião, pregou ao Evangelho da solene Santa Missa, o Vigário de Guaratinguetá, Pe. Miguel Martins da Silva (que, quase 17 anos depois, também viria a ser o pregador nas festas de inauguração da chamada Basílica Velha de Aparecida).

Bem provavelmente a dedicação da Capela do Capivary a Nossa Senhora das Dores pode ser atribuída ao fato de ter-se chamado “Maria das Dores” a mãe do Cap. Jesuíno Antonio Baptista. Uma vez aceita essa hipótese, pergunta-se : não seria essa a origem da arraigada devoção do povo jambeirense à Virgem Maria, Mãe de Deus, sob o título de Nossa Senhora das Dores ?  Assim sendo, a própria devoção de nosso povo à Virgem Mãe das Dores, devoção essa já mais que centenária, nós deveremos creditá-la – usando expressão do extraordinário Pe. Celestino Figueiredo – ao “jamais olvidado Capitão Jesuino Antonio Baptista”.

A Capela construída pelo Cap. Jesuíno foi inteiramente remodelada pelo Pe. Celestino Gomes de Oliveira Figueiredo (Vigário da Paróquia - 1916/1921) num grande trabalho que durou de maio de 1919 a novembro de 1920 e incluiu, além da ampliação do templo, a atual fachada e as torres.

 3.  Criação da Freguesia

Em 10/04/1872, pela Lei Provincial nº 52, “O bairro do Capivary, Municipio de Caçapava” foi “elevado á categoria de Freguezia, com a mesma denominação”.

Em 23/11/1872 foi nomeado o 1º vigário da Freguesia, o Pe. João Pereira Ramos, “do reino de Portugal”, que tomou posse no dia 1º/12/1872.

Progredindo a povoação – segundo registra “O Jambeirense” na edição de 30/04/1905 – o Cel. Luiz Bernardo de Almeida Gil – filho de Luiz Jacinto Gil e Anna Gomes de Almeida – “permittio que se edificassem casas nos terrenos seus e limitrophes dos doados pelo fundador da povoação, sendo acompanhado nessa permissão pelos que lhe eram ligados pelos laços do parentesco”.

Luiz Bernardo – continua “O Jambeirense” – “depois da elevação da freguezia à categoria de villa, foi um dos membros de sua primeira camara municipal”        

                                               (v. abaixo, sob o nº 6 – “Instalação da Câmara Municipal”).

4.  Fundação do Município

Em 30/03/1876, pela Lei Provincial nº 56, “A Freguezia de Capivary, Municipio de Caçapava” foi “elevada à categoria de Villa”, conquistando, assim, sua autonomia político-administrativa.

5.  Alteração do nome

Em 08/05/1877, pela Lei Provincial nº 36, “A Villa de Nossa Senhora de Capivary de Caçapava”  passou “a denominar-se Villa do Jambeiro”.   

6.  Instalação da Câmara Municipal

Em 10/08/1878 com grande regosijo de seus habitantes e perante numeroso concurso de pessoas gradas” foram empossados os primeiros Vereadores do novo Município : Francisco Alves Moreira – presidente; Ladislao de Barros Nogueira, Vasco Pinto Rebello Pestana, Capitão Jesuíno Antonio Baptista, Luiz Bernardo de Almeida Gil, José Francisco de Moura e Joaquim Silvério dos Santos.

7.  Elevação a Comarca

Pelo Decreto nº 108, de 23/09/1892, Jambeiro foi elevado à categoria de Comarca, que foi instalada em 15/10/1892 “pelo cidadão Antonio Nogueira dos Santos, que interinamente exerceu o cargo de Juiz de direito”

A Comarca de Jambeiro foi extinta em 1935, ficando o Município jurisdicionado à Comarca de Caçapava ; pelo Decreto nº 6.448, de 02 (ou 21 ?)/05/1934, o Distrito de Paz de Redenção foi incorporado ao Município de Jambeiro, mas Redenção logo reconquistou sua autonomia político-administrativa, pelo Decreto nº 7.353, de 05/07/1935 (a mudança da denominação de Redenção para Redenção da Serra foi determinada pelo Decreto-lei Estadual nº 14.334, de 30/11/1944).

8.  Elevação à categoria de Cidade

Pela Lei Municipal nº 7, de 15/07/1898, promulgada pelo presidente da Câmara Municipal, Major João do Amaral Gurgel, e publicada no “Diário Oficial” do Estado nº 24.244, de 27/07/1898, “Fica elevada à categoria de cidade esta Villa de Jambeiro, com a mesma denominação”.

9.  Principais acontecimentos entre 1876 / 1898

Na última década do século XIX a cidade sofreu sua principal transformação : foram alterados os cursos dos Ribeirões Jambeiro e dos Francos para a formação da Praça Almeida Gil; desse modo, esses ribeirões, formadores do Rio Capivari – e que se uniam mais ou menos próximo do atual coreto –, passaram a ter seu ponto de junção ali quase nos fundos da atual Lanchonete Acalanto.

* Elevação a Comarca pelo Decreto nº 108, de 23/09/1892 (instalação em 15/10/1892 pelo Juiz de Paz Antonio Nogueira dos Santos (que exerceu interinamente as funções de Juiz de Direito).

*  Em 16/07/1894 foi instalada a Agência da Coletoria (1º agente – José Antonio de Oliveira).

*  Em 17/09/1896 foi inaugurado o Mercado Municipal.

* Elevação à categoria de Cidade pela Lei nº 7, de 15/07/1898, promulgada pelo presidente da Câmara, Major João do Amaral Gurgel.

10.  Governo do Município   

Criado o Município em 30/03/1876, só em 10/08/1878 tomaram posse os primeiros Vereadores, como se viu acima (nº 6) : Francisco Alves Moreira, Ladislao de Barros Nogueira, Vasco Pinto Rebello Pestana, Cap. Jesuíno Antonio Baptista, Luiz Bernardo de Almeida Gil, José Francisco de Moura e Joaquim Silvério dos Santos.

Nas atribuições deliberativas e administrativas, entre 1878 e 1908 o Governo Municipal foi exercido pela Câmara Municipal, sendo seu Presidente o agente executivo da Administração.

Foram Presidentes da Câmara entre 1878 e 1908 :

1878/1882 – Francisco Alves Moreira e Ladislao de Barros Nogueira;

1883/1886 – Ladislau de Barros Nogueira e Dr. Ernesto Bartholomeu de Barros (Dr. Barros);

1887/1891 – Joaquim Bernardo de Almeida Gil;

1892/1896 – Major João do Amaral Gurgel;

1896/1899 – Pe. José d’Andrade Costa Colherinhas e Major João do Amaral Gurgel;

1899/1908 – Major João do Amaral Gurgel.

11.  Prefeitos de Jambeiro a partir de 1908 :

A figura do Prefeito como administrador municipal surgiu a partir de 1908.

O Prefeito também fazia parte da Câmara Municipal e os vereadores escolhiam anualmente um de seus Pares para exercer a função de Prefeito, tendo tal situação perdurado até 1930.

A escolha do Prefeito em eleição direta pelo voto popular só aconteceu após a queda do regime ditatorial de Getúlio Dornelles Vargas, em 1947, para o quadriênio 1948/1951.

O 1º Prefeito de Jambeiro eleito pelo voto popular foi Antonio de Castro Leite.

1º - 30/01/1908 a 09/10/1916  –  Major João do Amaral Gurgel  (natural de Caçapava-SP)  (1) ;

2º -  15/01/1917 a 16/01/1918  –  Major Pedro de Paula Lopes (de Paraibuna-SP) ;

3º -  17/01/1918 a 15/01/1919  –  José Rodolpho Rebello (jambeirense) ;

4º - 16/01/1919 a 15/03/1919 –  João Batalha (de Orsomarzo - província de Cosenza - Calábria - Itália) ;

5º - 15/01/1920 a 14/10/1921  –  Francisco de Paula Lopes (Chico Lopes) (de São Paulo) ;

6º -  15/10/1921 a 29/10/1930  –  Major João do Amaral Gurgel ;

7º - 29/10/1930 a maio/1933  –  João Bellotti dos Santos (Joãozinho Bellotti) (de Paraibuna-SP) ;

8º -  maio a setembro/1933     –  João Geraldo Batista da Silva (?) ;

9º -  1934 a 21/06/1939            –  Benedicto Ivo (jambeirense)  (2) ;

10º - 03/07/1939 a 27/09/1942 –  Octavio Enéas de Almeida (de Caçapava) ;

11º - 28/09/1942 a 22/11/1945 –  Antonio de Castro Leite (de São José dos Campos-SP)  (3) ;

12º - 23/11 a 09/12/1945          –  Avelino Gagliotti (de Caçapava)  (4) ;

13º - 09/12/1945 a 12/03/1947 –  Antonio de Castro Leite ;

14º - 20/04 a 26/11/1947          –  Waldomiro Passos (Vavá) (de Caraguatatuba-SP) ;

15º - 1º/01/1948 a 31/12/1951  –  Antonio de Castro Leite ;

16º - 1º/01/1952 a 31/12/1955  –  Prof. Eduardo Vieira de Almeida (“Edu”) (de Caçapava)  (5) ;

17º - 1º/01/1956 a 31/12/1959  –  Antonio de Castro Leite ;

18º - 1º/01/1960 a 31/12/1963  –  Jorge Pereira (de Machado-MG)  (6) ;

19º - 1º/01/1964 a 31/01/1969  –  Antonio de Castro Leite ;

20º - 1º/02/1969 a 31/01/1973  –  José Teixeira Duarte (de Campinas-SP)  (7) ;

21º - 1º/02/1973 a 31/01/1977  –  Antonio Santiago da Silva Filho (de Pouso Alto-MG) ;

22º - 1º/02/1977 a 31/01/1983  –  Prof. Benedito Martine (“Didi”) (de Caçapava) ;

23º - 1º/02/1983 a 31/12/1988  –  Bel. Clodomiro Correia de Toledo (de Tietê-SP) ;

24º - 1º/01/1989 a 31/12/1992  –  Prof. Benedito Martine (“Didi”) ;

25º - 1º/01/1993 a 31/12/1996  –  Waldemar Alves dos Santos (Valdinho) (de Lagoinha-SP) ;

26º - 1º/01/1997 a 31/12/2000  –  Eng. José Geraldo Vasconcelos Coelho (de São Gonçalo do Sapucaí-MG).

27º -  1º/01/2001 a 31/12/2004     –  Eng. José Geraldo Vasconcelos Coelho (reeleito)

28º - 1º/01/2005 a                         –  Eng. Carlos Alberto de Souza  (“Casquinha”)

                                                          (de Itajaí-SC)

NOTAS :

(1)       O nome do Major Gurgel foi atribuído (quando ele ainda era vivo) a uma das ruas da cidade (a atual Rua Cel. João Franco de Camargo); hoje é também a denominação da principal (para muitos) via pública de Jambeiro, da entrada da cidade - para quem chega de Caçapava - até a praça Almeida Gil ; seu nome também foi dado ao Plenário da Câmara Municipal ; finalmente, a Rodovia SP-103 (trecho Caçapava/Jambeiro) recebeu a denominação de “João do Amaral Gurgel” pela Lei estadual nº 2.624, de 18/12/1980.

(2)      O nome de Benedicto Ivo foi dado ao conhecido “Largo do Obelisco” (ex-Praça da Bandeira) pela Lei nº 315, de 31/05/1969, promulgada pelo prefeito José Teixeira Duarte.

(3)       Antonio de Castro Leite foi contemplado com o título de Cidadão Jambeirense pela Lei nº 16, de 25/09/1952, promulgada pelo prefeito Eduardo Vieira de Almeida ; e pela Lei nº 828, promulgada pelo prefeito Benedito Martine, seu nome foi dado à via pública onde se localizam a Casa de Saúde Nossa Senhora Rosa Mística e a igreja de São Benedito.

(4)       Avelino Gagliotti foi distinguido com o título de “Cidadão Benemérito Jambeirense” pela Lei nº 297, de 30/08/1968, promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite ; pela Lei nº 1.039, de 12/03/1999, promulgada pelo prefeito José Geraldo Vasconcelos Coelho, seu nome foi atribuído à via pública que, partindo do final da Rua Antonio de Castro Leite, leva ao futuro “Jardim Nossa Senhora das Dores”.

(5)      O Estádio Municipal recebeu a denominação de “Prof. Eduardo Vieira de Almeida” pela Lei nº 826, de 11/04/1991, promulgada pelo prefeito Benedito Martine.

(6)      Jorge Pereira foi distinguido com o título de Cidadão Benemérito Jambeirense pela Lei nº 297, 30/08/1968, promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite; a denominação de “Rua Prefeito Jorge Pereira” foi atribuída à via pública que, partindo do final da rua Cel. João Franco de Camargo, termina na ponte sobre o ribeirão dos Francos e dá acesso ao Estádio Municipal “Prof. Eduardo Vieira de Almeida”.

(7)       O nome de José Teixeira Duarte foi dado à extensão da Rua Cel. João Franco de Camargo.

FOTO – 1ª foto do Mercado Municipal, inaugurado em 17/09/1896 (mais dados – cfr. ”ACONTECEU EM SETEMBRO ...” – edição de 27/09/1996)

III –  ECONOMIA

1. Café  –  até a década de 30, a economia do município esteve ligada à cultura do café, que era, aliás, a principal fonte de renda do Vale do Paraíba. A população de Jambeiro chegou a atingir, naquele tempo, cerca de 10.000 habitantes.

2. Pecuária leiteira  –  com a queda do preço do café no final dos anos 20 do século XX, houve o êxodo de muitas famílias jambeirenses para outras regiões do Estado (fenômeno também ocorrido em todas as pequenas cidades do Vale), passando a economia a basear-se na pecuária leiteira, que emprega reduzida mão-de-obra. Em conseqüência, a população do município chegou a cair, na década de 60, para menos de 3.000 habitantes.

3. Eucalipto  – no final dos anos 70 do século passado foi a vez da “invasão dos eucaliptos” : indústrias de papel (Papel Simão, depois, Votorantim) arrendaram grande parte das fazendas do município e, empregando mão-de-obra barata – aliciada principalmente em regiões distantes – iniciaram a plantação com o posterior corte de eucalipto, fato que se estendeu por muitos outros municípios valeparaibanos.

4. Pedreiras  –  outra fonte de receita do município proveio da exploração de pedreiras  (Pedreira Santo Antonio e Serveng).

5. Indústrias – Em 1998 teve início a era industrial do Município, com a criação do Distrito Industrial e Comercial de Jambeiro no bairro do Capivari. A primeira indústria a iniciar a construção com a vinda das indústrias Delphi (fabricante de autopeças, já operando), foi a Brin-Plas (fábrica de instrumentos musicais, já em funcionamento), Artcos (fabricação de vasilhames de alumínio para produtos especiais), Forming Tubing do Brasil Ltda. (fabricante de componentes para refigeração e climatização) e Tuplás Ind. e Com. Ltda. (fabricante de mangueiras, tubos e subdutos plásticos). As duas últimas deverão iniciar logo a construção das fábricas). Desse modo Jambeiro toma, neste final de século, novo e animador impulso : em 1998, na fase de construção das fábricas, houve o aproveitamento da mão-de-obra local, recebendo o comércio local grande incremento.

6. Comércio  –  a atividade comercial, bastante intensa na época do café, ficou muito abalada na década de 30 do século XX em virtude da mudança de grande número de famílias para as cidades industrializadas da região e da Grande São Paulo. 

Agora, em decorrência da criação do Distrito Industrial e Comercial de Jambeiro no bairro do Capivari e a instalação de indústrias no município, espera-se que aconteça o incremento do comércio local.

Estabelecimentos comerciais existentes  : minimercados (2), mercearia, posto de combustível c/ borracharia, padaria, drogaria, restaurantes (2, sendo 1 c/ lanchonete), lanchonetes (2), pizzarias (2, sendo uma com restaurante), sorveteria, bares (5), lojas (2), açougues (3), quitandas (2), videolocadora, casas de materiais de construção (2), casas de produtos agropecuários (2), oficinas de consertos de eletrodomésticos (2), oficina mecânica, chaveiro, marcenaria, serralheria, madeireira, salões de cabeleireiro (3), bicicletaria, estúdio fotográfico, tapeçaria, serviço de jardinagem, indústria de perfis de alumínio p/ carro, miniindústria de confecções, linhas de ônibus (3) (p/ São José dos Campos, p/ Caçapava e dentro do município) e táxis (9). O funcionamento da “feirinha do produtor” vem dando boa movimentação nas manhãs de domingo.

Observe-se ainda que muitas moradoras locais se dedicam ao artesanato, sendo bastante apreciados os produtos por elas confeccionados – bordados, colchas, redes, doces caseiros etc. – que são expostos para venda na “Casa do Artesão”, na Praça Almeida Gil, nº 111. O Mercado Municipal há mais de um ano está fechado para reforma (no início se falou numa restauração completa para torná-lo como quando foi construído, mas esse projeto infelizmente não está sendo levado adiante).

Foto – “Parte antiga de Jambeiro – a villa – Capitão Jesuino, sita em terrenos do patrimonio de N. S. das Dores” (no verso da foto : “Vista da parte velha de Jambeiro tirada em Dezembro de 1.905. Nesta vista, diz o photographo que aproveitou o Cruzeiro, deixaram de sahir a casa Cel. Baptª (*) e parte da Rua Major Gurgel, isto é, da casa do Caxias até a casa do Victuriano”

(*) a “casa Cel. Baptª” (Cel. Batista) é a nossa conhecida “Casa Grande”, hoje pertencente à Família do saudoso ex-prefeito, prof. Eduardo Vieira de Almeida - “Edu”.

IV –  EDUCAÇÃO

Funcionam no Município :

a Escola Estadual de 2º Grau - EE “Cel. Joaquim Franco de Almeida” (2º termo), com curso supletivo (do Estado),

a Escola Municipal de Ensino Fundamental - EMEF “Dr. João Leite Vilhena” (ex-Escola Estadual de 1º Grau [Rural] – EEPG[R]), no bairro do Capivari;

a Escola Municipal de Ensino Fundamental (1º termo) - EMEF “Profª Maria Olímpia Vieira”; e

a Escola Municipal de Ensino Pré-Primário “Deputado Antonio Feliciano da Silva”.

A Biblioteca Pública Municipal “Poeta João Gurgel Júnior” está funcionado precariamente numa sala do antigo Paço Municipal (na Rua Cel. João Franco de Camargo, nº 90), convindo observar que tão importante estabelecimento merece melhores instalações.

Municipalização do Ensino – Em 1997 houve a municipalização do ensino fundamental – 1ª à 4ª série – e em 2003, foram municipalizadas as classes da 5ª à 8ª série.

V –  SAÚDE

A população tem à sua disposição a Casa de Saúde Nossa Senhora Rosa Mística” – que serve mais em situações de emergência, não estando ainda bem equipada (tem aparelhagem de Raios-X) – conta com médico durante o dia e à noite, em sistema de plantão “à distância” –; o Centro de Saúde Dr. Luiz Augusto Botto” – onde funciona a Unidade Básica de Saúde-UBS “Jocelina Meireles” – farmácia municipal e duas drogarias, na Praça Almeida Gil e na Rua Cel. João Franco de Camargo. 

Residem na cidade dois médicos, Drs. Aett Yano e Dr. Luciano Oliveira Macedo.

VI –  SERVIÇOS PÚBLICOS

* Creche Municipal “Profª Marina Cunha Vieira Vilela” (apesar de constar como “Creche”, no prédio funciona a Secretaria da EMEF “Profª Maria Olímpia Vieira”);

*  Casa da Agricultura “Joaquim Pinto da Cunha”;

Agência dos Correios e Telégrafos e, anexo, o Banco Postal (que funciona das 9 às 17 horas, de 2ª a 6ª feira);

* Cartório de Registro Civil e Anexos (funcionando numa sala do antigo Paço Municipal);

Agência do Banco Nossa Caixa, instalada em sala da Prefeitura Municipal;

* Posto da SABESP (Cia. de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Praticamente 100% dos domicílios estão servidos pelas redes de água e esgotos sanitários.

* Cerca de 200 residências contam com o serviço de telefonia digital, havendo, também, mais de uma centena de telefones celulares

VII –  LAZER 

Associação Atlética Jambeirense – Fundada em 28/02/1959, funciona em dependências pertencentes à Municipalidade. Sua sede social localiza-se na Rua Major Gurgel, nº 115 e tem salões de festas, 2 piscinas e quadra de esportes aberta. 

Bem utilizado é o Ginásio Polieportivo “Carlos Alberto dos Santos - Carlão”.

No Estádio Municipal Prof. Eduardo Vieira de Almeida” são realizadas as partidas de futebol. 

A EE Cel. Joaquim Franco de Almeida” tem uma quadra coberta, dotada de sistema de iluminação.

