Desde o momento em que as crianças nascem, elas aprendem. Na verdade, um dos períodos mais cruciais no desenvolvimento infantil é do nascimento aos 5 anos. Show
Oitenta e cinco a noventa por cento do cérebro de uma criança se desenvolve nos primeiros cinco anos, segundo médicos e pediatras. Isso significa que, nesta fase, ela desenvolve muitas habilidades: cognitivas, sociais, emocionais e linguagem. Como pais, é importante garantir que os filhos estejam em lugares que nutram e incentivem esse desenvolvimento: em casa ou na escola. Por isso, é importante compreender as mudanças e os marcos de desenvolvimento das crianças. À medida que crescem e se desenvolvem, podem apresentar dificuldades e atrasos, que podem ser detectados e tratados precocemente. Este artigo é para ajudá-lo a entender os marcos do desenvolvimento infantil e acompanhar o crescimento do seu filho. Marcos do desenvolvimento infantilOs marcos do desenvolvimento são um conjunto de habilidades que a maioria das crianças atinge em uma determinada idade. Os marcos ajudam pais, médicos e professores a perceber quando o desenvolvimento da criança não está acompanhado o esperado. É importante lembrar, no entanto, que o desenvolvimento infantil varia de criança para criança. Uma pode começar a andar aos 10 meses, enquanto outra aos 15 meses. Algumas poderão falar 20 palavras aos dois anos, e outras 50 palavras ou mais. Os marcos do desenvolvimento, como andar e falar, têm uma ampla gama do que é considerado normal nos primeiros anos, mas se os pais têm dúvidas, devem conversar com o médico de seus filhos. Os marcos do desenvolvimento infantil podem ser divididos em quatro categorias:
Veja os principais marcos do desenvolvimento infantil de 0 a 5 anos na tabela abaixo: IdadeSócio emocionalLinguagemCognitivoMotor0 a 6 mesesSorri e dá risadas com cócegasBalbucios e arrulhosVira a cabeça para acompanhar sonsMovimentos dos olhos coordenadosErgue a cabeçaRolaAssenta com apoioProcura por, agarra e leva a boca objetos6 a 9 mesesEntende ‘não’Ri e dá gargalhadas por prazerBalbucia vogais e consoantes, como mama e papa.Responde pelo seu nomeAumenta o interesse por um determinado brinquedoSenta sem apoioFica de pé segurando as mãos de alguémEngatinhaManipula objetos com as mãos9 a 12 mesesChora quando os pais saemImita sons e gestosInteresse por outras criançasEntende e pode falar mamãe ou papaiAcena para dar tchauCutuca com o dedoResponde a simples solicitaçõesApontaLevanta para ficar de péCaminha segurando nas coisasMovimento de pinça18 mesesEstranha desconhecidosBirrasImaginação no brincarFala algumas palavrasFala e balança a cabeça para dizer nãoAponta para mostrar coisasAponta para partes do corpoFaz rabiscosSegue orientações simplesCaminha sem apoioSegura e bebe no copoCome com colher2 anosBrinca ao lado de outra criançaMostrar mais independênciaComeça a formar frasesRepete palavrasAponta imagens de um livroComeça a nomear cores e formasEmpilha blocosBrinca de faz de contaComeça a correrFica na ponta dos pésArremessa bolas3 anosBrinca com outras criançasDemonstra preocupação com amigos chorandoSe comunica com frases maioresFala seu nome e idadeResponde a perguntas simplesEmpilha blocos e faz torresBrinca de faz de conta e usa mais a imaginaçãoAbre portasSobe e desce escadasCorre com facilidade4 anosFala sobre gostos e interessesAguça a imaginação nas brincadeirasFala grandes sentenças de frasesConta históriasSabe o nome das cores e númerosEntende conceitos como igual e diferenteReconta históriasPula de um pé sóAgarra bolaUsa tesoura5 anosQuer ser como os amigosDistingue a realidade do faz de contaFala com clareza grandes sentenças Usa o tempo futuroFala seu nome e endereçoConta até dez ou maisReproduz algumas letras e números Pula de um pé só por mais tempoNada e escala pequenas alturasVale lembrar que cada criança se desenvolve em seu tempo, os marcos servem para orientar pais e cuidadores. Diante a percepção de atrasos no desenvolvimento infantil de seus filhos nos primeiros anos de vida, a recomendação é buscar ajuda médica para averiguar. O pediatra observa a criança e conversa com os pais para analisar os marcos de desenvolvimento. Exames clínicos também fazem parte da avaliação, como os de audição, visão e outros. Se for detectado algum atraso no desenvolvimento, quanto mais cedo for diagnosticada a causa, melhores serão as intervenções. