Quais os aspectos de contribuição da abordagem da enfermagem na saúde do idoso?

1.- Introdu��o.

Estudos apontam um aumento demogr�fico de envelhecimento que est� ocorrendo de uma maneira acelerada, conforme a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE); pois a medida em que o envelhecimento populacional aumenta, eleva-se tamb�m, a expectativa de vida.

Segundo a OMS, no ano de 2025, ser� de 73 anos. No Brasil, a expectativa de vida passar� de 67 anos para 74 anos, em 2025, ocasionando a duplica��o no n�mero de idosos no pa�s que, atualmente, correspondem a mais de 18 milh�es de indiv�duos com mais de 60 anos de idade. A popula��o est� passando por um processo de envelhecimento progressivo, sendo necess�ria uma maior import�ncia na garantia da qualidade de vida do idoso, de forma adequada para sua sobrevida (Horta & Ferreira, 2010; p. 34).

Com o envelhecimento saud�vel, a pessoa idosa almeja uma vida de autonomia, ou seja, ser capaz de decidir e executar suas pr�prias a��es. O que torna uma realidade na exist�ncia de um equil�brio em suas diversas dimens�es funcionais; mesmo com suas limita��es. Isso n�o significa a total aus�ncia de problemas nas fun��es biol�gicas, pois o ser humano, com idade de 80 anos, mesmo com capacidade de conduzir sua vida, pode ser acometido de agravos e riscos, principalmente de perdas das fun��es.

Articular a��es que promovam a sa�de dos idosos, como atividades de rotina e bemestar, � muito importante na condu��o de uma vida saud�vel, pois mostra que o idoso � capaz de realizar diversas atividades, afazeres e trabalhos, assim como ter conv�vio social, mesmo com uma idade mais avan�ada, mas seguramente entendida como uma pessoa saud�vel em sua capacidade f�sica.

De acordo com Rinaldi (2013), � essencial estabelecer a��es e atividades que possam manter a capacidade funcional, principalmente para os profissionais que atuam ou atuar�o na aten��o � sa�de. A independ�ncia no cotidiano estabelece o equil�brio da pessoa idosa para uma perspectiva de longevidade na sua forma ativa, exaltando a velhice como uma nova fase da sua hist�ria. Envelhecer com sa�de possibilita uma vida saud�vel e feliz do ser humano.

Foram utilizados na pesquisa os seguintes descritores: idoso, qualidade de vida, cuidados de enfermagem.

O interesse surgiu a partir da refer�ncia na assist�ncia ao idoso nas suas enfermidades e cuidados, atrav�s da atua��o do profissional na enfermagem para a elabora��o de a��es capazes de alcan�ar a promo��o a sa�de e qualidade de vida.

S�o necess�rios os cuidados de enfermagem para auxiliar, promover uma conscientiza��o quanto aos riscos e consequ�ncias. A partir destas justificativas emergiu a quest�o norteadora para esta pesquisa que �: Qual a contribui��o da enfermagem no cuidado ao idoso para a promo��o da sa�de?

A pesquisa � de grande relev�ncia para a popula��o, especialmente aos idosos e para os profissionais da sa�de, com foco na enfermagem. � necess�rio identificar os problemas quanto ao processo de envelhecer, desenvolver a preven��o, promo��o e a prote��o do idoso para a melhoria da qualidade de vida e assim, contribuir no exerc�cio da cidadania. Estudos sobre esta tem�tica s�o fundamentais para se conhecer as verdadeiras demandas com o objetivo de apresentar as possibilidades de um envelhecimento saud�vel, atrav�s de a��es das pol�ticas p�blicas e do profissional de enfermagem, como sujeito das a��es de sa�de.

2.- Processo de envelhecimento.

O processo de envelhecimento inclui sistemas simb�licos que permeiam a hist�ria da sociedade como os aspectos culturais, pol�ticos e econ�micos. Tal processo � para a vida toda e estes padr�es s�o formados, de acordo com o princ�pio da vida que se leva e que pode promover um envelhecimento com sa�de ou n�o.

