Qual é a camada de ozônio que protege a Terra contra os raios ultravioletas?

Qual é a camada de ozônio que protege a Terra contra os raios ultravioletas?
A camada de ozônio é uma espécie de escudo que cobre toda a superfície terrestre. É constituída de oxigênio na forma do gás ozônio (O3).
A camada de ozônio tem uma função importantíssima, que é a de absorver os raios nocivos vindos do Sol. A radiação solar inclui o ultravioleta (que nós não enxergamos), nas formas UVA (ultravioleta A) e UVB (ultravioleta B), e esse são os raios mais nocivos vindos do Sol, especialmente os raios UVB, que possuem maior energia.
Se esses raios chegassem livremente do Sol até a superfície terrestre, a vida não seria possível, pois eles danificariam as proteínas e o DNA do corpo de plantas e animais. Além disso, a temperatura atmosférica

seria bem superior à que temos hoje. Dessa forma, a camada de ozônio é responsável também pela existência de vida na Terra.
Sabe-se hoje que a camada de ozônio absorve cerca de 99% das radiações UVA e UVB vindas do Sol. Apesar de todo esse poder de absorção, o 1% restante que passa pela camada é responsável por centenas de milhares de casos de queimadura todos os anos e também é o grande responsável pelo câncer de pele em pessoas que se expõem com freqüência ao Sol, sem tomar os devidos cuidados.
O grande problema é que certos gases eliminados pelas atividades tecnológicas do homem entram em contato com a camada de ozônio e a destroem aos poucos. Esses gases são os clorofluorcarbonos (CFCs)

Qual é a camada de ozônio que protege a Terra contra os raios ultravioletas?
, gases muito estáveis e que persistem por longo tempo em nossa atmosfera.

Qual é a camada de ozônio que protege a Terra contra os raios ultravioletas?

Esquema mostrando a quantidade de radiação ultravioleta(setas vermelhas)que chega à superfície terrestre: à esquerda, com a camada de ozônio preservada; à direita, com ela destruída (Adaptado de Raven, P.H; Berg, L.R; Johnson, George B. 1998. Envinroment - 2nd edition . Pg471)

O interessante é que, apesar desses gases atuarem no mundo todo, após eliminados, eles tendem a se concentrar em certas regiões do globo. Eles se concentram especialmente nos pólos e lá foi visualizado, na década de 80, a existência de um “buraco” na camada de ozônio. Esse “buraco” na verdade não é um buraco e sim um “afinamento” de cerca de 50% na espessura da camada. Ele é particularmente evidente no verão e se concentra na região do pólo sul, chegando a atingir algumas áreas da Austrália. Sabe-se da existência de um “buraco” também no pólo norte, porém de menor proporção.
As conseqüências que esse processo pode trazer ainda são fruto de muitas discussões. Sabe-se que, com maior incidência de UVA e UVB nos pólos, pode-se acelerar o processo de derretimento das geleiras. Ainda sim, os mais prejudicados pela exposição aos raios UVA e UVB são os seres vivos, especialmente os seres humanos. Câncer de pele e outras doenças relacionadas ao aumento da radiação ultravioleta do Sol poderão tornar-se um problema de saúde pública no futuro.

Recentes estudos publicados por cientistas da Administração Atmosférica e Oceânica (Noaa), da Nasa (Agência Espacial Norte Americana), indicam que o buraco na camada de ozônio sobre a Antartica aumentou em tamanho e profundidade. Apesar da menor emissão de CFC, celebrada em acordo por mais de 180 países com a assinatura do Protocolo de Montreal, em 1987, o problema continua, devido à estabilidade desses gases. Estima-se, assim, em 50 anos o prazo para a recuperação da camada de ozônio.

O Ozônio é um gás composto por moléculas com três átomos de oxigênio (O3). Esse gás encontra-se distribuído na troposfera, que concentra cerca de 10% de todo o Ozônio, e na estratosfera, que acumula a maior parte desse gás, cerca de 90%.

O Ozônio encontrado na troposfera origina-se a partir de poluentes lançados na camada inferior da atmosfera e é considerado pelos cientistas como o “ozônio mau”, em razão dos seus efeitos negativos quando em contato com plantas e animais. O contato com esse gás pode afetar o crescimento das plantas, o que pode diminuir a produtividade agrícola, gerar prejuízos econômicos e impactar a quantidade de alimentos disponíveis. Além disso, provoca irritação nos olhos e vias respiratórias do ser humano e outros animais, causando o comprometimento do sistema respiratório e intensificando problemas cardiovasculares.

Embora seja muito nocivo em contato direto com os seres vivos, o Ozônio presente na estratosfera exerce um papel fundamental para a manutenção da vida no planeta Terra. Distribuído em uma fina e instável camada na estratosfera, entre 25 e 30 quilômetros do planeta Terra, esse gás absorve mais de 95% dos perigosos raios ultravioleta emitidos pelo sol, protegendo a Terra de uma superexposição a esses raios, o que poderia afetar toda a dinâmica ambiental do planeta.

