Quais são os três países europeus com maior número absoluto de imigrantes?

Qual país acolhe mais imigrantes?

Data: 24 de setembro de 2016

[Swissinfo]  Com quase 30% da população nascida fora das suas fronteiras, a Suíça é o país europeu com a maior proporção de estrangeiros. No mundo, os países do Golfo acolhem o maior número de imigrantes. Ainda assim, ao contrário do que se crê, esses índices têm-se mantido relativamente estáveis nos últimos 25 anos.

Em termos absolutos, os Estados Unidos continuam sendo o campeão da imigração, com cerca de 20% dos imigrantes do mundo. Em seguida, vêm Alemanha, Rússia e Arábia Saudita – que juntos acolhem 14%.

Enquanto que a maioria dos imigrantes vive na América do Norte e na Europa, no ano passado houve um movimento migratório maior entre os países em desenvolvimento do que dos países em desenvolvimento para os desenvolvidos.

De acordo com estatísticas da ONU, os seguintes países do Golfo têm mais imigrantes do que nacionais em sua população total: Bahrain, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Embora as ONGs denunciem regularmente abusos cometidos contra os trabalhadores imigrantes nos países do Golfo, esses países dependem fortemente de trabalhadores estrangeiros para sustentar o crescimento econômico. Um relatório da Organização Internacional para a Migração mostra que, nos países do Golfo, as pessoas geralmente têm uma opinião favorável sobre a imigração.

Note-se que a definição de imigrante usada aqui é baseada apenas no país de nascimento, e não na nacionalidade da pessoa. Qualquer pessoa nascida em um país diferente daquele em que vive é considerada um imigrante. De acordo com esta definição, os imigrantes representam 30% da população suíça (24,6% considerando a nacionalidade em vez de local de nascimento). Trinta países têm mais imigrantes do que a Suíça. A grande maioria deles são cidades-estados como o Luxemburgo, Mônaco e Singapura.

Um relatório recente da ONU fez manchetes quando afirmou que o número de migrantes internacionais aumentou em 41% desde 2000, elevando o número total para 244 milhões em todo o mundo. O aumento percentual no número de migrantes é impressionante, mas enganador porque ele não leva em conta o crescimento da população mundial, que foi de 20% durante o mesmo período.

Se considerarmos o número total de migrantes internacionais em relação à população mundial, podemos ver que essa proporção manteve-se relativamente estável ao longo dos últimos 25 anos – cerca de 3% – o que significa um aumento de apenas 0,5 pontos percentuais desde 2000.

Após o término da Segunda Guerra Mundial, vários países europeus se reconstruíram e se destacaram no seguimento industrial, como a Alemanha e a França, com o crescimento econômico derivado desse setor tais nações se tornaram áreas de atração para trabalhadores, sobretudo, imigrantes.

No primeiro momento os imigrantes eram oriundos da própria Europa, de países como Portugal, Espanha, Itália e Grécia, que se dirigiram às nações mais desenvolvidas industrialmente com intuito de se colocar no mercado de trabalho. As vagas que surgiam nessas indústrias eram direcionadas a trabalhadores que não tinham uma boa qualificação, dessa forma recebiam baixos salários, geralmente não existia vínculos empregatícios, uma vez que eram trabalhos sazonais.

Mais tarde, no decorrer das décadas de 1970 e 1980, houve uma alteração na configuração da origem dos imigrantes que se dirigiam para o continente europeu, esses eram originados das ex-colônias.

Até mesmo as nações menos desenvolvidas do leste europeu começaram a absorver imigrantes, esse processo foi provocado, entre outros motivos, pelo aumento das desigualdades entre países centrais e periféricos. Países que sempre tiveram seus habitantes saindo para outros lugares do mundo passaram a receber imigrantes, sobretudo das ex-colônias como Brasil e o leste europeu.

Atualmente, existem em muitos países de atração movimentos contrários aos imigrantes, em Portugal, por exemplo, há grupos xenófobos, embora sejam poucos. Apesar disso, ocorre um intenso fluxo de imigrantes e, automaticamente, uma saturação no mercado de trabalho. Tal fato provavelmente produzirá reflexos como os que ocorrem na França, com iniciativas radicais e até mesmo violentas.

Os adeptos à xenofobia condenam os imigrantes pela falta de trabalho, entretanto, esquecem que esse fator foi desencadeado pelos seus próprios líderes, que permitiram a entrada desses trabalhadores para executar tarefas que os nativos se recusavam a desenvolver. Esse processo é resultado do imperialismo ocorrido no passado, quando as metrópoles tinham como objetivo exclusivo explorar a colônia e nunca de estabelecer medidas para que essa engrenasse para o desenvolvimento.

Os movimentos xenófobos vêm crescendo gradativamente, especialmente a partir dos anos 80 com as crises econômicas que ocorreram nessa década e nos anos 90 com o aumento do desemprego em escala global. Segundo os líderes e adeptos desse tipo de movimento, essa aversão aos imigrantes não se deve a preconceitos por origem, e sim pela preocupação com a perda de identidade cultural, a competividade entre um nativo e um imigrante, pois o último se sujeita a menores salários e condições precárias de trabalho, isso força uma deflação geral. Além disso, a entrada da religião mulçumana na Europa é vista como uma ameaça, principalmente após os ocorridos em 11 de setembro nos EUA.

Devido às pressões de grupos xenófobos, o governo da França implantou medidas de restrição aos imigrantes, nesse caso, as origens mais afetadas são os africanos e mulçumanos (ex-colônias). Essa realidade não se resume somente à França, pois os outros países europeus desenvolvidos estabeleceram leis extremamente rigorosas para impedir a entrada de imigrantes.

Recentemente, o grupo de imigrantes que mais sofrem com a discriminação são os do leste europeu, os países da Europa Ocidental impuseram a cobrança de vistos, mas para adquiri-los as burocracias são tão grandes que se torna uma tarefa difícil de alcançar.

Esse tipo de discriminação por parte da população da Europa, especialmente da parte ocidental, tem proporcionado o crescimento e a atuação de grupos denominados de ‘neonazistas’. Esses chegam a ser extremistas, na Alemanha ocorre uma grande incidência de atentados a imigrantes.

Essa questão é extremamente complexa e difícil de encontrar uma solução, segundo especialistas, isso se deve aos períodos de exploração das colônias, como se os imigrantes vindos dessas tivessem cobrando por tal ato. Na visão de outros estudiosos, essa temática não terá fim enquanto existir tanta disparidade entre países centrais e periféricos, pois as pessoas desse último sempre vão migrar em busca de sua sobrevivência.

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Quais os países que têm maior número de imigrantes na Europa?

A Alemanha comunicou o maior número de imigrantes (692,7 mil) em 2013, seguida do Reino Unido (526,0 mil), da França (332,6 mil), da Itália (307,5 mil) e de Espanha (280,8 mil).

Quais são os países com maior número de imigrantes?

De acordo com a Organização das Nações Unidas, em 2019, Estados Unidos, Alemanha e Arábia Saudita tiveram o maior número de imigrantes de qualquer país, enquanto Tuvalu, Santa Helena e Toquelau tiveram o menor.

Quais são os principais imigrantes da Europa?

Países com mais imigrantes.
Alemanha: 917 mil imigrantes;.
Reino Unido: 644 mil imigrantes;.
Espanha: 532 mil imigrantes;.
França: 370 mil imigrantes;.
Itália: 343 mil imigrantes..

Quais são os dois países europeus que recebem os maiores fluxos de imigrantes?

França (658 000) Alemanha (412 000) Espanha (340 000) Itália (294 000)