O Índice de Desenvolvimento Humano, chamado geralmente apenas por IDH é uma forma de mensuração e comparação do estado de desenvolvimento dos países que fazem parte da ONU – Organização das Nações Unidas.
Este Índice é utilizado desde 1993 para avaliar a qualidade das condições e desenvolvimento de cada um os países participantes, demonstram aspectos gerais de suas melhorias e declínios anualmente. Para isso, são considerados diferentes indicadores que criam uma média geral e uma posição no ranking de países.
Entenda como funciona o IDH, qual seu objetivo, quais fatores são levados em consideração para a avaliação, e quais são as classificações possíveis no Índice de Desenvolvimento Humano:
Para quê serve o IDH?
Durante muito tempo, o desenvolvimento de um país era exclusivamente medido através de fatores econômicos. O principal exemplo disso ainda pode ser visto na utilização de rankings que utilizam o Produto Interno Bruto e o crescimento deste PIB como comparação de desenvolvimento em relação aos anos anteriores.
Embora este seja um indicador válido em vários aspectos, ele ignora um série de fatores igualmente importantes, que são tão significativos quanto a renda em si, em um processo de determinação de desenvolvimento e qualidade de um país.
Por isso, foi criado o Índice de Desenvolvimento humano, que considera não apenas a renda de um país, como faz o PIB, mas também suas condições de saúde e de educação. Desta forma, seu objetivo é demonstrar que o país não apenas é capaz de produzir de maneira eficiente, mas que consegue refletir sua arrecadação em qualidade de vida para a população.
O que é levado em consideração para medir o IDH?
Como já mencionado, há basicamente três fatores que são levados em consideração para realizar a medição. Estes fatores são a educação, a saúde (traduzida em longevidade) e a renda.
A renda é determinada não pelo PIB, mas pela renda per capita interna, que é o resultado de toda a renda produzida no país dividida pelo seu número de habitantes. Ela é revertida em dólares para fins de mensuração universal para o cálculo.
A saúde, medida pela longevidade, é calculada a partir da expectativa de vida atual de cada um destes países. Ele leva em conta todas as mortes e é atualizado a cada novo estudo. Embora o índice de longevidade não seja capaz de analisar toda a saúde nacional, auxilia a compreender a média geral – incluindo não apenas a saúde como um sistema, mas as mortes precoces, a mortalidade infantil e, até mesmo, a violência, uma vez que altos índices de violência reduzem a longevidade geral da população.
A educaçãoé o terceiro fator levado em consideração, subdividindo-se em dois itens internos. O primeiro índice é a média de anos pelos quais um adulto de 25 anos passa por um processo de educação formal no país. O segundo é a expectativa média de anos de estudo previstos para uma criança nesta nação.
Estes três indicadores são levados em consideração para um cálculo médio, que utiliza os índices dos outros países para fins comparativos. O resultado final do cálculo é uma nota que varia do mínimo (nota zero) ao máximo (nota um). Isso significa o IDH de um país é um número decimal abaixo de um. No caso do Brasil, em 2016, por exemplo, o IDH era de 0,754.
O que o resultado significa?
Os resultados permitem que o país seja categorizado de acordo com o nível de desenvolvimento humano, sempre com o objetivo de fazer parte do escalão de países melhor avaliados em relação ao IDH.
As quatro categorias são de desenvolvimento humano baixo, médio, alto e muito alto, e representam, cada uma, 25% do total de países avaliados.
O Brasil, por exemplo, faz parte do quadrante de países com um Índice de Desenvolvimento Humano considerado alto, sendo o 79º melhor colocado no ranking.
IDH - Índice de Desenvolvimento Humano
Objetivos
1) Compreender o que é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e como ele é calculado;
2) Perceber que o IDH é o índice mais adequado para se analisar o desenvolvimento humano, sendo utilizado como principal instrumento de medida em diversos países;
3) Analisar o IDH de vários países e observar que os índices mais elevados pertencem aos países desenvolvidos;
4) Analisar o IDH do Brasil, compará-lo com o índice de outros países e propor soluções para os nossos problemas sociais.
Ponto de partida
Leitura dos textos Como funciona o IDH - Índice de Desenvolvimento Econômico e IDH mede nível de qualidade de vida.