A velhice em nossa sociedade representa uma fase que atribui muitas perdas, raz�o pela qual o risco de solid�o � eminente e traz muitas consequ�ncias que afetam tanto a produ��o funcional, como a financeira, levando ao aparecimento de muitas patologias que contribuem negativamente na auto estima da pessoa idosa. Nesse per�odo, � necess�rio que haja compreens�o e humaniza��o para o enfrentamento desses desafios.

“[...] o envelhecimento n�o � homog�neo para todos os seres humanos, sendo influenciado pelos processos de discrimina��o e exclus�o associados ao g�nero, � etnia, ao racismo, as condi��es sociais e econ�micas, a regi�o geogr�fica de origem e a localiza��o de moradia.” (Rinaldi et all, 2013; p.08).

A valoriza��o e humaniza��o do indiv�duo na velhice deve ser respeitada para a uma presta��o de assist�ncia igualit�ria na sa�de. Como em todas as etapas da vida do ser humano, o papel da fam�lia � muito importante como suporte, fonte de carinho e cuidados, � essencial esse apoio para acolher e oferecer conforto e seguran�a.

O envelhecimento faz parte da realidade das sociedades no mundo. Pessoas com mais de sessenta anos est�o aumentando e a maioria delas vive em pa�ses em desenvolvimento. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) de 2017, estima-se que atualmente existem vinte e seis milh�es de pessoas acima de sessenta anos.

Na medida em que diversos fatores biol�gicos, sociais, psicol�gicos, culturais e econ�micos influenciam o processo de envelhecimento humano, � importante observar que diferentes aspectos agem na vida do idoso com o objetivo de proteg�-lo das situa��es e condi��es adversas para a adapta��o e supera��o. Lamond et al. (2009) verificou que o processo de envelhecimento � usualmente caracterizado em termos do estreitamento do c�rculo de rela��es significativas, o que faz com que os idosos tenham cerca de metade das rela��es que tinham no in�cio da vida adulta.

� inevit�vel, ao envelhecer, as mudan�as psicol�gicas que acontecem no ser humano. Isso quer dizer que o indiv�duo, neste processo de envelhecimento, necessita adaptar-se a cada nova situa��o do seu dia-a-dia. Em rela��o as modifica��es sociais, observa-se que as rela��es se tornam alteradas em consequ�ncias da produtividade que diminui, e principalmente, do estado f�sico e econ�mico. Esta mudan�a social � mais evidente em pa�ses capitalistas.

2.1.-Direitos do idoso.

A Constitui��o Federal de 1988 exp�e em seu artigo 1�, inciso III, que o Estado democr�tico de direito tem como fundamento a dignidade da pessoa humana, reconhecendo que todo ser humano tem o direito de ser respeitado como pessoa. Segundo o artigo 5�, “caput” da Constitui��o Federal, todas as pessoas devem ser respeitadas, sem nenhuma distin��o. Por�m, as pessoas idosas, que precisam de uma prote��o maior, tem mais dificuldade de se integrar socialmente e n�o podem ser exclu�das da sociedade.

Os Direitos Humanos e Pessoa Idosa � um documento datado em 2005, elaborado e publicado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Subsecretaria de Promo��o e Defesa dos Direitos Humanos da Esplanada dos Minist�rios, no qual se discute a concretiza��o dos direitos � promo��o de vida e liberdade, assim como, a erradica��o das desigualdades e da discrimina��o contra os idosos. A publica��o dos direitos da pessoa idosa � uma contribui��o para sensibiliza��o da sociedade aos problemas enfrentados pelos idosos.

De acordo com a Declara��o, o direito do idoso est� disposto em seu artigo XXV, e diz que toda pessoa tem direito � seguran�a em caso de doen�a, invalidez, viuvez e velhice. H� muitas semelhan�as entre os pre�mbulos da Declara��o Universal dos Direitos Humanos e da Constitui��o Brasileira de 1988, como por exemplo, a Igualdade e Fraternidade; a Dignidade Humana; a Liberdade; a Justi�a e Seguran�a; a Prote��o Legal dos Direitos; a Paz e Solidariedade Universal; o Estado Democr�tico; os Direitos Sociais e Individuais; e o Bem-estar.