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que regulamenta quais são as aprendizagens essenciais a serem trabalhadas nas escolas brasileiras públicas e particulares em todo território nacional. Por isso, é importante para a promoção da igualdade no sistema educacional, colaborando para a formação integral e para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. A BNCC na educação infantil está estruturada por 3 pilares essenciais:
Ao longo do texto, aprofundarei cada pilar da BNCC com o intuito de ajudar a você, professor, elencar melhores possibilidades em seu planejamento de aula. 1) Direitos de aprendizagem e desenvolvimentoEste pilar está organizado, primeiramente, em seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, que visam o direito das crianças de conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Estes direitos privilegiam a maneira da criança em interpretar o mundo e conviver com os demais, utilizando a ludicidade como referência, respeitando os princípios da Educação Infantil. Conviver 2) Objetivos de aprendizagem e desenvolvimentoPara a Educação Infantil, os campos de experiências são iguais para todas as faixas etárias, mas os objetivos de aprendizagem e de desenvolvimento são específicos para cada uma delas, que são divididas em: Creche: Os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento estão organizados sequencialmente em três grupos por faixa etária, que correspondem, aproximadamente, às possibilidades de aprendizagem e características do desenvolvimento das crianças, conforme indicado na tabela a seguir. Para a Educação Infantil, as aprendizagens essenciais compreendem tanto comportamentos, habilidades e conhecimentos quanto vivências que promovem aprendizagem e desenvolvimento nos cinco campos de experiências, sempre tomando as interações e a brincadeira como eixos primordiais. Essas aprendizagens, portanto, constituem-se como objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. (BNCC, 2018, p.42). Porém, esses grupos não podem ser considerados de forma rígida, já que há diferenças de ritmo na aprendizagem e no desenvolvimento das crianças que precisam ser consideradas na prática pedagógica. Cada objetivo de aprendizagem e desenvolvimento é identificado por um código alfanumérico cuja composição é explicada a seguir: É importante frisar que a numeração sequencial dos códigos alfanuméricos não sugere ordem ou hierarquia entre os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, ou seja, fica a critério do professor elencar qual será apresentado, independente da ordem, de acordo com a realidade de cada turma. 3) Campos de experiênciasPara a educação infantil, a BNCC definiu cinco campos de experiências, que são: O eu, o outro, o nósEste campo destaca experiências que possibilitem às crianças, na interação com outras crianças e adultos, viverem situações de atenção pessoal e outras práticas sociais, nas quais aprendem a se perceber como um eu, alguém que tem suas características, desejos, motivos e concepções; a considerar seus parceiros como um outro, com seus desejos e interesses próprios; e a tomar consciência da existência de um nós, um grupo humano cada vez mais ampliado e diverso. Nesse processo, vão se constituindo como alguém com um modo próprio de agir, sentir e pensar.Corpo, gestos e movimentos Este campo destaca experiências nas quais o corpo, os gestos e os movimentos constituem linguagens das quais as crianças, desde cedo, fazem uso e que as orientam em relação ao mundo. Destaca experiências ricas e diversificadas, em que gestos, mímicas, posturas e movimentos expressivos constituem uma linguagem vital com a qual as crianças percebem e expressam emoções, reconhecem sensações, interagem, brincam, ocupam espaços e neles se localizam, construindo o conhecimento de si e do mundo. Destaca-se também que a capacidade de nomear, identificar e ter consciência do próprio corpo (assim como a construção de uma autoimagem