2. Festas anuais :

1ª) a principal – a Festa da Padroeira do Município, Nossa Senhora das Dores, ocorre normalmente no 3º domingo de setembro, coincidindo com o “Dia do Jambeirense” (o dia consagrado a Nossa Senhora das Dores – 15 de setembro – é feriado municipal);;

2ª) 30 de marçoAniversário da Cidade;

3ª) Festa da Coroação – que se realiza no 3º domingo de maio, na Obra Social “Rosa Mystica”, no bairro do Capivari;

4ª)  Festa do Tropeiro (na 1ª semana de julho – a 1ª Festa foi em 1986);

5ª) Festa do Peão-boiadeiro – normalmente em novembro (desativada há alguns anos) (em 2003, ela ocorreu em março);

6ª) Ceia Comunitária – realizada na semana antes do Natal (a 1ª Ceia foi em 1991).

VIII –  RELIGIÃO

1.  CULTO CATÓLICO

–  HISTÓRICO

A Paróquia de Nossa Senhora das Dores foi fundada em 10/04/1872, com a elevação do bairro do Capivary, pertencente a Caçapava, à condição de Freguesia, de acordo com a Lei Provincial nº 52, de 10/04/1972.

A Imagem da Padroeira do Município, Nossa Senhora das Dores – adquirida pelo Cap. Jesuíno Antonio Baptista em 1871 – recebeu a bênção do Vigário de Caçapava, Côn. Francisco Marcondes do Amaral Rodovalho, em 17/09/1871, data em que foi celebrada a 1ª Santa Missa na Capela construída entre 1868 e 1871 pelo mesmo Cap. Jesuíno Antonio Baptista, doador do patrimônio “a Virgem  Nossa Senhora das Dores” (note-se que a constituição de um patrimônio era condição indispensável para a criação de uma Freguesia e a conseqüente instalação de uma Paróquia).

– TEMPLOS  –  Há na cidade, além da igreja matriz de Nossa Senhora das Dores, a igreja de São Benedito (na Rua Antonio de Castro Leite) e a capela de São Vicente de Paulo, na Vila Vicentina.  Na zona rural existem a igreja de Santa Clara (no bairro do mesmo nome), as capelas de Nossa Senhora da Conceição (no bairro do Tapanhão), de São Pedro (no bairro das Coletas), de Santa Bárbara (na fazenda do mesmo nome); no bairro do Capivari, a igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (na Fazenda Brasil) e na Obra Social Rosa Mystica, as capelas de Nossa Senhora Rosa Mística, de Nossa Senhora del Carmen (do Carmo), Padroeira do Chile; a de São João Batista e a Capela do Desagravo a N. Srª Aparecida, onde repousam os restos mortais do Pe. José Sazami Kumagawa (Pe. José “de Jambeiro”), que foi pároco de Jambeiro de 1978 a 1989.

–  VILA VICENTINA – Sob os auspícios da Igreja Católica, existe no Município o

    Movimento Vicentino desde 11/03/1911, data em que foi fundada por D. Epaminondas Nunes de Ávila e Silva, 1º Bispo Diocesano de Taubaté, a Conferência de São Vicente de Paulo, sob a invocação de São José.

Depois foram criadas outras Conferências : de Santa Clara (06/06/1914), no bairro do mesmo nome; de Nossa Senhora das Dores (13/01/1916), de N. Srª Conceição (12/04/1916), do Sagrado Coração de Jesus e, no bairro das Coletas, a Conferência de Santa Cruz. De todas elas, a única Conferência remanescente é a de Nossa Senhora das Dores.

Em 15/02/1918 – com o saldo das doações recebidas de quase todas as cidades da região quando da grande inundação que assolou Jambeiro em 02/03/1917 – o Pe. Celestino Gomes de Oliveira Figueiredo (Vigário da Paróquia de 1916 a 1921 e construtor da atual igreja matriz) começou a edificação da Capela de São Vicente de Paulo e das primeiras casas da Vila Vicentina – destinadas ao acolhimento de  idosos carentes – em terreno doado pelo jambeirense Benedicto Albino dos Santos e sua mulher, D. Antonina Ferreira dos Santos. Posteriormente, em 1920, mais uma área foi acrescentada à Vila Vicentina, por doação do Dr. Pedro Luiz de Oliveira Costa e sua mulher, D. Eudóxia Castilho Costa, de Taubaté.

–  VIGÁRIOS DA PARÓQUIA

Até 1908 a Paróquia pertenceu à então Diocese de São Paulo. Com a elevação desta à condição de Arquidiocese e sede de Província Eclesiástica, houve seu desmembramento e a criação de quatro Dioceses – Taubaté, Campinas, Botucatu e Ribeirão Preto. Passou então nossa Paróquia a integrar a Diocese de Taubaté.

Desde a criação da Paróquia, 49 sacerdotes a dirigiram (quatro deles, por duas vezes) :

1º - Pe. João Pereira Ramos (“do reino de Portugal”) – 1872/1874 (1).

2º - Pe. José de Godoy Moreira – 1874/1876.

3º - Pe. Antônio Pereira de Amarante Costa (de Taubaté) – 1876.

4º - Pe. José de Godoy Moreira - 1876/1880 (2).

5º - Côn. Dr. Francisco Marsiglia (de Policastro-Itália) – 1880/1887 (3).

6º - Pe. Ambrósio Amâncio de Souza Coutinho – 1887/1889.

7º - P. Achille Ronsini (“italianissimo”, como ele próprio se definiu) – 1889.

8º - Pe. Francisco Salimena (italiano) – 1889/1890.

9º - Pe. Antônio Luiz dos Reis França – 1890/1891.

10º - Côn. Francisco Marcondes do Amaral Rodovalho (de Taubaté) – 1891.

11º - Pe. Francisco Bellizario – 1891/1892,

12º - Pe. José d’Andrade Costa Colherinhas (de Dornelas-distrito de Guarda-Portugal) – 1892/1911 (4);

13º - Côn. José Altino de Moura (de Taubaté) – 1911/1912.

14º - Pe. Victorino Ferreira (de Águas Frias-distrito de Vila Real-concelho de Chaves-Portugal) – 1912/1915.

15º - Pe. Carlos Zanotelli (italiano - sacerdote da Sociedade Salesiana de São João Bosco-SDB) – 1915/1916.

16º - Pe. Celestino Gomes de Oliveira Figueiredo (de Barbeita-concelho de Monção-Portugal) – 1916/1921 (5).

17º - Pe. Jayme Garzaro – 1921.

18º - Pe  José Romão da Rosa Góes (de São Bento do Sapucaí-SP) – 1921.

19º - Pe. Paulo Trabulci (sacerdote do rito oriental) – 1922.

20º - Pe. José Romão da Rosa Góes – 1922/1923 (6).

21º - Pe. Estevam José y Olivé (espanhol) – 1924.

22º - Pe. José Benedicto Alves Monteiro (Pe. Monteirinho) (de Taubaté) – 1925/1926.

23º - Pe. Raphael Buck (alemão) – 1926/1930.

24º - Pe. Victor Ribeiro Mazzei (de Barra Mansa-RJ) – 1930/1932 (7).

25º - Pe. Américo Virgílio Endrizzi (de São Paulo - pertenceu à Ordem de São Bento-OSB) (de São Paulo) – 1932.

26º - Pe. Henrique Peters (de Ilijmen – Holanda ; pertenceu à Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus-SCJ - Dehonianos) – 1932.

27º - Pe. Benedicto Gomes França (de Taubaté) – 1932.

28º - Pe. Américo Virgílio Endrizzi – 1933 (8).

29º - Pe. Antônio Echeverría Diaz (espanhol) – 1933.

30º - Pe. Hygino Corrêa da Conceição Apparecida (jambeirense) – 1933 (9).

31º - Pe. Ernesto Almírio de Arantes (de Santa Isabel-SP) – 1934.

32º - Pe. Álvaro Ruiz (de Taubaté) – 1934/1938.

33º - Pe. Antônio Luiz Cursino dos Santos (de Taubaté) – 1938/1942.

34º - Pe. Lupércio Pereira Simões (São João da Vila Cachoeiras - Diocese de Pouso Alegre-MG) – 1942.

35º - Pe. Benedicto Rodrigues Cunha (de Santa Branca-SP) – 1942.

36º - Pe. Geraldo Rodrigues de Oliveira (de Paraibuna-SP) – 1943/1944.

37º - Pe. Geraldo Magella Guimarães Alves (de Santana do Deserto-MG) – 1944/1948.

38º - Pe. Tarcísio de Castro Moura (de São Luiz do Paraitinga) – 1948/1950.

39º - Pe. Sebastião Faria (de São Bento do Sapucaí-SP) – 1950/1954.

40º/41º - Pe. Benedito Gil Claro (de Lagoinha-SP) e Pe. Ângelo Borriello Ebram (de Natividade da   Serra-SP) – 1954/1955, em sistema de revezamento.

42º - Pe. José Almeida dos Santos (de São José dos Campos) – 1955/1958.

43º - Côn. Antônio Borges (de Paraibuna-SP) – 1958/1969 (10).

44º - Pe. José Benedito Gomes Vieira (jambeirense) – 1969/1970 (11).

45º - Pe. Flávio Jerônimo do Nascimento (do Rio Grande do Norte) – 1970/1971.

46º - Mons. Theodomiro Lobo (de Taubaté) – 1971/1974.

Vigários Cooperadores : Pe. Luiz Bortolotti, Pe. Waldemar Cemin e Pe. José Benedito Gomes Vieira.

em 1973 – Vigário Cooperador :  Pe. Irineu Batista da Silva (de Jacareí-SP).

47º - Pe. José Benedito Gomes Vieira – 1974/1977.

48º - Pe. Antônio de Castro e Silva (de Taubaté) – 1977/1978.

49º - Pe. José Sazami Kumagawa (de Aichi - Japão) – Pároco - 1978/1989 (12).

50º - Pe. Clair Pedro de Castro (de Taubaté) – 1989/1993.

51º - Pe. Édson Luís de Amorim (de São José do Rio Preto-SP) – de 19/09/1993 a

         22/12/2000.

Vigários paroquiais :

Pe. João Miguel da Silva (de Machado-MG) – de 31/12/1998 a agosto/1999) e Pe. Antônio Carlos Monteiro (de Caçapava-SP, de 13/01 a 22/12/2000).

52º -  Pe. Antonio Carlos Monteiro (de Caçapava) – de 23/12/2000 a 05/01/2002.

53º -  Pe. Cláudio Altair da Silva de Jesus (de Taubaté) – de 06/01/2002 a 23/04/2005.

54º/55º - Pe. Luís Lobato dos Santos (de Taubaté) e Pe. Rodrigo dos Santos (de Taubaté) - Administradores Paroquiais, de 30/04 a 31/07/2005.

56º  -  Pe. Luís Lobato dos Santos  (de Taubaté)  -  Pároco –  de 1º/08/2005  a 

NOTAS EXPLICATIVAS :

O Pe. João Pereira Ramos, “natural do Reino de Portugal”, 1º Vigário de Jambeiro, teve seu nome atribuído a uma das ruas do Jardim Centenário pelo Decreto 246, de 25/07/1976, do prefeito Antônio Santiago da Silva Filho.

O Pe. José de Godoy Moreira foi Vigário da Paróquia em dois períodos : de 1874 a 02/1876 e de 06/1876 a 1880.

O Côn. Francisco Marsiglia, sacerdote italiano natural de Policastro, faleceu  repentinamente em Jambeiro em 10/08/1887.  Está sepultado no Cemitério Municipal de nossa cidade.     

O Pe. José d’Andrade Costa Colherinhas – falecido em Jambeiro em 27/02/1912, descansando seus restos mortais em nosso Cemitério. Pela Lei nº 303, de 28/11/1968, promulgada pelo prefeito Antônio de Castro Leite, é de responsabilidade da Prefeitura a conservação dos túmulos do Pe. Colherinhas, do Cel. Luiz Bernardo de Almeida Gil e do Prof. Júlio de Paula Moraes. 

O Pe. Colherinhas foi vereador da Câmara Municipal entre 1894 e 1908, tendo exercido a vice-presidência da Edilidade na 8ª Legislatura (1905/1908).

      Seu nome foi dado a uma das ruas do Jardim Centenário pelo Decreto nº 246/76.

O Pe. Celestino Gomes de Oliveira Figueiredo foi o construtor na atual igreja matriz (que ele edificou no mesmo lugar da primitiva Capela construída pelo Cap. Jesuíno Antonio Baptista). Foi também o fundador da Vila Vicentina.

Nascido em 22/07/1886 em Barbeita (concelho de Monção - Província do Minho - Portugal), foi Vigário de Jambeiro entre 1916 e 1921. Retornando para sua pátria em 1921, foi pároco em Melgaço (2 anos), Peso da Régua (5 anos) e exerceu o ministério sacerdotal na Catedral (Sé de Braga) de 1929 a 1938. Falecendo em 15/04/1938, daí a quatro dias, foi trasladado para sua terra natal e ali sepultado.

Pelo Decreto nº 246, de 25/07/1976,  o nome do Pe. Celestino foi atribuído a uma das

ruas do Jardim Centenário.

O Pe. José Romão da Rosa Góes (depois, Cônego) foi Vigário de Jambeiro duas vezes : de 16/08 a 31/12/1921 e de 09/11/1922 a 31/12/1923.

Pe. Victor Ribeiro Mazzei (depois, Monsenhor) – Pelo Decreto nº 246/76 uma rua do Jardim Centenário tem o nome desse Sacerdote falecido em 07/09/1960 na Santa Casa de São Carlos, em conseqüência de acidente automobilístico. Seu corpo repousa no Cemitério Municipal de Araçatuba.

O Pe. Américo Virgílio Endrizzi foi vigário duas vezes : de abril a setembro/1932 e de 20/01 a junho/1933.

Côn. Hygino Corrêa da Conceição Apparecida 1º sacerdote jambeirense – Seu nome foi dado à Praça da Matriz pela Lei nº 510-A, de 27/11/1975, promulgada pelo Prefeito Benedito Martine. Falecido em Taubaté em 25/05/1975, o Côn. Hygino está sepultado na Capela de Nossa Senhora da Piedade, do Cemitério da Venerável Ordem Terceira, em Taubaté.

Côn. Antonio Borges – Pelo Decreto nº 67, de 31/07/1966, do Prefeito Antonio de Castro Leite, foi-lhe conferido o título de Cidadão Jambeirense.

 O Pe. José Benedito Gomes Vieira, saudoso conterrâneo, foi Vigário de Jambeiro duas vezes : de 19/02/1969 a 20/12/1970 e de 06/02/1974 a 22/05/1977.  Faleceu na sacristia da igreja matriz na tarde-noite de 22/05/1977 e está sepultado na Capela de Nossa Senhora da Piedade, no Convento da Venerável Ordem Terceira, em Taubaté.

Seu nome foi atribuído a uma das ruas do futuro “Jardim Nossa Senhora das Dores” (Conjunto Habitacional da C.D.H.U.).

Pe. José Sazami Kumagawa – Pelo Decreto Legislativo nº 01/87, de 07/04/1987, foi-lhe concedido o título de “Cidadão Jambeirense Honorário”, entregue em 04/10/1987 em sessão solene realizada na igreja matriz após a Missa comemorativa do Jubileu de Esmeralda (40 anos) da Ordenação Sacerdotal do homenageado.

O Pe. José faleceu em Caçapava em 02/07/1997, quando dava entrada no Pronto Socorro do Hospital-Maternidade N. Srª d’Ajuda, daquela cidade.

Seu corpo repousa na Capela do Desagravo de Nossa Senhora Aparecida, por ele construída na Obra Social Rosa Mística, no bairro do Capivari, neste município.

Obs. :  O dia 15 de setembro – data litúrgica consagrada a Nossa Senhora das Dores  – é feriado municipal por força da Lei Municipal nº 615, de 30/05/1981. 

A Lei Estadual nº 4.138, de 10/07/1984, incluiu a Festa de Nossa Senhora das Dores no Calendário Turístico do Estado de São Paulo.

De acordo com a Lei Municipal nº 700, de 16/08/1985, o 3º domingo de setembro – quando normalmente acontece a Festa da Padroeira – é considerado oficialmente o “Dia do Jambeirense.

2.  CULTO EVANGÉLICO

2.1 –  IGREJA PRESBITERIANA  –  estabeleceu-se em Jambeiro no final de 1938, com a chegada de Antônio Mendes Ribeiro, sua esposa D. Anna Maria de Jesus (“Sanica”)

e doze filhos, vindo do Estado de Minas Gerais. Posteriormente, aqui nasceram os dois últimos filhos do casal : Antonio (Cacá), em 1939, e Samuel, em 1940.

Inicialmente os cultos foram celebrados na sede da fazenda da família. Daí a algum tempo, na década de 50 do século XX, foi construído o atual templo da Rua Cel. Batista.

Em 14 / 03 / 1953 “foi organizada a IGREJA PRESBITERIANA DE JAMBEIRO” (cfr. “Notícias Evangélicas” – “O Jambeirense” de 23/03/1993).

A Igreja Presbiteriana mantém cordial relacionamento com a maioria católica do município, tendo ficado célebres os fortes laços de amizade da família Mendes Ribeiro com dois ex-Vigários da Paróquia, Pe. Geraldo Rodrigues de Oliveira (1943/1944) e Côn. Antonio Borges (1958/1969).

Antonio Mendes Ribeiro nasceu em Pouso Alto-MG em 07/09/1894 e faleceu em 17/03/1973; sua esposa D. Anna – “Sanica” (também de Pouso Alto-MG) – faleceu em 04/08/1979, com 80 anos de idade. Ambos estão sepultados no Cemitério de nossa cidade.

Antonio Mendes Ribeiro chegou a exercer o mandato de Vereador de nossa Câmara Municipal, entre maio/1952 e setembro/1954, tendo sido distinguido com o título de Cidadão Jambeirense pelo Decreto nº 68, de 31/07/1968, do prefeito Antonio de Castro Leite. Seu nome está imortalizado numa das ruas do Jardim Centenário, conforme Decreto nº 246, de 25/07/1.976, do Prefeito Antonio Santiago da Silva Filho.

2.2 – CONGREGAÇÃO CRISTÃ DO BRASIL – Tem sede no templo localizado no final da Rua Cel. João Franco de Camargo, esquina com a Rua D. Maria Vieira.

2.3 – ASSEMBLÉIA DE DEUS – Seu templo localiza-se na Rua Major Gurgel, junto à ponte do ribeirão Jambeiro.

2.4 – ASSEMBLÉIA DE DEUS (Ministério de Madureira) – Seu templo está situado na Rua Antônio Mendes Ribeiro, nº 227 – Jardim Centenário.

2.5ASSEMBLÉIA DE DEUS - MISSÃO MINISTÉRIO DE TAUBATÉ – desde 06/04/2002 funcionando na Rua Cel. João Franco de Camargo, nº

2.6 – IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS (IURD) – Instalou-se primeiramente (em junho/99) na Rua Prefeito Jorge Pereira. Em agosto/99 transferiu-se para o pavimento térreo de imóvel de propriedade do sr. Ermínio José Duque de Freitas, defronte à sede da Associação Atlética Jambeirense (AAJ), na Rua Major Gurgel, nº 118 ; em janeiro/2001 mudou-se para a Rua Cel. João Franco de Camargo, nº (esquina com a Rua Cap. Jesuíno).

2.7– IGREJA BATISTA – No final de agosto/99 começou a construção de uma “casa de oração” na Praça Benedito Ivo. As atividades da igreja começaram em outubro/99. 

A inauguração oficial do templo ocorreu em 29/04/2000.

2.8IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR – Iniciou atividades em junho/2001, em prédio alugado na Rua Cel. João Franco de Camargo, nº 10, transferindo-se as instalações da Igreja para a R. Major Gurgel, nº   , a partir de setembro/2003..

IX –  IMPRENSA

1.  De propriedade da EDITORA JAMBEIRENSE LTDA.Sociedade Civil de fins NÃO  lucrativos – o jornal  “O JAMBEIRENSE” está sendo editado em sua 8ª fase, iniciada em 22/08/1981, data em que marcava a passagem do 50º aniversário de falecimento do prof. Júlio de Paula Moraes, um dos fundadores do jornal.

 “O JAMBEIRENSE” foi fundado em 07/07/1904 pelo prof. Júlio de Paula Moraes (* 14/11/1873-Jambeiro + 22/08/1931-Jambeiro) e pelos drs. Orôncio Bernardes de Almeida Gil (* 05/01/1880-Jambeiro + 07/11/1907-Ribeirão Bonito-SP) e Crescêncio José de Oliveira Costa Filho  (* 24/04/1883-Taubaté  + 12/02/1940-São Paulo). 

Com tiragem mensal de 1.000 exemplares, o jornal tem cerca de 400 assinantes distribuídos em cerca de 40 cidades, algumas das quais em outras unidades do País (Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro) e do exterior (Portugal e Paraguai). 

Diretores (não remunerados) – Irineu Serafim e Benedicto Ernesto Alves de Moraes (reg. MTb nº 186).

2.  De janeiro a dezembro / 1997 (excetuado o mês de maio) foi editado um tablóide – “FOLHA CIDADE”, com circulação mensal, constando como propriedade da Editora Jambo Ltda. - ME  CGC 01.611.041/0001-87 - Inscrição Municipal 687 - Praça Almeida Gil, 67 - Jambeiro/SP - CEP 12290-000 (hoje, extinta).