A partir da década de 1970, tornou-se bastante difundido em meio acadêmico e na mídia que a quantidade desse gás na estratosfera estaria diminuindo em algumas partes do planeta, gerando “buracos” na camada de ozônio. Assim, se nada for feito, essa diminuição da quantidade de O3 poderá ocasionar a destruição total dessa camada tão vital para o nosso planeta. De acordo com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)1, a concentração desse gás já está 3% mais baixa, o que resulta em um buraco de 31 milhões de quilômetros quadrados (15% da superfície terrestre) na região da Antártica no final do inverno e durante toda a primavera.

Essa diminuição da concentração de O3 na atmosfera tem provocado o aumento da quantidade de raios ultravioleta que chegam à superfície terrestre, provocando diversos impactos para o meio ambiente do mundo inteiro. Entre os impactos, destacam-se:

  • Impactos sobre o organismo humano1: envelhecimento precoce, mutação genética, problemas no sistema imunológico e câncer de pele.

  • Impacto sobre as plantas: A grande quantidade de raios ultravioleta pode comprometer o processo de fotossíntese, impactando o sistema nutritivo das plantas e o seu crescimento.

  • Redução de espécies1: A superexposição de raios UV pode prejudicar o desenvolvimento de diversas espécies marítimas, como peixes, camarões, caranguejos e fitoplânctons (base da cadeia alimentar marítima).Além disso, o contato com essa radiação pode causar diversas mutações genéticas, alterando totalmente o DNA dos seres vivos.

  • Contribuição para o aquecimento global: A diminuição da camada de Ozônio e o aumento da quantidade de raios UV podem contribuir para a aceleração do aquecimento global.

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A maioria dos cientistas atribuiu como principal causa para a destruição da camada de Ozônio as atividades realizadas pelo ser humano desde a Revolução Industrial, que lançaram uma enorme quantidade de CFCs e halogênios na atmosfera. Muito encontrados em espumas, aparelhos de refrigeração e extintores, os CFCs e halogênios, em contato com o Ozônio, provocam a degradação das moléculas desse gás. Isso acontece porque as moléculas de Ozônio ligam-se aos átomos dessas substâncias, formando outro elemento, ocorrência que ocasiona a diminuição da concentração desse gás na atmosfera.

Em virtude dessa constatação, vários países adotaram medidas visando à diminuição do uso dos CFCs e halogênios. Em 1987, diversos países assinaram o Protocolo de Montreal, no qual se comprometeram a erradicar o uso de substâncias que provocassem algum dano à Camada de Ozônio e a implantar uma série de medidas para proteção dessa importante camada da atmosfera. Atualmente esse protocolo é adotado por 197 países, sendo o único acordo multilateral com adoção universal do mundo. O Protocolo de Montreal possui mais países adeptos que o Protocolo de Quioto, que visava à implantação de uma série de medidas para a diminuição da emissão de gases que aceleram o efeito estufa.

Alguns cientistas acreditam que a diminuição de O3 na atmosfera é um processo natural do planeta, portanto, que não sofreria influência do homem, já que, embora os CFCs e halogênios tenham a capacidade de degradar o Ozônio, raramente atingiriam a estratosfera. Para eles, a proibição do uso dessas substâncias tem razões econômicas, já que os CFCs e halogênios não possuíam patentes e os produtos que substituíram essas substâncias são, muitas vezes, mais caros.

Assim, embora as causas para a destruição da camada de Ozônio ainda sejam contraditórias, sabe-se que a concentração desse gás está diminuindo e que essa diminuição tem aumentado a quantidade de raios UV na superfície terrestre, fato que tem causado diversos impactos para a vida no planeta Terra. Assim, é fundamental que o ser humano adote medidas para evitar que essa camada seja destruída e para se proteger dos efeitos de sua destruição. Entre as principais medidas sugeridas para evitar os efeitos da radiação ultravioleta para os seres humanos, estão:

  • Evitar a exposição ao Sol no período entre 10 e 16 horas, horário em que a quantidade de raios ultravioleta é maior;

  • Utilizar protetor solar durante todo o dia;

  • Fazer uso de óculos, chapéus e guarda-sóis.

  • Evitar práticas de bronzeamento.

NOTAS

1 Dados retirados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Qual é a camada de ozônio que protege a Terra dos raios ultravioletas?

A camada de ozônio é um dos componentes mais importantes que formam a estratosfera do nosso planeta. Ela é uma fina camada formada pelo gás ozônio (O3) que protege você, sua família e todos os outros seres vivos da Terra contra os raios ultravioleta do sol.

Qual é a camada de ozônio?

O ozônio (O3) é um dos gases que compõe a atmosfera e cerca de 90% de suas moléculas se concentram entre 20 e 35 km de altitude, região denominada Camada de Ozônio. Sua importância está no fato de ser o único gás que filtra a radiação ultravioleta do tipo B (UV-B), nociva aos seres vivos.

Como se chama a parte da atmosfera responsável pela absorção dos raios ultravioletas?

Dessa forma, a camada de ozônio é responsável também pela existência de vida na Terra. Sabe-se hoje que a camada de ozônio absorve cerca de 99% das radiações UVA e UVB vindas do Sol.

Qual a relação entre camada de ozônio e radiação ultravioleta?

A camada de ozônio possui uma função vital para a manutenção da vida na Terra, pois ela é capaz de absorver até 99% da radiação ultravioleta (UV) proveniente do Sol. Visto que essa radiação tem baixos comprimentos de onda e alta energia, ela possui alto poder de penetração na pele.