Quais foram as contribuições do fordismo para a produção industrial?

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O fordismo é um modelo de produção muito conhecido e que exerce influência até os dias de hoje. A maioria provavelmente já leu ou estudou a respeito do assunto, mas será que você realmente entende como ele funciona?

Conhecer a fundo esse modelo ajuda a entender, principalmente, a forma como o trabalho se comporta, não só na indústria mas como um todo.

Por isso, reserve alguns minutos e confira um pouco sobre o fordismo, quais suas características e sua influência na sociedade atual!

O fordismo foi um modelo de produção em massa baseado na linha de produção criada por Henry Ford. Foi essencial para a organização do processo produtivo e fabricação de baixo custo dos produtos, bem como na acumulação de capital.

Surgimento

No final do século XIX, a Segunda Revolução Industrial fez aumentar significativamente a demanda e a produção de mercadorias. E, obviamente, o número de fábricas e indústrias ao redor do mundo.

Essa época foi marcada pelo surgimento de diversas inovações, que tinham como objetivo atender essa enorme demanda. A ideia era aumentar ainda mais a produção em um menor espaço de tempo.

Assim, surgiu o primeiro modelo de produção industrial, o taylorismo. Frederick Taylor criou um sistema que baseava a produção no tempo de movimento dos trabalhadores, criando um mecanismo que adaptava o colaborador ao tempo da máquina. Dessa forma, havia mais produtividade, menos desperdícios e interrupções.

Em 1909, o empresário Henry Ford resolveu melhorar as ideias de Taylor e as adaptou para o ramo automotivo – mas especificamente para a Ford Motor Company, em Detroit, nos Estados Unidos.

Seu modelo revolucionou a maneira como a indústria produzia suas mercadorias. No taylorismo, as fábricas adaptavam as máquinas aos funcionários, mas isso não fazia a produção ser tão alta quanto imaginavam. Ford percebeu essa debilidade e criou diversas técnicas para proporcionar uma produção mais rápida e barata.

Quais as características do Fordismo?

Quando adaptou as ideias de Taylor, Ford excluiu do processo todos os componentes artesanais e implementou uma total automatização dos processos industriais. Confira abaixo algumas características desse modelo de produção:

Padronização da produção

Ford criou padrões nos seus veículos e introduziu máquinas que cortavam e moldavam todos os componentes dos automóveis, diminuindo os erros humanos.

Esteira rolante e linha de montagem

Uma das principais e mais marcantes inovações do fordismo foi em relação à linha de montagem, que tinha uma esteira rolante que levava o produto até o operário encarregado de trabalhá-lo.

Assim, o operário apenas ficava em seu posto parado, esperando seu produto. Dessa forma, os colaboradores ficavam realizando movimentos simples, mecanizados e repetitivos.

Essa esteira controlava o tempo de produção na indústria. O trabalhador ficava parado e o automóvel se movia até o final da linha de montagem.

Redução no tempo de produção

Como os operários realizavam movimentos repetitivos, o modelo reduziu o tempo de produção de um automóvel. Enquanto antes um carro levava cerca de 500 minutos para ficar pronto, na Ford esse tempo chegou a ser 2 minutos.

Divisão de tarefas

Na esteira fordista, cada um tinha uma função específica, o que aumentava a produtividade e reduzia os custos.

Redução no valor dos produtos e produção em massa

Os veículos da Ford puderam ser negociados a preços menores, pois os custos eram menores. Graças a isso, o modelo T foi muito adquirido na época.

Quais os pilares do fordismo:

O fordismo tem três pilares: intensificação, economicidade e produtividade. Entenda cada um deles abaixo:

Intensificação

O objetivo é reduzir o tempo de produção e da colocação da mercadoria no mercado ao máximo que puder.

Economicidade

O fordismo tinha como intuito reduzir ao máximo as peças no estoque, pois mercadoria parada resulta em perda de dinheiro.

Ainda, era importante diminuir o custo do produto. Tanto que os carros da Ford eram todos pretos, pois era a cor mais econômica que havia.

