Quais são os desafios da agricultura 40?

A escassez de recursos naturais, as alterações climatéricas, o crescimento demográfico, o desperdício de alimentos e a futura substituição de trabalhadores rurais pela tecnologia são dos principais desafios e preocupações do setor.

A evolução tecnológica, denominada 4.0, está a mudar a vida das organizações em todas as vertentes.

A investigação tecnológica tem evoluído de uma forma exponencial e deverá continuar a marcar os próximos anos.

É uma questão é multidimensional e não deve ser vista nem tratada de uma forma superficial pelos agentes económicos nos diversos setores.

No setor agrícola é usual referimo-nos à "agricultura 4.0", que não é mais do que um conjunto de tecnologias digitais inovadoras e integradas entre si, através de sistemas, equipamentos e softwares, que otimizam a produção agrícola, em todas as suas fases.

Podemos falar desde a simples digitalização de processos de produção e mecanização dos equipamentos utilizados no campo, até às operações e decisões que passam a ser orientadas com base em dados obtidos do clima, das propriedades da terra, dos animais, das plantas, ou através da conectividade de equipamentos e dispositivos.

Drones, GPS, Telemetria, Pulverização, Sensores, SIG (Geographic Information System) e Biotecnologia são algumas das ferramentas utilizadas. Estas vêm otimizar todo o ciclo produtivo na gestão e precisão da utilização de recursos, reduzindo o desperdício, melhorando a segurança alimentar e contribuindo para a sustentabilidade.

A escassez de recursos naturais, as alterações climatéricas, o crescimento demográfico, o desperdício de alimentos e a futura substituição de trabalhadores rurais pela tecnologia são dos principais desafios e preocupações do setor.

Estima-se que até 2050 será necessário produzir mais 70% da quantidade de alimentos que já produzimos atualmente, o que é preocupante. Desta forma, prevê-se que a Agricultura 4.0 seja crucial e capaz de responder a estes desafios.

Estes e outros conselhos estão disponíveis para ouvir na página do Minuto Moneris onde a consultora dá os melhores conselhos de governação para a rentabilização dos negócios das empresas.

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Quais são os desafios da agricultura 40?

A tecnologia está cada vez mais presente no campo (Foto: Banco de Imagens)

A agropecuária está cada vez mais 4.0. Não param de surgir soluções e inovações tecnológicas para facilitar a vida do produtor rural, ferramentas que vão desde a gestão do negócio até monitoramento de informações que visam reduzir riscos e aumentar a produtividade. Mas há desafios para chegar ao mercado e ampliar o uso dessas ferramentas, de acordo com especialistas no assunto reunidos em um evento sobre digitalização no agro, nesta quinta-feira (15/8), em São Paulo (SP).

“Nosso maior desafio é massificar a adoção. Chegar do outro lado, para nós, é importante”, avaliou Herlon Oliveira, da AgrusData.

Oliveira avalia que a digitalização da agricultura está sendo eficiente na mudança dos processos de produção. E a principal responsabilidade da indústria de tecnologia neste momento é garantir que o produtor rural receba a informação de forma eficiente, tangível, e como ele está acostumado, mesmo que seja por um meio mais simples, como uma mensagem de texto.

“A gente quebra essa barreira. O agricultor sabe os custos dele. Então, em toda a tecnologia, a premissa é a mesma, o quanto vai impactar nos custos dele e se ele vai ter retorno. Tem que entregar um serviço relevante, que traga retorno sobre o investimento e que seja tangível”, resumiu o executivo.

A partir da melhoria dos processos, o passo seguinte, que ele enxerga em um horizonte de até cinco anos, tende a ser o que chama de mudança de metodologia. As inovações como fornecedoras de alternativas para esses processos, como, por exemplo, uma forma diferente do que hoje é mais convencional na utilização de produtos na lavoura ou no controle de doenças ou pragas.

“Eu acredito que a agricultura dos dados, de certa maneira, vai impactar mais no que tem maior custo para o agricultor, que é o pacote de cropscience (sementes e agroquímicos). É nesse ambiente que a gente vai impactar mais, na redução do uso ou a otimização do uso”, disse Oliveira.

O presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), Flávio Maeda, destacou que o consumidor dessas tecnologias na agropecuária deve ter em mente que, se não utilizá-las, o concorrente vai e colherá seus benefícios em ganho de eficiência e de produtividade. Do lado das empresas, a digitalização traz o conceito da experiência do usuário, no lugar de serem só fornecedoras de produtos.

Maeda explica que a Internet das Coisas (IoT) não é, em si mesma uma tecnologia, mas um conjunto de ferramentas. E ampliar a adoção desse conjunto, que ele compara com um quebra-cabeças, ainda passa por alguns gargalos. Um deles é “desmistificar” a ideia de que é caro. Hoje em dia, diz ele, é possível inovar com um baixo nível de investimentos. Outra dificuldade é mostrar eficientemente as vantagens da tecnologia.

