Por Nivia Machado Show
A Frase original de Augusto Comte é a inspiração que veio do positivismo para a criação do lema da nossa bandeira nacional: “Ordem e Progresso”. Em tempos de ares nacionalistas advindos dos Jogos olímpicos, aqui no Brasil, é bem propício fazer uma reflexão sobre amor, ordem e progresso na Olimpíada do Rio, sem entrar no aprofundamento da corrente filosófica e no contexto social do século XIX. A festa começou com a encenação da chegada das caravelas portuguesas, a recepção dos indígenas, a imigração forçada dos negros. Depois mostraram o polêmico e maior grande feito brasileiro, o 14 Bis. A beleza de Gisele Bundchen, que arrancou suspiros, ao desfilar sobre os contornos virtuais de Niemeyer deixando o mundo inteirinho cheio de graça. Nesse momento formou um coro de vários “Tons Jobins” no Maracanã produzindo um ambiente de que tudo ficou mais lindo por causa do amor. Quando o filósofo francês, Auguste Comte, criou a frase que antecedeu o lema de nossa bandeira nacional estava disposto a colaborar com a criação de uma ciência que refletisse sobre o individualismo. A função era compreender as condições constantes e imutáveis da sociedade, chamado por Comte de “Ordem”, e também, as leis que regiam seu desenvolvimento, o “Progresso”. Nesse sentido, o “Amor” deve coordenar o princípio de todas as ações individuais e coletivas, essa é a premissa para tudo na vida, inclusive na política. Muito mais que uma festa de esportes mundiais, a olimpíada é um fazer político, um evento de relação internacional em que o anfitrião mostra aos convidados o que tem de melhor. Muitos governos utilizaram dos jogos olímpicos para fazerem propagandas de seus países. Um exemplo foi em 1936, na Alemanha, quando Hitler quis criar a imagem de um país unido, forte e tolerante. Porém, a violação dos direitos humanos na Alemanha, enraizada no ódio, fez com que a população de outros países percebesse a contradição e criasse uma campanha de boicote à Olimpíada de Berlim, mas o movimento não deu certo e a propaganda de Hitler aconteceu. Mas por que falar de Hitler, Olimpíada de Berlim e boicote? O Texto foi do “doce balanço a caminho mar” para o “Heil Hitler” em um piscar de linhas. A reposta não é única. De início um evento que propõe a integração dos povos pode esconder estratégias pouco amorosas. O “Amor” que precede o lema da bandeira do Brasil deve fazer parte da nossa política. E como uma olimpíada é um evento político, o amor deve coordenar todas as ações de construção e desenvolvimento desse megaevento. O conceito e prática do amor do século XIX podem ser diferentes dos atuais. Na época, o movimento republicano tinha como representantes homens da elite intelectual. Hoje, a nossa república deve defender mais inclusão, representatividade e democracia. Nesse sentido, o enfrentamento à violação dos direitos humanos deve ser o ponto de partida para todas as questões políticas e sociais da Olimpíada do Rio. Excluídos do roteiro que conta a história do nosso país e sem motivos para comemorar, os antigos moradores da antiga Vila Autódromo foram removidos de suas casas para dar lugar a equipamentos olímpicos e para a construção do Parque Olímpico. Também faltou amor no quesito direito ao trabalho digno. O Ministério do Trabalho encontrou na Vila Olímpica 630 trabalhadores sem registros na carteira, entre eles pessoas cumprindo jornada de trabalho de 23 horas. Para muitas vozes que não puderam fazer o coro das belas músicas no Maracanã, porque estavam excluídas dos direitos aos bens públicos, da festa e dos noticiários da grande mídia, o amor, a ordem e o progresso são apenas palavras escritas em uma bandeira desbotada. Também foi excluído do roteiro, o direito de manifestar. A polícia truculenta que invade estabelecimentos bate em estudantes, trabalhadores, toma cartazes de cidadãos que querem dar os seus “fora Temer”, não pode dizer que está mantendo a Ordem. Não é Ordem porque não dá espaço para o Progresso e não sabe o que é Amor. É necessário que o povo dê um novo banho de tinta em nosso símbolo nacional e escreva com as próprias mãos o lema da Bandeira da República Federativa do Brasil. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. A legenda em selo postal brasileiro de 1981 com adição das palavras: independência, liberdade. A expressão Ordem e Progresso é o lema político do positivismo, forma abreviada do lema positivista formulado pelo filósofo francês Auguste Comte: "O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim" (em francês L'amour pour principe et l'ordre pour base; le progrès pour but.). Significado[editar | editar código-fonte]Seu significado é:
Assim sendo, do desenvolvimento da Ordem resulta o Progresso individual, moral e social. Origem[editar | editar código-fonte]O lema político "Ordem e Progresso" origina-se da corrente filosófica positivista, criada por Auguste Comte e John Stuart Mill no século XIX. A doutrina positivista preconiza realização dos ideais republicanos: a busca e a manutenção de condições sociais básicas (respeito aos seres humanos, salários dignos etc.) e o melhoramento do país (em termos materiais, intelectuais, etc). O lema "Ordem e Progresso" encontra-se escrito na Bandeira Nacional do Brasil idealizada por Raimundo Teixeira Mendes e desenhada pelo artista Décio Villares,[1] com a fundação da República brasileira por Benjamin Constant. PLS 137/2008[editar | editar código-fonte]No PLS 137/2008, o senador Cristovam Buarque propôs "vedar, a partir de 13 de maio de 2014, o uso de lema escrito na bandeira nacional caso até lá não seja erradicado o analfabetismo absoluto no País."[2] O PL 2179/2003, criado pelo deputado Chico Alencar, iria substituir a expressão "Ordem e Progresso" pela expressão "Amor, Ordem e Progresso" mas a emenda foi arquivada em 2017.[3] Notas e referências
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Qual a relação entre o positivismo de Auguste Comte e o lema da bandeira do Brasil Ordem e Progresso?A frase "Ordem e Progresso" foi inspirada em um lema do positivismo, corrente filosófica popular na época da criação da bandeira nacional, no final do século 19. A frase original do filósofo Augusto Comte, dizia "Amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim."
Qual a relação do positivismo de Comte com a bandeira do Brasil?Positivismo no Brasil - “Ordem e Progresso”
“Ordem e Progresso” são influências do pensamento positivista. O lema de nossa bandeira é positivista, pois a Primeira República brasileira (1889-1930) foi um período político com forte inspiração na teoria formulada por Auguste Comte.
Qual a relação entre o lema Ordem e Progresso e O positivismo?O lema político "Ordem e Progresso" origina-se da corrente filosófica positivista, criada por Auguste Comte e John Stuart Mill no século XIX. A doutrina positivista preconiza realização dos ideais republicanos: a busca e a manutenção de condições sociais básicas (respeito aos seres humanos, salários dignos etc.)
Qual o significado do lema da nossa bandeira nacional Qual a relação com Augusto Comte?Ao auxiliar no processo da proclamação, acabou por ser homenageada na bandeira brasileira. O lema “Ordem e Progresso” foi uma adaptação da frase: “O Amor por princípio e a Ordem por base. O Progresso por fim”, escrita pelo principal teórico e representante da corrente, o francês Auguste Comte.
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