Qual a diferença de mioma e tumor?

Mioma, pólipo e cisto são problemas ginecológicos recorrentes em mulheres em idade reprodutiva. Às vezes, causam sintomas semelhantes, como cólicas abdominais, sangramento menstrual aumentado e até dificuldade para engravidar. No entanto, diferem quanto à tipologia e ao órgão onde se desenvolvem, exigindo cuidados e tratamentos distintos. Saiba mais sobre essas doenças:

Mioma

É um tumor uterino benigno formado por tecido muscular. O tratamento varia de acordo com o tamanho, a gravidade dos sintomas e a região no útero onde se desenvolve. Por estar associado à produção hormonal, pode regredir com o uso de anticoncepcionais que bloqueiam a liberação natural de estrógeno. Nos casos de miomas que alcançam grandes dimensões, pode ser indicada a retirada cirúrgica: por videolaparoscopia, quando os tumores estão no meio da parede uterina (intramurais) e fora dela (subserosos), ou por videohisteroscopia, para os que crescem dentro da cavidade uterina (submucosos).

Pólipo

Pólipos endometriais são tumores benignos que se originam das células do endométrio e projetam-se para dentro da cavidade uterina. Apesar de apresentarem baixo potencial de tornarem-se câncer, a retirada via videohisteroscopia cirúrgica é recomendada. Nos casos de suspeita de malignidade, a videohisteroscopia diagnóstica é o exame chave, pois permite a visualização do canal do colo do útero e a retirada de material para biopsia, se necessário.

Cistos

Enquanto mioma e pólipos surgem no útero, cistos são bolsas líquidas que se formam no ovário. Na maior parte são funcionais e desaparecem espontaneamente. No entanto, quando possuem componentes sólidos, como é o caso do cisto dermóide (teratoma), requerem maior atenção. Para evitar que cresçam, afetem estruturas ou provoquem torção ovariana, pode ser indicada a retirada por videolaparoscopia, procedimento cirúrgico minimamente invasivo.

Segundo a Dra. Ana Maria Morato Gagliardi, tanto cistos de ovário como pólipos e miomas uterinos precisam ser devidamente avaliados e acompanhados. “Cada caso deve passar por avaliação criteriosa, pois a conduta de tratamento depende do quadro clínico, gravidade dos sintomas e desejo reprodutivo de cada paciente”, explica a ginecologista da Scope.

A consulta médica periódica é fundamental para o diagnóstico de problemas, logo no início. Cuide-se, faça exames preventivos regularmente e evite complicações futuras.

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Receber o diagnóstico de mioma pode assustar, a princípio. Afinal, a literatura médica ainda não comprovou causas de origem e fatores de desenvolvimento desses tumores uterinos. Mas não há motivo para pânico: miomas são benignos, ou seja, não representam uma ameaça grave à saúde. Sabe-se também que são hormônio-dependentes e que respondem bem a tratamentos. Portanto, antes de se preocupar sem motivo, vale a pena conhecer a doença mais de perto.

“Miomas são tumores sólidos que podem provocar sintomas – principalmente na fase reprodutiva da mulher – ou não. Esta última situação é a mais comum. Mas, entre os sintomas detectados, estão sangramento genital aumentado, dor pélvica e aumento do volume abdominal”, afirma o ginecologista e obstetra Nilo Bozzini, professor de Ginecologia da Universidade de São Paulo (USP) e responsável pelo Ambulatório de Miomas do Hospital das Clínicas (HC) da USP.

Os miomas podem localizar-se no corpo (situação mais frequente) ou no colo do útero (raramente). A localização desses tumores benignos no organismo é o que caracteriza e diferencia seus três tipos mais conhecidos, independentemente da textura: subseroso, intramural e submucoso. O primeiro é definido pela presença na superfície externa do útero, enquanto o segundo se dá na espessura da musculatura do órgão. Já o mioma submucoso ocorre em face mais interna, causando deformidade da cavidade uterina.

Apesar de benignos, os miomas podem trazer complicações à gravidez ou mesmo infertilidade. O ginecologista e obstetra explica que, como o local em que o bebê se desenvolve é na cavidade endometrial, se existir um tumor nessa região ele pode ser a causa de um abortamento, parto prematuro. Portanto, é importante a observação, nesses casos, dos volumes desses miomas. Se a mulher estiver em fase reprodutiva, desejando filhos, tratamentos sempre serão mais conservadores.