"Nosso maior desafio é massificar a adoção. Chegar do outro lado, para nós, é importante”"

Herlon Oliveira

“Há uma dificuldade da área de negócios das empresas de entender o que elas podem usar, e, por outro lado, dos engenheiros de explicar como essas tecnologias trazem valor para o negócios. As empresas, internamente, tem dificuldades de entender como fazer esse quebra-cabeças”, disse ele.

Na visão da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) ampliar o acesso à agricultura digital implica aproximar mais a pesquisa do setor privado. Pesquisadora da divisão de Informática Agropecuária, Luciana Romani, disse que ir ao mercado não é um trabalho que cabe à instituição de pesquisa. Neste sentido, o trabalho da Embrapa com grandes empresas e startups tem dado bons resultados.

“Existe um gargalo menor para que as informações cheguem ao mercado e os agricultores estão acessíveis a esse tipo de tecnologia porque estão vendo resultados. A aproximação com o mercado tem sido incentivada porque é ciência de todos de que a gente precisa da iniciativa privada para ir ao mercado”, disse ela.

O superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), Otávio Celidônio, ponderou que, neste momento, está claro que nem todos os produtores rurais estão preparados para digitalizar seus processos produtivos. Em um primeiro momento, a agricultura 4.0 deve chegar a quem tem condições de investir e perfil para absorver determinados tipos de pesquisa e desenvolvimento.

“Não dá para colocar qualquer produtor porque corre o risco de prejudicar a própria solução. Temos que buscar uma metodologia para entender o produtor que está pronto para isso, que queira um serviço personalizado. Não pode ser alguém que busca pacotes”, destacou Celidônio.

Sobre o que chamou engajamento dos produtores, disse que muitos ainda são influenciados pelo vizinho: passam a usar uma ferramenta apenas depois de ver o sucesso de sua aplicação na propriedade ao lado. O desafio, segundo ele, é entregar ao produtor a solução que seja mais compatível com sua necessidade.

“Há o desafio de engajar os produtores. Estamos tentando trazer essa visão para que a escolha dele seja mais consciente e ele erre o menos possível”, afirmou Celidônio, mencionando também a falta de mão-de-obra qualificada como outro gargalo para a adesão à tecnologia digital no meio rural.

Executivo da Aerobotics, multinacional de matriz sul-africana especializada em monitoramento de culturas perenes, Bernardo Costa, avaliou que ainda falta uma conscientização do produtor sobre as vantagens da digitalização da agricultura. É disse ser necessário também construir uma estrutura comercial que seja viável para oferecer as soluções para os grandes e pequenos proprietários rurais.

Quais são os desafios da agricultura 40?

A agropecuária 4.0 é uma tendência que tende a crescer cada vez mais (Foto: Getty Images)

Para Costa, uma das medidas fundamentais é ter uma rede de usuários formadores de opinião sobre a tecnologia. E, a partir desse retorno, desenvolver uma estratégia de divulgação. Diretor responsável por fechar parcerias para a empresa, ele disse ainda considerar importante ainda a atuação em conjunto com grandes empresas mais tradicionais e com outras startups de segmentos diferentes.

“Às vezes, um software pode se comunicar com o outro e entregar uma solução mais holística para o cliente. Não somente através de grandes fornecedores existentes no mercado, mas também com outras startups, seguramente”, disse.

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Quais são as desvantagens da agricultura 40?

Quais são os desafios da agricultura 4.0 A conectividade precária ou inexistente em regiões produtoras do país ainda é um dos maiores impeditivos na hora de implementar o uso de novas tecnologias que a agricultura 4.0 apresenta aos produtores.

Quais são as vantagens e desvantagens da agricultura 40?

A agricultura 4.0 pode ser um grande aliado nesta situação, pois aumenta a produtividade, melhora o processo de tomada de decisão no manejo das lavouras (umidade, nutrientes, pragas, entre outros.), reduz o impacto das práticas agrícolas no meio ambiente e também os custos como eletricidade, água e combustível.

Quais os principais aspectos da agricultura 40?

Principais características da Agricultura 4.0 Gestão de dados do campo; Produção otimizada por novas ferramentas e técnicas precisas; Profissionalização do campo; Sustentabilidade e eficiência produtiva.

Qual o objetivo da agricultura 40?

A Agricultura 4.0 é um termo sobre as grandes tendências do agronegócio, incluindo um maior foco na Agricultura de Precisão, a Internet das Coisas (IoT) e o uso de Big Data para gerar maior eficiência em decorrência ao aumento da população e mudanças climáticas.