Tanto na Declara��o Universal dos Direitos Humanos quanto na Constitui��o Federal do Brasil, o ideal maior � o de uma sociedade justa e fraterna, pluralista e sem preconceitos de qualquer esp�cie; de uma sociedade fundada na harmonia social e no compromisso com a solu��o pac�fica de problemas sociais, conflitos e contradi��es (Oliveira & Tavares, 2010; p. 15).

2.2.-A enfermagem e o cuidado ao idoso.

Dentre os direitos � sa�de, assegurados ao idoso, a enfermagem atua dando acesso a informa��o e aquisi��o, em rela��o ao direito do recebimento gratuito de medicamentos, assim como, no cadastramento em base territorial. � atuante tamb�m no atendimento em domic�lios, nas unidades de sa�de, geri�tricas e gerontol�gicas; entre outros recursos direcionados ao tratamento de habilita��o ou reabilita��o, entre outros.

No que se refere ao profissional de enfermagem e no desempenho de suas atribui��es, no contexto legal, este precisa se capacitar para suas atividades ao cuidado do idoso e buscar a melhor forma de assisti-lo, presente tamb�m a dissemina��o de informa��o da exist�ncia deste documento a popula��o idosa e a garantia da exist�ncia e do conhecimento de seus direitos. Ou seja, cabe ao enfermeiro, em sua �rea de atua��o, ser um agente intermediador entre a legisla��o, o idoso e a sociedade.

O cuidado ao idoso no domic�lio depende do profissional para seu atendimento e a colabora��o da fam�lia. Nesse contexto, devem ser avaliados o cuidado e o suporte adequado para adotar estrat�gias de apoio ao idoso. Vale destacar a necessidade de mudan�as na forma de atender, no tocante ao objetivo das consultas e das a��es de cuidado e orienta��o. Profissionais especializados na �rea gerontogeri�trica s�o fundamentais para essa popula��o (Barreto, 2017; p. 76).

A assist�ncia domiciliar constituir� estrat�gia importante para diminuir o custo da interna��o, pois � menos onerosa do que a interna��o hospitalar. O atendimento ao idoso enfermo, residente em institui��es, ter� as mesmas caracter�sticas da assist�ncia domiciliar. A implanta��o do hospital dia geri�trico dever� ser estimulada, e ter� como objetivo viabilizar a assist�ncia t�cnica adequada para pacientes cuja necessidade terap�utica e de orienta��o para cuidadores n�o justifique a perman�ncia em hospital (Vivian & Arsimon, 2009; p. 44).

2.4-O papel do enfermeiro no cuidado ao idoso.

O planejamento e a implementa��o do cuidado de enfermagem devem basear-se nas caracter�sticas cl�nicas identificadas atrav�s da observa��o constante no relacionamento enfermeiro-paciente, que deve ser tranquilo, de forma amig�vel, compreensivo e s�rio, visando sempre o aumento da autoestima do paciente. O cuidar em enfermagem tem como finalidade priorit�ria amenizar o sofrimento humano, manter a dignidade e facilitar meios para manejar as crises e as experi�ncias do viver e do morrer, atuando na promo��o, recupera��o e reabilita��o da sa�de e qualidade de vida (Oliveira, & Tavares, 2010; p. 63).

Por isso acredita-se que este estudo contribuir� para o conhecimento e aprendizagem do profissional enfermeiro no atendimento do idoso, contribuir� para a comunidade acad�mica no sentido de mais informa��o sobre esta �rea de pesquisa.

O profissional enfermeiro tem grande responsabilidade no autocuidado com o paciente idoso em propor a��es que poder�o ser realizadas para a minimiza��o ou preven��o de sinais e sintomas para diversas enfermidades. Desta forma evidenciase que as atividades est�o proporcionando aos idosos, alegria, participa��o e conv�vio tanto familiar quanto com outras pessoas.

O enfermeiro em seu dia a dia deve buscar melhorar o atendimento ao idoso, criando estrat�gia de implementa��o de cuidados tanto pelo enfermeiro, quanto pela equipe, contudo faz-se necess�rio desenvolver uma vis�o sist�mica e integral do idoso, fam�lia e comunidade que assuma na pr�tica a inclus�o de a��es de sa�de, contribuindo um real avan�o na constru��o e reorienta��o do processo de trabalho na aten��o b�sica, atuando com criatividade, mediante uma pr�tica humanizada e competente envolvendo a��es de preven��es para reabilita��o dos indiv�duos envolvidos no seu processo de cuidar (Abreu, 2013; p. 85).

