Prêmio Nobel de 2008, o economista Paul Krugman prognosticou que o crescimento das megacidades será o futuro do modelo econômico de desenvolvimento e crescimento. São nas megacidades que se verificam as maiores transformações da vida contemporânea, gerando uma demanda inédita por serviços públicos, matérias-primas, produtos, moradia, transporte e emprego. Trata-se do grande desafio atual para os governos e as empresas, exigindo mudanças na gestão pública e nas formas de governança, demandando maior participação da sociedade e obrigando o mundo a rever os padrões de conforto típicos da vida urbana – do uso exacerbado do carro à redução da emissão de gases. Show O desafio é a reinvenção das megacidades por modelos de desenvolvimento sustentável. Todo o território da orla industrial de São Paulo, por exemplo, podem se regenerar urbanística e economicamente e gerar uma metrópole mais compacta e mais sustentável. Áreas centrais como da Barra Funda ao Brás, Mooca e Ipiranga, que são desativadas produtivamente e muito pouco habitadas, porém bem localizadas e com ótima rede infraestrutural, estão delineadas no atual Plano Diretor da cidade como Operações Urbanas. Esta é uma rara oportunidade da megacidade de se reinventar, de criar uma cidade compacta dentro da megacidade. Reciclar o território é mais inteligente do que substituí-lo. Matéria Carlos Leite, da Revista Sustenta. Megacidades Nas próximas duas décadas, as cidades de países em desenvolvimento concentrarão 80% da população urbana no planeta e é aqui que se encontram os maiores desafios. Lagos, na Nigéria, teve um aumento populacional de 3.000% de 1950 para cá, chegando a 10 milhões de pessoas. No Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro – 19,6 e 11,8 milhões de habitantes em suas regiões metropolitanas, respectivamente – enquadram-se como megacidades. Mas, paralelamente à densidade única dos desafios, há uma rara concentração de oportunidades nas megacidades. São Paulo A cidade deverá ganhar seis posições no ranking das cidades mais ricas do mundo e figurar como a 13ª em produção de riquezas, em 2020, conforme recente levantamento feito pela PricewaterhouseCoopers. O Produto Interno Bruto da cidade de São Paulo, estimado em US$ 263,2 bilhões, em 2005, deve superar o PIB de cidades como Miami, Hong Kong, Dallas e São Francisco, em 2020. A cidade é sede de 63% das empresas internacionais instaladas no país e de 38 das 100 maiores empresas nacionais, segundo a pesquisa “Urban Age São Paulo”, conduzida por Luci Oliveira e Ben Page. Mas quais os limites de São Paulo como megacidade da oportunidade? Densidade e sustentabilidade São Paulo possui baixa densidade e isso é insustentável: em média, há 29 habitantes por quilômetro quadrado. Nova York possui 53 e Bogotá, 60. Assim, a megacidade paulistana aproveita muito pouco a rede infraestrutural existente na área central e ocupa, sem planejamento, suas periferias, além de gerar imensos problemas de mobilidade e acessibilidade. Os dados recentes mostram que apenas 37% da população utiliza transporte público, contra 57,2% ,em Bogotá. Desafios e oportunidades O capital territorial e o novo potencial estratégico das megacidades são os problemas abordados em recente e instigante trabalho da Siemens. O projeto resume as principais descobertas de um estudo global e exclusivo sobre as megacidades reunindo dados e avaliando as perspectivas de 500 stakeholders de 25 dessas megacidades. Dentro deste quadro complexo, o estudo apresenta um retrato fascinante e valioso de como os desafios são priorizados e quais as melhores soluções de infra-estrutura que permitirão melhorar a economia local, o meio ambiente e a qualidade de vida nas megacidades. Seis grandes desafios emergem do estudo: 1. A governança das cidades tem de se adaptar ao desafio de proporcionar soluções holísticas nas vastas regiões metropolitanas. 2. Os administradores das cidades têm que descobrir o equilíbrio entre três preocupações que se sobrepõem: competitividade econômica, meio ambiente e qualidade de vida para os residentes urbanos. 3. O desemprego é o principal desafio econômico. 4. A poluição do ar e os engarrafamentos são as principais preocupações ambientais. 5. Os stakeholders veem os transportes como o principal problema de infraestrutura e a prioridade principal para investimentos. 6. O setor privado tem um papel a desempenhar no aumento da eficiência das megacidades. Reinvenção Curitiba implementou uma invejável práxis de planejamento urbano eficiente onde se destaca o sistema de corredores de ônibus implantado ao longo dos corredores de adensamento residencial. Paris hoje lembra bicicletas e ciclovias. Londres remete aos pedágios urbanos que atenuaram o antes insuportável trânsito na cidade. Bogotá construiu 300 quilômetros lineares de ciclovias, reurbanizou suas favelas e criou uma imensa rede de parques urbanos. Passados alguns meses de imersão em forte crise econômico-financeira mundial, um dos poucos consensos emergidos é o da necessidade dos fortes investimentos públicos e de um gerenciamento republicano maior. As megacidades surgem como natural foco de recepção destes recursos. A oportunidade está aí: São Paulo pode usar os seus territórios desativados para criar uma cidade mais interessante. Mais humana. Mais democrática. Mais viva. Mais sustentável. * Matéria da Revista Sustenta, no Yahoo! Notícias ** Enviada por Edinilson Takara, leitor e colaborador do EcoDebate [EcoDebate, 22/05/2009] Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário do Portal EcoDebate Quais são os principais problemas das cidades e megacidades?Problemas das Megacidades. Poluição sonora e visual.. Poluição atmosférica.. Crescimento da violência urbana.. Proliferação de doenças respiratórias e alérgicas.. Expansão da favelização.. Excesso de trânsito (congestionamento). Problemas de mobilidade urbana.. Falta de saneamento básico para parte da população.. Quais são as megacidades brasileiras que problemas o texto enfatiza sobre elas?Resposta:As megacidades brasileiras são: Sao Paulo e Rio de Janeiro. Devido a essa alta concentração de capital humano,as megacidades são verdadeiras incubadoras de crescimento e inovação. Elas são o centro da globalização,bem como os motores do desenvolvimento da economia global. Explicação: Espero ter ajudado!
Quais são os principais desafios das megacidades?Além disso, as megacidades enfrentam outros desafios, tais quais:. Excesso de trânsito;. Expansão da favelização;. Crescimento da violência urbana;. Problemas de mobilidade urbana;. Poluição sonora, visual e atmosférica;. Áreas vulneráveis a desastres naturais;. Problemas de abastecimento de água e energia;. Quais são as mega cidades brasileiras?O estudo "Megacities: Developing Country Domination" (Megacidades: Dominação de Países em Desenvolvimento) aponta que São Paulo e Rio de Janeiro são as únicas megacidades do Brasil - o termo serve para cidades cujo território é habitado por mais de 10 milhões de pessoas.
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