3.  Em abril/2003 circulou o 1º número do tablóide “JAMBEIRO EM NOTÍCIAS”, com distribuição gratuita, constando como editor responsável o jornalista Dailor Varela (que também é o editor do “Boletim Oficial do Município de Jambeiro”). Em julho / 2003 saiu a 2ª edição, não tendo sido publicada até agora (dezembro / 2004) nenhuma outra edição do jornal.

X –  RÁDIO  (entre 1997 e dez/2000)

Entre o início de 1997 e os primeiros meses de 2001 funcionou na cidade uma Rádio Comunitária (com situação não legalizada), na freqüência de 106.1 MHz.

A Rádio começou suas atividades com o nome de “RÁDIO JAMBEIRO FM”, passando depois para “RÁDIO VERDE VALE” e, por último, isto é, a partir de meados de julho/1999, para a denominação de “RÁDIO ALVORADA FM”, quando foram paralisadas as atividades da emissora.

Essa Rádio instalou-se primeiramente na Rua Cel. João Franco de Camargo, nº 43; em meados de outubro/1999 a Rádio transferiu-se para a Rua Cel. Batista, nº 130 (fone (0.xx.12) 3978.1443 (ainda 378.1443); mudou-se pouco tempo depois para o pavimento superior da Drogaria da Praça Almeida Gil e, por último, para a Rua Major Gurgel, nº 115, sede da AAJ-Associação Atlética Jambeirense, onde em dezembro/2000 veio a ocorrer a paralisação das atividades da Rádio. Nessa data, era diretor da Rádio Alvorada o sr. Joel Pereira, sendo gerente o adv. Benedito Vieira da Silva, diretor do Departamento de Assuntos Jurídicos da Prefeitura local. 

Em 26/04/2001 ’“O Jambeirense” noticiou : “Rádio fora do ar – Há alguns meses cessou o funcionamento da Rádio Alvorada-FM”.

Em 2004 – último ano do 2º mandato de José Geraldo Vasconcelos Coelho como Prefeito – inicia-se o processo da instalação de uma Rádio Comunitária no município.

Em 2005 – 17/setembro, véspera da Festa da Padroeira – Inicia das atividades da Rádio Jambeiro-FM (ou Rádio Alvorada FM ?)

Dos Arquivos do jornal “O JAMBEIRENSE” – última atualização em maio / 2006

IMPRENSA EM JAMBEIRO

CRONOLOGIA

07 / 07 / 1904 – Surge “O Jambeirense”, fundado pelos jambeirenses, prof. Júlio de Paula Moraes (então, com 30 anos, nascido em 14/11/1873) e dr. Oroncio Bernardes de Almeida Gil (na época, com 24 anos, nascido em 05/01/1880), e pelo taubateano, dr. Crescencio José de Oliveira Costa Filho, promotor público da então Comarca de Jambeiro (então, com 21 anos, nascido em 24/04/1883).

Em 04/10/1904 e em 26/02/1905, respectivamente, o dr. Crescencio e o dr. Oroncio deixam o jornal, devido à mudança de ambos para Ribeirão Bonito-SP.

15/11/1904 – 1ª edição de “O Tagarela”, “orgam quinzenal, critico, humoristico e litterario”, Redator-gerente: agrimensor Luiz Tenório Cavalcanti (pseudônimo : “L’Onetrio” – anagrama de “L.Tenorio”).

SETEMBRO / 1905 – aparece “A Matraca”, “folha litteraria, humoristica e critica”.

Redator : Luiz Tenorio Cavalcanti; gerentes: Benedicto Ramos Nascimento e Júlio de Paula Moraes.

OUTUBRO / 1905 – surge “A Mutuca”, “orgam infantil bi-mensal” (apenas uma edição).

JUNHO / 1907 – edita-se “A Morte”, “folha litteraria, humoristica e critica”.

Redator : Luiz Tenorio Cavalcanti; gerente : Benedicto Santos.

JANEIRO / 1908 – aparecimento de “O Folgazão”, “orgam quinzenal, critico, humoristico e litterario”.

Redator : Hippolyto Modesto de Moraes (irmão de Júlio de Paula Moraes).

26/11/1916 – último número da 1ª fase do “O Jambeirense”, iniciada em 07/07/1904

20/01/1918 – reaparece “O Jambeirense”, em sua 2ª fase.

Diretor proprietário : prof. Júlio de Paula Moraes.

MEADOS DE 1918 – encerra-se a 2ª fase do “O Jambeirense”.

17/02/1924 – início da 3ª fase do “O Jambeirense”, a qual dura até 06/08/1933.

Propriedade de Moraes & Filhos

Diretor-redator-gerente : prof. Júlio de Paula Moraes.

02/06/1928 – surge “A Brisa”, “jornal critico, humoristico e noticioso”.

Redator-chefe: Cacildo de Moraes (7º filho de Júlio de Paula Moraes). O último número de “A Brisa” foi editado em 19/08/1928.

30/03/1930 – aparece “O Arco-Iris”, “semanario humoristico, sem cor politica”, “orgam official do “Gremio Arthur Azevedo”.

Redator : C. Moraes; diretor : E. Moraes. Último número - 32 - editado em 16/11/1930.

14/01/1933 – surge “O Grilo”, “orgão semanal, critico, humoristico e noticioso – dedicado à juventude jambeirense”.

Redator-chefe : P.K.Dor.  Último número - 14 - editado em 14/05/1933.

06/08/1933 – último número da 3ª fase do “O Jambeirense”.

18/11/1934 – aparece “A Cascata”, “jornal critico, literario e noticioso”. 

Redator-chefe : Paulino B.A.Gil (somente um número).

04/10/1936 – ressurge “O Jambeirense”, em sua 4ª fase.

Redator : prof. Paulino Bernardes Gil; gerente: Setembrino de Moraes (10º filho do prof. Júlio de Paula Moraes). Essa fase durou até 1º/11/1936.

15/11/1936 – edita-se “A Justiça”, “orgam independente”.

Redator-responsável : prof. Paulino Gil. São editados dois números (o 2º em 22/11/1936).

13/11/19385ª fase do “O Jambeirense”, que dura até 22/01/1939.

Diretor : Enoch Elias de Barros; redatores : prof. Edison F. Ramalho e Waldemar Recheter; gerente : S.J. Morais.

MAIO / 19646ª fase do “O Jambeirense”, sob a responsabilidade de ZGurgel (são editados três ou quatro números).

17/09/1972 – aparece o “Nosso Jornal”, “informativo jambeirense”, do qual são editados seis números, até setembro/1973.

Diretor-redator : Olimpio Santos Neto; diretor-secretário: Nelson Rodrigues Manno.

JUNHO / 19797ª fase do “O Jambeirense”, com apenas uma edição.

Diretor-editor responsável : Olimpio Santos Neto.

22/08/19818ª fase do “O Jambeirense” – com o subtítulo “órgão mensal dedicado aos interesses do Município e da região” – tem início nesse dia 22/08/1981, quando se lembrava o 50º aniversário do falecimento do prof. Júlio de Paula Moraes. São promovidas várias homenagens ao grande conterrâneo, inclusive uma sessão solene da Câmara Municipal, tendo como orador convidado o saudoso Olavo do Amaral Gurgel.

“O Jambeirense” é propriedade da Editora Jambeirense Ltda., sociedade civil de fins não lucrativos – CGC/MF 51610251/0001-29 – inscrição municipal nº 238.

Diretores : Ernesto Alves de Moraes e Benedicto Ernesto Alves de Moraes (reg. MTb nº 186), sobrinhos-netos do prof. Júlio de Paula Moraes.

Em 12/04/1986 Ernesto Alves de Moraes retira-se da sociedade, sucedendo-lhe um dos netos do prof. Júlio de Paula Moraes, Irineu Serafim – filho de Antonio Seraphim e de Jocelyna Moraes Serafim.

Editores responsáveis : jornalista Aércio Muassab (MTb 10.627), até março/1992; a partir de abril/1992, a jornalista Iára de Carvalho (MTb 10.655).

O 1º número foi composto e impresso na oficina gráfica do “Diário de Taubaté”;

- do 2º número (20/09/1981) ao nº 34 (30/05/1984), a composição e impressão foram na “Tribuna do Norte”, de Pindamonhangaba;

- do nº 35 (27/06/1984) ao nº 1348/89 (31/10/1988), no “O Taubateano” (sendo que os nºs. 68, com suplemento (30/01/1987) e 69 (25/02/1987) foram compostos, respectivamente, na Editora Gráfica Jornalística Carvalho/Silva Ltda., de Taubaté, e BETTA Linotipo, de São Miguel Paulista);

- do nº 1.349/90 (30/11/1988) ao nº 1.446/187 (28/05/1996), na Editora e Gráfica Paula Gomes, de Taubaté;

- do nº 1.447/188 (30/06/1996) ao nº 1.486/227 (19/09/1.999), na Gráfica Ativa, de Taubaté (fone 222.1020), com diagramação e editoração eletrônica de Ângelo Moraes, também de Taubaté;

- do nº 1.487/228 (23/10/1999) ao nº 1.493/234 (28/04/2000), na Editora de Jornais Jecris do Vale do Paraíba Ltda., de Pindamonhangaba (fone (0.xx.12) 243.4331;

- do nº 1.494/235 (28/05/2000) ao nº , no Diário de Taubaté (fone (0.xx.12) 232.2480.

      - a partir do nº      /      (

JANEIRO / 1997 – Surge o jornal mensal “Folha Cidade” (com o subtítulo “O direito à informação”), propriedade da Editora Jambo Ltda.ME – CGC 01.611.041/0001-87 – inscrição municipal nº 687.

Diretor : Benedito Antunes de Andrade Jr.; jornalistas responsáveis : Daniela Gurgel (MTb 24.118), até novembro/1997, e Pedro Santana (MTb 025.967), em dez/97; colaboradores: Domingos S. Almeida Hilário e Daisy Maria de Andrade.

O “Folha Cidade” deixou de circular a partir de janeiro/1998, tendo sido editados 11 números (0 a 10), de janeiro a dezembro/97 (em maio/97 o jornal não saiu).

NOVEMBRO / 1999 – é editado o 1º e único número de “Cidade de Jambeiro” - tablóide- suplemento do jornal “O Independente” (Expediente - propriedade : I.L.Martins - CGC 00.224.672/0001-80 – Editor : Isacil Lélis Martins - responsável pela diagramação & arte final e colaborador : Benedito Antunes de Andrade Júnior – impressão - fone (0.xx.12) 243.4331 - Av. Desembargador Paulo de Oliveira Costa, 832 – fone/fax 221.5935/222.4917)

JANEIRO / 2000 – “NOSSA CIDADE” - órgão informativo da Prefeitura Municipal de Jambeiro –ano I - número 01 - janeiro/2000 – constando no “Expediente  NOSSA CIDADE é um órgão informativo da Prefeitura Municipal de Jambeiro – – Administração 1997/2000 – Prefeito Municipal José Geraldo V. Coelho – Impressão Diário de São José – Distribuição gratuita”

12/05/2000 – “Boletim Oficial do Município de Jambeiro” – editado pela Prefeitura Municipal com base na Lei nº 1.102, de 14/04/2000, e na Emenda nº 01 à Lei Orgânica do Município de  14 de abril de 2000 (ambas publicadas no “Diário de S. José” de 05/05/2.000 (pág. 15) e ambas, objeto de ação anulatória de atos jurídicos que tramita no Fórum da Comarca de Caçapava desde 31/05/2000).

ABRIL / 2003 – Surge “JAMBEIRO Em notícias” – Ano I - Nº 1 – ABRIL DE 2003 – Distribuição gratuita”. Editor : Dailor Varela (Reg. Prof. 149/RN) – Editora Gráfica : Michelle Paula e Silva – Impressão : Gráfica Imperial – Rua Felisbina de Souza Machado, 173 – SJCampos – Tel.: (12) 3966-1212. 

Única matéria nas páginas 2 e 3 : “PREFEITO COELHO ESCLARECE A VERDADE”.

Não consta nenhum patrocínio comercial nessa 1ª edição do tablóide. 

Na 1ª página : “Prefeito Coelho : “Vereadores da oposição querem atrapalhar o progresso de Jambeiro” – uma foto da Rua Joaquim Alves Pereira (Vila Bom Jardim) e outra com a legenda : “Altemar Machado Mendes Ribeiro, vice-prefeito, e José Geraldo Vasconcelos COELHO, prefeito [abraçados] : “a união é a força de Jambeiro”.  No rodapé :JAMBEIRO Em notícias  - O Jornal do Povo de Jambeiro TODO MÊS COM VOCÊ”. 2ª e última edição – julho/2003.

ABRIL / 2005

1. Aparece o jornal “Panorama Atual – JAMBEIRO EM DESTAQUE” – Tiragem 2 mil exemplares – Jornalista responsável : Ana Maria Prado - Reportagens e Fotos :Toninho Jardim (Antonio Feliz de Souza - Departamento Comercial : João Furtado (12) 9101-4912 / 9128-8305 - Editoração Gráfica : H & D Press (12) 3939-5723.

2. Em julho/2005 a edição constou como sendo “Nº 7” , com as seguintes mudanças no EXPEDIENTE : JORNAL PANOMARA ATUAL – AS NOTICIAS EM DESTAQUE NO VALE DO PARAIBAJornal de propriedade da ACT (Agência de Comunicação Tamoios) Rod. Prof. Julio de Paula Moraes, km 31,5  - Tapanhão  - Jambeiro/SP – TIRAGEM 10 MIL EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA E GRATUITA – Diretor Executivo : Paulo Esdras de Faria e Silva  Diretor Administrativo : Toninho Jardim  Jornalista responsável : Ana Maria Prado  Reportagens : Radialista Toninho Jardim (DRT 24.633-SP) Colaboradores : Profª Ana Lúcia Alves (SJCampos), Toninho Chico (Pouso Alto  - Natividade da Serra), Gerente Comercial : Frediano Santana  Contato Publicitário : Henrique Galvão  Departamento Comercial : (12) 3903-4255 / 3929-6056  3907-2757 /9128 /9765-5723  Editoração Gráfica : H & D Press (12) 3929-5723

3. Em setembro/2005 (o jornal não saiu em agosto/2005), a edição - multicolorida - constou como sendo “Nº 8”, com as seguintes inclusões no EXPEDIENTE : “Departamento Jurídico – Gentil Gustavo Rodrigues (O.A.B./SP 72.247) (colaborador) Jornalista Eduardo Galdio -  São José dos Campos – e José Carlos Ribeiro de Paula Maradona”  - Jambeiro – Departamento Comercial : Marcio Henrique 012 3978-1766 – Contato Publicitário : Daniel 012 3966-9605 – Inclusão : “AS MATERIAS E ARTIGO ASSINADOS NÃO EXPRESSAM A OPNIÃO DESTE JORNAL, BEM COMO OS ANUNCIO SÃO DE RESPONSABILIDADE DO ANUNCIANTE”  (transcrição “ipsis litteris”)

4. Em outubro e novembro/2005, a edição constou como sendo a “Nº 9”, também multicolorida, traz no cabeçalho de 1ª página e no EXPEDIENTE (pág. 2) um subtítulo : “COMO E GOSTOSO LER ESTE JORNAL”.  No EXPEDIENTE, algumas alterações : “Este veículo é de Propriedade da Tamoios Agência Comunicações” – fone (012) 3978-1766 -  CNPJ da empresa : 07.615.166/0001-61 – Fones (012) 3978:1766- 91288305 – Fone/Fax (012) 3978:1805 – Diretor Executivo : Paulo Esdra – Diretor Administrativo : Radialista; Toninho Jardim DRT 24.633 – Jornalista Responsável : Antonio Feliz de Souza  MTB  44.313 – Gerente Comercial : Marcio Henrique Alves de Oliveira ”

5. Em dezembro/2005, a edição constou como sendo a “EDIÇÃO 10 – ANO II”  (sic). O formato do jornal passou de tablóide para standard, com o seguinte EXPEDIENTE :

Nome empresarial - TAMOIOS AGENCIA DE COMUNICAÇÕES LTDA. - CNPJ 07.615.166/0001-61 - Insc. Munic. 1364/2005 – Sede na Rodovia Prof. Júlio de Paula Moraes, km 31,5 - Tapanhão - JAMBEIRO

Expediente : Diretor Executivo : Paulo Esdras Faria e Silva - Diretor Administrativo -  Marcio Henrique Alves - Jornalista resp. Antonio F. de Souza (MTb 44.313) - Depart. Jurídico : Dr. Gentil Gustavo - OAB/SP 72.247 - Dept. Comercial : Guilherme Costa (012  3021.5068 - Diagramação : Wilton Gonçalves (12) 3931.3569 - Colaboração Prof. Ana Lucia Alves.  

São editados apenas 7 (sete) números, entre abril e dezembro/2005.

IMPRENSA EM JAMBEIRO

CRONOLOGIA

07 / 07 / 1904 – surge “O JAMBEIRENSE” – o 1º jornal da cidade – fundado por dois jambeirenses, prof. Júlio de Paula Moraes (então, com 30 anos, nascido em 14/11/1873 e aqui falecido em 22/08/1931) e dr. Orôncio Bernardes de Almeida Gil (na época, com 24 anos, nascido em 05/01/1880 e falecido em Ribeirão Bonito-SP, em 07/11/1907), e pelo taubateano dr. Crescêncio José de Oliveira Costa Filho, promotor público da então Comarca de Jambeiro (com 21 anos, nascido em 24/04/1883 e falecido em São Paulo, em 12/02/1940).

Em 04/10/1904 e em 26/02/1905, respectivamente, o dr. Crescêncio e o dr. Orôncio deixaram o jornal, devido a mudança de ambos para Ribeirão Bonito-SP.

15/11/1904 – 1ª edição de “O TAGARELA”, “orgam quinzenal, critico, humoristico e litterario”.

Redator-gerente, o agrimensor Luiz Tenório Cavalcanti (pseudônimo : “L’Onetrio”, anagrama de “L.Tenorio”).

Setembro / 1905 – aparece “A MATRACA”, “folha litteraria, humoristica e critica”.

Redator: Luiz Tenorio Cavalcanti; gerentes : Benedicto Ramos Nascimento e Júlio de Paula Moraes.

Outubro / 1905 – surge “A MUTUCA”, “orgam infantil bi-mensal” (apenas uma edição).

Junho / 1907 – edita-se “A MORTE”, “folha litteraria, humoristica e critica”.

Redator : Luiz Tenorio Cavalcanti; gerente : Benedicto Santos.

Janeiro / 1908 – aparecimento d’“O FOLGAZÃO”, “orgam quinzenal, critico, humoristico e litterario”.

Redator : Hippolyto Modesto de Moraes (irmão de Júlio de Paula Moraes).

26/11/1916 – último número da 1ª fase d’“O JAMBEIRENSE”, iniciada em 07/07/1904.

20/01/1918 – reaparece “O JAMBEIRENSE”, em sua 2ª fase.

Diretor-proprietário : prof. Júlio de Paula Moraes.

Meados de 1918 – encerra-se a 2ª fase d’“O JAMBEIRENSE”.

17/02/1924 – início da 3ª fase d’“O JAMBEIRENSE”, que durou até 06/08/1933.

Propriedade de Moraes & Filhos.  Diretor-redator-gerente : prof. Júlio de Paula Moraes.

02/06/1928 – surge “A BRISA”, “jornal critico, humoristico e noticioso.

Redator-chefe : Cacildo de Moraes (7º filho de Júlio de Paula Moraes).

O último número d’“A BRISA” foi editado em 19/08/1928.

30/03/1930 – aparece “O ARCO-IRIS”, “semanario humoristico, sem cor politica”, “orgam official doGremio Arthur Azevedo”. 

Redator : C. Moraes; diretor : E. Moraes.  O último número - 32 – foi editado em 16/11/1930.

14/01/1933 – surge “O GRILO”, “orgão semanal, critico, humoristico e noticioso – dedicado à juventude jambeirense”. 

Redator-chefe : P.K.Dor.  O último número - 14 – foi editado em 14/05/1933.

06/08/1933 – último número da 3ª fase d’“O JAMBEIRENSE”.

18/11/1934 – aparece “A CASCATA”, “jornal critico, literario e noticioso”. 

Redator-chefe : Paulino B. A. Gil (apenas um número).

04/10/1936 – ressurge “O JAMBEIRENSE”, em sua 4ª fase.

Redator : prof. Paulino Bernardes Gil; gerente : Setembrino de Moraes (10º filho do prof. Júlio de Paula Moraes).  Essa fase durou até 1º/11/1936.

15/11/1936 – edita-se “A JUSTIÇA”, “orgam independente.

Redator-responsável : prof. Paulino Gil.  São editados dois números (o 2º em 22/11/1936).

13/11/19385ª fase d’“O JAMBEIRENSE”, que dura até 22/01/1939. 

Diretor : Enoch Elias de Barros; redatores : prof. Edison F. Ramalho e Waldemar Recheter; gerente : S. J. Morais.

Maio / 19646ª fase d’”OJAMBEIRENSE”, sob a responsabilidade de ZGurgel (são editados três ou quatro números).

