Qual foi a importância de Duque de Caxias durante a Guerra do Paraguai?

  • Luiz Jeha Pecci de Oliveira Universidade Católica Dom Bosco - UCDB
  • Maria Augusta de Castilho Centro Universitário Mário Pontes Jucá UMJ https://orcid.org/0000-0001-5235-3164

Palavras-chave: Biografia. Teoria do Grande Homem. Guerra do Paraguai. Duque de Caxias.

Resumo

O presente trabalho tem o objetivo de analisar a aplicabilidade da Teoria do Grande Homem para compreender a história. Este artigo mostrará como se pode entender a caminhada humana a partir dos atos dos grandes personagens sobre ela, expondo como as suas personalidades, pela própria escala, podem alterar o curso dos acontecimentos. Para isso, será apresentada a trajetória do militar brasileiro Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias (1803-1880), na Guerra do Paraguai (1864-1870), mostrando como ele foi determinante para o progresso do conflito, terminando com um resultado favorável à Tríplice Aliança que se opunha ao governo do Paraguai. Para construir essa tese, o artigo trará também a importância da biografia como elemento de estudo historiográfico, sem negligenciar as vulnerabilidades dessa abordagem. A partir daí, será apresentada a Teoria do Grande Homem, tal como concebida por Thomas Carlyle (1795-1881), explicando o pensamento com seus fundamentos, críticas e defesas. Então, far-se-á uma síntese sobre a Guerra do Paraguai, mostrando suas principais características, e situando Duque de Caxias e seu papel no andamento do conflito. Utilizou-se no estudo, o método dedutivo, que parte das ideias gerais sobre a importância da biografia no estudo da história e da Teoria do Grande Homem, até sua demonstração no plano concreto, ao versar sobre a qualificação de Caxias como um personagem dessa categoria por seus atos na Guerra do Paraguai. Quanto ao procedimento adotado no trabalho foi o histórico, com pesquisas em fontes diversas e especializadas sobre a temática proposta. O resultado final apresentado é o de que a Teoria do Grande Homem é uma ideia plenamente válida para a explicação da história, e a apresentação do papel de Caxias no contexto da Guerra do Paraguai.

Qual foi a importância de Duque de Caxias durante a Guerra do Paraguai?

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Duque de Caxias (Lu�s Alves de Lima e Silva) (1803-1880) foi um militar brasileiro. � o Patrono do Ex�rcito. Foi um dos maiores vultos da nossa hist�ria. Foi chamado de �O Pacificador.� No dia 25 de agosto, dia do seu nascimento, � comemorado o dia do soldado.

Inf�ncia e Forma��o Militar

Lu�s Alves de Lima e Silva nasceu na fazenda S�o Paulo, no Taquara�u, pr�ximo da Vila Estrela, hoje "munic�pio de Duque de Caxias",�Rio de Janeiro, no dia 25 de agosto de 1803. Filho de Francisco de Lima e Silva e de C�ndida de Oliveira Belo cresceu em meio a uma fam�lia de militares.

Seu av�, Jos� Joaquim de Lima e Silva, um militar portugu�s, imigrou para o Brasil em 1767 e se instalou no Rio de Janeiro, ent�o capital do pa�s. Seu pai foi brigadeiro do Ex�rcito Imperial e membro da Reg�ncia-Trina durante a menoridade de Dom Pedro II.

No dia 22 de novembro de 1808, o 1.� Regimento de Infantaria de Linha, comandado por seu av�, recebia o novo soldado com cinco anos, apenas para�homenagear�seu av�, ent�o�Ministro da Guerra. Entre 1809 e 1817, Lu�s Alves estudou no Semin�rio S�o Joaquim (hoje Col�gio Pedro II).

Em 1818, Lu�s Alves ingressou�na�Escola Militar do Largo do S�o Francisco, onde permaneceu at� 1821. Galgou os postos de�cadete, alferes e tenente. Quando concluiu o curso, foi incorporado ao 1.� Batalh�o de Fuzileiros.

Batalh�o do Imperador

Em 1822, o Brasil tornou-se independente e Lu�s Alves ingressou�no �Batalh�o do Imperador�, comandado por seu tio Jos� Joaquim de Lima e Silva.