positiva) está associada às oportunidades oferecidas às crianças para a expressão e o conhecimento da cultura corporal da sociedade em que vivem.Traços, sons, cores e formas Este campo destaca experiências nas quais as crianças tenham a oportunidade de perceber o ambiente como composto de traços, sons, cores e formas. Para isso, oferece condições para as crianças sentirem a textura da terra ou da areia; criarem misturas; colecionarem coisas; modelarem com argila; criarem tintas; e explorarem formas coloridas, texturas, sabores, sons e também silêncios, em um espaço acolhedor, cheio de visualidades e sonoridades. Essas experiências promovem o desenvolvimento da expressividade e da criatividade infantil e abrem caminhos para a elaboração de sua afetividade.Fala, escuta, pensamento e imaginação Este campo ressalta experiências que evidenciam a estreita relação entre os atos de fala e escuta e a constituição da linguagem e do pensamento humanos desde a infância. Destaca a experiência da criança com a linguagem verbal em diálogo com outras linguagens desde o nascimento, de modo a ampliar não apenas essa linguagem, mas também o pensamento (sobre si, sobre o mundo e sobre a língua) e a imaginação.Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações Neste campo, destacam-se experiências nas quais as crianças falam, descrevem, narram, explicam e fazem relações, requisitos fundamentais para a construção e a ampliação de saberes. As vivências cotidianas delas na escola, como: procurar um tatu-bola no jardim; cuidar de plantas e de animais; colecionar objetos; movimentar-se por diferentes espaços com diversos desafios; pensar sobre perguntas como: “Quanto tempo falta para o meu aniversário?”, “Por que quando minha avó era criança não havia televisão?”, “Por que alguns objetos afundam e outros não?”, “Por que existem alguns animais com penas e outros com pelos?”, “Quantas vezes um elefante é maior do que um cavalo?” —, além de fortalecerem sua autonomia, podem ser ricas oportunidades para a construção do raciocínio lógico, de noções de espaço e tempo, de quantidade, de classificação, de seriação etc., para a percepção de relações e de transformações nas situações, objetos e materiais observados ou manuseados, e para o desenvolvimento da sua imaginação.Fonte: AVAMEC, 2020. Como trabalhar a BNCC na sala de aula?Agora que aprendemos os 3 pilares da BNCC, abaixo elenquei todos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento relacionados a cada campo de experiências, desta forma você poderá enriquecer seu planejamento pedagógico complementando com os direitos de aprendizagem e desenvolvimento. Quais características podemos traçar de uma criança de 4 a 6 anos levando em conta seus interesses habilidades e necessidades?Estão já bastante independentes e conseguem fazer algumas atividades simples da rotina praticamente sem ajuda, como escovar os dentes, escolher as roupas e se vestir. Nessa etapa, é muito importante incentivar essas conquistas e apoiar sua crescente autonomia.
Como descrever características de uma criança?Características da Criança. Anda, sobe nas coisas, engatinha e corre. Gosta de puxar e empurrar objetos. ... . Emite muitos sons. Está começando a desenvolver a linguagem. ... . Gosta de brincar com outras crianças, mas normalmente não interage com elas. ... . Chora com facilidade, mas as emoções mudam rapidamente.. Quais as características do desenvolvimento aos 4 anos de idade?A criança nesta fase coordena melhor os movimentos do corpo. Corre, salta, atira e recebe a bola com mais segurança. Cada vez é mais independente e pode fazer sozinha muitas coisas que antes precisava de ajuda. Veste-se, tira a roupa e consegue tomar banho sozinha.
Quais as características das crianças de 4 e 5 anos que estão na educação Infantl?Durante esta idade, as crianças atingem a fase da afirmação. São momentos em que seu filho vai desafiar todos os limites das mais diferentes formas. Um bom exemplo é na hora da alimentação, quando as crianças podem passam a negar veementemente alguns alimentos, até com atitudes reprováveis, como fugir da mesa.
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