Por que algumas pessoas são alérgicas e outras não?

As reações alérgicas (reações de hipersensibilidade) são respostas inadequadas do sistema imunológico a uma substância que normalmente é inofensiva.

  • Geralmente, as alergias causam espirros, olhos lacrimejantes e pruriginosos, corrimento nasal, prurido na pele e erupções cutâneas.

  • Algumas reações alérgicas, denominadas reações anafiláticas, são fatais.

  • Os sintomas sugerem o diagnóstico e testes na pele podem ajudar a identificar a substância que desencadeia a alergia.

  • O melhor é evitar o que desencadeia a alergia, mas se isso não for possível, às vezes, injeções para alergias, administradas bastante tempo antes da exposição, podem dessensibilizar a pessoa.

  • As pessoas que já apresentaram reações alérgicas graves devem trazer sempre consigo uma seringa autoinjetável de epinefrina e comprimidos de anti-histamínicos.

  • Reações graves exigem tratamento de emergência no hospital.

Em geral, o sistema imunológico Considerações gerais sobre o sistema imunológico O sistema imunológico foi concebido para defender o corpo contra invasores estranhos ou perigosos. Tais invasores incluem Micro-organismos (comumente chamados germes, como bactérias, vírus e... leia mais - que inclui anticorpos, leucócitos, mastócitos, proteínas do complemento e outras substâncias - defende o corpo de substâncias estranhas (denominadas antígenos). No entanto, nas pessoas sensíveis, o sistema imunológico pode reagir de forma exagerada quando exposto a certas substâncias (alérgenos) no ambiente, alimentos ou fármacos, que são inócuos para a maioria das pessoas. O resultado é uma reação alérgica. Algumas pessoas são alérgicas a uma só substância. Outras são alérgicas a várias. Aproximadamente um terço das pessoas sofre de alguma alergia nos Estados Unidos.

Os alérgenos podem causar uma reação alérgica quando caem sobre a pele ou os olhos ou quando são inalados, ingeridos ou injetados. Uma reação alérgica pode ocorrer de diversas formas:

  • Desencadeada pelo toque de certas substâncias (como látex)

Em muitas reações alérgicas, o sistema imunológico, quando exposto pela primeira vez a um alérgeno, produz um tipo de anticorpo denominado imunoglobulina E (IgE) IgE Uma das linhas de defesa do corpo ( sistema imunológico) envolve glóbulos brancos (leucócitos) que se deslocam através da corrente sanguínea e penetram nos tecidos para detectar e atacar micro-organismos... leia mais

. A IgE fixa-se a um tipo de glóbulo branco denominado basófilo na corrente sanguínea e a um tipo semelhante de célula, denominada mastócito, nos tecidos. A primeira exposição pode fazer com que uma pessoa se torne sensível ao alérgeno (chamado sensibilização), mas não causa sintomas. Quando a pessoa sensibilizada tem um novo contato com o alérgeno, os basófilos e mastócitos com IgE na sua superfície liberam substâncias (como histamina, prostaglandinas e leucotrienos) que produzem edema ou inflamação nos tecidos circundantes. Essas substâncias iniciam uma cascata de reações que continua a irritar e lesionar os tecidos. Essas reações variam de leve a grave.

O látex é um fluido obtido da seringueira. É usado para fabricar produtos de borracha, inclusive luvas, preservativos e equipamentos médicos como cateteres, tubos respiratórios, pontas de aplicador de clister e diques de borracha.

O látex pode desencadear reações alérgicas que incluem pápulas, erupções cutâneas e até mesmo reações alérgicas graves e potencialmente fatais, chamadas reações anafiláticas. No entanto, a pele seca e irritada que muitas pessoas têm após o uso de luvas de látex geralmente resulta de uma irritação, não de uma reação alérgica ao látex.