17/09/1972 – aparece o “NOSSO JORNAL”, “informativo jambeirense”, do qual são editados seis números, até setembro/1973.

Diretor-redator : Olimpio Santos Neto (Olimpinho); diretor-secretário : Nelson Rodrigues Manno.

Junho / 19797ª fase d’“O JAMBEIRENSE”, com apenas uma edição.

Diretor-editor responsável : Olimpio Santos Neto.

22/08/1981 – A 8ª fase d’”O JAMBEIRENSE” – com o subtítulo “órgão mensal dedicado aos interesses do Município e da região” – tem início nesse dia em que se lembrava o 50º aniversário do falecimento do prof. Júlio de Paula Moraes.   Celebraram-se nesse dia várias homenagens ao grande conterrâneo, incluindo uma sessão solene da Câmara Municipal, tendo como orador convidado o saudoso Olavo do Amaral Gurgel.

O Jambeirense” é propriedade da EDITORA JAMBEIRENSE LTDA., sociedade civil de fins não lucrativos – CGC/MF (atual CNPJ) nº 51610251/0001-29 – inscrição municipal nº 238.

Diretores : Ernesto Alves de Moraes e Benedicto Ernesto Alves de Moraes (reg. MTb nº 186), sobrinhos-netos, pelo lado paterno, do prof. Júlio de Paula Moraes.

Em 12/04/1986 Ernesto Alves de Moraes retirou-se da sociedade, sucedendo-lhe Irineu Serafim, um dos netos do prof. Júlio de Paula Moraes – filho de Antonio Seraphim e de Jocelyna Moraes Serafim.

Editores responsáveis : jornalista Aércio Muassab (MTb 10.627), até março/1992, e a jornalista Iára de Carvalho (MTb 10.655), de abril/1992 a dezembro/1992; a partir daí, a responsabilidade pela editoria do jornal e o diretor responsável do jornal, Benedicto Ernesto Alves de Moraes, devidamente registrado no Ministério do Trabalho como diretor de empresa jornalística (MTb nº 186).

Desde outubro de 1984 a profª Mariângela Sant’Ana Ribeiro da Silva Ramos é a representante do jornal em nossa cidade, auxiliada, a partir de outubro/1997, por Júlia  Camargo Hilário; em Paraibuna, a representante do jornal é Maria da Conceição de Lima Souza (Fia).

O 1º número da atual fase d’“O JAMBEIRENSE” foi composto e impresso (tipograficamente) na oficina gráfica do jornal “Diário de Taubaté”-SP;

do nº 2 (20/09/1981) ao nº 34 (30/05/1984), a composição e impressão do jornal foram feitas no jornal  “Tribuna do Norte”, de Pindamonhangaba-SP;

do nº 35 (27/06/1984) ao nº 67 (30/12/1986), nas oficinas do jornal “O Taubateano”, de Taubaté-SP;

os nºs. 68 e 68 (suplemento) (30/01/1987), na Editora Gráfica Jornalística Carvalho/Silva, de Taubaté-SP;

o nº 69 (25/02/1987), na oficina de Betta Linotipo, de São Paulo - São Miguel Paulista;

do nº 70 (31/03/1987) ao nº 1.348/89 (31/10/1988), voltou o jornal a ser composto e impresso nas oficinas do jornal “O Taubateano”, de Taubaté-SP;

do nº 1.349/90 (de 30/11/1988) ao nº 1.446/187 (28/05/1996), o jornal foi composto e impresso nas oficinas da Editora e Gráfica Paula Gomes, de Taubaté-SP;

o nº 1.447/188 (30/06/1996) – já em “off-set”, com diagramação e editoração eletrônica de Ângelo José Domingues de Moraes – “O Jambeirense” foi  impresso na JAC Editora, de São José dos Campos-SP;

do nº 1.448/189 (30/07/1996) ao nº 1.486/227 (19/09/1999), a impressão foi feita na Gráfica Ativa, de Taubaté-SP;

do nº 1.487/228 (23/10/1999) ao nº 1.518/259 (30/04/2002), no “Diário de Taubaté”, de Taubaté-SP;

a partir da edição de nº 1.519/260 (23/05/2002) o jornal está sendo impresso na Gráfica e Editora Ponto a Ponto”, de Osasco-SP (fones : (11) 3681.0933 / 217. 7382).

Janeiro / 1997 – surge o jornal mensal “FOLHA CIDADE” (com o subtítulo “O direito à informação”), propriedade da Editora Jambo Ltda. ME – CGC 01.611.041/0001-87 – inscrição municipal nº 687.

Diretor : Benedito Antunes de Andrade Jr.; jornalistas responsáveis : Daniela Gurgel (MTb 24.118), até novembro/1997, e na última edição (de dezembro/97), Pedro Santana (MTb 025.967); colaboradores: Domingos S. Almeida Hilário e Daisy Maria de Andrade.

O “FOLHA CIDADE” deixou de circular a partir de janeiro/1998, tendo sido editados 11 números (0 a 10), de janeiro a dezembro/1997 (em maio/97 o jornal não circulou).

Novembro / 99 – Aparece “O INDEPENDENTE – Cidade de Jambeiro – ANO I – Nº 1 / Novembro / 99” – “EXPEDIENTE – Cidade de Jambeiro – Propriedade : I.L.Martins – CGC. 00.224.672/0001-80 – Editor : Isacil Lélis Martins – Diagramação & Arte final : Benedito Antunes de Andrade Junior – Impressão : Tel.: 243-4331 – Colaborador : Benedito Antunes de Andrade Junior – Av. Desembargador de Oliveira Costa, 832 Fonefax : 221-5935 / 222-4917 – A direção não se responsabiliza por matérias assinadas”.   É editado apenas o nº 1novembro/99.

Janeiro / 2000Surge o “NOSSA CIDADE” – “Órgão informativo da Prefeitura Municipal de Jambeiro – ano I – número 01 – janeiro 2000” –, que teve somente uma edição – essa de “número 01 – janeiro/2000”.

OBSERVAÇÃO :  VER  IMPRENSA EM JAMBEIRO” também em “VIDA RELIGIOSA

FASES  D’ “O JAMBEIRENSE:

1ª fase – 07/07/1904 a 12/11/1916 – diretores : Dr. Orôncio Bernardes de Almeida Gil e Dr. Crescencio José de Oliveira Costa Filho; gerentes : Prof. Júlio de Paula Moraes (Hippolyto de Moraes - Galdino Guimarães); redatores (diversos).

2ª fase – 27/01/1918 a 17/02/1918 – diretor : Prof. Júlio de Paula Moraes.

3ª fase – 17/02/1924 a 06/08/1933 – diretor : Prof. Júlio de Paula Moraes (até 22/08/1933); gerentes (em diferentes períodos) : Benedicto Julio de Moraes / Luiz Silvino de Moraes / Oldemar Moraes / Setembrino Moraes / Cacildo Moraes.

4ª fase – 04/10/1936 a 1º/11/1936 – gerente : Setembrino Moraes; redator : Prof. Paulino Bernardes Gil.

5ª fase – 13/11/1938 a 22/01/1939 – diretor : Henoch Elias de Barros; gerente : Setembrino Moraes; redatores : Prof. Edison Freitas Ramalho e Waldemar Recheter.

6ª fase – maio/1964 – responsável : Zoraide Gurgel.

7ª fase – junho/1979 – editor : Olímpio Santos Neto.

8ª fase – 22/08/1981 a 17/02/1982 – editor : Olímpio Santos Neto; diretores :

22/08/1981 a 12/04/1986 : Ernesto Alves de Moraes e Benedicto Ernesto Alves de Moraes;

a partir de 12/04/1986 – Irineu Serafim e Benedicto Ernesto Alves de Moraes.

FUTEBOL EM JAMBEIRO

Futebol – o chamado “esporte das multidões” – também tem história em Jambeiro.

E como ocorre em praticamente todos os assuntos mais antigos de nossa terra, é nos arquivos do “O JAMBEIRENSE” – o 1º jornal de Jambeiro – que vamos encontrar as primeiras referências ao popular esporte.

I – O primeiro club de foot-ball

1.   “O JAMBEIRENSE” assim anunciou na edição de 09/06/1912 o projeto da fundação “de um “club de foot ball” :

“Projecta-se a fundação, nesta cidade, de um “club” de “foot ball”. Para que seja levado a effeito o referido projecto, um grupo de rapazes, amante do salutar sport ao ar livre, já tomou as necessarias providencias, parecendo-nos que ainda este mez será organisada a directoria do club, bem como será installado o campo para os exercicios. Congratulamo-nos com os distinctos sportmans, desejando que a novel sociedade vá de vento em popa.”

2. Depois de quase dois anos – em 08/03/1914 – “O JAMBEIRENSE” anuncia outra vez : “Foot bol – Trata-se nesta cidade da erecção de um “club” de “foot bol” para o que já se realisou a primeira subscripção, a qual, como symptoma do bom gosto da mocidade jambeirense, produziu bom resultado. Informam-nos estar definitivamente marcado o dia 22 do corrente para a reunião geral dos associados. Tratar-se-á da eleição da directoria no presente exercicio e de outros assumptos de maxima importancia. Folgamos que tão louvavel iniciativa colha o exito de que é digna.”

3.  Em 15 de março do mesmo ano “O JAMBEIRENSE” anuncia aquela que pode ter sido o primeira partida de futebol em Jambeiro :

Foot-ball – Realisar-se-á hoje as 16 horas, no “ground” do Sport Club Jambeirense, um “mach trainn” entre os “teams” “White” e “Black” daquelle “Club”.

Estão assim organisados os respectivos “teams” :

Black team

                  Anselmo

                    Lopes   -   Gustavo

            Maldos  - Orosimbo - Dario

Rynaldo -  Mario - Dodão - Odilon - Lobato

F. Salles - Reis - Nogueira - Edgard - Joaquim

          Julio    -    Oreste    -  Alberto

             Siqueira   -   Franco

                         Rocha

      “White team

Serviu de “refere” o Prof. Nestor Luz.”

4. Em 22/03/1914, na página de “Noticiario”, “O JAMBEIRENSE” publica :

“A fundação de uma sociedade recreativa é sempre uma nota agradavel, é um acontecimento altamente significativo por isso que o thermometro do progresso marca mais um grau de civilisação e de adeantamento moral e material de um povo. Assim pensando, registramos com verdadeiro jubilo a fundação do Sport Club Jambeirense que, para maior gaudio de seus fundadores, encontrou franco acolhimento em todas as classes sociaes. Domingo último, às 20 horas, em casa da residencia do sr. professor Nestor Luz, reuniu-se a assemblea geral da novel sociedade para a eleição de sua primeira directoria, que ficou assim constituida : presidente, prof. Nestor Luz ; vice-presidente, Joaquim Celso da Silva Ramos ; thesoureiro, Julio de Paula Moraes ; 1º secretario, Francisco de Paula Lopes ; 2º, Hermengildo Dias Nunes. Às 22 horas, em presença de numerosa assistencia, foi empossada a nova directoria e, nessa ocasião, o digno presidente, numa breve allocução, agradeceu o comparecimento dos associados e congratulou-se com o povo pela fundação do Sport Club. Em seguida pediu a palavra o illustre vice-presidente que, num bello enflorado, agradeceu á assemblea geral a escolha de seu nome para fazer parte da directoria ; usou ainda da palavra o 1º secretario que fez identico agradecimento. Depois da leitura da respectiva acta e por indicação do sr. Julio de Moraes, foi acclamado presidente honorario o esforçado jovem Almeida Vieira pelos relevantes serviços que prestando a novel associação. O sr. Hermenegildo Dias tambem usou da palavra para agradecer a escolha de seu nome para fazer parte da directoria. Às 23 horas o digno presidente encerrou a sessão por nada mais haver a tractar n’aquella reunião.

Tomam parte no “match-trainn” a realisar-se hoje, às 16 horas, os seguintes socios :

Orozimbo-Julio_lica-Lorival-Maldos-Siqueira-Rynaldo-Anselmo-Almeida-Dodão-Bagunhá-Ivo-Reis-Nogueira-Edgard-Alberto-Dario-Oreste-Odilon-Nestor-Franco-Rocha. Servirá como refere o sr. Julio de Moraes.”

29/03/1.914 – “O JAMBEIRENSE” noticia : “Foot-ball – Realisar-se-á hoje, às 16

horas, o “match-trainn” cujos “teams” serão compostos dos seguintes socios :

                                               Rocha

                                  Franco    Nestor

               Alberto   Oreste   Alfredo

F. Salles  Florival  Siqueira  Maldos  Orozimbo

Joaquim  Dodão  Anselmo   Odilon  Reis

                 Gustavo   Julio     Ivo

                   Dario    Reynaldo

                                  Messias

Servirá de “refere” o sr. Santos”

6.  05/04/1.914  –  “O JAMBEIRENSE”  noticia Foot-ball – Realisa-se hoje um “match trainng” entre o primeiro e o segundo “team”. Devido às chuvas continuadas nestes ultimos dias não foi possivel ficar concluido o trabalho de nivelamento do campo de foot-ball. Logo que o serviço esteja terminado far-se-á a inauguração do “ground”.”

7. 19/04/1.914 – “O JAMBEIRENSE” noticia : “Foot-ball – Realisou-se Domingo atrasado “match trainng” entre o primeiro e o segundo “teams”, sahindo este vencedor.  A concorrencia foi enorme, abrilhantando as festas a “Lyra Jambeirense” que, durante o jogo, executou diversas peças do seu vasto repertorio. Para hoje ficaram assim organisados os “teams” :

                                               “Black team

Rocha-Julio-Siqueira-Alfredo-Lopes-Maldos-Pedro-Edgard-Nestor-Nogueira-Gustavo.

                                               “White team

Moyses-FrancoLica-Orozimbo-Oreste-Dario-Jordão-Dodão-Odilon-Reynaldo-Joaquim

Reservas : Florivaldo-Alberto-Reis-Salles”

8.  10/05/1.914  –  “O JAMBEIRENSE” noticia : “Sport – A pedido da Directoria do Sport Club, a “Lyra Jambeirense” realisará hoje, às 16 horas, no campo daquella sociedade uma das suas costumadas retretas.  Reunião – Às 20 horas, no salão da residencia do sr. Nestor Luz, haverá uma Assembleia Geral para tractar-se da approvação dos Estatutos e assumptos de maxima importancia.  “Foot-ball” – Em vista da organização das equipes o “match” a realisar-se hoje, às 16 horas, entre “teams” “White” e “Raid”, promete ser bem disputado.  Pedido – A Directoria do S.C.Jambeirense chama a attenção dos srs. assistentes para os avisos collocados em diversos pontos do “ground”.”

9.  17/05/1.914  –  “O JAMBEIRENSE” noticia Foot-ball – Realisou-se no domingo preterito no “ground” do Sport Clube Jambeirense um “match” de “foot-ball” disputado entre dois “teams” dessa associação. As equipes estavam assim organisadas :

                                “Raid team”

                                     Negro

                            Franco  -  Lopes

                   Oreste -  Nestor - Orozimbo

    Odilon – Reis – Dario – Rynaldo – Dodão

    Alberto – Gentil – Pedro – Nogueira – Álvaro

                   Gustavo – Lorival – Lica

                             Siqueira – José

                                                Dima

                                     “White Team”

O “match” foi abrilhantado pela corporação musical “Lyra Jambeirense””.

10.  07/06/1.914  –  “O JAMBEIRENSE” noticia : “Foot-ball – A convite do Sport Club Jambeirense vem a esta cidade, hoje, para disputar um amistoso “match” entre o 1º “team” do Parahybuna Foot-ball, assim organisado :

                                               Ferdinando

                                      Camargo - Ramos                                           

                         Martinho -  Perillo  -  Duduca

   Alfredo – Pedro – Domngos – Marcello –  Leopoldo

O Sport Club Jambeirense prepara festiva recepção e o publico aguarda com ancia a desejada peleja dos campeões.”

11.  14/06/1.914  –  “O JAMBEIRENSE” noticia Foot-ball – Revestiu-se de grande brilhantismo o “match” disputado domingo passado nesta cidade, entre os “teams” do Parahybuna Foot-ball Club e o Sport Club Jambeirense. Às 13 ½ horas chegaram a esta cidade os autos que conduziam os nossos distinctos hospedes. Os “players” do Parahybunense foram recebidos á entrada da cidade pelos membros da Directoria, grande numero de socios, “Lyra Jambeirense” e o povo. Usou da palavra dando-lhes as boas-vindas o sr. professor Dario de Moura. Ao som da musica e de vivas e clamores, dirigiram-se á sede do S.C. Jambeirense onde foram amavelmente recebidos por um “comité” de distinctas senhoritas de nossa sociedade, sendo-lhes offerecido um profuso café, no Hotel Abreu. Às 15 horas deram entrada no “ground” os dois “teams”, perante numerosa assistencia que, com visivel anciedade, aguardava ao signal do inicio da pugna.  A organisação dos “teams” era a seguinte :

                                                Parahybuna

                                         FERDINANDO

                                       Ramos - Camargo

                         Duduca - Perillo – Martinho

         Domingos - Pedro - Alves - Marcello - Plinio

                                               Jambeirense

                                                  PADIMA             

                                        Franco – Aristides

                                   João - Orestes – Reynaldo

                Almeida - Arlindo - Odilon - Dario – Nestor

Coube o “kick-off” ao Parahybuna que começou atacando as posições adversarias. Na defeza o seu contendor portou-se dignamente. Logo ao primeiro ataque do Jambeirense resulta um “penalty” que, batido por Arlindo, vasa o “goal” parahybunense pela primeira vez. Continua a pugna quando Nestor, apanhando a bola, consegue marcar o 2º “goal”. Há um “corner” que, tirado por Arlindo, Reynaldo marca o terceiro “goal” para o seu “team”. Termina o primeiro “off-time”com o resultado seguinte : Parahybuna 0  Jambeirense 3.

Recomeçada a luta, há novo “penalty” contra Parahybuna; Arlindo bate-o com violencia, porem Ferdinando com uma agelidade inaudita defende sob clamores e applausos da numerosa assistencia. Em seguida Nestor leva a bola até proximo ao “goal” parahybunense, quando Martinho, tentando apossar-se della, fal-o com tanta infelicidade que a bola vae aninhar-se no “goal” marcando para Jambeiro o 4º e último.

Assim termina o “match”. Os dois “teams portaram-se com galhardia, comtudo podemos salientar do Parahybuna Perillo, que jogou admiravelmente, tendo com maestria “schoutado” numerosas vezes contra o “goal” jambeirense.  Serviu como “refere” o sr. prof. Paschoal Salgado, da A.A. Caçapavense, agindo com toda a imparcialidade.

Durante o “match” tocou a “Lyra Jambeirense”.

Às 17 horas foi servido aos distinctos hospedes, no Hotel Abreu, um lauto jantar, durante o qual reinou a maior jovialidade. Ao “dessert” usou da palavra o prof. Gabriel Ortiz, regosijando-se com a presença dos distinctos campeões e salientando os effeitos sociaes deste contacto com os “clubs” esportivos que absolutamente redunda em opimos fructos de solidariedade e confraternisação das cidades.

Em nome da Directoria do Parahybuna Foot-ball fallou o distincto prof. Alfredo Vieira agradecendo o honroso convite que com praser acceitaram, fazendo votos pela prosperidade do “club” jambeirense.

À noite, na sede do Sport C. Jambeirense realizou-se em homenagem aos illustres camaradas uma animada “soirée” em que tomaram parte as mais distinctas senhoritas da nossa “élite”. Folgamos que a nossa mocidade entre tão enthusiasticamente no amistoso convivio das populações visinhas, o que indubitavelmente representa um avantajado passo para o progresso de todos.”  

21/06/1.914  –  “O JAMBEIRENSE” publica : “Convite – A directoria do Sport Club Jambeirense recebeu o seguinte officio :

“Parahybuna Foot-ball Club, em 18 de Junho de 1.914.

Ex.mº Snr. 

Visando, tão somente, estreitar ainda mais as relações, já bastante cordeaes, dos nossos clubs”, tenho a honra de, em nome da directoria deste “Club”, convidar ao vosso 1º “team” para, no proximo dia 28, disputar, nesta cidade, um “match” ao nosso 1º “team”, cuja organisação opportunamente vos remetteremos.

Na espectativa de ser bem acolhido o nosso convite, apresentamos-vos os protestos de nossa alta consideração.    

Aos Exmos. Snrs. Presidente e mais Membros da Directoria do Sport Club Jambeirense.

Pela Directoria do Parahybuna Foot-Ball Club

                Alfredo Vieira de Moura

                         Secretario

Sabemos que o nosso “club” gostozamente acceita o honroso convite, devendo seguir para a visinha cidade no dia aprasado.”

13.  05/07/1.914  –  “O JAMBEIRENSE” noticia : “Foot-ball – A convite da directoria do”Parahybuna Foot-ball Club”, segue hoje para a visinha cidade afim de disputar um amistoso “match” com o 1º “team” d’aquella associação, o 1º do Jambeirense, que será acompanhado da banda de musica local.”

