Qual a arvore mais velha do mundo

Um alerce (Fitzroya cupressoides) do Chile pode ser a árvore mais velha do mundo, segundo o estudo do cientista ambiental chileno Jonathan Barichivich: o espécime, nativo da América do Sul e presente no Parque Nacional Alerce Costero, ainda está sendo analisado, mas o caso tem movimentado a comunidade da dendrocronologia à medida que é divulgado em conferências e reuniões.

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O pesquisador conhece a árvore desde a infância, já que seus pais eram guardas florestais no parque e ele cresceu na região, visitando as árvores por toda a sua vida. Iniciando os estudos do chamado Alerce Milenario apenas recentemente, ele coletou uma amostra não-invasiva do tronco para contar os anéis de crescimento da árvore, mas o dispositivo era curto demais para chegar até o centro — começou, então, uma investigação diferente.

Qual a arvore mais velha do mundo
O Alerce Milenario, ou Gran Abuelo, espécime que pode ser a árvore mais velha do mundo (Imagem: Dr. Jonathan Barichivich/Divulgação)

Comparando árvores

Foi iniciada, então, a análise de outras árvores da espécie, também conhecida como alerce-da-patagônia ou cipreste-da-patagônia. Amostras de seus centros foram coletadas e uma modelagem estatística foi feita, o que permite calcular a idade aproximada da planta. Com dados ambientais auxiliando na amostragem, foi estimado o número de anéis provavelmente formados pelas partes faltantes do centro: estimou-se, então, que o espécime tem 5.484 anos de idade.

Qual a arvore mais velha do mundo
Algumas das etapas do estudo envolveram medir outros alerces e fazer modelagem estatística (Imagem: Los Alerzales km 45, Chile/YouTube)

Caso se prove que a idade é correta, o Gran Abuelo, como Barichivich pessoalmente apelidou a árvore, quebraria o recorde de idade em mais de 600 anos: antes, o vencedor era um pinheiro bristlecone (Pinus balfouriana) da Califórnia, com 4.853 anos. O cientista chileno planeja continuar estudando o espécime, obtendo uma amostra completa do cerne da árvore, mas não para por aí: ele tem pressionado o governo do país para elaborar mais medidas protetivas à árvore, sendo ela um espécime histórico.

Fonte: Phys.org

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Temperaturas gélidas, vento constante e solo seco: as condições parecem desfavoráveis à vida. Mas é nesse ambiente em que vive a árvore mais antiga do mundo, atualmente com 5.067 anos de idade. Mais velha que as pirâmides do Egito, a árvore é um pinheiro da espécie Pinus longaeva que assiste a história da humanidade passar diante de sua vista privilegiada na cadeia das Montanhas Brancas, na Califórnia, Estados Unidos.

A localização exata e o nome do pinheiro são mantidos em segredo pelo Serviço Florestal dos EUA para evitar atos de vandalismo. Sua irmã mais nova, segunda árvore mais antiga de que se tem registro, tem 4.845 anos e é chamada "Matusalém”, apesar de já possuir o quíntuplo da idade do personagem bíblico.

Com galhos retorcidos e aspecto dramático, a espécie prospera em uma região rochosa, com altitudes superando 3 mil metros e baixa precipitação. A umidade costuma ocorrer na forma de neve, e as temperaturas ficam constantemente abaixo de zero. Ao mesmo tempo em que as condições são duras, elas também determinam sua sobrevivência: a falta de competição por nutrientes com outras espécies vegetais favorece a Pinus longaeva, assim como a distância entre os pinheiros, que evita a propagação do fogo. O segredo para a vida tão longa inclui ainda um tipo de madeira densa, resistente a insetos, fungos, pestes e protegida por uma capa de resina.

Esses pinheiros resistem impassíveis aos elementos naturais ao longo dos anos, mas um dos exemplares mais antigos foi derrubado por um cientista desavisado. Na década de 60, o geólogo Donald Currey derrubou, com autorização do Serviço Florestal, o pinheiro "Prometeu", para depois descobrir que se tratava da árvore mais antiga já datada naquele momento, com 4.844 anos.