Na década de 1980, profissionais de saúde foram estimulados a usar luvas de látex sempre que tocassem um paciente, para evitar a disseminação de infecções. Desde então, a sensibilidade ao látex tornou-se cada vez mais comum entre os profissionais de saúde.

Além disso, as pessoas podem correr o risco de se tornarem sensíveis ao látex se

  • Tiverem passado por vários procedimentos cirúrgicos

  • Precisarem usar um cateter para ajudar a urinar

  • Trabalharem em fábricas que fabricam ou distribuem produtos de látex

Por motivos desconhecidos, as pessoas sensíveis ao látex frequentemente são alérgicas a banana e às vezes a outros alimentos como kiwi, papaia, abacate, castanha, batata, tomate e damasco.

O médico pode suspeitar de sensibilidade ao látex com base nos sintomas e na descrição que a pessoa faz da ocorrência dos sintomas, especialmente se ela for um profissional de saúde. Às vezes são realizadas análises de sangue ou testes cutâneos para confirmar o diagnóstico.

As pessoas sensíveis ao látex devem evitá-lo. Por exemplo, os profissionais de saúde podem usar luvas e outros produtos que não contêm látex. A maioria das instituições de saúde fornece estes produtos.

Fatores genéticos e ambientais trabalham juntos para contribuir para o desenvolvimento de alergias.

Acredita-se que haja o envolvimento de genes porque mutações específicas são comuns em pessoas com alergias e porque as alergias tendem a ser hereditárias.

Fatores ambientais também aumentam o risco de desenvolver alergias. Esses fatores de risco incluem os seguintes:

  • Exposição repetida a substâncias estranhas (alérgenos)

  • Dieta

  • Poluentes (como fumaça de tabaco e fumaça de descarga)

Por outro lado, a exposição a diversas bactérias e vírus durante a infância pode fortalecer o sistema imunológico e ajudá-lo a aprender como responder a alérgenos de maneira não nociva ajudando, assim, a prevenir o desenvolvimento de alergias. Um ambiente que limita a exposição de uma criança a bactérias e vírus, comumente considerado uma coisa boa, pode aumentar o risco de desenvolvimento de alergias. A exposição a micro-organismos é limitada em famílias com menos filhos e um ambiente doméstico mais limpo e pelo uso precoce de antibióticos.

Micro-organismos vivem no trato digestivo, no trato respiratório e na pele, mas quais os micro-organismos presentes varia de pessoa para pessoa. Os micro-organismos presentes parecem afetar se e que alergias irão se desenvolver.

Os alérgenos que desencadeiam reações alérgicas com uma maior frequência incluem

  • Excrementos de ácaros do pó

  • Pelo de animais

  • Pólen (de árvores, gramíneos e ervas daninhas)

  • Mofo

  • Alimentos

  • Veneno de inseto

  • Medicamentos

  • Látex

  • Químicos de uso doméstico, como produtos de limpeza e perfumes

Os ácaros vivem na poeira que se acumula em tapetes, roupa de cama, móveis estofados e brinquedos moles.

A maioria das reações alérgicas é leve e manifesta-se com olhos lacrimejantes e pruriginosos, corrimento nasal, prurido na pele e alguns espirros. As erupções (incluindo pápulas) são frequentes e muitas vezes produzem prurido.

As pápulas Urticária A urticária consiste em inchaços avermelhados, levemente salientes, que coçam. O inchaço é causado pela liberação de substâncias químicas (como a histamina) dos mastócitos na pele, que causam... leia mais

, também denominadas urticária, são pequenas áreas vermelhas, levemente elevadas com o inchaço, geralmente com um centro pálido. O inchaço pode ocorrer em áreas mais extensas sob a pele (denominado angioedema Angioedema O angioedema é o inchaço de áreas de tecido subcutâneo que, por vezes, afeta a face e a garganta. O angioedema pode ser uma reação a um fármaco ou outra substância (fator desencadeante), uma... leia mais
). O inchaço é causado pelo extravasamento de líquido dos vasos sanguíneos. A gravidade do quadro pode variar, dependendo das zonas do corpo afetadas.