Em 1823, participou da luta no combate aos soldados portugueses da Bahia que relutavam a aceitar a Independ�ncia do pa�s. Com a vit�ria do Batalh�o, Lu�s Alves foi promovido a Capit�o e com 21 anos recebeu�a �Imperial Ordem do Cruzeiro�, das m�os de D. Pedro I.

Em 1825, Lu�s Alves foi chamado para�manter a unidade nacional, desta vez, na �Campanha da Cisplatina� � conflito ocorrido entre o Brasil Imp�rio e as Prov�ncias Unidas do Rio da Prata, pela posse da "Prov�ncia Cisplatina", no Uruguai. Tr�s vezes foi citado por bravura. Ganhou as ins�gnias de Major e as comendas da Ordem de S�o Bento de �vis e H�bito da Rosa.

Guarda Municipal

Em 1831, ap�s a abdica��o de D. Pedro I, Lu�s Alves foi um dos poucos que permaneceu ao lado�do monarca. Foi chamado pelo Ministro da Justi�a, Padre Feij�, para organizar o �Batalh�o Sagrado�, para manter a ordem no Rio de Janeiro, evitando a anarquia.

Nesse mesmo ano, organizou a �Guarda Municipal�, que depois foi transformada em �Guarda Municipal Permanente�. Em 1832 a Guarda Municipal lutou contra a tentativa de derrubar a Reg�ncia-Trina, durante a menoridade de Dom Pedro II.

Casamento e Filhos

No dia 2 de fevereiro de 1833, Duque de Caxias casou-se com Ana Lu�sa do Loreto Carneiro Vianna de apenas 16 anos, neta da Baronesa de S�o Salvador de Campos. Em dezembro do mesmo ano nasceu Lu�sa de Loreto. Em 24 de junho de 1836 nasceu sua segunda filha, Ana de Loreto. O filho Lu�s Alves J�nior faleceu na adolesc�ncia.

O Pacificador

Em 1837, com 34 anos, Lu�s Alves foi promovido a Tenente-Coronel, em seguida, deixou o comando da Guarda Permanente. Em 1839, foi nomeado "comandante-geral das for�as militares do Maranh�o" e "presidente da Prov�ncia". Sua miss�o: sufocar a revolta dos que se opunham ao governo provincial e ocupavam a cidade de Caxias.

Conhecida como �Balaiada�, a campanha de Lu�s Alves de Lima e Silva saiu vitoriosa. Em 1841, ao�voltar ao Rio de Janeiro, Lu�s Alves foi�promovido a General-Brigadeiro e recebeu o t�tulo de �Bar�o de Caxias�, refer�ncia � cidade que conseguiu pacificar.

Em 1842, o Bar�o de Caxias foi nomeado "Comandante das Armas da Corte", cargo j� ocupado por seu pai. Nessa �poca, eclodiu a revolu��o liberal em S�o Paulo e Minas Gerais, que Caxias reprimiu com facilidade e entrou em Sorocaba, onde enfrentou seu antigo chefe, o Padre Feij�.

Em Minas Gerais, destacou-se no "combate de Santa Luzia", decisivo para a vit�ria. Ao voltar, reassumiu�o comando das armas, como o �Pacificador�.

Ap�s pacificar tr�s prov�ncias, faltava s� o Rio Grande do Sul onde a �Guerra dos Farrapos� entrava no seu s�timo ano. Foi nomeado "presidente da prov�ncia do Rio Grande do Sul" e "Comandante das Armas". Reorganizou as for�as imperiais e depois de dois anos saiu vitorioso.

Senador

Com a vit�ria, na Guerra dos Farrapos, Caxias foi agraciado com o t�tulo de "Conde", em 2 de abril de 1845 e escolhido para o �Senado� por Dom Pedro II, mandato que exerceu junto com seu pai.

Em 1855 foi nomeado para a �Pasta da Guerra��e em 1862 para "Presidente do Conselho". Nesse mesmo ano, foi promovido a �Marechal Graduado do Ex�rcito�. Caxias combateu em v�rios conflitos de fronteira no Sul do Brasil e voltou vitorioso ao Rio de Janeiro, quando, recebeu o t�tulo de "Marqu�s".