14.  12/07/1.914  –  “O JAMBEIRENSE” noticia Foot-ball – Como tinhamos noticiado, realisou-se no ultimo domingo o encontro dos 1.os “teams” do Sport C. Jambeirense e do Parahybuna Foot-ball Club, no “ground” da visinha cidade. Desde as 8 horas, a nossa cidade achava-se num bulicio extraordinario; eram os jogadores, a Lyra Jambeirense e dezenas de espectadores ferventes de enthusiasmo que se preparavam para a sahida. Às 9 ½ todos tinham partido. O nosso “club” era esperado aquem de Parahybuna pelos emissarios do “club” parahybunense. Conjunctamente installado em magnifico auto foram conduzidos até a entrada da cidade. Eram alli aguardados por enorme multidão, tendo a frente a direcção do “Parahybunense”, a banda 15 de Novembro e todo o elemento grado da cidade. A chegada do auto foi recebida com uma estrondosa ovação. Dalli seguiu o cortejo para o Hotel Soares ao som das duas bandas de musica reunidas e por entre as acclamações da multidão. No hotel foi servido um copioso café. Às 16 horas já uniformisados os times e acompanhados pela musica seguiram para o campo que se achava profusamente embandeirado e rodeado de numerosos espectadores. Após a execução de um lindo dobrado pelas bandas de musica, foi dado o signal do inicio do jogo, cabendo o “kick off” ao jambeirense. Ambos os times se conduziram brilhantemente, não conseguindo nem um nem outro levar a melhor. Fizeram-se os dois “half -time” sem nenhum “goal” ser varado. Terminada a pugna, no meio do “ground”, os dois “teams” em amistosa fraternidade levantaram enthusiasticos vivas permutando-se as saudações ardentes. Sempre acompanhados pela musica regressaram ao hotel onde foi servido um lauto banquete.  A sala estava lindamente ornamentada destacando-se nas paredes diversos escudos com os seguintes pensamentos : “Salve élite jambeirense” – Salve, salve à Equipe Jambeirense – Salve O Jambeirense – Salve o povo de Jambeiro – Salve o Sport Club Jambeirense e Salve a “Lyra Jambeirense”. Ao “toast” fallou em primeiro logar o sr. prof. Nestor Luz, saudando o povo parahybunense e congratulando-se pelo resultado do “match” e testemunhando a indelevel gratidão pelas manifestações de sympathia de que os seus consocios foram alvo. Em seguida o sr. prof. Alfredo Vieira em brilhantes phrases fez a apologia do “foot-ball” e salientou os optimos resultados que a sociedade e a civilisação colhem deste contacto fraternal provocado pelo “sport”. Em nome do “team” jambeirense fallou o redactor desta folha agradecendo o excellente acolhimento que estão recebendo do povo parahybunense. À noite serviu-se um delicioso chá no salão do hotel onde estavam preparados os dormitorios para os jogadores. Desde as 20 horas até a meia noite a élite paraibunense deliciou os desvanecidos hospedes com uma brilhante “soirée” em casa do sr. major Marcellino Amancio de Moura. Tanto os membros do “club” como os espectadores jambeirenses despediram-se da hospitaleira cidade profundamente satisfeitos com a diversão e enormemente agradecidos.

- Entre a numerosa assistencia notamos muitos elementos das visinhas cidades de Caçapava, S. José, Jacarehy e Redempção.

- Ouvimos dizer a diversas pessoas que foi esse “match” um dos que mais interesse tem dispertado entre os “afficcionés”.

- Na retirada da nossa equipe repetiram-se as manifestações de sympathia, cantando-se diversos hymnos de saudação. 

- No “team” parahybunense sobresahiram admiravelmente os jogadores Perillo, Maneco, Ferdinando, Ramos e Antonio, que foram enthusiasticamente ovacionados; no “team” jambeirense destacaram-se os jogadores Nestor, Dario, Franco 2º e Padima, o qual com admiravel destreza defendeu diversas bolas violentamente “schootadas” em “goal”.

- No regresso de Parahybuna a equipe jambeirense foi amavelmente convidada pelo Cap. José Bento de Moura a descançar em sua fazenda, sendo-lhe offerecido um succulento café.”   

 15. “O Jambeirense” noticia em 17/02/1.918 : “FOOT-BALL – Hoje, às 9 horas, deve chegar a esta cidade, procedente de Redempção, a “equipe” que vem disputar um “match” amistoso com o “Jambeirense Foot-Ball Club”. Em companhia dos jogadores, segundo nos informaram, virão os srs. Cel. Joaquim Pires de Queiroz, prestigioso chefe politico daquella adiantada localidade, e o sr. major Oliveira, digno prefeito municipal.”

16. “O JAMBEIRENSE” noticia em 09/03/1.924 : “Foot-ball – O campo de “foot-ball”, por milagre, surgiu preparado. Suspeitamos de alguma novidade. Puzemo-nos a campo e descobrimos. Hoje deve vir uma companhia do 6º Regimento desputar atiçado “match” com o Jambeirense. Segundo ouvimos falar, será reorganisado o nosso nosso (sic) club, tendo á frente da directoria um animado grupo de fortes torcedores. É mais um signal de vida nova para Jambeiro. Urrah aos moços que tal iniciativa tiveram. Devagar, vamos ao longe.”

“O JAMBEIRENSE” noticia em 30/03/1.924 : “Club Jambeirense –  Ficou resolvido

 ser a séde do Club no predio do sr. Alberto Ramos, á rua da Egreja, depois de devidamente acondicionado. Os socios entrarão com uma mensalidade de 3$000 e uma joia de 20$000. Serão socios benemeritos os que contribuirem com cem mil reis. Socios de honra os que presentearem o Club com 500$000. A secção de moças constará de ping-pong, tennis, no pateo e de diversões differentes, inclusive quebra-cabeças, em sala apropriada. Na secção de homens haverá toda especie de jogos licitos, bilhares etc. O foot-ball passará a ser uma dependencia do Club. Teremos ainda uma biblioteca, um bar, uma sala de espera e um salão apropriado para festas, bailes e reuniões litterarias. Os estatutos serão organisados dentro em pouco e eleita a directoria do corrente anno.”

“O JAMBEIRENSE” noticia em 22/02/1.925 “FUTEBÓL – O Campo de futeból está

sendo preparado. Suspeitamos de alguma novidade. Puzemo-nos a campo e descobrimos. Hoje deve realizar-se a eleição para a directoria do novo club que terá à frente um animado grupo de fortes torcedores. É mais um signal de vida nova para Jambeiro. Urrah aos moços que tal iniciativa tiveram” (repetição em alguns trechos “ipsis litteris” da nota do dia 09/03/1.924 – item acima nº 16).

“O JAMBEIRENSE“  noticia em 1º/03/1.925  : “FUTEBOL  –  Por motivo de força

maior ainda não se realizou a eleição da Directoria que tem de presidir os destinos da nova associação sporiiva recentemente creada nesta cidade.”

“O JAMBEIRENSE”  noticia em 08/03/1.925 : “FUTEBÓL – São convidados os Srs.

associados a se reunirem hoje ás 17 horas no salão do Paço Municipal, afim de eleger a Directoria e tractar de assumptos referentes a sociedade.”

“O JAMBEIRENSE” noticia em 15/03/1.925 : “FUTEBÓL  –  Com a denominação de

“Associação Sportiva Jambeirense”, fundou-se nesta cidade uma nova associação sportiva, cuja primeira directoria ficou assim constituida : Julio de Moraes, presidente; José Pinto da Cunha, vice; Edgard de Souza Moraes, 1º secretario; Joaquim Fernandes de Almeida, 2º secretario; Ernesto Nunes Alves, thesoureiro. Conselho Fiscal : José Rodolpho Rebello, José Caiuby de Moura e Antonio Seraphim. Esse novo clube vem reviver entre os nossos rapazes o amor e o enthusiasmo pelo  apreciado sport e dar à nossa terra mais um pouco de animação. Oxalá que não arrefeça tão cedo o calor do enthusiasmo dos moços jambeirenses. Fazemos votos para que a nova e já sympathica aggremiação sportiva seja sempre victoriosa, em todas as luctas em que se empenhar.”

“O JAMBEIRENSE” noticia em 07/02/1.926 : “PELO ESPORTE  –  Domingo ultimo,

na séde social, após a retreta, reuniram-se em Assembléa Geral os socios da Associação Sportiva local, para a eleição da nova directoria que deverá dirigir os destinos do Club no corrente anno.. O acto, que foi abrilhantado pela “Lyra Jambeirense”, esteve bastante concorrido. A directoria ficou assim organisada : Presidente (reeleito) Julio de Moraes; vice-presidente, prof. Joaquim Fernandes de Almeida; thesoureiro, Julio de Mello Filho; 1º secretario (reeleito) Edgard de Souza Moraes; 2º secretario, Luiz Bernardes Gil. Conselho Fiscal : pharm. Joaquim Bernardes de Almeida, João Franco Junior e Joaquim Ferreira Alves”

23. “O JAMBEIRENSE” noticia em 

2.  Nos arquivos da Paróquia também existe uma referência ao futebol :

Em 1874, D. Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, Bispo da então Diocese de São Paulo (que no século passado abrangia todo o Estado de São Paulo, o Mato Grosso e o Paraná), em sua 1ª visita pastoral a Jambeiro (que ainda era chamado de “Capivary”), achou muito pequena a Capela aqui existente, determinando, por isso, que se trabalhasse no sentido de ser edificado um novo templo, de maiores dimensões.

Aqui retornou D. Lino em 1.886. Não vendo a nova igreja construída, no dia 19 de setembro ele resolveu lançar as pedras – fundamental e comemorativa – da futura igreja matriz na “Praça Dona Anna” em terreno doado pelo Cel. Luiz Bernardo de Almeida Gil.

Logo foi ali construída uma capelinha – que o povo passou a chamar de “capella do Cruzeirinho” – enquanto se aguardava a edificação da nova matriz.

Trinta e três anos depois, o vigário da época, pe. Celestino Gomes de Oliveira Figueiredo, em vez de edificar a nova igreja matriz no local estabelecido, decidiu reconstruir a própria antiga Capela, remodelando-a com nova fachada e novas torres.

Adiantadas essas obras, o pe. Celestino solenemente fez a transladação das pedras acima referidas, da “Capella do Cruzeirinho” para o adro da igreja matriz reconstruída. É na ata desse acontecimento que consta a referência ao futebol (“foot baal”, como consta na ata) conforme abaixo se vê :

“Acta da transladação da Pedra fundamental e da pedra commemorativa da nova Matriz desta Parochia de Jambeiro projectada pelo Exmº Senhor Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho”, datada de 21/03/1.920, a fls. 3 v. o vigário da Paróquia da época, padre Celestino Gomes de Oliveira Figueiredo, justificou a não construção da nova igreja matriz no terreno doado em 1.886 para esse fim pelo Cel. Luiz Bernardo de Almeida Gil devido aos estragos ocasionados na capela pelos jogos de futebol que se realizavam no campo (“ground”) existente ao lado da capela : estava “em ruinas a pequena capella” ... “não convindo a sua reforma, porquanto, sendo os estragos occasionados pelos jogos de Foot-Baal (sic) que se realizam no “ground” que lhe está adjacente continuava sujeita aos mesmos damnos”...

O local – onde foi até 1980 o antigo campo de futebol da cidade – corresponde à área hoje ocupada pelas piscinas da Associação Atlética Jambeirense e pelo Ginásio Poliesportivo “Carlos Alberto dos Santos - “Carlão” (ali, mais precisamente onde está o Ginásio Poliesportivo, existiu aquela capela referida pelo padre Celestino Figueiredo que era chamada de “Santa Cruz” pelos nossos antepassados. Essa capela marcava o local onde foram depositadas as pedras fundamental e comemorativa da igreja que não chegou a ser construída – pedras essas que já tinham sido abençoadas por D. Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, Bispo da então Diocese de São Paulo, e que esteve duas vezes em nossa terra, em visita pastoral : em 1.874 e em 1.886.

II – O atual Estádio Municipal “Prof. Eduardo Vieira de Almeida” (Edu)

Em 1978

JAMBEIRO E JAMBEIRENSES – NOMES DE RUAS

Em 17/10/1985, na seção “NOTICIANDO” e sob o título “JAMBEIRENSES HOMENAGEADOS”, relacionamos nomes de saudosos conterrâneos que até então haviam sido homenageados por meio da atribuição de seus nomes a vias públicas de várias cidades. Passados quase vinte anos, voltamos a lembrar esses jambeirenses,  acrescentando-lhes outros ilustres nomes.

Abrindo a presente matéria, citamos as CIDADES onde o nome de JAMBEIRO também se encontra imortalizado.  

I  –  RUAS COM O NOME DE JAMBEIRO :

na  Capital de São Paulo : Rua Jambeiro – Parque Tomás Saraiva

em Caçapava : Rua 1º Centenário de Jambeiro – Jardim Amália

em Campinas : Rua Jambeiro – Jardim das Oliveiras

em Campo Grande-MS : Rua Jambeiro – Vila Stº Eugênio

em Cruzeiro : Rua Jambeiro – Vila Romana

em Guarulhos : Viela Jambeiro – Jardim São João

em Itaquaquecetuba : Rua Jambeiro – Jardim da Estação

em Jaboatão dos Guararapes-PE : Rua Jambeiro – Bairro Stº Aleixo

em Osasco : Rua Jambeiro – Conjunto Residencial Morro do Farol

 em Paraibuna : Rua Jambeiro

 em Pindamonhangaba : Rua Jambeiro – Cidade Nova

                                              Rua Jambeiro – Jardim Campinas

 em Porto Velho-RO : Rua Jambeiro – Bairro Nova Floresta

 em Ribeirão Pires : Rua Jambeiro Jardim Ouro Fino Paulista

 no Rio de Janeiro-RJ : Rua Jambeiro – Jardim Valqueire

 em Santarém-PA : Rua Jambeiro – Bairro Uruará

 em Santo André : Rua Jambeiro Vila Eldízia

 em São José dos Campos : Rua Jambeiro – Vila das Acácias

 em Taubaté : Rua Jambeiro – Jardim Jaraguá

II – LOGRADOUROS com NOMES de JAMBEIRENSES  (natos ou honorários (*)

       ou de PESSOAS LIGADAS à vida de JAMBEIRO (**)

1.           Em JAMBEIRO

1.1       –  Praça Almeida Gil (Luiz Bernardo de Almeida Gil) - centro 

1.2       –  Rua Cel. Antonio Bernardes de Almeida – centro

 –  Rua Antonio de Castro Leite  (*) – centro

1.4  –  Rua Antonio Mendes Ribeiro  (*) – Jardim Centenário

1.5  –  Rua Avelino Gagliotti  (*) – centro

1.6  –   Praça Benedito Ivo – centro

1.7  –   Rua Braz dos Santos – Jardim Centenário

1.8  –  Rua Prof. Dr. Carlos de Oliveira Ortiz – Jardim N. Srª das Dores (v. 7.1)

1.9  –   Rua Ferdinando Hilário – Jardim Centenário

1.10 –  Rua Giuseppe Hilário – centro

1.11 –  Praça Côn. Hygino Corrêa (Praça da Matriz) – centro 

1.12 –  Rua Cap. Jesuíno  (**) – centro (v. abaixo nº 3.3 e 6.3)

1.13 –  Rua João Bellotti  (**) – Jardim N.Srª das Dores

1.14 –  Rua Cel. João Franco de Camargo (**) – centro

1.15 –  Rua Pe. José Benedito Gomes Vieira – Jardim N. Srª das Dores

1.16 –  Rua Pe. José Maria da Silva Ramos – Jardim N. Srª das Dores (v. 5.9 e 5.10)

1.17 –  Rua José Pinto da Cunha – centro

1.18 –  Rua Prof. Júlio de Paula Moraes – centro    

1.19 –  Rua D. Olívia Vieira de Almeida – Jardim Centenário

1.20 –  Rua Waldemar Alencar  (*)

1.21 –  Rua Expedicionário Walther Costa Cunha

 Em BAURU

2.1 – Rua Rinaldo Franco de Camargo - Jardim Shangri-lá

3.     Em CAÇAPAVA

3.1 – Rua Dep. Benedito Matarazzo (*) – Vila Bandeirantes (v. abaixo nº 5.5)

3.2 – Rua Dr. Getúlio Evaristo dos Santos – Vila Antonio Augusto

3.3 – Rua Cap. Jesuíno Antonio Batista (**) (v. acima 1.13 e abaixo 6.3) – Vila Bandeirantes

3.4 – Rua Pe. José Maria da Silva Ramos – Vila Bandeirantes (v. abaixo nºs 5.9 e 5.10)

3.5 – Rua Maria Hilário Codellos – Jardim Borda da Mata

3.6 – Rua Olímpio Santos Júnior – Jardim Amália

4.     Em NATIVIDADE DA SERRA

4.1 – Praça Cônego Higino

5.     Em SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

5.1 –   Rua Angélica de Barros Porto – Jardim Itapuã (Eugênio de Melo)

5.2 –   Rua Benedita Lopes Vieira Henriques (Didita Lopes) – Urbanova II

5.3 –   Rua Benedito Ivo – Jardim Renata (v. acima 1.6)

5.4 –   Rua Benedito Ivo Filho (Didi) – Jardim Satélite

5.5 –   Av. Benedito Matarazzo (*)  (v. acima 3.1)

5.6 –   Rua Dimas Ferreira Ivo – Bosque dos Eucaliptos

5.7 –   Rua Diomedes Santos – Vila Luzia

5.8 –   Rua Joaquim de Moura Candelária – Jardim Esplanada

5.9 –   Rua Pe. José Maria da Silva Ramos – Jardim das Colinas (v. acima 1.17)

5.10 – Rua Pe. José Maria da Silva Ramos – Jardim Porta do Sol (v. acima 1.17)

5.11 – Rua José de Moura Candelária – Vila Industrial

5.12 – Rua Maria Palmyra Ferreira Ivo – Bosque dos Eucaliptos

5.13 – Rua Newton Ferreira Ivo – Jardim Copacabana

6.   Em SÃO PAULO

6.1 – Rua Altina Penna Botto (**) – Vila Ivone

6.2 – Rua Prof. Dario Dias de Moura – Jaçanã

6.3 – Rua Cap. Jesuíno Baptista – Jardim Guarani (v. acima 1.13)

6.4 – Rua Pe. José Maria da Silva Ramos – Vila Santa Catarina

6.5 – Rua Pe. José Sazami Kumagawa (“Pe. José de Jambeiro”) (*)

6.6 – Rua Dr. Luiz Augusto Botto  (**) – Chácara Mafalda

7.  Em  TAUBATÉ

7.1 – Av. Carlos de Oliveira Ortiz – Jardim Ana Rosa

7.2 – Rua Dr. Antonio de Oliveira Costa (*) – Parque Piratininga

7.3 – Rua Bento Vieira de Moura – Jardim Humaitá

7.4 – Rua Bento Vieira de Moura Júnior (Mourinha) – Jardim Santa Clara

7.5 – Rua José Antonio Pires (Chácara do Visconde) – Monção

7.6 – Rua Dr. José Vítor de Moura Ramos – Vila Bela

N. da R.: 

(*)     CIDADÃOS   JAMBEIRENSES  HONORÁRIOS

– Antonio de Castro Leite

Antonio Mendes Ribeiro

Avelino Gagliotti

– Waldemar Alencar

2.1 e 5.5 – Deputado Benedito Matarazzo

6.5 – Padre José Sazami Kumagawa (“Padre José de Jambeiro”)

7.2 – Dr. Antonio de Oliveira Costa

(**)    CIDADÃOS  INTIMAMENTE  LIGADOS  À  VIDA  DE  JAMBEIRO

1.13, 3.3 e 5.3 Cap. Jesuíno Antonio Baptista – nascido em São Luiz do Paraitinga em 05/02/1820 e falecido em Santa Cruz da Conceição-SP em 17/12/1894. O Cap. Jesuíno foi o doador do patrimônio que possibilitou a criação da Paróquia (= Freguesia) de Nossa Senhora das Dores.

1.14João Bellotti – nascido em Sernaglia - Treviso, em 17/06/1881, casou-se em Jambeiro com a paraibunense Maria Francisca da Conceição. Dos 16 filhos do casal, 14 nasceram em nossa terra. Foi vice-prefeito do Município em 1920 e vereador de 1920 a 1921 e entre 1927 e 1930.  Faleceu em 30/08/1954 em São Caetano do Sul, onde está sepultado.

1.15Cel. João Franco de Camargo – paraibunense, passou em Jambeiro a maior parte de sua vida. Foi casado com a jambeirense Maria Adelaide Vieira, filha de José Gomes Vieira e Gertrudes Eufrasina Vieira (Tudinha). Foi vereador em nossa Câmara no período de 11/01/1896 a 07/11/1924 (data de sua morte) e presidente da Edilidade entre 1908 e 1924. 

6.1 –  D. Altina Penna Botto – esposa do Dr. Luiz Augusto Botto  (v. a seguir nº 4.6).

6.6Dr. Luiz Augusto Botto – médico que viveu cerca de 16 anos em Jambeiro, tendo aqui desenvolvido um trabalho altamente meritório em favor de nossa gente. Seu nome também está imortalizado na denominação do Centro de Saúde de Jambeiro.