Para Abreu (2013) evidencia-se a necessidade de inserir efetivamente as a��es de preven��o ao adoecimento nas unidades de sa�de da fam�lia para que se possa desenvolver um cuidado integral ao usu�rio idoso a fam�lia e comunidade. Cabe ao profissional enfermeiro ter habilidades para saber identificar sinais e sintomas o mais precocemente poss�vel, estabelecer a��es de enfermagem; acompanhar o tratamento do idoso, ajudando-o na sua recupera��o.

O enfermeiro � respons�vel pela estrutura��o do conhecimento das respostas humanas aos problemas de sa�de, tem o intuito de propiciar ao indiv�duo as melhores condi��es para descrever e desenvolver um plano de cuidados fundamentado cientificamente, e com confian�a utiliza-se da identifica��o dos diagn�sticos de enfermagem. Estabelecer uma rela��o de ajuda entre o enfermeiro e a pessoa idosa no �mbito domiciliar, fundamentada na teoria das rela��es interpessoais, identificando diagn�stico de enfermagem e suas interven��es correlatada.

Segundo Janine & Bessler (2015), as interven��es que o enfermeiro deve implementar no cuidado com idoso, de incentivar o mesmo a expressar seus sentimentos especialmente � maneira como se sente ou pensa ou v� de si mesma. Estimul�-lo a fazer perguntas sobre os problemas de sa�de, o tratamento e progresso, proporcionar informa��es confi�veis e refor�ar as j� conhecidas.

Esclarecer qualquer concep��o err�nea que a pessoa tenha sobre si mesma, os cuidados e os cuidadores, preparar as pessoas pr�ximas para as mudan�as f�sicas e emocionais, apoiar a fam�lia � medida que se adapta, estimulando as visitas dos amigos e das pessoas mais pr�ximas, recomendando que compartilhem com a pessoa seu valor e a sua import�ncia para eles.

As atribui��es do enfermeiro no que se refere ao cuidado com o idoso, s�o: a) Realizar aten��o integral �s pessoas idosas; b) Realizar assist�ncia domiciliar, quando necess�rio; c) Realizar consulta de enfermagem, incluindo a avalia��o multidimensional r�pida e instrumentos complementares, se necess�rio, solicitar exames complementares e prescrever medica��es, conforme protocolos ou outras normativas t�cnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposi��es legais da profiss�o; d) Supervisionar e coordenar o trabalho dos ACS e da equipe de enfermagem; e) Realizar atividades de educa��o permanente e interdisciplinar junto aos demais profissionais da equipe; f) Orientar ao idoso, aos familiares e/ou cuidador sobre a correta utiliza��o dos medicamentos.

3.-Metodologia.

A metodolog�a utilizada na pesquisa apresenta o tipo de pesquisa bibliogr�fica. Neste sentido, a metodolog�a da pesquisa cient�fica se refere ao camino adotado no desenvolver da pesquisa e as t�cnicas utilizadas na coleta de dados. Por tanto, segundo Gerhardt & Silveira (2009) a metodolog�a comprende "el conjunto de conocimientos precisos y met�dicamente ordenados en relaci�n a determinado dominio del saber".

Foi realizada uma busca de material bibliogr�fico com o objetivo de fundamentar a pesquisa. A busca foi estrita de acordo com os seguintes descritores: analisar a qualidade de vida e a contribui��o da enfermagem no cuidado ao idoso, na promo��o da sa�de e vida saud�vel. Esta tem�tica � de grande relev�ncia para descrever as formas de melhorias na qualidade de vida. Para tal, foi realizado uma pesquisa de revis�o integrativa da literatura.

O levantamento bibliogr�fico foi realizado atrav�s de pesquisa em artigos publicados entre 2010 a 2017, sendo no total 19 artigos analisados. Os artigos foram coletados nas bases de dados eletr�nicos, tais como: Revistas Brasileiras; Biblioteca Virtual de Sa�de (BVS); LILACS e SCIELO e outras dispon�veis

Os autores enumerados na pesquisa auxilian a discuss�o das ideias, das leyes, do contexto que la ense�anza de la lengua espa�ola est� inserta y de la comprensi�n de la necesidad de una educaci�n que contenga m�s conocimientos y posibilidades para que el alumno se desarrolle en el �mbito personal y profesional con una cualificaci�n adecuada para actuar en el mercado de trabajo.