Certas reações alérgicas, denominadas reações anafiláticas Reações anafiláticas As reações anafiláticas são reações alérgicas repentinas, generalizadas, potencialmente graves e fatais. As reações anafiláticas começam, frequentemente, com uma sensação de desconforto, seguida... leia mais , podem ser fatais. As vias aéreas podem se estreitar (contrair), provocando sibilos, e o revestimento da garganta e das vias aéreas pode inchar, interferindo na respiração. Os vasos sanguíneos podem se alargar (dilatar), provocando uma queda perigosa da pressão arterial.

  • Avaliação médica

  • Às vezes, exames de sangue

  • Frequentemente, testes cutâneos e o teste para IgE sérico específico para o alérgeno

Em primeiro lugar, o médico determina se a reação é alérgica. Ele pode perguntar

  • Se pessoa tem parentes próximos com alergias, já que nestes casos é mais provável que a reação seja de tipo alérgico.

  • Com que frequência as reações ocorrem, e quanto tempo duram

  • Qual a idade da pessoa quando as reações começaram

  • Se algo (como exercícios ou a exposição a pólen, animais ou poeira) desencadeia a reação

  • Se algum tratamento já foi tentado e, em caso afirmativo, como a pessoa respondeu a esse tratamento

Às vezes, são realizados exames de sangue para detectar um tipo de glóbulo branco denominado eosinófilo. Embora todas as pessoas tenham eosinófilos, eles são produzidos em maiores quantidades quando ocorre uma reação alérgica.

Dado que cada reação alérgica é desencadeada por um alérgeno específico, o principal objetivo do diagnóstico é identificar esse alérgeno. Muitas vezes, a pessoa e o médico conseguem identificar o alérgeno segundo o momento em que se iniciou a alergia e com que frequência ocorre a reação (por exemplo, em certas estações do ano ou depois de ingerir determinados alimentos).

Testes cutâneos e o teste de IgE sérico específico para o alérgeno também podem ajudar os médicos a detectar o alérgeno específico. No entanto, esses testes podem não detectar todas as alergias, e às vezes indicam que as pessoas são alérgicas a um alérgeno quando de fato não são (resultado falso-positivo).

Geralmente, realiza-se primeiramente um teste cutâneo (prick test). Preparam-se soluções diluídas de extratos de pólen (de árvores, gramíneos ou ervas), mofo, ácaros do pó, pelo de animais, veneno de insetos, alimentos e alguns antibióticos. Coloca-se sobre a pele uma gota de cada solução e, em seguida, pica-se a pele com uma agulha.

Os médicos também podem usar outras soluções para auxiliar na interpretação da resposta da pessoa aos alérgenos. Uma gota de uma solução de histamina, que deverá desencadear uma reação alérgica, é usada para determinar se o sistema imunológico da pessoa está funcionando. Uma gota da solução diluente, que não deve desencadear uma reação alérgica, é usada para comparação.

Se a pessoa for alérgica a um ou mais dos alérgenos, a pele reage com uma pápula e vermelhidão à sua volta, indicada pelas seguintes características:

  • Uma proeminência levemente elevada e pálida - a pápula - aparece onde se picou a pele, dentro de 15 a 20 minutos.

  • A pápula resultante tem um diâmetro cerca de 0,3 a 0,5 centímetros (cerca de 1/8 a 2/10 de polegada) maior do que a pápula causada pela solução diluente.

  • A pápula está rodeada por uma zona bem definida de pele avermelhada.

O teste cutâneo (prick test) permite identificar a maioria dos alérgenos.

Se nenhum alérgeno for identificado, é feito um teste intradérmico. Para este teste, uma pequena quantidade de cada solução pode ser injetada na pele da pessoa. Esse tipo de teste cutâneo tem uma probabilidade maior de detectar uma reação a um alérgeno.