N. da R. : Aos que souberem de vias públicas em que Jambeiro e / ou algum dos seus filhos tenham sido homenageados em outras cidades, solicitamos que, por obséquio, nos comuniquem o fato, enviando correspondência para o seguinte endereço :

EDITORA JAMBEIRENSE

Rua Major Gurgel, nº 79 - centro – 12270-000 – JAMBEIRO – SP

ou  por  e.mail :

JAMBEIRO E SEUS PREFEITOS E VICE-PREFEITOS

PERÍODO               PREFEITO (naturalidade)  VICE-PREFEITO (naturalidade)

30/01/1908 a      João do Amaral Gurgel                José Rodolpho Rebello

14/01/1914                         (* Caçapava)                                  (* Jambeiro)

15/01/1914 a           Idem                                                                 Ernesto de Souza Moraes

14/01/1915                                                                                                          (* Jambeiro)

15/01/1915 a            Idem                              Francisco Ribeiro da Costa (* ?)

15/10/1916                                                     (com a renúncia de João do Amaral

                                                                                                              Gurgel em 15/10/1916, exerceu o

                                                                                                              cargo de Prefeito até 14/01/1917)

15/01/1917 a        Pedro de Paula Lopes           José Rodolpho Rebello

16/01/1918                         (* Paraibuna-SP)           

17/01/1918 a       José Rodolpho Rebello        Benedicto Albino dos Santos

16/01/1919                         (* Jambeiro)                           (* Jambeiro)

17/01/1919 a           João Batalha                    Francisco de Paula Lopes

14/01/1920                        (Orosomarzo-Itália)                   (* São Paulo)

15/01/1920 a    Francisco de Paula Lopes  João Batalha (renúncia 15/03/1920)

15/10/1921        (renúncia em 15/10/1921)    João Bellotti (eleito em 15/06/1920,

                                                                       renunciou em 15/04/1921)

                                                                                                        (* Sernaglia - Itália)

15/10/1921 a       João do Amaral Gurgel       

14/01/1923         

15/01/1923 a       João do Amaral Gurgel    Benedicto Albino dos Santos  14/01/1925                                                    (renúncia em 15/05/1924)

                                                             José Pinto da Cunha (eleito em 15/05/1024)

                                                                                               (* Jambeiro)

15/01/1925 a   João do Amaral Gurgel   Emygdio Gonçalves Pereira (renúncia

14/01/1926                                                                                       em 15/06/1925)  (*  ?)

15/01/1926 a       João do Amaral Gurgel     Benedicto Ivo  (* Jambeiro)

14/01/1927

15/01/1927 a       João do Amaral Gurgel   José Pinto da Cunha (renúncia em

14/01/1928                                                   15/02/1927) (* Jambeiro)

                                                                      Benedicto Ivo (eleito em 15/02/1927)

15/01/1928 a       João do Amaral Gurgel       Benedicto Ivo

29/10/1930

29/10/1930          Revolução de 1930

29/10/1930 a       João Bellotti dos Santos               ----

05/1933             (* Paraibuna-SP)

05/1933 a            João Geraldo Baptista da Silva   ----

09/1933             (*  ?)

--/--/1934             Benedicto Ivo                             ---

21/061939           (* Jambeiro)

03/07/1939 a        Octavio Enéas de Almeida          ---

27/09/1942                         (* Caçapava)

28/09/1942 a        Antonio de Castro Leite              ---

22/11/1945           (* São José dos Campos)

23/11/1945 a        Avelino Gagliotti                         ---

09/12/1945                         (* Caçapava)

09/12/1945 a        Antonio de Castro Leite              ---

12/03/1947

20/04/1947           Waldomiro Passos (Vavá)             ---

26/11/1947                          (* Caraguatatuba)

1º/01/1948 a        Antonio de Castro Leite               ---

31/12/1951

1º/01/1952 a     Eduardo Vieira de Almeida    Djalma Washington Rodrigues

31/12/1955           (Edu)  (* Caçapava)              Nunes  (* Franca)

1º/01/1956 a     Antonio de Castro Leite        Ricieri Hilário  (assumiu o cargo

31/12/1959)                                                    de Prefeito de 12/07 a 12/08/1956;

                                                                         de 12/06 a 1º/07/1967; e de 1º/06  

  a 1º/08/1968  (* Jambeiro)

1º/01/1960 a     Jorge Pereira  (* Machado)        Mozart Prado Leite (* MG)

31/12/1963

1º/01/1964 a      Antonio de Castro Leite            Joaquim Sennes Almeida

31/01/1969                                                       (* Jambeiro) (assumiu o cargo

                                                                           de Prefeito de 05/08 a 05/09/

                                                                          1967; e de 1º/06 a º 1º/08/1968)

1º/02/1969 a     José Teixeira Duarte                 Waldemar Alencar

31/01/1973                       (* Campinas)                                        (* Caçapava)

1º/01/1973 a     Antonio Santiago da Silva Filho      José Gurgel Almeida

31/01/1977        (* Pouso Alto-MG)                                (* Jambeiro)

1º/02/1977 a     Benedito Martine  (Didi)           Waldemar Alves dos Santos

31/01/1983        (* Caçapava)                             (Valdinho) (assumiu o cargo

                                                                            de Prefeito entre 24/05 e

                                                                            12/06/19780)

1º/02/1983 a     Clodomiro Correia de Toledo    Geraldo Boaventura do

31/12/1988        (* Tietê-SP)                                Nascimento  (* Silveiras-SP)

1º/01/1989 a      Benedito Martine (Didi)             Waldemar Alves dos Santos

31/12/1992                                                                                    (Valdinho) (* Lagoinha)

1º/01/1993 a     Waldemar Alves dos Santos     Antonio Mendes Filho (Cacá)

31/12/1996         (Valdinho)                                          (* Jambeiro)

1º/01/1997 a   José Geraldo Vasconcelos Coelho     Clodomiro Correia

31/12/2000       (* São Gonçalo do Sapucaí-MG)            de Toledo

1º/01/2001 a  José Geraldo Vasconcelos Coelho   Altemar Machado Mendes

31/12/2004                                                                                      Ribeiro (* Jambeiro)

1º/01/2005 a     Carlos Alberto de Souza          Regina Maria Santos Santana

                                       (Casquinha)  (* Itajaí-SC)              (Regina Fortunato)

                                                                                                                       (São José dos Campos)

PRIMEIRAS COISAS DE JAMBEIRO  - EDIÇÕES D’“O JAMBEIRENSE”

I  -  31/08/2002  (pág. 6)

 “A MORTE” e “O FOLGAZÃO” – jornais críticos e humorísticos editados em Jambeiro no começo do século XX – tiveram uma seção destinada a lembrar as “PRIMEIRAS COISAS DE JAMBEIRO”. 

Consta que o autor dessas notas, sob o pseudônimo de “Xenofonte” (*), é Hippolyto Modesto de MoraesHippolyto, nascido em 1866, em Salesópolis (antiga São José do Paraitinga), veio com apenas 7 anos de idade para Jambeiro, tendo aqui falecido em 20/05/1928. Companheiro e colaborador de seu irmão caçula, prof. Júlio de Paula Moraes, foi sacristão da igreja matriz, Agente do Correio, Tabelião, Secretário da Câmara e Oficial do Registro Civil; foi, ainda, membro da 2ª Banda Musical criada nesta cidade em 1877 e, depois, da “Lyra Jambeirense”, fundada e regida pelo irmão Júlio.

De seu primeiro casamento, realizado em 04/02/1893, com d. Maria do Carmo Barbosa (que veio a falecer em 04/02/1925, em Jambeiro), houve os seguintes filhos : Mariquinhas, Júlia, Agenor, Maria das Dores, Jenny, Odette e Hippolyto (Hito). Tendo enviuvado, contraiu matrimônio em 11/09/1926 com d. Constância Barbosa, irmã de sua primeira esposa, não tendo havido filhos desse consórcio.   (foto)

A fim de relembrar os primeiros fatos da história local, “O Jambeirense” passa a reeditar as “PRIMEIRAS COISAS DE JAMBEIRO”, fazendo-o em ordem alfabética a fim de facilitar futuras consultas de possíveis interessados no assunto.

                (*) Xenofonte – historiador, filósofo e general ateniense (* 430 AC + 335 AC)

PRIMEIRAS COISAS DE JAMBEIRO

Abertura do cofre da Matriz – Perante Benedicto Pereira Pinto – o célebre sacristão “Formiga”– e outros, o zelador da Capela, Cap. Jesuíno Antonio Baptista, procedeu à primeira abertura no cofre da Padroeira, encontrando-se a quantia de 14$440 de esmolas.”                                                                              (“A Morte” – nº 4 – 1º/09/1907)

Alfaiate – o primeiro que trabalhou neste município, avulsamente no bairro da Serra, foi um mulato de nome José Gordo; e o primeiro que abriu oficina foi o pardavasco Antonio Luiz Felipe de Leão. Sucedeu-lhe o finado Benedicto Pires de Souza Guimarães, cuja oficina ainda existe, sob a direção de seu filho Ernesto de Souza Moraes”. 

                                                                                                 (“O Folgazão” – 1º/04/1908)

II  -  15/09/2002  (pág. 7)

Armazém – Existia no bairro do Capivari, em 1864, um armazém pertencente ao Capitão João Baptista de Tolosa, do qual se diz ter sido o primeiro neste município.”      

                                                                                      (“O Folgazão” – nº 2 – 15/01/1908)

Assento de Batizado – O primeiro batizado registrado no livro da Paróquia foi o de Benedicto, filho legítimo de Joaquim Benedicto Amaro Lopes e de Rosinda Clara de Jesus, realizado em 21 de novembro de 1872, e o 1º batizado de filhos de escravos, como determinava a Lei 2.040, de 28 de setembro de 1871, foi o de Sabrina, filha de Sebastião e Josefa, ex-escravos de João da Costa Gomes Leitão, realizado em 1º de dezembro de 1872.”       (v. “Batizado”, abaixo)                                           (“O Folgazão” – 1º/02/1908)

Assento de Casamento – O primeiro de pessoas livres que se realizou na nova Capela e que consta registrado no livro respectivo, foi o de Francisco de Moraes com Marcolina do Rosário, em 30 de novembro de 1872; e o primeiro de escravos foi o de Francisco (pardo) e Benedicta, ex-escravos do Capitão Francisco Alves Moreira.”

                                                                                              (“O Folgazão” – 1º/02/1908)”

Batizado – O primeiro que se fez neste município, após a consagração da Pia Batismal, em 17 de setembro de 1871, foi o do sr. Delfino Franco. Não consta dos livros da Paróquia o assento desse Batizado e sim deve constar nos de Caçapava, porquanto os registros de batizados aqui feitos datam de 21 de novembro de 1872 [como se apontou acima] ...”                      (“O Folgazão” – 15/01/1908)   (v. acima – “Assento de Batizado”)

Cadeiras (= classes escolares) – A primeira do sexo masculino foi criada em 1869, quando este município pertencia a Caçapava.  A primeira do sexo feminino foi criada em 1875.”                                                                                (“A Morte” – nº 3 – 11/08/1907)

Cafezal – O primeiro que se plantou, segundo o Chico Telheiro, um dos velhos dos tempos coloniais existentes aqui, foi no bairro da Serra, na montanha mais alta do município.”                                                                         (“A Morte” – nº 1 – 16/06/1907)

Caixeiros – Da loja do Capitão Jesuíno foi 1º caixeiro o mestre de meninos do Damião, conhecido por João Mestre, e do armazém, o Capitão João Batista Nepomuceno, que deixou esse emprego por ter de partir para as campanhas do Paraguai.”   

                                                                                          (“Folgazão” – nº 2 – 15/01/1908)

Capado – O primeiro que se vendeu, na primeira quitanda deste município, foi o de Inácio Nunes, em 1873.”                                                          (“O Folgazão” – 1º/03/1908)

Casa – A primeira casa de telhas que se construiu nos sertões do Capivari foi a da antiga fazenda dos Vieiras, situada no lugar onde hoje é o Largo do Mercado.”   

            (“A Morte” nº 1 – 16/06/1907)

III  -  23/10/2002  (pág. 8)

 “Casa da Festa do Espírito Santo – Foi a primeira que serviu, em 1873, quando Imperador do Divino o sr. Joaquim José de Camargo, a do sr. Francisco Joaquim Rebello. Essa casa foi demolida há 3 anos, contando, segundo informações de pessoas fidedignas, 100 anos.”                                                             (“O Folgazão” – 1º/03/1908)

Casamento – O primeiro que se fez na igreja desta cidade e que não consta nos assentos dos livros paroquiais, foi o do sr. Major Francisco Martins de Siqueira.  Mais tarde daremos aos leitores o assento do 1º Casamento lançado nos livros desta Paróquia.”                 (“O Folgazão” – 15/01/1908)  (v. acima “Assento de Casamento”)

Catacumba – A primeira que se construiu neste município, no antigo Cemitério, em 13 de janeiro de 1879, foi a da distinta matrona Anna Francisca de Tolosa, veneranda mãe de uma distinta família da qual existem neste município muitos membros úteis à sociedade, como sejam Coronel João Franco e major Antonio Franco.”

                                                                                                                          (“O Folgazão” – 1º/02/1908)

Cemitério – Neste Cemitério, o primeiro deste município, no qual foram feitos os enterramentos supra mencionados (de Alexandre Colaço de Almeida, falecido em 18 de dezembro de 1872, e de Anselmo – escravo – falecido em 16 de dezembro de 1872), anteriormente inumavam-se cadáveres, em cujas sepulturas se colocavam estivas de madeira, por não ser murado esse local sagrado. Em 1870, devido ao respeito aos mortos, o sr. Joaquim Bernardes de Almeida Gil mandou fechar de taipas o Cemitério, por Ângelo “Taipeiro”. O portão desse Cemitério foi feito por Francelino Augusto da Silva. Era incumbida, pela Fábrica da Paróquia de Caçapava, de fazer os assentos de óbitos no então Bairro do “Capivari”, quando solteira, a exma. sra. D. Maria Caetana de Almeida, de saudosíssima memória. Em virtude de ter-se construído, em 1886, o atual Cemitério Municipal, no qual se deu a 1ª sepultura ao inocente José, de 2 anos de idade, em 8 de setembro de 1887, foram proibidos os enterramentos na antiga necrópole, sendo, porém, permitido, mediante a multa de 20$000 e emolumentos respectivos, que se desse “sepulte-se” a cadáveres cuja família se sujeitasse a essa pena.”         

                                                                                                 (“O Folgazão” – 1º/02/1908)

Coroinhas – Foram os primeiros Olympio, José e João, protegidos do Padre Godoy; e os primeiros externos foram Hippolyto Modesto de Moraes Soares e Benedicto José de Macedo, vulgo Benedicto Laranginha (sic), no ano de 1877. O Laranginha, nesse mesmo ano, foi nomeado sacristão por ter saído o 3º, que era Marcellino José de Faria. Substituiu o Laranginha, na sacristania,, Hippolyto de Moraes, aos 15 de junho de 1879, o qual, segundo a ordem desses empregados, é o 5º e não o 4º.”   (“O Folgazão” – 30/05/1908)

Doação Pia – O Cap. Jesuíno Antonio Baptista e sua mulher, dona Maria Bento Rangel, de saudosa memória, fizeram doação do terreno onde se acha edificada a parte mais elevada da cidade, a Nossa Senhora das Dores, como se verifica pela escritura lavrada nas notas do ex-Tabelião de Caçapava, Francisco Alves Moreira da Costa, aos 12 de junho de 1868.”                                                                        (“O Folgazão” – 15/01/1908)

IV  -  20/11/2002  (20/11/2002)

Doceiras – Foram as primeiras neste município D. Anna Gomes Vieira de Almeida Gil e suas filhas D. Bernardina, D. Maria Caetana, D. Anna Felizarda e D. Maria José Rebello. O preto Damião – o fiel da casa – era quem ia fazer as vendas desses doces em Taubaté, Paraibuna e Caçapava, levando, cada vez que viajava, 4 e, às vezes, 6 burros carregados com esse ramo de indústria.”                                                  (“O Folgazão” – 1º/02/1908)

Exéquias – As primeiras em sufrágio da alma de D. Anna Francisca de Tolosa, digna consorte do finado Antonio Franco de Camargo, foram solenizadas pelo saudoso Padre José de Godoy Moreira Costa, em 13 de janeiro de 1879, oficiando nesse ato a Corporação Musical de Caçapava.”                                       (“O Folgazão” – 1º/02/1908)“

Exposição do Senhor Morto – Para as homenagens devidas, foi, em 1872, exposto ao público pela primeira vez, neste município, o Senhor Morto, em cujo ato os devotos contribuíram com 13$200 de esmolas.”                               (“A Morte” – nº 4 – 1º/09/1907)

Família – A primeira Família que veio habitar este município, há 120 anos, foi a dos Vieiras.”                                                                              (“A Morte” – nº 1 – 16/06/1907)

Farinha – O primeiro cargueiro de farinha que se expôs à venda, na primeira quitanda, foi o de Lúcio Alves de Almeida, em 1873.”                             (“O Folgazão” – 1º/03/1908)

Farmácia – A primeira que se abriu neste município foi no ano de 1876, pertencente ao finado Joaquim Gomes de Araújo Sobrinho, de Taubaté.”        (O Folgazão” – 1º/04/1908)

Festa do Espírito Santo – A primeira foi realizada no ano de 1873, sendo festeiro o sr. Joaquim José de Camargo”                                                 (“A Morte” – nº 3 – 11/08/1907)

Festeiros de São Benedito – O primeiro foi o cidadão Joaquim Bernardes de Almeida Gil, que se assinava anteriormente Joaquim Gomes de Almeida; e primeira festeira, D. Antonia, filha do sr. João Ferreira Martins.

História – A trasladação de São Benedito, da fazenda do Cap. Jesuíno para a nova Freguesia, foi imponentíssima e se deu alguns dias antes da criação da Irmandade (1875).  A estrada por onde devia passar a Procissão apresentava aspecto encantador pela infinidade de bambus que a ladeavam até a igreja.  À tarde, desfilava para a fazenda grande multidão de povo acompanhando a música e o então Vigário da Paróquia, Pe. José de Godoy Moreira Costa, de saudosíssima memória.  De lá, após a bênção da Imagem de São Benedicto, regressou o povo em Procissão com a Imagem que era conduzida em um rico andor por quatro cidadãos distintos daquela época.  No longo itinerário observava-se muito respeito e devoção, enquanto a música, nos intervalos dos cânticos sagrados que entoava o Vigário, executava, ao espocar dos foguetes e ao estrugir das baterias, lindas peças do seu repertório.  Chegado o préstito à Capela, hoje Matriz, solenizou-se uma reza, dando-se fim à imponente trasladação.”

                                                                                                            (“A Morte “ – nº 4 – 1º/09/1907)

Festa do Espírito Santo – A primeira foi realizada no ano de 1873, sendo festeiro o sr. Joaquim José de Camargo.”                                         (“A Morte” – nº 3 – 11/08/1907)

Fogos artificiais – Os primeiros trabalhos pirotécnicos expostos ao público deste município foram os do sr. Daniel José de Camargo, por ocasião das festas do sr. Joaquim José de Camargo.”                                                        (“O Folgazão” – 1º/03/1908)

Foguetaria – A primeira casa edificada, em 1874, para esse mister, e que serviu até 1886, acha-se situada ao lado direito da igreja matriz. Anteriormente, quando o sr. Benedicto Antonio de Moraes (1) fundou sua fábrica de fogos na então Freguesia do Capivari, a oficina era provisoriamente em um casebre de sapé sito na antiga Rua da Palha (2).  Em setembro de 1873, foi a referida oficina transferida  para uma casa de “meia beira” (sua propriedade), sita na rua, hoje 15 de Julho (3), donde passou para a foguetaria que está fazendo parte destas “Primeiras Coisas”, em fevereiro de 1874. Em 1886 serviu de oficina a casa do José Pedreiro, a qual já foi demolida, passando desta para a da Rita Valência, em 1887, onde permaneceu até 1894, época essa em que foi transferida para uma casa em frente, construída ainda pelo sr. Moraes em 1892.”

                                                                                                                     (“O Folgazão” – 19/02/1908)

Notas :

(1) Natural de Mogi das Cruzes – filho de Luiz Rodrigues de Moraes e de d. Maria Benedicta da Conceição Soares –, Benedicto Antonio de Moraes foi casado com d. Cândida Maria do Espírito Santo – natural de Paraibuna, filha de Francisco Hidalgo Leite e Bernardina Hidalgo Leite. Em 08/03/1873, Benedicto Antonio de Moraes veio para Jambeiro (ainda Vila do Capivary) com sua família, tendo aqui falecido, aos 71 anos, em 25/08/1912. Foram seus filhos : Osória, Leopoldino, Joaquina, Leocádia, Hippolyto, Porphiria, Bernardina e Júlio de Paula Moraes.

(2) Assim era conhecida, antigamente, a Rua Capitão Jesuíno.