Controversa, a morte da árvore indignação nos EUA e contribuiu para a criação do Parque Nacional da Grande Bacia, que protege os pinheiros de longa duração. Cientistas apontam que o estudo da Pinus longaeva pode servir de guia para entender melhor, a nível celular, os motivos que a levam a viver tanto tempo. Com isso, a comunidade científica também teria mais conhecimentos necessários para desenvolver terapias que aumentem a longevidade humana.

Além da Pinus longaeva, a lista das árvores mais antigas do planeta conta também com um cipreste-da-patagônia encontrado no Chile, com 3.627 anos, e uma figueira-dos-pagodes de 2.222 anos, achada no Sri Lanka.

A lista considera árvores individuais, mas outro tipo de organismo pode chegar a idades surpreendentemente maiores por meio da clonagem, ou reprodução não sexuada. Um dos exemplos é Pando, uma floresta de cerca de 47 mil álamos unidos por um mesmo sistema de raízes. Individualmente, as árvores vivem cerca de 200 anos. Já o sistema de raízes, que cobre cerca de 43 hectares, tem estimados 80 mil anos de idade. Da espécie Populus tremuloides, Pando vive em Utah, também nos EUA.

O jequitibá-rosa Patriarca tem altura equivalente à de um prédio de 13 andares — Foto: Dirceu Martins / TG

O jequitibá-rosa

É possível que o Brasil também possua uma árvore de mais de três milênios, mas o tema é controverso. Um jequitibá-rosa localizado em uma reserva na cidade de Santa Rita do Passa Quatro, no interior de São Paulo, teve sua idade estimada em mais de 3 mil anos.

O método usado pelo já falecido biólogo Manuel de Godoy foi o de contagem de anéis de crescimento de um jequitibá vizinho, que considera que um anel de crescimento visível no tronco da árvore é gerado a cada ano. Com essa idade, o jequitibá-rosa já seria milenário na época em que Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil.

Contudo, outro cálculo aponta que o jequitibá teria cerca de 580 anos, conforme medição do chefe do laboratório de anéis de crescimento do departamento de ciências florestais da USP de Piracicaba, Mário Tomazello Filho. O pesquisador aponta que árvores tropicais possuem frequentemente falsos anéis de crescimento, o que poderia fazer com que se superestime a sua idade, como disse o pesquisador ao programa Globo Rural, da TV Globo.

Independente de sua idade, o jequitibá-rosa, apelidado de "Patriarca”, é imponente e impressionante: possui 11,5 metros de circunferência, 40 metros de altura e peso de 264 toneladas, equivalente a mais de 50 elefantes. O titã fica no Parque Estadual de Vassununga, área protegida mantida pelo governo estadual por meio da Fundação Florestal.

Qual que e a árvore mais velha do mundo?

O cientista ambiental Jonathan Barichivich, do Laboratório de Ciências Climáticas e Ambientais em Paris, na França, estima que a árvore mais antiga do planeta tenha 5.400 anos e seja a conífera Fitzroya cupressoides. A planta fica localizada nas montanhas costeiras do Chile. As informações são do jornal Science.

Qual foi a primeira árvore do mundo?

A primeira árvore pode ter sido a Wattieza, cujos fósseis foram encontrados no estado de Nova York em 2007, datando do Devoniano Médio (cerca de 385 milhões de anos atrás). Antes desta descoberta, Archaeopteris era a primeira árvore conhecida.

Quantos anos tem a planta mais velha do mundo?

Esta espécie cresce nas White Mountains no estado americano da Califórnia. Sua idade de 4.846 anos faz dela o ser vivo conhecido não-clone mais velho do mundo. A árvore tem o nome de Matusalém, a figura cuja vida é a mais longa da bíblia, chegando à idade de 969 anos.

Qual a Sequoia mais velha do mundo?

A sequoia-gigante é a maior árvore do mundo em termos de volume. Ela atinge em média de 85 - 115 m de altura, e 8–12 m em diâmetro. A sequoia-gigante mais velha conhecida possui 4.650 anos de idade e se encontra no Parque Nacional da Sequoia, na Califórnia.