4.-Resultados e Discuss�o.

Quadro 02

Artigos analisados e identificados conforme o quadro.

Fonte Autor Ano Objetivo do artigo
1-SciELO Brasil Vivian, A. S.; ARGIMON, I. I. L. 2009. Avaliar os n�veis das doen�as que impedem o desempenho dos idosos.
2-SciELO Brasil Horta, A. L. M.; Ferreira, D. C. O.; Zhao, L. M. 2010 Avaliar o enfrentamento do idoso e seus familiares na aten��o a sa�de p�blica.
3-SciELO Brasil Oliveira, J.; Tavares, D. M. 2010 Conhecer a atua��o do enfermeiro na aten��o ao idoso.
4-SciELO Brasil Farias, R. G.; Santos, S. M. A. 2012. Identificar os fatores determinantes sobre o envelhecimento ativo.
5-SciELO Brasil Rinaldi, F.C. et AL. 2013. Conhecer a contribui��o para a promo��o do envelhecimento saud�vel.
6-BDENF Abreu, V. C. et al. 2013 Cuidados com o idoso no programa sa�de da fam�lia
7-SciELO Brasil Cordeiro, J. et al. 2014 Analisar a mem�ria declarativa e qualidade de vida de idosos.
8-BDENF Janine, J. P; Bessler, D; Vargas, A B. 2015 Analisar os impactos das a��es de promo��o e educa��o em sa�de
9-BDENF Barreto, J. 2017 Analisar as car�ncias sociais no cuidado ao idoso

Fonte: Dados da pesquisa, a partir da revis�o integrativa da literatura.

A longevidade na vis�o de Reinaldo (2013) � adquirida por meio de melhor qualidade de vida da popula��o e tem obrigado o setor sa�de a enfrentar alguns desafios para proporcionar este bem estar ao idoso, o que tem levado as equipes de enfermagem das unidades b�sicas a n�o conseguir realizar uma assist�ncia de modo adequada, uma vez que os profissionais se prendem apenas aos aspectos biol�gicos do envelhecimento, esquecendo que a popula��o da terceira idade tamb�m possui uma vida social e afetiva.

A import�ncia da assist�ncia ao idoso � norteada por Abreu (2013), pelos princ�pios do Programa Sa�de da Fam�lia para o cuidado integral, a viv�ncia com profissionais da sa�de, particularmente com enfermeiros, membros de equipes de sa�de da fam�lia, permite constatar a presen�a de limita��es no processo de cuidar da pessoa idosa no �mbito desse Programa.

O papel da enfermagem segundo Oliveira e Tavares (2010) � desenvolver pr�ticas, o relacionamento interpessoal com cliente e familiares e o cuidado baseado na cientificidade. A ESF constitui-se em espa�o privilegiado para aten��o integral � sa�de do idoso, pois sua proximidade com a comunidade e a aten��o domicili�ria possibilita atuar de forma contextualizada na realidade vivenciada pelo idoso no seio familiar.

A efetiva inser��o do idoso em Unidades de Sa�de, sobretudo aquelas sob a ESF, pode representar para ele o v�nculo com o sistema de sa�de. Considerando as especificidades do processo de envelhecimento e a necess�ria adequa��o e qualifica��o profissional, forma��o das a��es dos enfermeiros na aten��o � sa�de da popula��o idosa.

Para Rinaldi (2013), que discutem as pr�ticas de assist�ncia, pol�ticas, estrat�gias e a��es governamentais formalizadas para a sa�de do idoso, a "humaniza��o" deve se fazer presente em v�rias discuss�es, inclusive, tornou-se diretriz da Pol�tica Nacional de Humaniza��o, esses pacientes enfrentam, ainda, v�rios obst�culos para assegurar alguma assist�ncia � sa�de. Est� em evid�ncia um novo modelo assistencial das estrat�gias de aten��o e gest�o no SUS e de forma��o dos profissionais de sa�de. Assim, muito se tem discutido a respeito da humaniza��o na assist�ncia � sa�de, provavelmente devido � sua fundamental relev�ncia, uma vez que � baseada em princ�pios como a equidade, integralidade da assist�ncia, dentre outros, resgatando, assim, a valoriza��o da dignidade do usu�rio e tamb�m do trabalhador.