(3) A atual Rua Prof. Lucas Nogueira Garcez por muito tempo se chamou “Rua 15 de Julho”, para lembrar a data em que Jambeiro foi elevado à categoria de cidade (em 15/07/1898). A atual denominação de “Rua Prof. Lucas Nogueira Garcez” foi atribuída a esse logradouro pela Lei nº 71, de 21/06/1956, promulgada pelo prefeito Antonio de Castro Leite.

Foro de terreno – Em novembro de 1868, Joaquim Rodrigues de Souza (vulgo “Joaquim Telheiro”) aforou 40 palmos de terreno para construir sua casa.” 

                     (“A Morte” – nº 4 – 1º/09/1907)

Hotel – O primeiro hotel instalado neste município foi o do sr. Albano José Teixeira Pinto, em 1872.”                                                                    (“O Folgazão” – 15/01/1908)

V  -  24/12/2002  (pág. 4)

Irmandade do Santíssimo Sacramento – Conforme se vê da Certidão do Pe. João Pereira Ramos, primeiro Vigário da Paróquia, de 25 de abril de 1873, com firma reconhecida pelo então 2º Tabelião de Caçapava, Francisco Alves Moreira da Costa, aos 17 de maio do mesmo ano, a primeira Irmandade do Sacramento deste município foi criada no ano de 1872.”                                                     (“A Morte” – nº 4 – 1º/09/1907)

Irmandade de São Benedicto – Aos 18 de junho de 1875 foi criada a primeira Irmandade de São Benedicto nesta Paróquia; foram eleitos : Juiz – Antonio José Pedro; Juíza – Emília (escrava), hoje, Emília da Mata; tesoureiro – major João do Amaral Gurgel; procurador – Luiz Gonzaga de Souza (vulgo “Luiz Januário” – o capelão afamado para entoar ladainhas etc., nas rezas que se realizavam na então Capela e nas roças deste município; andador – João Barbosa de Lima (vulgo “Telheiro”, companheiro de “Luiz Januário” como seu ajudante de capelão; zelador – Marcelino Pires Gonçalves.”       

                                                                                              (“A Morte” – nº 4 – 1º/09/1907)

Fogos – Foi na festa do sr. Camargo que se deu começo à desenfreada jogatina neste município, à qual afluíam jogadores de todos os lugares circunvizinhos e às vezes de muito longe, a fim de bancarem búzio e muitos outros jogos. Devido ao insignificante número de casas, construíam-se ruas de ranchos para agasalhar os forasteiros. Cenas tristes e ao mesmo tempo alegres se desenrolavam nesses tempos deste município, devido às repetidas queimas de ranchos. Uma feita, isto é, em 1873, incendiou-se uma carreira de ranchos que começava no oitão da casa do sr. José Gomes Vieira e terminava na esquina do sr. H. M. (Rua 15 de Julho). Essa queima de ranchos foi uma cena que, pelos apuros do público, era triste e ao mesmo tempo alegre. Parte do povo, em aperto, lutava para apagar as labaredas que se alastravam incinerando tudo o que encontrava; outra parte, porém, desocupada, inclusive a criançada da qual fazia parte o autor destas linhas, assistia, satisfeita, os flocos de sapé chamejante se evoluírem, envoltos em intenso fumo, pela impetuosidade do fogo pelos ares, fazendo um ruído aterrorizador e sinistro. Nessa queima pereceu, “in totum”, um pequeno armazém de Benedicto Garcia de Araújo, vulgo “Belito”, morador de Caçapava. No dia seguinte, os pequenos e alguns tipos sem serviço foram procurar dinheiro no entulho do armazém, encontrando apenas uns cobrinhos magros ...”                                                        (“O Folgazão” – 19/02/1908)

VI  -  25/01/2003  (pág. 4)

Judas – O primeiro boneco armado no ano de 1874, no beco das Ruas Cap. Jesuíno e 15 de Julho [atual Rua Prof. Lucas Nogueira Garcez], com o título de “Judas Poeta”, foi por iniciativa do pândego sacristão “Formiga”; no ano seguinte, além dos “Judas” armados em paus, tivemos o prazer de ver um a cavalo num burro [sic] velho de nhô Quim Bernardo [Joaquim Bernardes de Almeida Gil], cujo resultado foi satisfatório ao público que, em grande massa, observou os corcovos do quadrúpede e o “Judas” a batê-lo com os braços moles até que, pelo longo combate, se tornasse em fragmentos.”     

                                                                                         (“A Morte” – nº 2 – 30/06/1907)

Ladainha de Maio” – A primeira que se tirou, em forma processional, neste município, foi no ano de 1873. O Cap. Jesuíno, o incansável propugnador pelo progresso e desenvolvimento da nova Freguesia de Nossa Senhora das Dores do Capivari, achando pequeno o trajeto a ser percorrido pelas Ladainhas, nesse ano reuniu muitas pessoas e capinou a parte compreendida pela Travessa Rio Branco [atual Rua José Pinto da Cunha], passando pelo Cemitério Municipal [hoje inteiramente devassado e transformado em pasto] e saindo na caixa d’água sita na antiga Rua da Palha [atual Rua Cap. Jesuíno].”                                                                               (“O Folgazão” – 1º/04/1908)

Lava-pés – O primeiro solenizado neste município pelo Padre Francisco Marsiglia (*) foi em 1881.”                                                                          (“A Morte” – nº 3 – 11/08/1907)

(*) Natural de Policastro (Itália), foi vigário de Jambeiro entre 1880 e 1887.  No dia 10/08/1887 faleceu repentinamente, tendo sido seus restos mortais sepultados no Cemitério de nossa cidade.

Lei Áurea – A primeira Festa que se realizou neste município  em regozijo à Lei nº 5.353, de 13 de maio de 1888, foi no ano de 1889. O programa foi executado com todo esmero : à noite percorreu as ruas em marcha “aux flambeaux” a Corporação de Música local. Terminada a passeata, a Corporação Musical e promoventes se dirigiram para a Praça Almeida Gil, onde, em um belo coreto, ouviu-se o Hino da Liberdade, cantado por diversas senhoritas. Findo o qual, houve muitos discursos alusivos à data gloriosa de 13 de maio de 1888, enquanto a música nos intervalos executava lindas peças do seu repertório. Nesse dia de delirante diversão, os pretos, entusiasmados, jongavam, trançavam fitas, e na sala da Câmara, hoje do Cel. Franco, o animado baile corria às mil maravilhas.”                                                                                                                        (“O Folgazão”)

Leilão – Em auxílio às festas das Virgens, realizou-se o primeiro leilão neste município, no ano de 1872, o qual rendeu 117$000.”                            (“A Morte” – nº 4 – 1º/09/1907)

Loja – A primeira que se abriu neste município, isto é, quando pertencente ao de Caçapava, foi a do Capitão Jesuíno Antonio Baptista, em 1865. Nesse estabelecimento, o Capitão vendia gêneros secos e molhados.”                 (“O Folgazão” – nº 2 – 15/01/1908)

Manancial – O córrego, hoje encanado, que, por uma simples bica de taquaraçu, feita em 1870, no pasto da casa da Padroeira, abastecia a populaçãozinha, da ponte do Capivari para cima, permaneceu até 1875, quando se reuniram em camaradagem Francisco Luiz Barreto, Benedicto Antonio de Moraes (1), João Felipe de Sant’Anna, João Manoel, Benedicto Pereira Pinto (Formiga) e Manoel Celestino, e tiraram a pequena água pela frente da casa do Dito Celestino. Não tendo esse trabalho dado bom resultado, em vista de não terem ladrilhado o rego, voltou o regato para o antigo lugar. Em 23 de janeiro de 1883, Manoel Lopes (Português) e ainda Benedicto Antonio de Moraes, João Felipe de Sant’Anna e outros, reformaram o antigo rego d’água, ladrilhando de tijolos e cal. Essa mudança de água permaneceu até 1894, época em que a Câmara, em 10 de dezembro, contratou Florimond Colpaert para encanar o pequeno regato, e que o fez, não produzindo esse serviço bom resultado. Em agosto de 1897, Guilherme Bernstein fez novo encanamento, tirando a pequena água em chafarizes no largo da Matriz e esquina das ruas 15 de Julho (2) e Capitão Jesuíno; e nessa mesma ocasião, tirou diversas penas d’água nas casas do major Gurgel, capitão Cesário e Hippolyto de Moraes e outros. Esse foi um dos mais importantes melhoramentos que Jambeiro recebeu, quando presidente da Câmara o major Gurgel.”                                                                         (“O Folgazão” – 30/05/1908)

Marceneiro – A Raymundo Baptista (escravo do Capitão Jesuíno) coube esta seção de “Primeiras Coisas de Jambeiro”, pois foi ele o primeiro marceneiro que exerceu sua profissão neste município.”                                              (“O Folgazão”- 1º/04/19098)

Médico – O primeiro que veio residir neste município, no ano de 1876, foi o Dr. Benedicto Alípio Meira (*). Sucedeu-lhe o Dr. Ernesto Bartholomeu de Barros, que esteve nesta cidade de 1881 a 1886, onde ocupou o cargo de Presidente da Câmara e outros, desempenhando-os com proficiência e correção, sendo, por esse motivo, dado à principal rua desta cidade o nome de “Rua do Doutor Barros”.          (“O Folgazão” – 1º/04/1908)

(*)  ”A Gazeta de Taubaté” publicou na edição de 23/04/1879 :

“Hospede distincto – Por alguns dias esteve entre nós, hospedado em casa do snr. Antonio Valle, o illustre snr. Dr Benedicto Alipio Meira – medico e operador – que no principio de sua honrosa carreira scientifica já tem grangeado um nome honrosissimo. O Dr. Meira pretende fixar sua residencia na nova villa do Jambeiro ou em Caçapava, clinicando, sem embargo nas cidades vesinhas. Levando  ao conhecimento de nossos conterraneos este facto o fazemos convictos de que terão occasião de relaccionarem-se com um cavalheiro de ameno trato e bastante delicado. A “Gazeta” cumprimenta ao novel facultativo.”

Mês de Maria – O primeiro que se festejou na Freguesia nova de Capivari, foi em 1872. Não se pode precisar com certeza o nome dos festeiros; porém, pelo que se verificou de certas notas da Matriz, tira-se a conclusão de que a Festa foi feita pelo fundador de Jambeiro, o Capitão Jesuíno.”                                            (“A Morte” – nº 4 – 1º/09/1907)

Missa – A primeira que se celebrou neste município, depois de permitida pelo Vigário Geral (*), por Portaria de 3 de março de 1871, a fundação da Capela, hoje Matriz, foi no dia 17 de setembro de 1871, precedendo-se a este ato a bênção da mesma Capela.” 

                                                                                                 (“A Morte” – nº 2 – 30/06/1907)

(*) Trata-se, na verdade, do Vigário Capitular  (e não Vigário Geral) da então Diocese de São Paulo, “sede vacante”, Dr. Joaquim Manoel Gonsalves (sic) de Andrade.

Missa de 5ª feira -  Do ano de 1877, inclusive, e 1878, até abril, as Missas de 5ª feira ou do SS. Sacramento, eram celebradas sem interrupção, havendo nesses dias, durante a Missa, os cânticos de “Tota pulchra” e motete do Santíssimo, pelo sr. Fortunato de Paula Campos, 5º mestre de música deste município, tendo por cantora d. Francisca de Paula Campos, sua sobrinha.”                                                          (“O Folgazão” – 30/05/1908)

Óbito – O primeiro de pessoa livre que consta do termo do respectivo assentamento foi o de Alexandre Colaço de Almeida, no dia 18 de dezembro de 1872; e o primeiro de escravos realizado neste município que, no livro competente, baixou o nº 1, foi o de Anselmo, filho de João Carioca e Maria Eugênia, ex-escravos do finado João da Costa Gomes Leitão, no dia 16 de dezembro de 1872.”                  (“O Folgazão” – 1º/02/1908)

VII -  26/03/2003  (pág. 5)

Oferta de um retrato – A primeira que se fez neste município, por um grupo de cavalheiros de reconhecidos méritos, foi em 22 de julho de 1899. Coube essa honra ao preclaro médico, Dr. Luiz Augusto Botto, pelos seus relevantes serviços prestados a este município desde 1889. Não fizeram nada de mais os amigos e admiradores do Dr. Luiz Botto, porquanto esse ilustrado apóstolo da ciência desde 1889 até sua mudança para Caçapava, foi o médico da pobreza e dos ricos, não levando destes ou daquela importância alguma como honorário médico.”                                  (“O Folgazão” )

Paço Episcopal Provisório – A casa que serviu de hospedaria ao finado D. Lino Deodato de Carvalho (*) (foto), então Bispo de São Paulo, foi a do finado Joaquim Bernardes de Almeida Gil, de saudosa memória, sita na Rua Major Gurgel [atual Rua Cel. João Franco de Camargo], a qual teve a primazia de receber tão ilustre hóspede na então Freguesia de Capivari.”                                                          (“O Folgazão” – 15/04/1908)

(*D. Lino Deodato Rodrigues de Carvalho – natural de São Bernardo das Russas, Olinda-PE, foi nomeado Bispo de São Paulo em 29/07/1872 e sagrado em 09/03/1873. Esteve em Jambeiro em duas Visitas Pastorais – a 1ª entre 2 e 6/02/1874 (sendo vigário o Pe. João Pereira Ramos) – e a 2ª em 18 e 19/09/1886 (sendo vigário o Côn. Francisco Marsiglia). Na 2ª Visita D. Lino Deodato lançou, em terreno doado por Luiz Bernardo de Almeida Gil (mais ou menos no local onde hoje está o Ginásio Poliesportivo “Carlos Alberto dos Santos – Carlão”) as pedras – fundamental e comemorativa – destinadas à construção de uma nova igreja matriz, o que não chegou a ser concretizado. Ali existiu por muito tempo uma Capela, conhecida como “Capela de D. Lino”.   D. Lino Deodato faleceu em Aparecida em 19/08/1894 e seu corpo repousa na Cripta da Catedral Metropolitana de São Paulo.

Pedreiro – O primeiro foi o pândego sacristão Benedicto Pereira Pinto, vulgo “Formiga”. Quando este município pertencia a Caçapava, trabalhou de pedreiro nas obras da casa do sr. Luiz Jacinto Gil (*), hoje denominado “Colégio”, um indivíduo de nome Antonio Jacinto, conhecido por “Mestre Jacinto”, que não tinha residência fixa neste município, ao passo que, em 1873, o único pedreiro existente na nova Freguesia era o “Formiga”.

– Um dia, estando o “Formiga” rebocando quatro lanços de casas de sapé sitos na antiga “Rua da Palha” [a atual Rua Capitão Jesuíno], entendeu esculturar uma “sereia” no centro da parede da frente. Pondo em ação os seus desejos, vem o indivíduo José Benedicto Leite, vulgo José “Patrício”, apreciar os trabalhos artísticos, enquanto o pedreiro procurava meio de enxotar o “sapo”. À proporção que este dizia : “Como está bonita, que coisa bela, que obra de arte !”, em tom gravíssimo, dizia : “É ... nhô Zé ... está mesmo bonita !”; e, enquanto zombava do apreciador dos seus trabalhos, preparava o reboco que estava na trolha (segundo o Dicionário Aurélio = espécie de pá na qual o pedreiro tem a argamassa que vai usando). Depois de amolecer bem a argamassa, deu como que um movimento e jogou-a no rosto do pobre “Patrício” que, possuído de terrível cólera, pegou num pau e, vibrando-o sobre o “Formiga”, procurou desforrar-se da desfeita que recebera. O “Formiga”, vendo a sanha de seu contendor, desfez-se em agilidade, desviando com a trolha e a colher as pancadas que lhe dava o pobre “Patrício”, que logo se retirou a pedido de amigos que conseguiram apaziguá-lo.”                              (“O Folgazão” – 1º/03/1908)

(*Luiz Jacinto Gil, natural de São Paulo – filho de Manoel Francisco Gil e de Anna Maria

Xavier –, casou-se em 03/01/1825 com Anna Gomes de Almeida – filha do ten. José Vieira da Silva e de Bernardina Edibia de Andrade. Desse casamento nasceram os filhos : Joaquim Bernardes de Almeida Gil, Luiz Bernardo de Almeida Gil, Bernardina, Maria José, Maria Caetana, Rafaela e Anna Felizarda.

Pia subscrição – A primeira que se fez correr neste município para compra de paramentos foi em 1871, sendo primeiro signatário o Capitão Francisco Alves Moreira, que a abriu com 400$000.”                                                 (“A Morte” – nº 4 – 1º/09/1907)

Pintor (artista) – O primeiro que veio temporariamente exibir os seus trabalhos de belas artes neste município, em 1880, foi o sr. Duarte (português), que tirou a óleo a vista de Jambeiro, abrangendo nesse trabalho as lavadeiras que margeavam diariamente o rio Capivari.”                                                                                (“O Folgazão” – 30/05/1908)

Porto de lavadeira – Não limitando os terrenos doados pelo Capitão Jesuíno com o rio Capivari, e sim com a estrada geral, não tendo, por isso, um porto para as lavadeiras, o mesmo Capitão Jesuíno entrou em acordo com o sr. Joaquim Bernardes, que lhe cedeu algumas braças de terras encostadas à chácara do sr. Albano José Teixeira Pinto, hoje de d. Anna de Castilho (1). Como as edificações de Jambeiro se desenvolveram admiravelmente até 1873, em primeiro lugar nos terrenos do patrimônio (2), por isso mesmo que, nesta seção de primeiras coisas, damos este porto como o primeiro, porquanto os terrenos particulares da família Vieira já eram servidos desse melhoramento.”                                                                                                 (“O Folgazão” – 30/05/1908)

(1)  Esse local é aquele que pertenceu ao Conselho Particular da Sociedade de São Vicente de Paulo, parte do qual foi desapropriada na administração 1983/1988 (ex-prefeito Clodomiro Correia de Toledo) para a construção do 1º Conjunto Habitacional construído em Jambeiro nas Ruas Prefeito Jorge Pereira e D. Maria Vieira.

(2)  Esse “patrimônio” é a área doada pelo Capitão Jesuíno Antonio Baptista para a criação da Freguesia de Nossa Senhora das Dores, cuja frente começava na altura da esquina da Rua José Pinto da Cunha e seguia até depois da esquina da Rua Capitão  Jesuíno, numa distância de 277,20 m (ou seja, 126 braças [braça – antiga medida de comprimento; assim 126 braças equivaliam a 277,20 m); subindo, ia até além do final da mesma Rua Capitão Jesuíno, passava bem atrás da igreja matriz, abrangendo o terreno onde está o antigo Cemitério da Paróquia, e descia até encontrar o ponto inicial, na Rua José Pinto da Cunha.

Presépio – O primeiro exposto aos fiéis, na Capela de Nossa Senhora das Dores, hoje Matriz, foi em 1871, o qual rendeu de esmolas a quantia de 5$000.”                                                                                                                                                        (“A Morte” – nº 4 – 1º/09/1907)

Professor – Francisco Xavier de Assis, falecido em Taubaté no dia 15 de julho do corrente ano.”                                                                                                (“A Morte” – nº 3 – 11/08/1907)

Professora – A primeira que regeu a cadeira do sexo feminino foi D. Joaquina Augusta Lopes das Chagas.”                                                                  (“A Morte” – nº 3 – 11/08/1907)

Provisão – A primeira foi passada a favor do Pe. João Pereira Ramos, em 23 de novembro de 1872, e publicada pelo mesmo por ocasião da Missa conventual de 1º de dezembro do dito ano.”                                                       (“A Morte” – nº 4 – 1º/09/1907)          

VIII  -  26/05/2003  (pág. 8)

Quiosque – O primeiro feito de tábuas de caixão foi o de Benedicto Pereira Pinto, o célebre sacristão “Formiga”, instalado debaixo de uma árvore de “açoita-cavalos”, onde funcionava a primeira quitanda. Nesse quiosque o “Formiga” vendia toda espécie de iguarias e também aguardente. Para atrair fregueses, mandou buscar um boneco de engonço com que divertia o povo. À proporção que agitava o títere, bebia e cantava; de sorte que, dentro em pouco, o “Formiga” e fregueses estavam ébrios e nesse estado promoviam rolos em que se viam todos rolando por terra que nem porcos. Outra pândega deu-se por causa desse quiosque : após uma chuva torrencial que se desencadeou sobre este município, a qual produziu muitos estragos, a queda da ponte do Capivari, um grupo de rapazes, dentre os quais o finado José Benedicto Vieira, Couto (português), Leopoldo Machado e outros, levaram o quiosque ao impulso das rodas, precipitando-o nas ruínas na ponte. No dia seguinte, ciente o “Formiga” do ocorrido, pegou de uma espingarda e saiu correndo pela estrada (não era rua nesses tempos) em alaridos infernais.

Uma senhora que via sua cólera, avisou algumas pessoas que se achavam no lugar da ponte, dizendo : “Corram, que vai o “Formiga”com sua espingarda !”. O finado Benedicto “Alfaiate”, que se achava a passeio na então Freguesia, disse, admirado : “Safa ! ... Deus nos livre desta terra onde as formigas andam de espingarda em punho !”

– E o resultado desse fato ? perguntarão os leitores.