Antes de realizar os testes cutâneos, pede-se que as pessoas parem de tomar anti-histamínicos e determinados antidepressivos tricíclicos (como a amitriptilina) e inibidores da monoaminoxidase (como a selegilina). Esses medicamentos podem omitir uma reação aos testes. Alguns médicos também não realizam os testes em pessoas que estão tomando betabloqueadores, pois se estas pessoas tiverem uma reação alérgica em resposta ao teste, é mais provável que as consequências sejam graves. Além disso, os betabloqueadores podem interferir com os fármacos usados para tratar reações alérgicas sérias.

O teste de IgE sérico específico para o alérgeno, um exame de sangue, é usado quando testes cutâneos não podem ser realizados - por exemplo, quando a erupção cutânea for generalizada. Este teste determina se a IgE no sangue da pessoa se liga ao alérgeno específico usado no teste. Se a ligação ocorrer, a pessoa tem alergia àquele alérgeno.

Para o teste provocativo, as pessoas são diretamente expostas ao alérgeno. Esse teste é geralmente realizado quando as pessoas precisam documentar sua reação alérgica; por exemplo, para uma alegação de incapacidade. Às vezes, ela é usada para diagnosticar uma alergia alimentar. Se os médicos suspeitarem de uma alergia induzida por exercícios, eles podem pedir que a pessoa se exercite.

Evitar ou remover um alérgeno, se possível, é a melhor abordagem. Evitar um alérgeno pode envolver o seguinte:

  • Suspensão de um fármaco

  • Manter animais de estimação fora da casa ou limitados a certos cômodos

  • Usar aspiradores e filtros de partículas de ar de alta eficiência (HEPA)

  • Deixar de consumir um determinado alimento

  • Pessoas com alergias sazonais graves podem considerar a possibilidade de se deslocar para uma zona onde não exista o alérgeno

  • Retirar ou substituir os objetos que acumulam pó, como móveis estofados, carpetes e bibelôs

  • Os colchões e almofadas podem ser cobertos por tecidos finos que não permitem a entrada de ácaros do pó e partículas de alérgenos

  • Usar travesseiros de fibras sintéticas

  • Lavar os lençóis, fronhas e cobertores frequentemente com água quente

  • Limpar a casa, tirando o pó, aspirando e passando pano úmido, com frequência

  • Usar ar condicionado e umidificador de ar em porões e outros ambientes úmidos

  • Higienizar a casa com vapor quente

  • Exterminar as baratas

As pessoas com alergias devem evitar ou minimizar a exposição a certos outros irritantes capazes de piorar os sintomas de alergia ou causar problemas respiratórios. Esses agentes irritantes incluem:

  • Fumaça de cigarro

  • Odores fortes

  • Vapores irritantes

  • Poluição do ar

  • Temperaturas baixas

  • Umidade alta

Imunoterapia com alérgenos, geralmente injeções de alérgenos, pode ser administrada para dessensibilizar a pessoa ao alérgeno quando não for possível evitar certos alérgenos, especialmente alérgenos transportados pelo ar, e os medicamentos usados para tratar a reação alérgica forem ineficientes.

Com a imunoterapia alergênica, as reações alérgicas podem ser evitadas ou reduzidas em número e/ou intensidade. No entanto, a imunoterapia alergênica nem sempre é eficaz. Algumas pessoas e determinadas alergias tendem a responder melhor do que outras.

A imunoterapia é utilizada com maior frequência nas alergias a

  • Pólen

  • Ácaros da poeira

  • Mofo

  • Veneno de insetos

A imunoterapia não é utilizada quando o alérgeno, como a penicilina e outros fármacos, pode ser evitado. No entanto, as pessoas que necessitam tomar um fármaco ao qual são alérgicas podem ser dessensibilizadas sob cuidadosa vigilância médica.