Guerra do Paraguai (1864-1870)

A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado ocorrido na Am�rica do Sul, na bacia do rio da Prata, que envolveu Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil.

O Paraguai era o pa�s que havia alcan�ado um certo progresso econ�mico aut�nomo e seu presidente Solano L�pez resolveu ampliar o territ�rio paraguaio e criar o �Paraguai Maior�, anexando regi�es da Argentina, do Uruguai e do Brasil (Rio Grande do Sul e Mato Grosso), com o objetivo de conquistar�o acesso ao Atl�ntico.

Em 1864, o Paraguai ordenou o aprisionamento do navio brasileiro�Marqu�s de Olinda, no rio Paraguai. A�resposta brasileira foi a imediata declara��o de guerra ao Paraguai.

Em 1865, o Paraguai invadiu o Mato Grosso e o Norte da Argentina, e os governos do Brasil, Argentina e Uruguai criaram a Tr�plice Alian�a, contra Solano L�pez. O Brasil, Argentina e Uruguai contavam com o apoio ingl�s, recebendo empr�stimos para equipar e manter poderosos ex�rcitos.

Depois de algumas derrotas, em 1867, Lu�s Alves de Lima e Silva, ent�o "Marqu�s de Caxias", assumiu o comando das for�as militares imperiais, vencendo rapidamente importantes batalhas como as de "Itoror�", "Ava�", "Angosturas" e "Lomas Valentinas", chamadas �dezembradas� por terem ocorrido no m�s de dezembro de 1868. Finalmente, Assun��o, a capital do Paraguai, foi ocupada em 5 de janeiro de 1869.

�ltimos Anos

Ap�s a vit�ria do Brasil na Guerra do Paraguai, Caxias com 66 anos recebe o t�tulo de �Duque�, com medalhas e condecora��es. No dia 23 de mar�o de 1874 faleceu�sua esposa.

Em 1875, o �Duque de Caxias� foi nomeado, por Dom Pedro II, para a "presid�ncia do Conselho de Ministros" e assumiu�tamb�m o "Minist�rio da Guerra". Era um Gabinete que serviria � princesa Isabel na aus�ncia do Imperador.

Em 1877, cansado e doente, Duque de Caxias�retirou-se�para a fazenda do Bar�o de Santa M�nica, de seu genro, hoje Ji-Paran�, Rio de Janeiro.

Duque de Caxias faleceu no Rio de Janeiro, no dia 7 de maio de 1880. Em 1962 foi nomeado pelo Governo Federal o �Patrono do Ex�rcito�. Em sua homenagem, o dia 25 de agosto, dia de seu nascimento, � comemorado o �Dia do Soldado�.

Qual a importância de Duque de Caxias para Guerra do Paraguai?

Em 1866, Caxias é nomeado comandante-chefe das forças do império em operações contra o Paraguai, mesma época em que é efetivado marechal-do-exército. Em janeiro de 1869, Caxias dá por encerrada sua participação na guerra com a tomada Assunção, capital do Paraguai.

Quem foi Duque de Caxias e sua importância?

Duque de Caxias (Luís Alves de Lima e Silva) (1803-1880) foi um militar brasileiro. É o Patrono do Exército. Foi um dos maiores vultos da nossa história. Foi chamado de “O Pacificador.” No dia 25 de agosto, dia do seu nascimento, é comemorado o dia do soldado.

Qual a importância de Duque de Caxias para o Exército Brasileiro?

Sua escolha como patrono deveu-se ao fato de haver vencido todas as seis campanhas que participou das quais, as campanhas internas pacificadoras da Balaiada, no Maranhão em 1841; de São Paulo e Minas Gerais, em 1842 e a Revolução Farroupilha de 1842-45 e, as externas das guerras contra Oribe e Rosas 1851-52 e da ...

O que Duque de Caxias fez pela pátria?

Nascido em 25 de agosto de 1803, Caxias participou de vários episódios da história brasileira. Com mais de 60 anos de serviços prestados à Pátria, atuou na contenção de revoltas no século XIX, sendo digno de receber a menção de Pacificador do Brasil.