Estratégias
1) Inicialmente, questionar os alunos se somente o Produto Interno Bruto (PIB) per capita (dividido pela população) é suficiente para analisar o desenvolvimento de uma determinada população. Explique que, analisando sob esse ponto de vista, teremos unicamente a dimensão econômica de uma população - e, para medirmos o desenvolvimento humano, devemos levar em conta outros dados. Pergunte para os alunos que outros dados eles acham que são importantes.
2) Escreva no quadro as respostas dadas pelos alunos e selecione com um círculo os elementos que compõem o IDH (educação, longevidade e PIB per capita). Explique a criação do IDH e a sua utilização como forma de medir o desenvolvimento dos países no mundo. Depois, detalhe cada um dos elementos, bem como os fatores que são levados em consideração dentro de cada elemento. Por exemplo, no elemento educação, é considerado o índice de analfabetismo e a taxa de matrícula em todos os níveis de ensino.
3) É importante comentar o funcionamento do IDH e informar que ele varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) até 1 (desenvolvimento humano total). Vale lembrar que um índice até 0,499 significa um baixo desenvolvimento humano. De 0,5 a 0,799 representa um desenvolvimento médio e, quando ultrapassa 0,8, o desenvolvimento é considerado alto.
4) Distribua para os alunos, numa folha, a mais recente classificação dos países em relação ao IDH. Distribua também um mapa-múndi "mudo", ou seja, não contendo o nome dos países. Os alunos deverão localizar no mapa os vinte primeiros países classificados e pintá-los com uma cor correspondente ao seu índice no IDH. Previamente, determine com os alunos que os países que possuem um índice alto serão pintados com a cor verde; os que possuem índice médio, com amarelo, e os que possuem índice baixo, com vermelho. Poderá ser utilizado um atlas, em caso de dúvida a respeito da localização de algum país. Nessa primeira etapa serão analisados dois aspectos: a percepção espacial do aluno e a sua capacidade de analisar as informações expressas no mapa.
5) A seguir, solicite que os alunos analisem atentamente o mapa elaborado e retirem dele algumas conclusões. É esperado que os alunos percebam que os países que possuem IDH alto estão localizados na porção norte do hemisfério e que são, portanto, países desenvolvidos, considerados ricos. Em virtude disso, apresentam os melhores índices sociais e econômicos, acesso às melhores tecnologias, entre outros fatores.
6) Num segundo momento, peça que os alunos pesquisem, em grupo, na biblioteca e na Internet, os índices sociais presentes em cada elemento, considerando-se sempre um grupo de cinco países mais o Brasil. Por exemplo, no elemento longevidade, pesquisar a expectativa de vida em cinco países e também no Brasil. Num trabalho interdisciplinar com Matemática, solicite aos alunos que confeccionem gráficos comparando os dados do Brasil com os de outros países.
7) Em outra aula, peça para que cada grupo apresente os dados e os gráficos comparativos. Após a apresentação, realize um debate sobre os índices apresentados pelo Brasil, relacionando-os aos de outros países. Também no debate, peça para os alunos proporem possíveis soluções com o objetivo de melhorar os índices sociais brasileiros - e, conseqüentemente, o IDH atual. As soluções propostas pelos grupos deverão ser escritas numa folha.
8) Posteriormente, num trabalho interdisciplinar com Língua Portuguesa, os grupos deverão se reunir e elaborar um documento, uma carta contendo todas as possíveis soluções apontadas pelos alunos.
9) Acompanhe os alunos até o laboratório de informática e pesquise na Internet o endereço eletrônico (e-mail) dos senadores representantes do Estado onde se localiza a escola e também de, no mínimo, cinco deputados federais. Peça para algum aluno digitar a carta e, em seguida, envie-a para o e-mail dos senadores e deputados federais selecionados, solicitando atenção às sugestões dadas pelos alunos. Solicite dos parlamentares que, em suas respostas, informem o que, de fato, está sendo feito para solucionar os graves problemas sociais e econômicos brasileiros.
10) Deve-se fazer uma avaliação qualitativa contínua, acompanhando o desenvolvimento do aluno, avaliando-o no seu dia-a-dia, nas atividades cotidianas em sala de aula. Deve-se avaliar o desenvolvimento de habilidades (raciocínio, aplicação de conceitos, capacidade de observação e de crítica, etc.), bem como de atitudes (responsabilidade na execução das tarefas, sociabilidade, etc.).