Na imunoterapia, geralmente são injetadas pequenas quantidades do alérgeno sob a pele. A dose é aumentada gradualmente até alcançar uma dose adequada para controlar os sintomas (dose de manutenção). É necessário aumentar a dose de modo gradual, dado que a exposição excessivamente rápida a uma dose elevada de alérgeno pode desencadear uma reação alérgica. É frequente aplicar-se injeções uma ou duas vezes por semana até atingir a dose de manutenção. As injeções geralmente são aplicadas a cada 2 ou 4 semanas. O procedimento é mais eficaz quando continuam a aplicar-se as injeções de manutenção durante todo o ano, mesmo para alergias sazonais.

Alternativamente, uma alta dose do alérgeno é colocada sob a língua (sublingual) e mantida ali por alguns minutos antes de ser engolida. A dose é aumentada gradualmente, como ocorre com as injeções. A técnica sublingual é relativamente nova e ainda não se estabeleceu com que frequência a dose deve ser administrada. Varia de dose diária a doses três vezes por semana. Os extratos para pólen de gramíneos ou ácaros de poeira doméstica, colocados sob a língua, podem ser usados para ajudar a prevenir a rinite alérgica.

Imunoterapia para alergia a amendoim também pode ser administrada por via oral. A pessoa recebe a primeira de várias doses do alérgeno no decorrer de um único dia em uma clínica ou consultório médico. A pessoa então toma o alérgeno em casa. De cada vez que a dose é aumentada, a primeira dose da dosagem maior é administrada sob a supervisão de um médico.

A imunoterapia alergênica pode demorar até 3 anos para ser concluída. As pessoas que voltam a desenvolver alergias podem precisar de outro curso de imunoterapia de maior duração (às vezes, 5 anos ou mais).

Visto que as injeções de imunoterapia, às vezes, causam reações alérgicas perigosas, a pessoa deve permanecer no consultório do médico pelo menos 30 minutos depois da injeção. Se a pessoa apresentar reações leves à imunoterapia (como espirros, tosse, vermelhidão, sensação de formigamento, prurido, aperto no peito, sibilos e urticária), um fármaco – normalmente, um anti-histamínico, como difenidramina ou loratadina – pode ajudar. Nas reações mais graves, injeta-se epinefrina (adrenalina).

  • Evitar o alérgeno

  • Anti-histamínicos

  • Estabilizadores de mastócitos

  • Corticosteroides

  • Imunoterapia com alérgenos

  • Faz-se tratamento de emergência no caso de reações alérgicas graves

Caso ocorram sintomas leves, os anti-histamínicos podem resolvê-los. Se forem ineficazes, outros fármacos, como estabilizadores de mastócitos e corticosteroides, podem ajudar. Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) não são úteis, exceto em colírios usados no tratamento da conjuntivite.

Sintomas graves, como os que envolvem as vias aéreas (inclusive as reações anafiláticas) exigem tratamento de emergência.

Os fármacos que são utilizados com maior frequência para aliviar os sintomas das alergias são os anti-histamínicos. Os anti-histamínicos bloqueiam os efeitos da histamina (que desencadeia os sintomas). Eles não interrompem a produção de histamina pelo corpo.

Anti-histamínicos estão disponíveis como

  • Comprimidos, cápsulas ou soluções líquidas administradas pela boca

  • Sprays nasais

  • Colírio

  • Loções ou cremes

O tipo de reação alérgica determina a forma a ser utilizada. Alguns anti-histamínicos estão disponíveis sem prescrição médica (venda livre) e outros precisam ser prescritos. Alguns que exigiam uma prescrição agora estão disponíveis sem a prescrição.

Produtos contendo anti-histamínicos e um descongestionante (como pseudoefedrina) também estão disponíveis sem receita médica. Eles podem ser tomados por adultos e crianças a partir de 12 anos de idade. Estes produtos são particularmente úteis quando existe a necessidade de um anti-histamínico e um descongestionante nasal. Contudo, algumas pessoas como aquelas tomando inibidores da monoaminoxidase (um tipo de antidepressivo) não podem tomar estes produtos. Além disso, pessoas com hipertensão arterial não devem tomar descongestionantes, a menos que o médico recomende e monitore seu uso.

