Por que não devemos beber a água de lagos mesmo que sejam bem transparentes?

Por que não devemos beber a água de lagos mesmo que sejam bem transparentes?

VitorXZ @VitorXZ

November 2019 2 12 Report

Porque não devemos beber água de lagos mesmo se ela esteja aparentemente transparente?

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Por que não devemos beber a água de lagos mesmo que sejam bem transparentes?

rayslakarlla Pois mesmo transparente essa água pode estar contaminada por vírus, fungos e bactérias, essas imperceptíveis a olho nu

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Por que não devemos beber a água de lagos mesmo que sejam bem transparentes?

Sarahina Por que a água pode possuir fungos é bactérias,trazendo doenças.

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Por que não devemos beber a água de lagos mesmo que sejam bem transparentes?

VitorXZ December 2019 | 0 Respostas

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VitorXZ December 2019 | 0 Respostas

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VitorXZ December 2019 | 0 Respostas

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Por que não devemos beber a água de lagos mesmo que sejam bem transparentes?

VitorXZ August 2019 | 0 Respostas

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Para nós que trabalhamos com tratamento de água e efluentes, é muito comum ouvirmos a pergunta: “Essa água aqui, é boa pra beber?”

Também é muito comum, ouvirmos a resposta: “Ah, pode beber sim, essa água vem daquela mina ali atrás e é muito boa. Pode ficar tranqüilo”.

Na verdade, o que a pessoa está querendo saber é se a tal água pode ser ingerida sem causar-lhe nenhum dano à saúde. E, para tanto, não podem existir subjetivismos do tipo “água boa” ou “água ruim”. Existe sim, o conceito técnico e preciso de “água potável”.

Não basta olhar para uma água perfeitamente transparente e sem odor e dizer que ela é potável. Excesso de sais dissolvidos, metais pesados e vírus como da Hepatite não são visíveis e não têm cheiro.

É justamente para evitar avaliações subjetivas e equivocadas que existem as normas de qualidade e, no Brasil, a norma federal que determina o que é água potável é a Portaria 518, de 25 de Março de 2004, do Ministério da Saúde. Ela representa a última atualização de normas anteriores, cujo início foi o Art. 2.º do Decreto n.º 79.367, de 9 de março de 1977. Trata-se de uma regulação de alto nível que acompanha perfeitamente os padrões de qualidade internacional. Não vamos transcrevê-la aqui, não apenas por ser bastante extensa (34 páginas em letras miúdas), mas porque vocês podem conhecê-la nos portais tratamentodeagua.com.br e meiofiltrante.com.br. O objetivo aqui é destacar alguns pontos interessantes, começando pelo seguinte: não basta ter normas e leis de alta qualidade se não houver uma fiscalização eficiente.

No que se refere ao tratamento de água, fiscalizar significa fazer “Análises Físico-Químicas e Microbiológicas” que possam comprovar que a água em questão atende aos padrões de potabilidade. Para tanto, deve-se recorrer a laboratórios certificados que tenham todos os equipamentos necessários e a equipe devidamente treinada e qualificada.

Outro ponto interessante: A falta de ferro na alimentação pode causar problemas de saúde como a anemia, por exemplo. É verdade, e é por isso que os médicos nos recomendam a ingestão de feijão e espinafre. O ferro é, na verdade, o elemento químico mais abundante no planeta, lembrando que todo o núcleo da Terra é composto por uma massa gigantesca chamada “NiFe”, composta principalmente por ferro e níquel em temperaturas elevadíssimas, capazes de mantê-la em estado líquido. Pois bem, o ferro também aparece nas águas tanto de superfície (rios e lagos) quanto subterrâneas (poços) e nem por isso devemos ficar felizes. A Portaria 518 determina que a concentração máxima de ferro na água potável deve ser de 0,3 mg/L.

Mas e se ingerirmos água com 0,5 mg/L de ferro? Vamos morrer? E se ela tiver menos que 0,3 mg/L? Vamos ficar anêmicos? Calma!! Nem uma coisa, nem outra. Apesar do ferro ser o que denominamos “metal pesado”, ele não é tóxico e perigoso como o mercúrio e o chumbo que, mesmo em baixíssimas concentrações, podem causar danos irreversíveis à saúde, podendo levar até à morte. Tanto que a Portaria 518 prevê as concentrações máximas de 0,001 mg/L e 0,01 mg/L, respectivamente para cada um deles. Por outro lado a ingestão continuada de uma água pobre em ferro pode muito bem ser compensada com uma alimentação rica nesse mineral.

Vamos a um outro ponto interessante: as bactérias. Ao contrário do que se pensa, nem toda bactéria nos faz mal. Tanto que se analisarmos uma amostra de nossa saliva, encontraremos bactérias. O problema do ponto de vista sanitário, são as bactérias patogênicas, ou seja, aquelas que realmente podem nos causar doenças. Dentre elas, temos as bactérias do tipo coliforme fecal, como a Escherichia coli, que causa diarréias e também as “cianobactérias”, capazes de produzir toxinas perigosas como as “microcistinas”, causadoras de tumores.

A Portaria 518 utiliza unidades como “VMP” (valor máximo permitido em 100 mL de amostra) e “UFC” (unidades formadoras de colônias) e determina os limites e procedimentos adequados para o ponto crucial do problema: identificar a presença de bactérias que habitam o intestino de animais de sangue quente (homens, porcos, bois, etc.) e a presença de cistos de Giardia spp e oocistos de Cryptosporidium sp. São os indicadores de organismos patogênicos que podem nos causar problemas.

Nas próximas edições vamos falar um pouco sobre os processos de tratamento de água e o que se tem feito não só no Brasil, mas pelo mundo afora.

Eduardo Pacheco

Por que não devemos beber água de lagos mesmo que sejam bem transparentes?

Muitas pessoas pensam que a água cristalina é potável e que, portanto, não necessita de tratamento. Entretanto, apenas cor e odor não são suficientes para garantir que a água seja própria para o consumo, haja vista que organismos patogênicos microscópicos podem estar presentes e causar sérios danos à saúde.

Pode beber água de lago?

Nunca beba água de uma fonte natural que você não purificou, mesmo que a água pareça limpa. A água em um riacho, rio ou lago pode parecer limpa, mas ainda pode estar cheia de bactérias, vírus e parasitas que podem resultar em doenças de veiculação hídrica, como criptosporidiose ou giardíase.

Como fazer para beber água do mar?

A água salgada, na maneira como está disponível, não pode ser consumida. Essa água é rica em cloreto de sódio, o mesmo sal que usamos para preparar alimentos, e o excesso de sal no nosso corpo faz com que as células comecem a perder água por osmose, o que provoca desidratação.