A sobrepopulação tem vindo a ser reconhecida como a principal causa da maioria dos problemas ambientais, na medida em que o excesso de consumo está a ameaçar a sustentabilidade do planeta. Show Em 1950 o número de população mundial era cerca de 2,5 mil milhões de habitantes, passando a 6 mil milhões no ano 2000. Apesar deste enorme aumento, a taxa de crescimento da população tem vindo a diminuir nos últimos 20 anos. Esta diminuição ainda não é visível com uma certa clareza pois grande parte das pessoas nascidas nos últimos 70 a 50 anos ainda se encontram vivas. De acordo com a Organização das Nações Unidas, prevê-se que a população mundial continuará a aumentar, alcançando os 11 mil milhões de habitantes até ao final do século. Estes dados permitem perceber a dificuldade de resolver os problemas associados à sobrepopulação, nomeadamente em relação à exaustão e consequente escassez de recursos naturais. Nos países em desenvolvimento, a taxa de mortalidade tem vindo a reduzir bastante após o fim da Segunda Guerra Mundial, devido à implementação e promoção de campanhas de saúde pública e de vacinação, tendo como resultado uma redução significativa de doenças. Nos países desenvolvidos, a sociedade tem vindo, gradualmente, a tornar-se mais urbanizada e menos dependente de grandes famílias, sendo assim as taxas de natalidade e mortalidade foram decrescendo proporcionalmente e as taxas de crescimento populacional não chegaram aos valores dos países em desenvolvimento (Figura 1). Figura 1. Crescimento populacional ao longo dos anos (fonte: Our World in Data). O crescimento populacional, que implica o crescimento das cidades e empurra animais para fora dos seus habitats que estão a urbanizar-se, terá, seguramente, impacto na biodiversidade, ainda que seja difícil de o mensurar. Figura 2. Perda de habitat pela urbanização. Urso polar deambula no norte da cidade industrial de Norilsk, na Rússia, à procura de comida (fotografia de Irina Yarinskaya/Zapolyarnaya pravda newspaper/AFP) O processo de urbanização teve como consequência a poluição dos recursos hídricos, da biodiversidade, do ar e do funcionamento dos ecossistemas. Os recursos hídricos, tais como os rios e as linhas costeiras, são as principais características procuradas na construção e expansão. As fontes aquáticas são alteradas para responder às necessidades das cidades, o que representou um custo para estes ecossistemas. Uma outra consequência é a eutrofização, que tem como consequência aumento do consumo de produtos químicos nutrientes nos recursos hídricos, que ocorrem devido à produção urbana de dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa e poluentes que lavam as superfícies impermeáveis passando para os recursos hídricos. Este processo polui a qualidade da água e afeta os ecossistemas marinhos. Para além da poluição dos recursos hídricos e da degradação da biodiversidade devido à sobrepopulação, a qualidade do ar também é afetada. A quantidade de poluição libertada para a atmosfera pelas fábricas, casas e automóveis é muito maior do que o ambiente pode suportar e a desflorestação aumentou significativamente a concentração de dióxido de carbono na atmosfera devido à queima de combustíveis fósseis. A sobrepopulação é também uma questão crítica, na medida em um número crescente de pessoas requer mais alimentos e espaço, e os recursos são limitados. Para satisfazer as crescentes exigências, o Homem é forçado a explorar os recursos ao ponto de estes não se conseguirem repor à escala humana. O aumento da procura por alimentos leva ao aumento da agricultura e pecuária, consequentemente, a terra é desmatada e cultivada, o que leva a erosão do solo. Como os agricultores tentam maximizar os seus rendimentos, o solo pode ser usado em excesso, levando à exaustão e perda da sua fertilidade. O sobrepastoreio é outro problema pois à medida que o número de cabeças de gado aumenta para satisfazer a procura crescente, o solo pode tornar-se estéril (Figura 3), o pode levar à desertificação se a região for relativamente árida ou semiárida. Figura 3. Solos estéreis (fotografia de Johannes Plenio) A superpopulação também leva à pesca em excesso, da mesma forma que leva à agricultura intensiva. Os pescadores são encorajados pelos lucros crescentes a intensificarem a sua atividade, explorando excessivamente as populações de peixes. O colapso da pesca do bacalhau na Terra Nova do Canadá é um exemplo bem conhecido de como práticas insustentáveis influenciadas pela sobrepopulação podem resultar no declínio ou extinção de certas espécies. Além disso, os processos pelos quais procuramos sustentar a crescente população estão associados a graves consequências ambientais. Praticamente todas as tendências, biofísicas e socioeconómicas, sugerem que os níveis de fome, já elevados, só irão aumentar à medida que a população humana crescer e os seus sistemas de apoio à vida se degradarem. Embora o crescimento e a recolha de alimentos sejam a atividade mais importante da humanidade, o potencial problema alimentar é objeto de pouca atenção, quer por parte dos meios de comunicação social, quer por parte dos sistemas educativos. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas das Nações Unidas (IPCC), as alterações climáticas terão um efeito desastroso sobre a natureza e “até 2080, os cientistas estimam que o número de pessoas que passam fome no mundo poderá aumentar entre 140 e mil milhões, dependendo da quantidade de gases com efeito de estufa emitidos nos próximos anos”. Quais são os impactos do aumento populacional no meio ambiente?O crescimento populacional, mais veloz em países pobres, eleva a demanda global por alimentos, energia e a pressão sobre recursos naturais, como florestas e cursos d'água.
Como o crescimento populacional pode agravar os problemas ambientais?A aceleração do crescimento populacional tem contribuído muito com o estrago da natureza. Todo os anos são colocadas grandes frotas de veículos nas ruas e, apesar da fiscalização, o grau de poluição emitidos pelas descargas dos veículos ainda é muito preocupante.
Qual é a relação entre a população e o meio ambiente?Quando levado em conta que o crescimento populacional tende a maior degradação do meio ambiente, uma redução do crescimento gera efeitos positivos sobre os recursos naturais.
Qual a relação existente entre o crescimento da população humana e a poluição ambiental?Resposta: Os dois estão ligados, porque conforme há um aumento no número de pessoas maior é o grau de poluição ambiental, pois faz-se necessário ampliar o nível de produção para suprir mais indivíduos e consequentemente também há o aumento no número de dejetos, lixo e gases tóxicos produzidos.
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