O anti-histamínico difenidramina está disponível sem prescrição médica na forma de loção, creme, gel ou spray e pode ser aplicado à pele para aliviar o prurido, mas não deve ser utilizado. Sua eficácia não foi comprovada e pode causar reações alérgicas (como erupção cutânea). Também pode causar sonolência extrema em crianças que também estejam tomando um anti-histamínico oral.

Os efeitos colaterais dos anti-histamínicos incluem efeitos anticolinérgicos, como sonolência, boca seca, visão turva, constipação, dificuldade na micção, confusão e tonturas (em especial, após se levantar). Em geral, os anti-histamínicos que requerem prescrição têm menos efeitos anticolinérgicos.

Alguns anti-histamínicos têm maior probabilidade de causar sonolência (sedação) do que outros. Os anti-histamínicos que causam sonolência estão disponíveis livremente sem prescrição. As pessoas não devem tomar esses anti-histamínicos se forem conduzir, operar equipamentos pesados ou realizar outras atividades que exijam atenção. Anti-histamínicos que causam sonolência não devem ser administrados a crianças menores de 2 anos de idade porque podem causar efeitos colaterais sérios ou fatais. Esses anti-histamínicos também representam um problema específico para idosos e para pessoas com glaucoma, hiperplasia prostática benigna, constipação ou demência devido aos efeitos anticolinérgicos Anticolinérgicos: O que isso significa?

dos fármacos. Em geral, os médicos usam cautelosamente anti-histamínicos para pessoas com doença cardiovascular.

Nem todas as pessoas reagem da mesma maneira aos anti-histamínicos. Por exemplo, os asiáticos parecem ser menos suscetíveis aos efeitos sedativos da difenidramina do que os europeus ocidentais. Também deve-se levar em conta que, em algumas pessoas, os anti-histamínicos causam uma reação oposta (paradoxal), fazendo com que a pessoa sinta nervosismo, inquietação e agitação.

Os estabilizadores de mastócitos bloqueiam a liberação de histaminas e de outras substâncias que causam inchaço e inflamação dos mastócitos.

Os estabilizadores de mastócitos são tomados quando os anti-histamínicos e outros fármacos não são eficazes ou têm efeitos incômodos. Esses fármacos podem ajudar a controlar os sintomas de alergia.

Esses fármacos incluem azelastina, cromolina, lodoxamida, cetotifeno, nedocromil, olopatadina e pemirolaste. Azelastina, cetotifeno, olopatadina e pemirolaste também são anti-histamínicos.

Cromolina está disponível mediante prescrição nas seguintes apresentações:

  • Para uso com inalador ou nebulizador (que entrega o fármaco aos pulmões em aerossol)

  • Como colírio

  • Em apresentações para uso oral

Cromolina está disponível sem prescrição médica como spray nasal para o tratamento de rinite alérgica. A cromolina geralmente só atua nas zonas onde é aplicada, como a parte posterior da garganta, pulmões, olhos ou nariz. Quando administrada por via oral, a cromolina pode aliviar os sintomas digestivos da mastocitose Mastocitose A mastocitose é um acúmulo anômalo incomum de mastócitos na pele e, por vezes, em diversas outras partes do corpo. As pessoas podem ter pontos de prurido e nódulos, vermelhidão, distúrbios digestivos... leia mais

, mas não é absorvida para a corrente sanguínea e, portanto, não tem efeito sobre outros sintomas alérgicos.

Quando os anti-histamínicos e os estabilizadores de mastócitos não conseguem controlar os sintomas alérgicos, um corticosteroide pode ser útil.

Os corticosteroides podem ser administrados sob a forma de spray nasal para os sintomas nasais ou com um inalador, habitualmente para a asma.

