Quais são as principais características do desenvolvimento económico africano na atualidade?

A Nigéria é um país que se localiza na região ocidental da África e constitui-se como a segunda maior “potência” do continente. Sua economia, nos últimos anos, vem registrando índices sucessivos de crescimento, tendo quadruplicado a sua posição ao longo da última década.

Além de ser a segunda maior economia, é também o segundo país mais industrializado da África, ficando atrás somente dos sul-africanos. Apesar dos contínuos crescimentos, a Nigéria está longe de apresentar uma economia sólida ou emergente. Isso porque a sua produção está diretamente dependente da exportação de petróleo, a principal matéria-prima do país. Tal fator propicia a concentração de renda e a chamada “fuga de capitais”, uma vez que o processo de extração e refino do petróleo é predominantemente realizado por empresas estrangeiras.

O país sofre os efeitos econômicos e industriais provenientes do período de colonização inglesa, que perdurou por cerca de 100 anos. Somam-se a esse fator os elevados índices de corrupção e os elevados níveis de endividamento do país, um dos maiores em toda a África.

A renda per capita da Nigéria é uma das piores em todo mundo: cerca de 560 dólares. A expectativa de vida é baixa, girando em torno de 55 anos, sendo que a maior parte da população ainda vive na zona rural. O principal problema, no que tange ao aspecto espacial, é a inexistência de condições de infraestrutura para industrialização e desenvolvimento do país, uma vez que os direcionamentos dos investimentos públicos concentram-se na produção de petróleo, o que beneficia mais as empresas que realizam a extração desse recurso do que a população em si.

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Em virtude da baixa diversificação dos investimentos públicos, das elevadas injustiças sociais e dos altos níveis de desigualdade – isso sem contar a pluralidade de nações ocupando um mesmo território e buscando a independência –, a Nigéria possui uma instabilidade política acentuada. Atualmente, há um grupo terrorista atuando no país, o Boko Haram, que realiza, com frequência, atentados nas mais diversas regiões.

Com base nessas informações, o que podemos notar é que a Nigéria representa o quadro geral econômico e político da África: dependência financeira para com países e empresas estrangeiras, mercado pautado na produção de matérias-primas, ordenamento territorial que enquadra diferentes nações em um mesmo território e um quadro de instabilidade política, todos esses fatores diretamente herdados do quadro colonial que se instalou nos séculos XIX e XX sobre o continente.

A África do Sul é um dos poucos países do continente africano de economia diversificada. A economia do país é alicerçada no setor de serviços, indústria, agricultura e extrativismo. Ocupa atualmente a condição de país mais rico e industrializado da África.

O setor de serviços está inserido, majoritariamente, na atividade do turismo. O país tem no safári um dos mais importantes atrativos turísticos. Além de parques nacionais, turismo de negócios e veraneio no litoral.

O parque industrial é diversificado, nele destaca-se a indústria química, petroquímica, alimentícia, equipamentos de transporte, siderúrgica, máquinas, equipamentos agrícolas e metalúrgica.

A África do Sul é um grande produtor agropecuário, isso se deve ao fato de existir extensas terras férteis, o que favorece a produção agrícola. Na agricultura, o país se destaca no cultivo de milho, cana-de-açúcar, uva, laranja, já na pecuária as principais criações são de bovinos, aves, caprinos e ovinos.

No extrativismo, o país destaca-se na exploração de suas jazidas minerais, especialmente de carvão, cobre, manganês, ouro, cromita, urânio, ferro e diamantes.

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Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

África do Sul - Brasil Escola

Mestrado em Geografia (UFSC, 2015)
Graduação em Geografia (UFSC, 2012)

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A África é o terceiro maior continente, o segundo mais populoso e, apesar das imensas riquezas naturais e minerais, o mais pobre. O continente contribui apenas com 1% do produto interno bruto (PIB) do mundo e cerca de 1/3 dos seus habitantes vivem com menos de um dólar por dia, abaixo do nível de pobreza definido pelo Banco Mundial. O principal motivo da miséria africana é o imperialismo praticado pelas nações europeias a partir do século XVI e a tardia descolonização dos países, a partir da segunda metade do século XX, o que levou a uma industrialização tardia e incompleta, ainda hoje. Outros fatores como conflitos armados, técnicas atrasadas, mão de obra pouco qualificada, dificultam ainda mais o desenvolvimento da África.

