Quais produtos fundamentam a economia de Angola no contexto da independência?

Angola celebra 41 anos de independência a braços com uma crise económica e financeira. Especialistas insistem que a solução passa pela diversificação.

Angola ainda não atingiu o grau de desenvolvimento desejado, mas está num processo de transformação promissor - a economista angolana Judite Correia está otimista no dia em que Angola festeja 41 anos de independência. "Estamos num processo de substituição de importações para podermos fazer internamente tudo aquilo que precisamos ainda de importar e para mais tarde passarmos a poder exportar", afirma.

Judite Correia prevê que a economia de Angola vai continuar a crescer de forma robusta e não corre o perigo de estagnar até 2020. Uma das soluções para inverter o quadro atual da economia é substituir o petróleo como fonte de receita: "Por exemplo, os diamantes, a agricultura, todo o setor agro-pecuário e agro-industrial são alternativas. Em África não há apenas petróleo, há "muito mais coisas", sublinha a economista.

Economistas dizem que é preciso apostar na agricultura

Crescimento insuficiente

Especialistas consideram que um crescimento de 2% até 2020 é insuficiente para fazer face a todos os problemas económicos que o país enfrenta, especialmente desde a queda a pique do preço do petróleo nos mercados internacionais. 

O crescimento da economia é demasiado brando, de acordo com Gildo Matias. O politólogo realça que, durante muito tempo, a economia angolana cresceu, em média, 15% ao ano, e o país habituou-se a isso.

Olhando para a estrutura económica angolana entre 2012 e 2015, muito pouco mudou, diz Matias: "Continuamos a ter um enorme peso da capacidade contributiva do setor petróleo e gás, em cerca de 30%, ao passo que outros setores como a construção, agricultura, pecuária, floresta e indústria continuam muito abaixo de 10%", refere.

O especialista reconhece que o Governo tem seguido uma estratégia de diversificação das estruturas económicas nacionais. Porém, ainda depende fortemente das receitas do petróleo: "Porque é com base nessas receitas que o Estado consegue aumentar o valor das reservas líquidas externas e, com isso, pode ter maiores recursos cambiais para a importação de produtos relevantes", diz.

Segundo o politólogo, uma das saídas da crise passa pelo fomento de pequenas e médias empresas. "A pequena e média indústria parecem ser setores estratégicos que, num curto espaço de tempo, podem alterar a nossa dependência de importações", que incluem muitos bens de primeira necessidade. 

  • Ilha do Mussulo: Luanda com um toque de exclusividade

    Lazer ao alcance de poucos

    Famosa por ser uma das capitais mais caras do mundo, em que a maioria da população vive em condições miseráveis, Luanda oferece opções de lazer e turismo voltadas para o seleto grupo de pessoas mais favorecidas economicamente. A Ilha do Mussulo é um destes destinos, mas é preciso estar com a conta corrente recheada para desfrutar do conforto.

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    Partida de Kapossoka

    No terminal marítimo Kapossoka, em Luanda, barqueiros informais oferecem o serviço de travessia até à Ilha do Mussulo. Daqui saem também os catamarãs (ao fundo) que fazem o transporte de passageiros até ao principal porto de Luanda e vice-versa. A viagem de catamarã na classe económica custa cerca de 2,5 dólares e dura cerca de 40 minutos. Já o preço dos barqueiros informais é negociável.

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    Valores negociáveis

    O preço do transporte particular informal depende do volume de passageiros, do local de desembarque e da habilidade de negociação de cada um. Em média, o trecho até ao Mussulo custa 10 dólares, mas a ida e volta pode sair por 15 dólares, se combinado antes com o barqueiro. A viagem oferece uma perspetiva diferente da cidade de Luanda. Aqui, o terminal Kapossoka e apartamentos ao fundo.

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    Luxo e conforto

    A Ilha do Mussulo é conhecida pelas suas acomodações luxuosas, como essas casas à beira-mar vistas na chegada de barco. Alguns funcionários do Governo angolano e celebridades têm casas aqui. A ilha oferece belas paisagens e infraestruturas turísticas - bares, restaurantes e resorts. Mas o luxo e conforto saem caro.

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    Sossego e tranquilidade

    As praias da Ilha do Mussulo também são famosas pela tranquilidade e sossego, ao contrário do ritmo alucinante da capital angolana. Alguns optam por locais desertos, mas a maioria dos visitantes - em especial nos finais de semana - prefere aproveitar o dia no conforto dos estabelecimentos comerciais. Na foto, vista parcial do Bar Ssulo à beira-mar.

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    Preços nas alturas

    Visitantes aproveitam o dia no Bar Ssulo, que pertence ao resort com o mesmo nome. Um dia de lazer aqui pode sair caro. O aluguel de cada espreguiçadeira custa 15 dólares. A cerveja é vendida a partir de 6 dólares, cada. Além de confortáveis hospedagens, o hotel oferece piscina, spa e ginásio. A diária no apartamento duplo custa 198 dólares, na estação baixa, e 396, na alta.

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    Público seleto

    A maioria dos angolanos não tem condições financeiras de frequentar ambientes como este. Por aqui, o que se vê são angolanos das classes mais favorecidas e, sobretudo, estrangeiros que se deslocaram a Angola temporaria ou permanentemente em serviço.

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    Festas na praia

    A tranquilidade e sossego não são os únicos atrativos da Ilha do Mussulo. Aqui também são realizadas muitas festas, frequentadas por centenas de pessoas - sobretudo estrangeiros. Alguns chegam com seus jet skis, barcos e lanchas particulares. Neste caso, o ingresso de entrada custou 40 dólares por pessoa, incluíndo uma bebida de boas-vindas. Outras bebidas são vendidas à parte.

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    Fora da realidade

    Somando os custos básicos de transporte até à ilha, espreguiçadeira para permanecer no bar e entrada da festa, a brincadeira fica em, no mínimo, 70 dólares – sem contar o consumo de bebidas e alimentos. Um valor que corresponde a quase metade do salário mínimo do país e que a maioria da população não pode sequer sonhar em gastar em um único dia de diversão.


Qual a principal fonte de economia da Angola?

A economia angolana é baseada no setor primário, com destaque para as atividades de extrativismo. O país é um grande produtor de petróleo, gás natural e diamantes. Na agricultura, os principais produtos cultivados são café, milho, amendoim e algodão.

Quais são os produtos que a Angola exporta?

Os cinco principais grupos de produtos exportado foram os Combustíveis Minerais (98,7% do total), os Minerais e Minérios (0,3% do total), os Metais Comuns (0,2% do total), os Produtos Agrícolas (0,2% do total) e os Produtos Alimentares (0,1% do total).

Como está Angola economicamente?

Em 2020, o país foi o 59º maior exportador do mundo (US $ 35,6 milhões em mercadorias, 0,2% do total mundial).

Como era chamado o atual Angola antes da independência?

O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência do país, ainda em 1975. ... Angola..

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