Produtividade

Como o trabalhador executava a mesma atividade repetidas vezes, acabava adquirindo melhores habilidades e passava a desempenhar o trabalho de maneira mais eficiente, como um especialista.

Assim, seu trabalho acaba sendo melhor do que de alguém com prática genérica.

O que é toyotismo e como ocorreu o declínio do fordismo?

O fordismo foi um sucesso e tornou o modelo T o mais comum nos Estados Unidos, chegando a ser exportado para a Europa.

Entretanto, o fordismo apresentava falhas. Ele fazia acumular grande estoque de produtos, principalmente por causa da produção em massa e barata. Isso fez com que houvesse um acúmulo de mercadorias e uma crise ocasionada pela superprodução.

A superprodução se deu porque muitos produtos estadunidenses eram vendidos para a Europa depois da Primeira Guerra Mundial. Contudo, na década de 1920, a Europa conseguiu se reestruturar e passou a comprar menos do país norte-americano.

As empresas estadunidenses não frearam a produção, o que ocasionou um aumento significativo nos estoques. Afinal, as vendas não eram tão altas como antes.

Contudo, o modelo foi utilizado até meados de 1970, quando começou a cair em declínio por causa da rigidez do método produtivo. Além disso, a entrada dos japoneses no mercado automobilístico modificou a forma como as empresas produziam.

Os japoneses ficaram responsáveis por introduzir o toyotismo, que é o sistema da Toyota de produção. Tal sistema demonstrou ser mais adequado e tecnológico, destacando-se pelo uso da robótica e eletrônica.

No toyotismo, os funcionários são especializados e responsáveis pela qualidade do produto final. Ao contrário do Fordismo, não se podia fazer estoque de produtos. A fabricação acontece apenas quando há demanda e não há excedente de produção. Assim, havia economia no armazenamento e aquisição de matéria prima.

Na década de 1970 e 1980, a Ford perdeu o posto de primeira montadora para a General Motors. Anos depois, a Toyota chegou a se tornar a maior montadora do mundo.

Qual a influência do fordismo na sociedade atual?

Apesar de ter perdido espaço para o toyotismo, o fordismo ainda exerce influência no modo de produção nos dias de hoje.

Há ainda indústrias de diversos setores que adotam o modo fordista, realizando produções em massa, adotando técnicas para baratear o processo e o produto e colocando no mercado o mais número de bens possíveis para tentar vender a maior quantidade que puder.

O fordismo foi um importante modelo de produção que, mesmo que seja um pouco obsoleto (com o toyotismo se apresentando como uma solução mais otimizada e atualizada), continua presente em diversas empresas que ainda tem como objetivo principal a produção em larga escala.

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Quais foram as contribuições do fordismo para a produção industrial *?

Uma das principais e mais marcantes inovações do fordismo foi em relação à linha de montagem, que tinha uma esteira rolante que levava o produto até o operário encarregado de trabalhá-lo. Assim, o operário apenas ficava em seu posto parado, esperando seu produto.

Quais foram as contribuições do fordismo?

O fordismo não apenas criou a linha de produção, mudou a forma de controlar o estoque da empresa. Isso porque estas informações passaram a ser registradas praticamente em tempo real. O fordismo evoluiu, posteriormente, pelo toyotismo, modelo de sistema de produção com maior foco na qualidade do produto.

O que representa o fordismo na produção industrial?

Fordismo é um modelo produtivo criado por Henry Ford nos Estados Unidos. O referido sistema foi desenhado para a indústria automobilística com o objetivo de aumentar a produtividade e, em contrapartida, diminuir os custos de produção.

Qual a principal característica o fordismo trouxe para o trabalho industrial?

Uma das características do fordismo era o formato em que o veículo era produzido. Cada profissional era responsável por uma área específica da montagem, feita em uma esteira rolante. Com isso, não era necessário haver uma qualificação específica para atuar na produção, bastava dominar o serviço.