Tradicionalmente, as populações africanas são formadas, em sua maioria, por pastores e agricultores. A agropecuária é a atividade econômica que mais absorve mão de obra no continente. Observamos duas formas de plantio na África: a de subsistência e a em forma de plantation. A agricultura de subsistência de baixo rendimento, que serve apenas para a manutenção do individuo e/ou de sua família, com um pequeno excedente comercial, varia de acordo com a formação climática. Na zona de clima mediterrâneo, encontramos plantações de uva, legumes, oliveiras, frutas e cereais. Nas zonas tropicais há o cultivo de cereais nativos como o painço e o sorgo, além da criação de gado caprino e ovino. Na zona equatorial observamos uma cultura nômade de tubérculos: mandioca, batata, inhame, plantados em solos pouco férteis e com técnicas rudimentares. O sistema de plantation é gerido por empresas transnacionais e serve principalmente para o abastecimento de mercados externos. Novamente o clima é o principal fator determinante das culturas. No norte mediterrâneo encontramos o cultivo de frutas, videiras, oliveiras, cereais. O clima tropical e equatorial favorece o cultivo de cacau, café, chás, algodão, cana-de-açúcar e banana, além da extração de árvores de madeira nobre, como ébano e mogno.

A principal atividade econômica praticada na África é o extrativismo mineral. Países como Angola, Nigéria, Mauritânia, Líbia, África do Sul, Republica Democrática do Congo (RPC) e Zâmbia têm nessa atividade mais da metade de suas exportações. Os principais minérios explorados são: urânio, em Níger e Namíbia, cobre, na África do Sul, Zâmbia, Zimbábue e RPC, diamantes, em Lesoto, Botsuana e Serra Leoa, ferro, na Mauritânia e África do Sul, bauxita, no Moçambique, além de petróleo na Líbia e Nigéria. A atividade de extração em superfície muitas vezes é feita de forma primitiva, por garimpeiros com equipamentos simples, já a exploração em profundidade é feita por empresas transnacionais. Os dois tipos de exploração têm por objetivo abastecer o mercado externo. A exploração de diamantes, em alguns casos, utiliza mão de obra escrava de jovens e crianças, associando-se ao tráfico das pedras e de armas.

A extrema concentração de renda nas mãos das poucas elites africanas, as remessas de lucros das empresas transnacionais e a industrialização tardia fazem com que poucos países tenham uma indústria diversificada e produtiva capaz de influenciar no PIB. Os únicos países com uma industrialização dinâmica e diversificada são a África do Sul e Egito. A África do Sul é responsável por 1/5 do PIB do continente, com atividade industrial nos ramos químico, de siderurgia, metalurgia, alimentício, maquinário agrícola e de transporte, além da indústria têxtil. Sendo o mais importante país da Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento, principal bloco econômico do continente africano.

Fontes:
http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/Continentes/Africa/?pg=4
http://tbggeografia.blogspot.com.br/2010/09/economia.html
http://www.getulionascimento.com/news/economia-da-africa/
http://www.geografiaopinativa.com.br/2013/09/economia-do-continente-africano.html
http://soudaafrica.blogspot.com.br/2010/01/economia-da-africa.html
http://soudaafrica.blogspot.com.br/2010/02/economia-da-africa-2.html
http://f1colombo-geografando.blogspot.com.br/2011/11/economia-do-continente-africano.html
http://images.slideplayer.com.br/1/66499/slides/slide_15.jpg
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI252183-17933,00-OURO+DE+TOLO.html

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/economia-da-africa/

Quais as características do desenvolvimento económico africano na atualidade?

A economia da África é pautada pela exploração de recursos naturais, como petróleo, gás e minérios como o ouro e diamantes. O continente, contudo, é o mais pobre do mundo, resultado da exploração colonial e neocolonialista.

Quais são as características do desenvolvimento econômico na atualidade?

Alguns desses indicadores são: Distribuição de renda; Expectativa de vida; Segurança e grau de liberdade econômica.

Quais são as principais atividades econômicas desenvolvidas no continente africano?

O clima tropical e equatorial favorece o cultivo de cacau, café, chás, algodão, cana-de-açúcar e banana, além da extração de árvores de madeira nobre, como ébano e mogno. A principal atividade econômica praticada na África é o extrativismo mineral.

Que fatores estão relacionados ao crescimento económico da África?

O que explica essa aceleração? Segundo Luis Padilla, analista para a África da OCDE, “cinco fatores foram decisivos: a forte demanda dos países emergentes por matérias-primas, o boom demográfico, uma classe média em ascensão, um mercado interno mais dinâmico e um crescente investimento estrangeiro”.