Em protesto contra fechamento de escolas, grupo antifascista de Várzea Grande, Mato Grosso, faz ação junto à população mais afetada pela crueldade do governo estadual bolsonarista Show
Texto: Vinicius Souza. Fotos: Francisco Alves – Especial para dos Jornalistas Livres
Paulo Freire estaria orgulhoso. Na semana em que se comemora o dia das crianças e o dia dos professores e professoras, o grupo Ocupa Cristo Rei Skate Parque distribuiu mudas de plantas frutíferas, brinquedos, roupas, calçados e picolés na periferia da cidade de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá. Brincadeiras, esporte, energia e muita conscientização juntas numa atividade de ensinar e aprender com os protagonistas máximos do conhecimento: todos e todas. Afinal, a ação do grupo, na linguagem e com os materiais e equipamentos que as crianças conhecem, serviu para informar e mobilizar a população contra a injustificável atitude do governo estadual de fechar escolas tradicionais em plena pandemia.
Depois de abandonados pelo governo federal, que mandou DOIS sinistros da educação para o estado mentirem sobre a Universidade Federal de Mato Grosso, os professores, salários federais, drogas, sexo, etc, estudantes estão ao Deus dará, ou quase. Tá, houve a promessa de transformação das melhores escolas estaduais em militares, nas quais só o bônus pago a mais para generais de pijama palpitarem é maior que a média dos salários dos e das docentes. Nunca houve um plano nacional de quarentena nas escolas, nem testagem, nem reformas nas infraestruturas, nem programas de acesso ao ensino remoto, nada. Ainda não há um estudo amplo sobre o impacto da pandemia na evasão escolar e muito menos um programa para recuperação dos que não puderam acompanhar as aulas à distância ou perderam rendimento. De fato, ninguém sabe qual será a demanda e as necessidades no ano que vem.
No mês passado, a Assembleia debateu o Decreto 723/2020 editado pelo governo Mauro Mendes e que pode fechar até 300 escolas no estado, mas a oposição e os sindicatos não conseguiram demover o executivo de fazer o que eles chamam de “reestruturação do sistema”. O decreto exime o estado de atuar no ensino infantil e no Fundamental I e repassa os alunos para os municípios se virarem com eles. Novamente, não há um planejamento, um acordo, um debate real. É apenas o executivo largando de mão suas competências para economizar uns trocados com educação. E se os municípios não conseguirem suprir a demanda? Culpa deles, dos estudantes, do PT, dos sindicatos, de qualquer outro. Como dizia o “filósofo” Homer Simpson: “se a culpa é minha, eu jogo em quem eu quiser”.
Veja mais em https://www.facebook.com/Ocupa-Cristo-Rei-Skate-Parque-731700816894266 COMENTÁRIOSPOSTS RELACIONADOSLatifúndio: arma mortífera de exploração?16/11/21 18:35 Por Gilvander Moreira1 A reflexão estimula o sem-terra, o sem-teto, o atingido pela mineração devastadora, o negro, a pessoa vítima da homofobia e todas as Marcha em São Paulo: tem gente com fome14/11/21 19:27 Um ato com pessoas anônimas como Vânia, três filhos, desempregada e moradora da ocupação do MTST do Grajaú. Com ela, o osso contra a fome, que ela decidiu carregar até a fome acabar. O que Paulo Freire quis dizer com quem ensina aprende ao ensinar é quem aprende ensina ao aprender?“Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”, a frase do educador Paulo Freire, uma dos grandes pedagogos brasileiros, é inspiração para professores das mais diversas gerações.
O que quer dizer a frase quem ensina aprende ao ensinar é quem aprende ensina ao aprender?. O educador precisa se convencer de que ensinar não é transferir conhecimento , mas criar as possibilidades para a sua produção .
Quem ensina aprende ao ensinar é quem aprende ensina ao aprender Freire 2002?E quem aprende, ensina ao aprender” A frase acima, do educador Paulo Freire, é o extrato do que se vê na equipe docente responsável pela alfabetização em plena pandemia.
O que Paulo Freire quis dizer com a frase ensinar não é transferir conhecimento?Pensar certo - e saber que ensinar não é transferir conhecimento é fundamentalmente pensar certo - é uma postura exigente, difícil, às vezes penosa, que temos de assumir diante dos outros e com os outros, em face do mundo e dos fatos, ante nós mesmos.
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