O médico receita um corticosteroide (como a prednisona) para administração por via oral somente quando os sintomas são muito graves ou disseminados e todos os outros tratamentos são ineficazes. Se administrados por via oral em doses altas e por um longo período de tempo (por exemplo, por mais de 3 a 4 semanas), os corticosteroides Corticosteroides: Usos e efeitos colaterais

podem ter muitos efeitos colaterais, alguns sérios. Portanto, os corticosteroides administrados por via oral são usados pelo menor tempo possível.

Cremes e pomadas que contêm corticosteroides podem ajudar a aliviar o prurido associado a erupções cutâneas alérgicas. Um corticosteroide, a hidrocortisona, está disponível sem prescrição médica.

Modificadores de leucotrienos, como montelucaste, são anti-inflamatórios usados no tratamento de:

  • Asma leve persistente

  • Rinite alérgica sazonal

Eles inibem os leucotrienos, que são liberados por alguns glóbulos brancos e mastócitos quando expostos a um alérgeno. Os leucotrienos contribuem para a inflamação e causam a contração das vias aéreas. Montelucaste é usado apenas quando outros tratamentos são ineficazes.

Reações alérgicas graves, como uma reação anafilática, requerem um tratamento rápido de emergência.

As pessoas que apresentam reações alérgicas graves devem trazer sempre consigo uma seringa autoinjetável de epinefrina que deve ser usada o mais rapidamente possível na ocorrência de uma reação grave. Comprimidos de anti-histamínicos também podem ajudar, mas a epinefrina deve ser injetada antes de se tomar comprimidos de anti-histamínicos. Em geral, a epinefrina interrompe a reação, pelo menos temporariamente. No entanto, as pessoas que sofreram uma reação alérgica grave devem ir ao serviço de emergência de um hospital, onde podem ser monitoradas mais de perto e repetir ou ajustar o tratamento de acordo com as necessidades.

Sempre que possível, gestantes com alergias devem controlar seus sintomas evitando alérgenos. Se os sintomas forem graves, a gestante deve usar um spray nasal anti-histamínico. Ela só deve tomar anti-histamínicos pela boca (anti-histamínicos orais) se o spray nasal anti-histamínico não oferecer o alívio adequado.

As mulheres que estão amamentando também devem tentar evitar os anti-histamínicos. Mas se anti-histamínicos forem necessários, os médicos preferem usar anti-histamínicos que são menos propensos a causar sonolência, e preferem o spray nasal com anti-histamínicos a anti-histamínicos orais. Caso os anti-histamínicos orais sejam essenciais para o controle dos sintomas, devem ser tomados imediatamente após o aleitamento.

Porque nem todas as pessoas têm processo alérgico?

A alergia ocorre quando o sistema imunológico confunde uma substância inofensiva com um invasor e, diante da exposição ao alérgeno, o organismo libera uma reação química que causa os sintomas.

É possível não ter mais alergia?

A pessoa pode sim deixar de ser alérgico, e isso pode ser temporário ou definitivo, dependendo de alguns fatores, como: idade, doenças de base, fatores ambientais, fatores genéticos. O quadro temporário está mais relacionado com mudança de fatores ambientais ligados ao processo alérgico.

Porque as pessoas têm alergias?

A alergia ocorre quando seu sistema imunológico reage a algo que normalmente é inofensivo para a maioria das pessoas. Se você entrar em contato com uma substância que seu sistema imunológico vê como ameaça, conhecida como alérgeno, ele responderá liberando uma substância química chamada histamina e outras substâncias.

Como ser menos alérgica?

Confira 12 dicas para evitar as crises alérgicas.
Nada de deixar as janelas abertas - Adquira o hábito de manter as janelas fechadas e use o ar condicionado quando estiver na estação do pólen. ... .
Fique atento à contagem de pólen - Os alérgicos devem ficar por dentro da contagem de pólen..

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