Horta e Ferreira (2010) discutem a influ�ncia do movimento de humaniza��o, a integralidade assistencial possa ser desenvolvida, n�o apenas como supera��o de dicotomias t�cnicas entre preventivo e curativo, entre a��es individuais e coletivas, mas como valoriza��o e prioriza��o da responsabilidade pela pessoa, do zelo e da dedica��o profissional por algu�m, como outra forma de superar os lados dessas dicotomias. Isto �, a humaniza��o induz a pensar que n�o � poss�vel equacionar a quest�o da integralidade sem valorizar.

A longevidade de acordo com Cordeiro (2014), apresenta-se como um fen�meno desafiador nos dias de hoje. Esses desafios s�o amplos e diversos, exigindo uma atualiza��o da compreens�o sobre o processo de envelhecer.

Barreto (2017); Paul (2016) abordam a quest�o da qualidade de vida dos idosos e a quest�o das car�ncias sociais no cuidado, a preven��o, a vulnerabilidade, os papeis sociais e a expectativa da sociedade na tomada de decis�es e participa��o do indiv�duo no campo de for�as.

5.-Conclus�o.

Para se alcan�ar n�vel de contentamento perante a vida, precisa ter expectativas do futuro, estabelecer prop�sitos, ser persistente em algumas a��es de melhoria. A partir do momento que uma pessoa com 60 anos ou mais realiza de maneira positiva suas condi��es de vida, pode-se dizer que elas possuem perspectivas favor�veis.

Os resultados mostram que h� a necessidade de incentivar as pessoas idosas e seus h�bitos saud�veis para amenizar a quest�o das doen�as que possam surgir em raz�o da idade e tamb�m promover condi��es favor�veis para sua autonomia. Importante falar do respeito e valoriza��o ao conhecimento adquirido ao longo de sua trajet�ria de vida. Pois a sa�de de uma pessoa deve ser entendida de maneira concreta e ampla, de modo a apresentar resultados de promo��o e prote��o � sa�de decorrentes de trabalhos diversos e que envolvam v�rios profissionais de sa�de que atuem de forma integrada para a promo��o � sa�de.

Conclui-se que a equipe de enfermagem precisa se envolver, no sentido de mobilizar a��es nos diversos aspectos voltados aos determinantes do envelhecimento. Isso merece mais aten��o por parte local dos �rg�os respons�veis, para assim trabalhar e programar suas a��es com foco nas pol�ticas p�blicas existentes conforme a realidade da regi�o. Finalmente, acredita-se que as mudan�as, possam ocorrer com o avan�o social, de modo a compreender o idoso, na percep��o de igualdade e universalidade, onde a sociedade adote pol�ticas mais justas.

Qual a importância da enfermagem na saúde do idoso?

A enfermagem tem um papel importante em acompanhar e orientar pacientes idosos e familiares, o enfermeiro exerce uma importante função à viabilização a Sistematização da Assistência aos pacientes contribuindo para a promoção proteção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo e família.

Quais os principais cuidados de enfermagem com idosos?

Os cuidados de enfermagem no idoso, devem considerar as dimensões biológicas, psicológicas, sociais, económicas, culturais e politicas do envelhecimento, proporcionando um leque de respostas adequadas às reais necessidades das pessoas idosas e de suas famílias, dando visibilidade aos cuidados, prestados em diferentes ...

Qual é o papel do enfermeiro na promoção de saúde do idoso?

Conclui-se que o enfermeiro desempenha um papel importante no cuidado do idoso, criando vínculo entre o serviço de saúde e o paciente com acolhimento, orientação, sensibilização e prevenção da doença para um envelhecimento saudável.

Quais são as principais orientações de saúde em relação à pessoa idosa?

Assim, a PNSPI estabelece como suas diretrizes: Promoção do envelhecimento ativo e saudá- vel; Atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa; Estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção; Provimento de recursos capazes de assegurar a qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; Estímulo à ...