- O “Formiga”, minorando o ânimo, voltou com o quiosque para o local de onde fora transportado, responde o Xenofonte ...”                          (“A Morte” – nº 3 – 11/08/1907)

Quitanda – A primeira teve começo no Largo da Matriz, debaixo de uma árvore de “açoita-cavalos”, no ano de 1873.

Passados mais ou menos dois anos, foi transferida a dita quitanda para a atual Praça Almeida Gil, onde, debaixo de um rancho de tropas situado nos lugares das casas de Carlos Ribeiro, Coronel Baptista e Inocência Brancatti, permaneceu algum tempo. Desse ponto passou a venda de toucinho exclusivamente a ser feita dentro de um barracão provisório de quatro lanços de casas de propriedade do sr. Luiz Bernardes de Almeida Gil, ficando os vendedores de farinha, feijão e outros cereais para fora desse casarão.

A festa dominical nesse lugar permaneceu por muitos anos, isto é, até o dia 17 de setembro de 1896, em que foi aberto o novo Mercado ao povo.”              

                                                                         (“O Folgazão” – 19/02/1908)

IX  -  27/10/2003  (pág. 6)

Sapateiro – Foi o sr. Vito Marsiglia, irmão do finado Cônego Francisco Marsiglia (*), o primeiro sapateiro que abriu oficina nesta cidade, em outubro de 1880, deixando-a em 1893, quando retornou para a Itália onde, no mesmo ano, faleceu.”

                                                                                                               (“O Folgazão” – 1º/04/1908)

(*) Côn. Francisco Marsiglia – nascido em 1819 em Policastro (região de Nápoles, na Itália) – foi Vigário da Paróquia local de Nossa Senhora das Dores entre 1880 e 1887. Falecido repentinamente em 10/08/1887, aos 68 anos, seu corpo repousa no Cemitério Municipal de nossa cidade.

Sermão – O primeiro sacerdote que assomou a tribuna sagrada para fazer o panegírico de Nossa Senhora, por ocasião da bênção da Capela do então Bairro de Capivari, realizada em 17 de setembro de 1871, foi o Padre Miguel da Silva (*).”            

    (“O Folgazão” – 15/01/1908)

(*) Pe. (depois, Monsenhor) Miguel Martins da Silva – natural de Taubaté, filho de Luiz Martins da Silva e de Marianna Moreira da Glória, nascido em 09/09/1839 – também foi um dos pregadores na Festa de inauguração da hoje chamada Basílica Velha de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, em 1888.

Sistema métrico – Adotado no Brasil pela Lei nº 1.157, de 26 de junho de 1862, o sistema de pesos e medidas (único autorizado entre nós desde 1º de julho de 1873), o primeiro terno de medidas de líquidos, secos e pesos que veio, em 1874, para este município, foi o do sr. Albano José Teixeira Pinto.”                  (“O Folgazão” – 1º/04/1908)

Taipeiro -  O primeiro que veio para este município, quando Jambeiro foi elevado a Freguesia, foi Generoso Alves Moreira, em 1873. Começou seus trabalhos na construção de umas taipas para o Capitão Francisco Alves Moreira, que pretendeu construir um sobrado no Largo da Matriz.”                                                    (“O Folgazão” – 15/04/1908)

Terreno – O primeiro onde começaram as edificações da nova povoação foi o que hoje constitui o patrimônio de Nossa Senhora.” (*)                       (“A Morte” – nº 1 – 16/06/1907)

(*) A escritura de doação do terreno foi passada na própria sede da fazenda do Cap. Jesuíno, em 12/06/1868.

X  -  27/11/2003  (pág.    )

Retrato a óleo – Neste município, em 1880, os primeiros tirados a óleo foram os dos srs. Joaquim Bernardes de Almeida Gil, Manoel dos Santos, José Antonio Nogueira, Antonio Franco de Camargo e outros.”                                                                (“O Folgazão”  ?)

Sacristão – Foi o primeiro Benedicto Pereira Pinto, vulgo “Formiga”.

                                                                                                                                (“A Morte” – nº 2 – 30/06/1907)

Recepção imponente D. Lino Deodato Rodrigues de Carvalho (1) foi o primeiro hóspede ilustre que veio à Freguesia de Capivari, hoje Jambeiro.

Imponente foi a recepção ao Prelado. Ele fez sua entrada triunfal na então Freguesia de Nossa Senhora das Dores de Capivari pela fazenda do Cap. Jesuíno, em 1º ou 2 de fevereiro de 1874.

No dia aprazado, a estrada, isto é, desde a fazenda do Capitão a esta cidade, estava alada de bambus simetricamente dispostos, até a igreja; e na raia compreendida da casa do major Gurgel até a Capela, desprendiam-se dos bambus inúmeras bandeirolas.

Na frente da igreja elevara-se um arco triunfal, o maior que se viu até hoje neste município, em outras festas de recepção.

À tarde, perante enormíssima [sic] concorrência de pessoas, D. Lino fez sua entrada na Freguesia de Capivari, indo, em primeiro lugar, à Capela, onde celebrou Vésperas solenes. Concluídas estas, foi S. Exª Revmª para a hospedaria, que desde esse momento e durante sua estada na Freguesia, ficou sendo “palácio episcopal”, para onde afluía constantemente o povo, sendo preciso que o inspetor de quarteirão que, nessa época, era o sr. Benedicto Antonio de Moraes (2), intimasse pessoas para fazerem guarda na porta da casa, tal era a concorrência do povo.

Nessa ocasião foram crismadas muitas pessoas, dentre elas o autor destas linhas (3) e Júlio de Paula Moraes, que foi tirado do berço por Benedicto Pereira Pinto, vulgo “Formiga” (sacristão) para apresentá-lo ao celebrante da Crisma, sendo esse ato do “Formiga” censurado pelos seus pais.”

                                                                                                                  (“O Folgazão” – 15/04/1908)

NOTAS :

Aditamos mais os seguintes dados sobre D. Lino Deodato, a quem nos referimos na pág. 5 da edição de 26/03/2003 8º Bispo da Diocese de São Paulo (natural de Olinda-Pernambuco – sagrado Bispo em 09/03/1873, tomou posse da Diocese de São Paulo em 29/06/1873, onde ficou até sua morte, em 19/08/1894, ocorrida em Aparecida-SP). Promoveu um Sínodo Diocesano em 1888 e criou uma caixa para redução do número de escravos. Incentivou a alforria (= liberdade concedida a escravo), que entregava solenemente. Em 1888 D. Lino Deodato inaugurou a igreja de Nossa Senhora Aparecida, tendo sido pregador numa das noites o Pe. Miguel Martins da Silva – que também tinha sido, em 17/09/1871, o pregador da Missa de inauguração da Capela de Nossa Senhora das Dores, construída no bairro do Capivary (hoje, Jambeiro) pelo Cap. Jesuíno Antonio Baptista.

D. Lino Deodato faleceu em Aparecida-SP em 19/08/1894 e está sepultado na cripta da Catedral de São Paulo.

(2) Benedicto Antonio de Moraes, nascido em 1841 em Mogi das Cruzes, era filho de Luiz Rodrigues de Moraes e Maria Benedicta da Conceição Soares.

Casou-se em novembro/1858, em São José do Parahytinga (hoje, Salesópolis), com Cândida Maria do Espírito Santo – natural de Paraibuna, filha de Francisco Hidalgo Leite e Bernardina Hidalgo Leite. Em 08/03/1873, Benedicto Antonio mudou-se com a família para a Freguesia do Capivary (atual Jambeiro), tendo aqui nascido o 10º e último filho do casal, Júlio de Paula Moraes, em 14 de novembro desse ano de 1873. Além de Júlio (+ 22/08/1931) – que foi casado com Sylvina Maria de Moraes. O casal tivera, ainda, os seguintes filhos : Maria Osória de Moraes Souza (* 1º/08/1859 + 26/05/1907) – que foi casada com Benedicto Pires de Souza Guimarães –, Leopoldino, Joaquina, Leocádia, Aldano, Constantino (falecidos em tenra idade), Hippolyto Modesto de Moraes (* 15/06/1866 + 20/05/1928), que foi casado em 1ªs. núpcias com Maria do Carmo Barbosa de Moraes e, em 2ªs. núpcias, com Constância Barbosa Santos (irmã de Maria do Carmo); Porphiria de Moraes Barbosa (16/02/1868 + 28/07/1930), que foi casada com Raphael de Paula Barbosa; e Bernardina das Dores de Moraes Santos (* 14/12/1869 + 06/11/1909),  que foi casada com Benedicto Alves de Lima Santos.

Benedicto Antonio foi fiscal da Câmara em 1866, em São José do Paraitinga (Salesópolis); e Inspetor de Quarteirão na antiga Freguesia do Capivary (atual Jambeiro); Fiscal da Câmara de Jambeiro, Agente do Correio, Curador de Órfãos da Comarca, 2º Suplente de Delegado, tendo tomado parte na 1ª Banda de Música de Jambeiro, fundada em 1874.

Benedicto Antonio de Moraes faleceu em Jambeiro em 25/08/1912, aos 71 anos, e sua esposa, em 21/08/1919, aos 74 anos.

(3) O “autor destas linhas” era Hippolyto Modesto de Moraes, um dos irmãos de Júlio de Paula Moraes.

Tourada – A primeira que veio a este município foi a de João Fernandes, vulgo João da Cruz. Nessa tourada veio o afamado “boi amarelo”. Esse boi, enquanto no curral, era manso qual uma ovelha; mas, uma vez dentro do picadeiro, não se importava com o “João Paulino”, e sim com o toureador. O Juca Toureador, que se tinha por “bom”, era quem se via em apuros, ora dando carreira vergonhosa, ora se vendo oprimido debaixo do boi que, como uma fera, queria esquartejá-lo. Foi, enfim, o “boi amarelo” o terror dos toureadores, quaisquer que fossem eles.”                             (“ O Folgazão” - 30/05/1908)

Via-Sacra – O Pe. João Pereira Ramos solenizou, neste município, a primeira Via-Sacra.  O leitor, para certificar-se desse fato histórico, que se deu em 1874, vá à igreja e, no oitão, veja os vestígios das cruzes que foram pregadas para servirem de passos.”

                                                                                                                     (“A Morte” - nº 3 - 11/08/1907)

Viagem (= Visita) Pastoral – A D. Lino Deodato (*), Bispo de São Paulo, de feliz memória, coube a primeira viagem pastoral, neste município, em 1874.”                                                                                                                      (“A Morte” - nº 3 - 11/08/1907)

(*D. Lino Deodato Rodrigues de Carvalho – pernambucano de São Bernardo das Russas, foi nomeado 8º Bispo de São Paulo em 29/07/1872 e consagrado em 09/03/1873 tomando posse em 29/06/1873. Em 08/12/1888 inaugurou solenemente a nova igreja de Aparecida, elevada à categoria de Santuário em 1893 e à de Basílica em 1908.

D. Lino Deodato esteve em visita pastoral em Jambeiro pela segunda vez em 1886, quando, no dia 19/09, benzeu as pedras fundamental e comemorativa da futura igreja matriz da Paróquia em terreno doado pelo Cel. Luiz Bernardo de Almeida Gil “na praça de D. Anna”  (no local em que hoje está o Ginásio Poliesportivo “Carlos Alberto dos Santos” – Carlão). A nova matriz, porém, não chegou a ser construída, tendo sido ali erguida somente uma simples capelinha que chegou a ficar conhecida como “Santa Cruz de D. Lino”, onde todo ano se celebrava uma animada festa.

Em 1919, o Pe. Celestino Gomes de Oliveira Figueiredo (Vigário da Paróquia entre 1916 e 1921) decidiu construir a nova matriz, com a reformulação completa da primitiva Capela construída pelo Cap. Jesuíno entre 1868 e 1871. As obras foram iniciadas em 02/06/1919, tendo sido feita, 26/03/1920, a trasladação das duas pedras – fundamental e comemorativa – da capelinha para o local em que ainda hoje se encontram, junto ao pára-vento na entrada da igreja matriz.

Em 26/03/1920 a igreja foi solenemente inaugurada com grandes festas, em cerimônia presidida pelo Pe. Victorino Ferreira (ex-Vigário), como representante de D. Epaminondas Nunes de Ávila e Silva, Bispo de Taubaté.

D. Lino Deodato faleceu em Aparecida em 19/08/1894.

Vigário – O primeiro provisionado foi o Pe. João Pereira Ramos.”

                                                                                                                      (“A Morte” - nº 2 - 30/06/1907)

NN. da R.: 

) Os prezados leitores decerto já nos desculparam pela desobediência à ordem alfabética, ocorrida em alguns capítulos desta série.

) A presente série, iniciada em 31/08/2002 (I - pág. 6) e que ora se finda, teve esta seqüência :  II – 15/09/2002 - pág. 7); III – 23/10/2002 - pág. 8); IV – 20/11/2002 - pág. 5); V – 24/12/2002 - pág. 4); VI – 25/01/2003 - pág. 4); VII – 26/03/2003 - pág. 5 (equivocadamente constou como VI); VIII – 26/05/2003 - pág. 8 ( por lapso, constou como VII); IX – 27/10/2003; e X – nesta data.

HISTÓRICO DA OBRA SOCIAL E ASSISTENCIAL

NOSSA SENHORA ROSA MÍSTICA” 

(EX-CASA DE CARIDADE ROSA MYSTICA, EX-OBRA SOCIAL ROSA MYSTICA”)

1.  Em 11/03/1986, o Pe. José Sazami Kumagawa (* 23/02/1920  + 02/07/1997), então Pároco de Jambeiro, fundou a CASA DE CARIDADE ROSA MYSTICA, com sede na Rua Prof. Lucas Nogueira Garcez, nº 10, nesta cidade, objetivando “criar clube de mães pobres, formar catequistas, dar atendimento social, ensinar datilografia e desenvolver o ensino a assistentes de enfermagem, bem como corte e costura, artesanato, culinária e, também, desenvolver uma creche destinada a abrigar crianças cujas mães são necessitadas ou trabalham fora do lar, tudo sem discriminação de sexo, idade, cor e credo religioso ou político.”

2. Em 27/02/1989, a denominação da entidade foi alterada para “OBRA SOCIAL ROSA MYSTICA” e a sede foi transferida para a Alameda das Siriemas, nº 112 - Canaã I - Bairro do Capivari – neste município.

3. Em 20/07/1996 foi eleita a seguinte Diretoria : presidente – Andrés Jorge Lyon Valverde; tesoureiro – Hélio Aparecido dos Santos; secretário – Adílson José Nascimento; e suplentes da Diretoria – Manoel Aparecido de Castro, Valter José Antunes e José Carlos Intrieri.

4. Em 02/07/1997, faleceu o fundador da entidade, Pe. José Sazami Kumagawa, que foi sepultado na Capela do Desagravo a Nossa Senhora Aparecida, por ele construída em área pertencente à Obra Social.

5. Em 22/07/1998 a Diretoria ficou assim constituída : presidente – Andrés Jorge Lyon Valverde; secretário – Alberto José Simões Rocco; tesoureiro – Francisco William Munhos; suplente – Adilson José Nascimento Kumagawa; e diretor espiritual – Pe. Edson Luiz de Amorim.

6.  Em 28/09/2000, em Assembléia Geral Extraordinária, foi eleita a seguinte Diretoria : diretor-reitor – Pe. Edson Luís de Amorim; diretor-presidente – Andrés Jorge Lyon Valverde; diretor-tesoureiro – Francisco William Munhoz; diretor-secretário – Alberto José Simões Rocco. 

Inclusões no Estatuto :

Artigo 30 – “Compete ao Reitor do Santuário : a – coordenar todas as atividades do Santuário velando para que nele se ponham à disposição dos fiéis, conforme o c. 1234 do Código de Direito Canônico, os mais abundantes meios de santificação, como a pregação da Palavra de Deus e as práticas litúrgicas ou devocionais aprovadas pela autoridade eclesiástica; b – participar das reuniões da Diretoria e das Assembléias Gerais.”

Artigo 33 – “Compete ao Tesoureiro : ... f – apresentar anualmente contas da administração ao Bispo Diocesano de Taubaté, conforme os cc. 319 e 1287 do Código     de Direito Canônico.”

Artigo 41§ 1º.  “O Bispo Diocesano goza do poder de veto a qualquer nome, quer antes, quer depois de realizada a eleição [da Diretoria]. § 2º. Requer-se causa grave para que o Bispo possa apresentar um veto. Compete, porém, ao mesmo, julgar sobre a gravidade da causa, cabendo sempre recurso, da parte que se julgar prejudicada, perante a autoridade eclesiástica competente. § 3º. Apresentado antes da eleição, o veto torna a pessoa inábil para a mesma, devendo seu nome ser substituído. § 4º. Apresentado depois da eleição, deverá ser convocada nova Assembléia para que uma nova pessoa seja eleita.” ...

Artigo 48 - ... Parágrafo único. Qualquer alteração do presente estatuto só terá validade depois de aprovada pelo Bispo Diocesano de Taubaté.” ...

Artigo 49 – A dissolução ou extinção da sociedade só poderá ser deliberada em Assembléia Geral legitimamente convocada para tal finalidade e mediante aprovação do Bispo Diocesano.”

7.  Em 13/09/2002, em Assembléia Geral Extraordinária, procedeu-se :

a) à reforma do Estatuto, com a alteração da razão social para OBRA SOCIAL E ASSISTENCIAL NOSSA SENHORA ROSA MÍSTICA;

b) à eleição da seguinte Diretoria : diretor-presidente – Andrés Jorge Lyon Valverde; diretor-secretário – Alberto José Simões Rocco; e diretor-tesoureiro – Francisco William Munhoz;

c) à exclusão, do Estatuto aprovado na Assembléia Geral Extraordinária de 28/09/2000, do artigo 30, da letra “f” do artigo 33, dos §§ 1º, , e do artigo 41, do parágrafo único do art. 48, e do artigo 49;

d) quanto ao patrimônio da entidade, ficou estabelecido que ele “não será jamais transmitido aos sócios ou a seus herdeiros e sucessores”; e quanto à dissolução ou extinção da entidade, ficou definido que “o seu patrimônio será revertido à Mitra Diocesana de Taubaté, que deverá empregá-lo no atendimento às finalidades estabelecidas pelo fundador, Pe. José Sazami Kumagawa ...” 

8. Em 20/12/2003, em Assembléia Geral Extraordinária, da qual participaram apenas os sócios efetivos, ou seja, os três membros da Diretoria – Andrés Jorge Lyon Valverde, presidente; Alberto José Simões Rocco, secretário; e Francisco William Munhoz, tesoureiro –, ficou decidido :

a) “São associados efetivos os que constam do livro de registro de associados”  (art. 7º,b”);

b) “São direitos dos associados efetivos : a- participar das atividades da Associação; b- participar das Assembléias Gerais, dentro das exigências estatutárias; c- pedir convocação da Assembléia Geral; d- votar e ser votado para exercer cargo de Diretoria, dentro das exigências dos Estatutos.  Parágrafo Primeiro – O requisito fundamental para alguém ser associado é que o candidato professe a fé Católica Apostólica Romana e seja assíduo aos sacramentos.  Parágrafo Segundo – O associado que infringir este Estatuto, as decisões da Assembléia Geral ou da Diretoria, fica sujeito à pena de exclusão.”  (art. 8º);

c) “A Associação não remunera os membros da Diretoria ou qualquer associado pelo exercício de seus cargos ou funções a nenhum título ou pretexto, salvo hipótese de ressarcimento de despesas contraídas no exercício de atividades em função da Associação.”  (art. 24);

d) “A Associação zelará para que as benfeitorias erigidas e por erigir, sobre as Chácaras de nº 100 a 108, de sua propriedade, localizadas no loteamento Chácaras Nova Canaã, Município de Jambeiro, mantenham a destinação dada pelo fundador, Padre José Sazami Kumagawa, ou seja, que tenham por objeto a assistência social, cultural, filantrópica e que tenham por objeto a assistência social, cultural, filantrópica e beneficente, principalmente dirigida à população de menor poder aquisitivo.”  (art. 28);

e) “Caberá a Diocese de Taubaté a nomeação de Capelão Responsável pelo Cuidado Pastoral. Na hipótese do Senhor Bispo Diocesano não nomear Capelão Responsável pelo Cuidado Pastoral, a diretoria terá a faculdade de contratar Sacerdote habilitado e no pleno uso e gozo dos seus direitos sacerdotais para exercer a função de Capelão Responsável, conforme Cânone (sic) 564 e 567 parágrafo Primeiro CIC (Codicus Iuris Canonis)  (sic !).”  (art. 29);

f) “O Patrimônio da Associação é constituído por todos os bens móveis e imóveis de sua propriedade e, por aqueles que vier a adquirir.”  (art. 30);

g) “O Patrimônio da Associação não será jamais transmitido aos associados ou a seus herdeiros ou sucessores. O associado falecido, eliminado ou que peça seu desligamento do quadro social, deixa a Associação sem que tenha esta de pagar-lhe qualquer participação patrimonial, nem aos herdeiros, que somente poderão ingressar na Associação, obedecidos os requisitos estabelecidos para qualquer aspirante à (sic) associado.”  (art. 31);