A incidência genética da presença de miomas ainda é tema de avaliações internacionais, com apoio de números e descobertas de grupos com maior risco de desenvolver os tumores benignos. “Estudam-se hoje, do ponto de vista da influência genética, as mulheres que apresentam tendência familiar, gêmeas e as mulheres da raça negra, que tem de três a nove vezes mais possibilidade de desenvolver mioma, além de estes serem mais volumosos”, completa o Dr. Bozzini.

“No entanto, uma grande maioria das mulheres portadoras é assintomática”, ressalta o especialista. “Muitas acabam sabendo que têm mioma porque vão ao médico, são submetidas a um exame ginecológico ou ultrassonográfico e obtêm esse diagnóstico. No geral, quando a paciente tem sintomas, deve procurar o médico para ser examinada. Para aquelas que não sentem nada, deve-se procurar um profissional uma vez por ano para esclarecimentos adequados no tema,  acrescenta.

Uma dúvida ainda muito comum entre pacientes é se o mioma pode se transformar em um tumor maligno. O ginecologista e obstetra explica que poderia se dizer que o lado maligno do mioma é o sarcoma. Mas que a teoria preponderante na classe médica é a de que “mioma nasce mioma, e sarcoma nasce sarcoma”. Logo, apesar de possuírem as mesmas características clínicas, seriam considerados transtornos distintos.

“O grande trunfo de tudo isso é que a incidência do sarcoma é muito baixa. Por isso, a oportunidade que se tem de tratar o mioma de forma conservadora, sem que precise retirar o útero, é grande, porque sabemos que a incidência de sarcoma é pequena. Mas temos de estar sempre de olho em circunstâncias, como crescimento rápido do tumor”, avalia.

HORMÔNIOS E CIRURGIA

O Dr. Bozzini acrescenta que os hormônios estrogênio, responsável por criar condições necessárias à fertilização do embrião, e progesterona, atuante sobre o ciclo menstrual e em modificações no corpo durante a gravidez, são fatores desencadeantes para o crescimento do mioma uterino. “Cada mioma tem um comportamento. Alguns têm receptores positivos em maior proporção para o estrogênio, outros não, e assim por diante.”

“O anticoncepcional até funciona como meio de tratamento nesse sentido. Ao contrário do que acontecia no passado, esses medicamentos têm atualmente uma baixa dosagem, o que ajuda, sobretudo, na ação sobre o endométrio . No entanto, quando acontece de os miomas começarem a crescer na vigência do anticoncepcional, é sinal de que a conduta precisa ser alterada”, acrescenta o especialista.

O ginecologista e obstetra afirma também que a indicação da cirurgia para a extração de miomas depende da faixa etária da paciente, do volume do mioma, dos incômodos registrados. “No caso de um tratamento mais conservador, a mais correta é a miomectomia. Agora, quando a paciente tem uma prole determinada, não deseja mais filhos, a mais indicada é a histerectomia.”

Quando um mioma vira câncer?

Muitas mulheres se assustam quando recebem o diagnóstico de mioma no útero por acharem que se trata de um câncer. Mas não há razão para pânico: miomas não se transformam em tumores cancerígenos e não aumentam o risco de ter câncer de colo do útero, o que significa que não representam uma ameaça grave à saúde.

O que é tumor mioma?

Miomas são tumores uterinos benignos formados por tecido muscular. Acometem as mulheres principalmente na fase reprodutiva da vida, isto é, na fase em que menstruam e podem engravidar. A causa é desconhecida, mas sabe-se que seu crescimento depende de fatores hormonais, diminuindo de tamanho após a menopausa.

Quando o mioma é maligno?

É verdade, o mioma é um tipo de tumor. Entretanto, existem dois tipos de tumores: o maligno e o benigno. O maligno é o tumor em que as células se multiplicam rapidamente e invadem as estruturas ao seu redor. Esses é o chamado “câncer”.

É considerado um tumor benigno do útero?

Miomas uterinos são tumores benignos presentes no útero e acometem de 20% a 50% das mulheres. Acredita-se que o crescimento dos miomas é estimulado pelos hormônios estrogênio e progesterona, mas a gênese inicial ainda é desconhecida.